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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Hospital aposta em brinquedo para realizar exames de tomografia


 23/11/2022


Convencer as crianças a realizar exames costuma ser um verdadeiro desafio tanto para os pais quanto para os profissionais de saúde. Muitas vezes, o ambiente hospitalar gera desconforto e ansiedade nos pequenos: salas frias e, no caso de alguns exames, com barulhos estranhos e a necessidade de permanecerem estáticos, todo o contrário à movimentação característica da infância.

Um inovador aparelho de tomografia de brinquedo, a Tomozinha, tornou-se um grande aliado das equipes pediátricas para familiarizar as crianças com o equipamento, fazendo com que percam o medo de realizar o exame. Com letras coloridas e formato diminuto, o equipamento cria um ambiente lúdico e humanizado em setores de radiologia pediátrica como o do Hospital Infantil, em Joinville, em Santa Catarina. A utilização de elementos educativos, como brinquedos, é um recurso para minimizar impactos negativos associados à internação e à realização de exames em crianças, melhorando sua saúde emocional.

“A inovação não precisa estar em grandes descobertas ou tecnologias futuristas, ela pode estar presente em simples ideias que literalmente salvam vidas. A tomografia de brinquedo permite que antes do exame a criança se distraia, se adapte e se divirta com o procedimento. Afinal, ele pode salvar a vida dela, se for bem-feito e com a participação dela”, explica o físico médico Walmoli Gerber Júnior, diretor da BrasilRad, criadora da Tomozinha.

Ambiente lúdico
Ao chegar ao local, os pequenos pacientes são convidados a simular a realização de uma tomografia. Eles colocam um boneco no equipamento de miniatura e apertam os botões que acendem luzes e geram sons similares aos do exame. Tudo sob supervisão de um profissional de saúde. Assim, aprendem desde fora como será quando elas mesmas realizarem o procedimento. Uma brincadeira cujo impacto positivo é mensurado pela redução significativa da aplicação de sedação ou acompanhamento anestésico em crianças que se envolvem na brincadeira com a Tomozinha.

Além da redução de 20% no número de sedações (um procedimento que pode colocar em risco a vida da criança), diminuíram em até 50% a necessidade de repetições de exames causados por movimentação, evitando exposição à radiação, que oferece risco potencial para a vida futura dessa criança. Devido ao aspecto de brinquedo, a colaboração dos pequenos pacientes aumenta, resultando em um ganho de tempo de preparo em sala para o exame.

“Com a Tomozinha, conseguimos orientar, explicar de uma forma mais lúdica como será realizado o exame às crianças. Percebemos que elas ficam mais seguras e, aos poucos, o medo de entrar no aparelho vai desaparecendo”, explica o diretor do Hospital de Joinville, Rafael Oku Fernandes.

A Cura D'Alma









quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Hospital INC realiza neurocirurgias com ajuda de biomodelos 3D


 23/11/2022


O aneurisma intracraniano, doença que atinge até 2% da população e principalmente as mulheres, é uma dilatação das artérias cerebrais, que podem chegar a romper e provocar uma hemorragia. Para tratar o aneurisma é preciso excluí-lo da circulação sanguínea por meio do implante de um clipe metálico. Mas a principal dificuldade durante essa neurocirurgia, de alta complexidade, é justamente a escolha do clipe ideal, que é feita na hora em que o médico manipula o aneurisma, condição que aumenta o tempo do procedimento e os riscos de ruptura intraoperatória e de complicações pós-operatórias, como as infecções.

No Hospital INC – Instituto de Neurologia de Curitiba (PR) as chances de se danificar um vaso e alterar o clipe metálico, durante a cirurgia, foram reduzidas. Isso porque o hospital adotou como protocolo realizar todas as microcirurgias de aneurisma cerebral com base em um planejamento que permite a visualização real tridimensional do aneurisma, por meio da fabricação de biomodelos 3D fidedignos aos órgãos do paciente. Por ano, são realizadas mais de 100 cirurgias dessas na instituição, um dos poucos centros no mundo que adotou essa metodologia para executar neurocirurgias de aneurisma cerebral.

