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sexta-feira, 29 de abril de 2022

Hospital São Vicente tem menor índice de reinternação dos últimos cinco anos


 29/04/2022

O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), De Jundiaí (SP), reduziu o seu índice de reinternação de pacientes a 10%. Índice abaixo da média nacional aceitável, que é de 20% definida pelo Ministério da Saúde, o que – mais uma vez – eleva o patamar da assistência ofertada pelo hospital a níveis compatíveis com as melhores instituições de saúde do Brasil. É o menor índice de reinternação dos últimos cinco anos do HSV. A instituição é referenciada para oncologia, cardiologia, neurocirurgia, traumato-ortopedia e urgência e emergência.

A taxa de reinternação é definida como aquela em que o paciente volta ao hospital em até 30 dias após sua primeira internação. O superintendente do HSV, Matheus Gomes, explica que este índice é um importante indicador de qualidade. “Reflete diretamente os cuidados com o paciente antes, durante e depois de sua alta. Isso também envolve o empenho da assistência à saúde em geral, ofertado no município, por isso é um trabalho em conjunto”, enfatiza. “A efetividade também depende da disponibilidade de medicamentos, do acesso à informação, da estrutura familiar e da adesão às orientações médicas”.

Para viabilizar este cenário, o HSV tem investido em uma série de ações. “Dentre outros fatores, implementamos ferramentas de gestão como o Huddle, que consiste em três reuniões diárias, rápidas, com equipes multidisciplinares que tomam as decisões mais assertivas para o quadro de cada paciente; implementamos o monitoramento dos pacientes em casos de reinternação; criamos o programa Alta Responsável que visa o encaminhamento dos pacientes pós alta para acompanhamento em unidades referenciadas de saúde, a fim de garantir a efetividade do tratamento recebido durante a internação; o suporte dado pela equipe de Internação Domiciliar, em casos que possibilitam a conclusão do tratamento no próprio lar; temos investido no conhecimento do perfil da população atendida pelo hospital, por meio de pesquisas de satisfação e estatísticas, tendo impacto direto na assertividade da assistência”, elenca Matheus.

Todos estes esforços beneficiam não somente o paciente que se recupera, mas a comunidade de forma geral. “A gestão eficiente dos leitos possibilita a realização de mais cirurgias, de um maior giro de leitos, média de permanência adequada a cada diagnóstico, taxas de ocupação dentro das metas do hospital e otimização dos recursos, tudo isso sem comprometer a segurança, a qualidade da assistência e a humanização”, completa.

A supervisora do departamento de Psicologia do HSV, Caroline Alves, explica que, do ponto de vista emocional a internação é um fator de desconforto para o paciente. “Por melhor que sejam as instalações – como nos casos dos quartos revitalizados no hospital; pela melhora do quadro clínico devido à eficiência assistencial; pelos cuidados com nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia e outras especialidades, estar no hospital não é algo desejado e causa estresse”, explica. “Por isso, há todo um esforço contínuo não só no sentido de curar ou propiciar uma melhor qualidade de vida – dependendo do diagnóstico que trouxe o paciente até aqui, mas também no sentido de evitar sequelas que exijam uma nova passagem”.

Além do conhecimento prático, o argumento de Caroline tem respaldo em um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP), que constatou que 40% das readmissões são geradas por motivo diferente da primeira. Porém, possuem relação com o período passado em um hospital. Dentre as razões, estão: perda de peso, porque os pacientes deixam de se alimentar como e quando querem; perda muscular rápida, por conta da limitação de movimentos; dificuldade do sono devido às interrupções constantes de luzes e sons desconfortáveis.

É com esse olhar individualizado, baseado na dignidade e respeito que as instituições de saúde, assim como o HSV, se preparam para cuidar da saúde, tendo a ciência e a medicina como base de um trabalho que precisa ser também estratégico, eficiente e com novos desafios.