“Existem dezenas de tamanhos e formatos de clipe, porque cada aneurisma apresenta variações de localização e forma, nunca são iguais. Sabe-se que há 17% de chances de se mudar o clipe durante a cirurgia e um risco alto de rompimento do aneurisma, cerca de 6%. Com os biomodelos, fazemos a escolha prévia do clipe de forma certeira e superamos esses riscos”, explica o Dr. André Giacomelli, diretor Técnico do INC e chefe do Departamento de Neurocirurgia Vascular, acrescentando que essa prática também permite uma redução significativa do tempo de cirurgia – em cerca de 80 minutos – de anestesia e da possibilidade de complicações no pós-operatório, além de diminuir os custos intraoperatórios.

Laboratório 3D

No Brasil, o INC foi pioneiro na implantação de um laboratório próprio para o desenvolvimento de biomodelos na área de aneurisma cerebral, com objetivo de atender seu corpo clínico. Desde 2013, a instituição investiga o uso de modelos 3D nesse tipo de neurocirurgia, com dezenas de pesquisas nacionais e internacionais comprovando cientificamente que os biomodelos são eficazes para o planejamento e simulação pré-operatórios.

O INC 3D Lab funciona como um setor do hospital e vem ampliando a impressão de peças anatômicas em 3D para auxiliar também outras especialidades, como as cirurgias cardíacas, pediátricas e ortopédicas. “Estamos evoluindo nesse trabalho, que proporciona uma tecnologia avançada e sofisticada para auxiliar os nossos médicos, tanto com objetivo cirúrgico quanto para treinamento de técnicas”, informa Dr. André Giacomelli, acrescentando que já existem convênios de saúde que estão liberando alguns biomodelos, como os que são utilizados para cranioplastia. “É uma questão de tempo e de estudos científicos para se tornar mandatório em uma neurocirurgia. A impressão 3D em neurocirurgia já é uma tecnologia necessária, não tem mais volta”.

No laboratório, uma equipe de biomédicos opera os softwares e impressoras para fabricar biomodelos, peças anatômicas personalizadas feitas a partir de imagens (DICOM) geradas pela ressonância e tomografias de um órgão específico do paciente. Esse arquivo passa por um processo ‘ainda artesanal’, com etapas de segmentação e modelagem, até chegar à impressão da peça 3D.

A Cura D'Alma





terça-feira, 22 de novembro de 2022

Hospital Santa Teresa realizou o 7º Fórum de prevenção à lesão por pressão


 Recentemente, a instituição recebeu o certificado 3M de reconhecimento às boas práticas de prevenção

22/11/2022

Anualmente, na terceira quinta-feira do mês de novembro, é comemorado o Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão. Para marcar a data, o Hospital Santa Teresa promoveu o 7º Fórum de prevenção de lesão por pressão a qual são lesões que ocorrem na pele e no tecido subjacente, normalmente, em pessoas acamadas. O evento falou sobre oxigenoterapia para tratamento de feridas e impacto da umidade e nutrição na cicatrização das feridas.

“Este é um tema de grande importância, principalmente porque 95% das lesões são evitáveis com a adoção de medidas simples, como: alívio da pressão, mudança de posicionamento dos pacientes e cuidados adequados com a pele. O trabalho em busca das lesões zero deve ser permanente”, ressaltou a coordenadora de Enfermagem, Gabriela Fecher, responsável pelo projeto de Lesão por Pressão do Hospital Santa Teresa, que recentemente recebeu o reconhecimento da 3M, certificando a instituição com os selos na categoria Black Diamond pelas boas práticas em fixação segura de cateteres e em prevenção de lesões de pele. A conquista é resultado do trabalho constante em busca de melhorias na assistência e segurança dos pacientes.