 


quinta-feira, 28 de abril de 2022

Hospital Ortopédico da AACD destaca-se no cuidado com o meio ambiente


 27/04/2022


Nos leitos do Hospital Ortopédico da AACD é comum os pacientes, após a alta médica, deixarem garrafas de água sem consumir. Como esse conteúdo fica impróprio para consumo, de acordo com as regras sanitárias, o hospital encontrou uma forma de evitar o desperdício. Com o apoio da equipe de limpeza, as garrafas passaram a ser levadas para os depósitos de materiais de limpeza e seus conteúdos descartados em bombonas e reutilizados em diversas atividades, como na lavagem das calçadas, refeitório e outros ambientes. Cerca de 1.200 litros de água por ano seriam descartados, caso não fossem reaproveitados.

O álcool gel também está no radar do hospital por causa do significativo aumento do consumo por conta da pandemia de Covid-19. Para reduzir o impacto nos aterros e cumprir com o propósito da logística reversa, que visa a compensação ambiental pelas empresas que produzem o material, as bags de álcool gel utilizadas passaram a ser retiradas por uma cooperativa duas vezes por mês e seu material, quase 100% reutilizável, utilizado como matéria-prima para novos produtos, inclusive para os sacos que são usados na instituição. Em 2021, cerca de 5 mil embalagens (frascos e bags) foram recicladas.

O Hospital da AACD também instalou bituqueiras de cigarro no entorno da instituição. Além de contribuir para a limpeza urbana, evitando o entupimento de bueiros, o material é descontaminado e transformado em papel por uma empresa especializada. Somente em 2021 foram coletadas 40 mil bitucas, aproximadamente, de visitantes do hospital e moradores da região.

Outra ação importante está relacionada à reciclagem e ao tratamento da película de raios X físico, que contém substância tóxica ao meio ambiente. Mais de 14 toneladas por ano são descontaminadas e transformadas em diversos materiais reutilizáveis. O hospital tem, inclusive, pontos de coleta para as pessoas que não têm onde descartar suas películas e desejam fazer o descarte de forma consciente.

Outros materiais que também são reciclados são lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias. “São diversas as ações que adotamos com o intuito de preservar o meio-ambiente e economizar os nossos recursos. Dessa maneira conseguimos investir em mais recursos humanos e tecnologias que trazem benefícios e uma melhor experiência aos nossos pacientes”, afirma Emanuel Toscano, superintendente de operações da AACD.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Hospital Santa Catarina registra aumento de 61% nos atendimentos pediátricos com síndrome respiratória


 26/04/2022


A chegada do outono exige cuidados adicionais dos pais com as crianças menores de 2 anos e, em especial, bebês prematuros, devido ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), doença sazonal responsável pela bronquiolite. Segundo dado do Hospital Santa Catarina – Paulista, em março comparado a fevereiro, houve aumento de 61% nos atendimentos pediátricos com síndrome respiratória.

A principal forma de contaminação da bronquiolite acontece por meio de secreções respiratórias e por contato, ou seja, crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas, como creches e escolas, estão mais propensas à infecção. “Por ser uma doença que está comumente associada à maior frequência de internações por síndromes respiratórias, sempre destacamos a importância em se atentar aos cuidados e aos primeiros sintomas, no intuito de iniciar o tratamento precocemente”, explica Dr. Werther Brunow de Carvalho, pediatra do Hospital Santa Catarina – Paulista.

Os sintomas iniciais são parecidos com os do resfriado comum, como tosse, obstrução nasal, coriza e às vezes chiado no peito, durando, em média, entre 3 e 15 dias. Porém, um indicativo de gravidade é a dificuldade para respirar e a falta de ar. “Como os primeiros sinais são bastante corriqueiros, é essencial que um médico avalie a criança para o diagnóstico correto, no intuito de evitar o agravamento do quadro e o desenvolvimento de outras doenças respiratórias mais graves, como pneumonia e asma, a última podendo até mesmo ser levada para a vida adulta”, destaca Dr. Werther.