“O trabalho de prevenção às lesões desenvolvido no Hospital Santa Teresa se tornou uma referência para a Rede Santa Catarina. O programa conta com a persistência e seriedade das equipes e comprovou que é possível reduzir as lesões quando há estrutura adequada e profissionais bem-preparados”, lembrou o gerente de Enfermagem, Márcio Bastos.

Segundo a gerente de Qualidade e Segurança do Paciente da Rede Santa Catarina, Daniela Siccardi Menezes, este é um problema que precisa da união de todos: “Todos são responsáveis e, por isso, é tão importante somar os esforços para criação de estratégias para redução dos casos de lesão. A partir da identificação dos riscos, podemos planejar um cuidado diferenciado para pacientes com maior chance de desenvolver LPP. Nosso objetivo é criar barreiras para que o dano não chegue aos pacientes”, explicou.

O Fórum também abordou os temas: “Impacto da umidade no desenvolvimento de lesões por pressão: manejos e prevenção”, “Oxigenioterapia hiperbárica para tratamento de feridas”, “A importância da descompressão e as técnicas para mobilização do paciente” e “Como a nutrição interfere na cicatrização de feridas”. Além das palestras, dinâmicas foram realizadas com os setores a fim de reforçar os cuidados necessários para evitar o desenvolvimento de lesões por pressão.

Paciente da Santa Casa de Porto Alegre toca saxofone durante cirurgia no cérebro

22/11/2022


Em 14 de novembro, o agricultor e músico Vilson, de 60 anos, foi submetido a um procedimento para a retirada de um tumor cerebral e, ao mesmo tempo, pode praticar uma de suas paixões: tocar saxofone. A cirurgia, realizada no Hospital São José, no complexo hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre (RS), foi liderada pelo neurocirurgião Marcelo Schuster.

Segundo o médico, a técnica de cirurgia de tumor cerebral com o paciente acordado é especialmente útil em casos que o tumor está localizado em regiões diretamente envolvidas com os mecanismos de linguagem como falar, entender situações, fazer cálculos, interpretar textos e contextos, além realizar funções específicas como tocar um instrumento musical, como foi o caso do seu Vilson.

“O paciente é submetido a testes neurológicos específicos durante a cirurgia e, com o auxílio da estimulação elétrica cerebral ou monitorização neurofisiológica intraoperatória, é possível conseguir mapear áreas cerebrais fundamentais que não podem ser ressecadas. Somente assim é possível retirar o máximo de tumor causando mínimo ou nenhum déficit neurológico permanente”, explica Schuster.

Como destaca o médico, outro ponto que gera curiosidade é sobre a dor durante o procedimento. “O tecido cerebral em si não possui terminações nervosas, por isso conseguimos manipular o cérebro sem que o paciente sinta dor. A pele, osso, e membranas que envolvem o cérebro, e que podem causar dor, recebem uma anestesia especifica”, ressalta o neurocirurgião.

Santa Casa de Porto Alegre é reconhecida entre os três melhores projetos do prêmio Top de Marketing 2022

A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre foi um dos destaques da premiação do Top de Marketing 2022, promovido pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS) em 10 de novembro. Além dos prêmios nas categorias Endomarketing, Atitude Solidária e Saúde, a instituição também ficou entre os três cases melhores avaliados nesta edição, com o trabalho ‘A gente abraça tudo que faz: A celebração do Dia do Abraço como fortalecimento da cultura organizacional”.

Premiado com o troféu Bronze, o case inscrito na categoria Endomarketing destaca o trabalho realizado anualmente na instituição no dia 22 de maio. O Dia do Abraço é a data escolhida para a celebração do Jeito Santa Casa de Ser, programa corporativo que promove o orgulho de pertencer, sensibiliza e qualifica os colaboradores para uma assistência hospitalar humanizada e de excelência. Após dois anos em que os abraços ficaram restringidos em função da pandemia, 2022 marcou o retorno da troca de abraços com o conceito de campanha “Se abra para o abraço”.