De acordo com o pediatra, quando o vírus age de forma mais agressiva contra as defesas da criança, o pulmão pode perder um pouco de sua capacidade, levando a repercussões mais sérias que, em alguns casos, demandam até mesmo internação na UTI. Por essa razão, anualmente, o Hospital Santa Catarina aumenta o número de leitos pediátricos na época do ano em que há um aumento dos casos de bronquiolite e outras doenças respiratórias em bebês e crianças.

E para auxiliar com dúvidas, atendimentos de última hora ou até mesmo a triagem inicial, a Qsaúde disponibiliza o botão Qcuidado, com telemedicina disponível 24 horas por dia, que facilita no direcionamento ao cuidado adequado e na avaliação do risco em questão. “Muitas vezes, diagnosticamos os casos ainda na teleconsulta e, assim, já indicamos o tratamento correto. Essa primeira avaliação e conduta já são importantes para analisar a gravidade, fazer o direcionamento adequado do paciente em nosso ecossistema e propor o tratamento inicial. A abordagem diminui a chance de transmissão do vírus para os demais pacientes pediátricos, uma vez que é altamente contagioso”, afirma Ricardo Casalino, diretor médico da Qsaúde.

Casalino acrescenta ainda que, mesmo após a infecção, não se adquire imunidade. Dessa forma, a criança que pegou o vírus uma vez pode estar exposta a reinfecção. Por esse motivo, o ideal é sempre prevenir.

De olho na prevenção

Uma vez que ainda não há uma vacina contra a bronquiolite, os cuidados para preveni-la são os mesmos para todos os quadros de causa viral, inclusive a Covid-19, ou seja: é essencial evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados, higienizar as mãos frequentemente e fazer o uso correto da máscara, além de não expor a criança ao cigarro, já que a inalação de fumaça é um agravante.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Pacientes com hipertensão e diabetes da Unimed Jundiaí receberão acompanhamento por inteligência artificial


 26/04/2022


Beneficiários da Unimed Jundiaí (SP) contam a partir de agora com o Robô Laura, ferramenta de inteligência artificial especializada no acompanhamento de pacientes com doenças crônicas. Realizado por WhatsApp, o acompanhamento permite uma melhor leitura da evolução do paciente pela equipe médica multidisciplinar, de forma a oferecer mais subsídios para a tomada de decisão.

Inicialmente, a novidade engloba pacientes com hipertensão arterial e diabetes. Os contatos são mensais, orientam sobre a busca do equilíbrio da saúde e qualidade de vida e verificam as condições gerais de saúde dos atendidos. Em caso de necessidade de intervenção, é realizado um teleatendimento ou consulta presencial com a equipe de enfermagem.

Para Cristian Rocha, CEO e co-fundador da Laura, o robô também permite um cuidado personalizado e preocupado em agregar à saúde dos beneficiários. “Esta é uma forma de prestar um cuidado mais individualizado, moderno e assertivo, evidenciando a preocupação em trazer cada vez mais soluções que contribuam para a melhor qualidade de vida do paciente”, afirma.

A Unimed Jundiaí já contava com o NAS – Núcleo de Atenção à Saúde, criado para oferecer aos beneficiários um serviço dedicado ao cuidado de pacientes crônicos, por meio de programas de promoção à saúde e prevenção de doenças. Esse monitoramento agora foi modernizado com a implantação da tecnologia da Laura, que auxilia a equipe multidisciplinar do NAS a acompanhar a condição dos pacientes, além de complementar a assistência já prestada em consultório pelo médico.

Laura

Eleita em 2021 como TOP 10 Open Startups, ranking que reconhece as startups mais atraentes para o mercado corporativo no país, a startup Laura oferece soluções de inteligência artificial com o objetivo de democratizar a saúde por meio da tecnologia e gerar impacto social positivo em escala, acompanhando toda jornada do paciente. Por meio de inteligência artificial e tecnologia cognitiva, a ferramenta permite a priorização de atendimento em instituições de saúde, assim como o gerenciamento de dados da rotina hospitalar, emitindo alertas para a equipe assistencial. Ativa desde 2016, a tecnologia da Laura já analisou mais de 11 milhões de atendimentos, reduziu em 25% a taxa de mortalidade hospitalar e ajudou a salvar cerca de 24 mil vidas.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Hospitalar 2022: CISS aborda megatendências internacionais e desafios do mundo no pós-pandemia


 25/04/2022


Passados dois anos de pandemia, o Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS) vai promover nos dias 18 e 19 de maio o primeiro evento presencial para analisar a experiência da crise sanitária no setor de saúde dentro da programação da 27ª Hospitalar, o mais importante evento de saúde e principal plataforma de geração de negócios e networking do setor na América Latina. Sob o tema “Saúde e o mundo pós-pandemia”, o CISS 2022 vai reunir 23 especialistas do Brasil e outros quatro países – Argentina, Estados Unidos, Espanha e França -, para debater o impacto da crise sobre a assistência hospitalar e os rumos da saúde suplementar, da acreditação e da segurança do paciente. Também vai lançar um olhar sobre as consequências da aceleração tecnológica sobre a área assistencial.

“Será um encontro de retomada de atividades, totalmente presencial, com convidados vindos de várias regiões, num cenário de dúvida, porque a Organização Mundial de Saúde ainda não decretou o fim da pandemia”, avalia o médico Fábio Gastal, coordenador científico do CISS, superintendente de Novos Negócios Seguros Unimed, diretor Acadêmico da Faculdade Unimed e presidente do Conselho de Administração Organização Nacional de Acreditação (ONA). Na sua opinião, será um momento importante do ponto de vista emocional, porque reunirá todos os players da saúde como presidentes de entidades, representantes de órgãos governamentais, dirigentes de hospitais, laboratórios, indústrias, de operadoras e seguradoras de planos de saúde e instituições de pesquisa.

“A crise sanitária destacou a liderança, o sacrifício e o compromisso do setor saúde para enfrentar em tempo recorde um duplo desafio de enormes proporções, o colapso da assistência na hospitais e a adaptação dos modelos tradicionais de atenção”, declarou Carlos Zarco, diretor médico do Hospital Universitário Moncloa, do Grupo HLA, na Espanha. Ele é um dos convidados internacionais do CISS ao lado de Ezequiel García Elorrio (presidente eleito da ISQua), Christopher Coburn (diretor de inovação do Mass General Brigham, nos Estados Unidos), Jean-Patrick Lajonchère (diretor geral do Grupo Hospitalar Paris Saint-Joseph e embaixador do French Healthcare do Ministério de Relações Exteriores da França) e David Fernandes Rodriguez (Co-CEO da Transmural Biotech, na Espanha).

O coordenador científico do CISS 2022 ressalta que, por outro lado, o evento será um momento emocionalmente muito importante, porque reunirá todos os players da saúde nas discussões setoriais. Entre esses estão lideranças do setor, presidentes de entidades, representantes de órgãos governamentais, dirigentes de hospitais, laboratórios, indústrias e de operadoras e seguradoras de planos de saúde e instituições de pesquisa. O encontro é uma realização da Hospitalar em parceria com a International Society for Quality in Health Care (ISQua) e a ONA. Para ver a programação completa do CISS, clique aqui. Os ingressos para o congresso podem ser adquiridos pelo portal da Hospitalar.

Assistência hospitalar

O CISS dedica o primeiro dia de sua programação, em 18 de maio, ao futuro da assistência hospitalar, da saúde suplementar, das operadoras de saúde, da acreditação, da qualidade em saúde e da segurança do paciente. O encontro será aberto às 9h30 com a palestra do executivo norte-americano Christopher Coburn, diretor de Inovação da Mass General Brigham, maior empresa de pesquisa acadêmica dos Estados Unidos.