“Essa premiação demonstra a importância de uma cultura institucional sólida, assentada em valores que podem ser transmitidos e permeiam todas as iniciativas internas da instituição. Na Santa Casa, a cultura organizacional é top, Top de Marketing ADVB mais uma vez”, celebrou o provedor da Santa Casa, Alfredo Englert.

A noite de premiação ainda marcou o reconhecimento de outros dois importantes projetos desenvolvidos pela instituição. A Casa de Apoio Madre Ana, premiada na categoria Atitude Solidária, foi representada pelo médico Fernando Lucchese e pela influencer Claudia Bartelle, uma das madrinhas do projeto. O prêmio foi entregue pela fundadora da ONG Parceiros Voluntários, Maria Elena Johannpeter, escolhida para dar nome ao troféu, e reconheceu o trabalho realizado há seis anos com o acolhimento para pacientes e seus familiares que vêm de todas as regiões do Brasil em busca de tratamentos de saúde na Santa Casa.

Já a Escola de Saúde La Salle – Santa Casa foi premiada na categoria Saúde. Criada há dois anos, a escola une a excelência acadêmica da Universidade La Salle e a qualidade no atendimento médico-assistencial da Santa Casa oferecendo cursos de extensão, técnicos, graduação e pós-graduação em variadas áreas do conhecimento.

Inscrições abertas para os Programas de Fellowship 2023 da Santa Casa de Porto Alegre 

A Área de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre está com inscrições abertas, até 27 de novembro, para preenchimento de vagas nos Programas de Fellowship de 2023. São oferecidas 27 vagas em 17 diferentes áreas da medicina, os programas têm duração de 12 e 24 meses e terão início em março de 2023.

Informações e inscrições: ensinoepesquisa.santacasa.org.br

A Cura D'Alma





segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Tecnologia inédita para desobstrução de artéria femoral é utilizada pelo Hospital Moinhos de Vento


 21/11/2022


Mais uma vez o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), sai na frente e disponibiliza uma técnica inédita para a desobstrução de artéria femoral — artéria principal da circulação do membro inferior (ao longo da coxa). Pela primeira vez no Sul do país, a litotripsia intravascular, uma técnica semelhante à usada para dissolver pedras nos rins, foi utilizada em vasos periféricos, permitindo a passagem normal do sangue pelos vasos sanguíneos da perna.

Segundo o cirurgião vascular Alexandre Araújo Pereira, o grande problema das obstruções arteriais é o cálcio. “No coração utilizamos o stent, que quebra o cálcio e mantém o vaso aberto. Só que nas pernas precisamos evitar ao máximo o uso desse método porque temos as articulações do quadril e do joelho e, como o stent é uma liga metálica, fratura”, esclarece. Em opções como a aterectomia, que remove a placa, pode ocorrer o desprendimento dessa placa, o que acontece em 5% dos casos.

Mas com a chegada de novas tecnologias, como o equipamento Shockwave, esse cenário está mudando. “O que queremos é modificar o cálcio, tratar e não ter o risco de piorar a circulação. E essa tecnologia permite que se fragmente a placa de cálcio, compactando-a contra a parede, podendo assim ser utilizada em um número maior de pacientes”, explica, reforçando que essa foi a primeira vez que o cateter foi usado para tratar vasos da perna. “Até então, só havia sido usado no coração, agora a técnica está evoluindo para a cirurgia vascular periférica”, observa.

Procedimento com sucesso

O procedimento é indicado para pacientes com falta de circulação grave na perna, melhorando a chance de manter o vaso aberto, sem a necessidade de colocação de stent e menor risco de complicação. Pela primeira vez, a técnica foi utilizada em Miriam Neves Ramos, paciente de 58 anos, que estava com uma gangrena no pé direito, desenvolvida após acidente.