Às 10h15, começará o painel sobre o futuro da assistência hospitalar no Brasil e no mundo. O presidente da Central Nacional Unimed, Luís Paulo Tostes Coimbra, falará sobre “Os hospitais e serviços de saúde em grandes sistemas assistenciais nacionais”. Em seguida, o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Adelvânio Francisco Morato, discorrerá sobre “Os hospitais e serviços privados independentes, a saúde suplementar e o SUS”. Por fim, a diretora de corporativa de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital e Rede Santa Catarina, Camila Sardenberg, abordará “As redes hospitalares privadas, a saúde suplementar e o SUS”. A moderação ficará a cargo da gerente operacional da ONA, Gilvane Lolato.

Às 13h15, o segundo painel abordará o futuro da saúde suplementar e das operadoras de saúde no Brasil, por meio de três perspectivas: a das seguradoras, das empresas de medicina de grupo e do Sistema Unimed. As palestras serão dadas respectivamente por Vera Valente (diretora executiva da Fenasaúde), Renato Casarotti (presidente da Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde) e Omar Abujamra Junior (presidente da Unimed do Brasil). A diretora da Health Search Brasil Americas (HSB/A), Audrey Rippel fará a moderação.

O futuro da acreditação, da qualidade em saúde e da segurança do paciente será tema às 14h45 do terceiro painel. O superintendente técnico da ONA, Péricles Góes da Cruz falará sobre “Os novos modelos de avaliação externa da Qualidade e da Acreditação”. A gerente de Qualidade da rede Américas Serviços Médico, Elenara Ribas, discorrerá sobre “A visão dos hospitais e das redes assistenciais e a acreditação”. O presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) e coordenador executivo Proqualis Fiocruz, Victor Grabois, fará a palestra “A visão das entidades e sociedade para promover a segurança do paciente e a acreditação”. O superintendente administrativo e financeiro da ONA André Ruggiero será o moderador.

Às 16h15, a programação terminará com a palestra “Impactos e perspectivas para saúde na França no pós-pandemia: aprendizado e novas prioridades”, com diretor geral do Grupo Hospitalar Paris Saint-Joseph, Jean-Patrick Lajonchère, embaixador do French Healthcare do Ministério de Relações Exteriores da França.

Saúde e tecnologia

No dia 19, o CISS 2022 vai trazer as experiências internacionais para discutir vários aspectos da tecnologia – desde o processo de desenvolvimento, passando pelo movimento das startups e as inovações na saúde até chegar à incorporação dos novos recursos no setor. A palestra de abertura “Desafios para a qualidade do cuidado e para a segurança do paciente na era pós pandêmica” será dada pelo presidente eleito da ISQua, Ezequiel García Elorrio, que também é diretor Administração e Finanças do Departamento de Qualidade, Atenção Médica e Segurança do Paciente do Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria (IECS), em Buenos Aires, na Argentina. Todos os painéis e palestras terão moderação do coordenador científico do congresso, Fábio Gastal.

“A aceleração da inovação em saúde: experiências de sucesso” será tema do primeiro painel que será aberto às 10h30 com a palestra “Aceleração e fundos financeiros para saúde”, dada pelo Cristiano Englert, Investidor anjo e head do programa vertical na saúde HealthPlus Centro de inovação Tecnopuc. Em seguida, o assunto será a inovação. O CEO da UNIODigital, Armando Bucchina, falará sobre a “Inovação em TICs”. A diretora executiva do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Tatiana Ribeiro, abordará a “Inovação e transformação como estratégia nacional”. O sócio líder do setor de Life Sciences & Health Care da Deloitte Brasil, Luís Fernando Joaquim, vai enfocar a “Inovação e transformação em saúde: o futuro”.

Às 13h30, os “Sistemas inovadores de gestão de redes hospitalares e sua importância no enfrentamento de pandemias” serão tema da palestra do médico espanhol Carlos Zarco, diretor-geral da Fundación Espriu, presidente da Organização Cooperativa Internacional de Saúde e diretor médico do Hospital Universitário Moncloa, na Espanha. Às 14h30, o gerente geral da Transmural Biotech, na Espanha, David Fernandes Rodriguez, falará sobre “Inteligência Artificial no apoio aos processos de diagnósticos de precisão”.

A programação será encerrada com a palestra “A mortalidade por Covid-19 no Brasil e os impactos do negacionismo”, a ser proferida a partir das 15h30 pelo médico Carlos Starling, coordenador dos Serviços de Controle de Infecções Hospitalares dos Hospitais Vera Cruz, Baleia, Life Center e membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

domingo, 24 de abril de 2022

Eventos adversos aumentam durante pandemia e alertam para importância da segurança do paciente


 20/04/2022


Neste mês é realizada a campanha “Abril pela Segurança do Paciente” em todo o país. Para reforçar a data, o Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP) — empresa especializada em conteúdo e educação para profissionais e organizações da saúde — ressaltou a importância de abordar o tema que é o mais importante pilar da qualidade na assistência. Principalmente diante do período de enfrentamento à pandemia, quando, segundo o “The Patient Safety Movement”¹, houve um aumento mundial da taxa de mortes causadas por eventos adversos, que são os incidentes não intencionais que decorrem de erros no processo de assistência à saúde.

O órgão denunciou que, antes da pandemia, os erros nos cuidados em saúde eram a terceira maior causa de mortes nos Estados Unidos, atrás apenas das doenças cardíacas e do câncer. Agora, eles são o principal motivo e tiveram um grande crescimento, não apenas nos EUA, como em todo o mundo.

Ainda assim, apesar do cenário ter se intensificado com a chegada do Covid-19, a situação atinge os hospitais há anos. De acordo com o Plano de Ação para a Segurança do Paciente Global da Organização Mundial de Saúde (OMS)², 2.6 milhões de mortes são causadas por eventos adversos anualmente em países emergentes.

Para reverter essa situação, algumas ações devem ser tomadas. Segundo o IBSP, o primeiro passo é implantar um Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) nas unidades de saúde — um dever das instituições públicas e privadas determinado pela resolução nº36/2013 da ANVISA. Parte das atribuições deste Núcleo é realizar um adequado mapeamento de riscos voltados à segurança do paciente em toda a organização.

A conscientização e a educação também são peças-chaves na diminuição dos erros nos cuidados, e consequentemente nos eventos adversos. Pensando nisso, o IBSP oferece um programa composto por 11 tópicos, baseado em orientações da OMS, com o objetivo de formar profissionais dentro do vasto universo de conteúdos que abrangem a temática de Segurança do Paciente.

Em 2021, mais de 1780 alunos passaram pelos cursos livres, treinamentos corporativos e mentorias promovidos pela organização. Para 2022, o IBSP já conta com um novo calendário de cursos a serem lançados. Todas essas ações, tanto educacionais quanto estruturais, são realizadas com o objetivo de diminuir o número de mortes causadas por erros nos cuidados em saúde por todo o país.

Referências:

1 – COVID-19’s Impact on Patient Safety

2 – Global Patient Safety Action Plan 2021-2030

 

sábado, 23 de abril de 2022

Falta de soro fisiológico prejudica clínicas de diálise


 20/04/2022


A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes (ABCDT) notificou o Ministério da Saúde sobre a falta de frascos de soro fisiológico, insumo necessário para o tratamento de diálise. A associação recebeu denúncia de clínicas de mais de 25 cidades sobre a falta de soro nos estoques e a impossibilidade de reposição do material. Quando encontram, são oferecidos apenas poucos frascos de 250 ml e a preços muito mais altos.

Assim como a falta de oxigênio na saúde é grave, a do soro inviabiliza tratamentos.

“Entendemos que isto é uma ameaça à vida de pacientes que fazem diálise, solicitamos ao Ministério da Saúde que tome as providências necessárias para normalizar o mercado e evitar o desabastecimento numa área da saúde tão sensível. A notificação já está protocolada” , alerta o presidente da ABCDT, o médico Marcos Vieira.