Com histórico de diabetes e cardiopatia, a pelotense foi encaminhada para Porto Alegre para a revascularização. O procedimento teve duração de cerca de uma hora e transcorreu sem intercorrências. Miriam também foi submetida a uma limpeza cirúrgica das áreas com gangrena. “Hoje o meu pé está ótimo, está voltando ao normal. Agradeço muito a técnica utilizada comigo, o dr. Alexandre foi um excelente profissional”, revelou a paciente.

A Cura D'Alma




sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Recife contará com programa de rastreamento do câncer de pulmão

 


O câncer de pulmão é a principal causa de mortalidade relacionada a câncer em todo o mundo, responsável por mais de 2 milhões de mortes por ano. No Brasil, são quase 30 mil mortes anuais por este tipo de câncer, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O câncer de pulmão chega a tirar mais vidas do que os cânceres de mama, colorretal e cervical combinados – tipos para os quais há programas de triagem e rastreamento populacional em muitos países.

O caráter silencioso da doença, devido à ausência de sintomas nos estágios iniciais, e a falta do rastreio como política pública são motivos para que o câncer de pulmão seja diagnosticado mais tardiamente, o que contribui para a letalidade da doença. Para colaborar com a mudança desse cenário, a farmacêutica Roche e o Real Hospital Português irão implementar um programa de rastreio do câncer de pulmão na unidade localizada no bairro Paissandu.

“A detecção precoce do câncer de pulmão é possível com a utilização da tomografia do tórax com baixa dose de radiação (TCBD), indicada para pessoas com mais de 50 anos, com histórico de ter fumado por pelo menos 20 anos, como preconiza a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (U.S. Preventive Services Task Force)”, explica Michelle França Fabiani, diretora médica da Roche Farma Brasil. Em estudo realizado nos Estados Unidos³, foi demonstrado que o uso da TCBD, em associação com medidas e campanhas de cessação do fumo, reduziu a mortalidade por câncer de pulmão em cerca de 20%, quando comparado ao uso da radiografia de forma isolada.


De acordo com dados do INCA, em Pernambuco foram diagnosticados 1.120 novos casos de câncer de pulmão em 2020, o que corresponde a uma taxa ajustada de 12,4 casos por 100 mil habitantes. A cidade de Recife foi responsável por 26,8% dos casos novos no estado, equivalente a 16,6 casos por 100 mil habitantes. A capital possui população de aproximadamente 1,7 milhões de habitantes4; destes, cerca de 15% se enquadram na faixa etária de risco, segundo o censo de 2010. Um software de inteligência artificial, desenvolvido pela startup Previneo, será usado para rastrear, identificar e orientar os pacientes com indicação para entrar no programa.

“Com o apoio da Roche na capacitação de profissionais e transferência de tecnologia e conhecimento, estamos estruturando um programa de rastreamento para atingir a prevenção primária e secundária do câncer de pulmão”, explica Petrúcio Sarmento, cirurgião torácico do Real Hospital Português. Os serviços integrados do hospital, através de discussões multidisciplinares envolvendo diversas especialidades, além da infraestrutura e do apoio do Concierge, permitem um atendimento mais personalizado e ágil para o paciente oncológico no Real Hospital Português. “Estamos sempre em busca de atualizações e parcerias para oferecer o melhor serviço aos nossos pacientes e beneficiar o ecossistema como um todo”, completa o médico.

O programa foi implementado em agosto deste ano e tem a previsão de durar até agosto de 2023. A Roche tem como objetivo expandir a iniciativa para outros hospitais do país no futuro. “O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as taxas de controle do câncer, possibilitando mais qualidade de vida para os pacientes”, ressalta Michelle França Fabiani. “O cenário terapêutico do câncer de pulmão vem avançando, no entanto, maior tempo e qualidade de vida estão muito associados ao diagnóstico precoce, que só é possível com a criação de programas efetivos de rastreamento para a população de alto risco”, finaliza.

A Cura D'Alma




quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Projeto do PROADI-SUS reduz em 60% o tempo de exame para o diagnóstico de infarto

Realizado no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, e conduzido pelo Hcor, o projeto Boas Práticas na Atenção à Cardiologia e Urgências Cardiovasculares realiza a qualificação do atendimento em 150 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 15 hospitais de todo o Brasil e já apresenta uma redução de 60% no tempo de intervalo entre a entrada de pacientes com suspeita de infarto e a realização de eletrocardiograma, principal exame para diagnóstico de ataque cardíaco. A queda expressiva no tempo para a realização do exame é uma das entregas da iniciativa que, além disso, promove a capacitação de médicos plantonistas, por meio de teleconsultorias e sessões aprendizagem virtual, para a realização do laudo e apoio à decisão clínica dos profissionais, favorecendo o fluxo de atendimento mais ágil no SUS.

De acordo com Cláudia Alves de Assis, enfermeira e especialista do projeto, as unidades foram selecionadas pelo Ministério da Saúde e já apresentam uma performance geral saindo de uma mediana de 55 minutos no tempo porta-eletrocardiograma para uma mediana de 14 minutos, próximo ao tempo preconizado pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia. “Quando se fala em infarto, tempo é músculo, visto que se trata da necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela falta de irrigação sanguínea no coração. Por isso, esta queda é tão importante: quanto mais rápido o infarto é identificado, mais rápido o paciente passa por tratamento e menor é o risco de sequelas e de morte. Caso contrário, mais musculatura é necrosada com menor chance de recuperação posterior”, esclarece.

Já o tempo porta-agulha (chegada do paciente até o início da medicação de reperfusão da artéria ocluída) passou de 130 para 57, enquanto todas as unidades contempladas já passam a realizar, em média, mil laudos por dia, totalizando mais de 30 mil por mês. Assis ressalta que, para chegar nesta média, a equipe do projeto Boas Práticas tem qualificado os profissionais do SUS na melhoria dos processos assistenciais por meio da telemedicina, com Seções de Aprendizagem Virtual (SAV) e implementação das diretrizes assistenciais em cardiologia. “Identificamos as oportunidades de melhoria e vamos trabalhando mensalmente com essas equipes a fim de identificar os processos, identificar oportunidades de mudanças, mantemos contato diário com as unidades. Todos os meses são realizadas reuniões com as equipes para dúvidas, revisão dos relatórios, protocolos para auxiliar essas instituições nestas melhorias”, afirma.

As doenças cardiovasculares são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte no mundo, sendo que mais pessoas morrem por estas condições do que por qualquer outra causa. Com base neste contexto, o projeto é executado desde 2009 com o apoio às instituições públicas no desenvolvimento de estratégias de intervenções voltadas à melhoria da qualidade assistencial e segurança do paciente. Atualmente, atua em todas as 150 UPAs 24h em todas as regiões do país na realização de laudos qualificados de eletrocardiogramas, também à distância, que são analisados 24h por dia e em até 10 minutos a partir do seu recebimento. Ainda, a iniciativa oferece suporte na decisão clínica por meio da segunda opinião médica para os casos sugestivos de Infarto Agudo do Miocárdio e Arritmias e avaliação de desfecho clínico após 48 horas da realização do exame.

Camila Rocon, líder do projeto e cardiologista do Hcor, reforça que a iniciativa também oferece discussão de casos entre os profissionais das unidades contempladas e do hospital, proporcionando uma rica troca de experiência. “O projeto está em muitas áreas de vazio assistencial e isso fortalece a atuação em todo o país. Então, levamos este legado para as equipes do SUS, esta sensibilização de que o tempo de todos os procedimentos a partir da entrada do paciente com infarto vai impactar no desfecho final e no prognóstico posterior ao tratamento. A nossa expectativa é que este aprendizado seja passado para os outros colaboradores, que eles também sejam multiplicadores desse aprendizado”, conclui.

A Cura D'Alma