“Solicitamos que alguma providência cabível e possível possa ser tomada diante da especulação que tem acontecido há pelo menos seis meses com a comercialização de soro fisiológico, sumindo do mercado e cobrando preços absurdos. Alguma coisa tem que ser feita pelas autoridades da saúde no brasil: o Ministério da Saúde e a Anvisa precisam verificar de fato o que está ocorrendo com as empresas credenciadas e licenciadas para produção deste insumo vital em saúde pública”, diz a médica nefrologista Dra. Lourdes Rossetti Carvalho, do Centro de Terapia Renal de Cruzeiro.


sexta-feira, 22 de abril de 2022

Atendimento ao SUS será ampliado em novo centro do Grupo Hospitalar São Vicente


 20/04/2022


Os pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ganharam um espaço mais moderno e amplo para tratamentos oncológicos, renais, hepáticos, cardiológicos e de neurocirurgia. Nesta terça-feira (19), o Grupo Hospitalar São Vicente – FUNEF inaugurou o novo Centro de Especialidades e Quimioterapia, anexado ao hospital na região central de Curitiba (PR).

A reforma do prédio, concedido pelo Ibama por um período de 20 anos, teve investimentos de R$ 2,3 milhões da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, entre outros recursos, e permitirá a ampliação do atendimento para os pacientes assistidos pelo SUS. A obra teve início em julho de 2020 e foi concluída em janeiro de 2022.

“É uma conquista não só do Hospital São Vicente, mas da população do Paraná, de Curitiba e Região Metropolitana. Nossa missão é ‘sua vida, nossa prioridade’, então, damos mais um passo nesse sentido de respeitar a vida das pessoas que são encaminhadas para o Hospital São Vicente”, revelou o diretor-presidente do Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, Dr. Charles London.

Em 2021, o Hospital São Vicente realizou mais de 70 mil atendimentos eletivos pelo SUS, entre consultas, exames e tratamento de quimioterapia. Com o novo espaço, a expectativa que é possa aumentar entre 30% a 50% essa capacidade. “Sabemos da importância desse espaço: só em 2021 foram realizadas mais de 35 mil consultas e mais de 30 mil exames. É uma grande satisfação saber que podemos agora em até 50% esse bom atendimento que já era dado à população que mais precisa”, ressaltou a diretora executiva do Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, Marcia Beatriz Schneider

Projetado para oferecer modernidade e ser referência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o novo Centro de Especialidades e Quimioterapia possui 1.660 m² divididos em três andares, com um amplo espaço de recepção, 14 consultórios, um andar exclusivo para sessões de quimioterapia, além de um centro de estudos integrados à Sala Cirúrgica Inteligente para proporcionar aprendizado de práticas cirúrgicas com profissionais de todo o mundo.

Presente na inauguração, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, destacou a importância do prédio do Centro de Especialidades e Quimioterapia para a população paranaense e o empenho e a atuação dos profissionais da instituição. “O Hospital São Vicente é referência naquilo que se propõe a fazer na questão do tratamento oncológico, nos transplantes feitos com excelência. Mas mais importante que a estrutura física é o ativo que nós temos, o ativo do conhecimento dos profissionais do Hospital são Vicente, pois isso é impagável para tratar a saúde do nosso estado”, ressaltou Ratinho Junior. “Ainda mais com o atendimento ao SUS, para as pessoas que não têm condições de pagar um tratamento ou plano de saúde”, complementou o governador.

Fundado em 1939, o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF é reconhecido pelo seu atendimento de alta complexidade em Oncologia, ocupa a primeira posição no Paraná em transplantes hepáticos e é referência em transplante renal. Possui o selo de certificação da Central Estadual de Transplantes do Paraná e integra a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde.

Assistência à pessoa idosa

O projeto do novo Centro de Especialidades e Quimioterapia também foi cadastrado no Fundo Municipal da Pessoa Idosa da Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS) para ajudar a equipar e instrumentalizar a estrutura. Hoje, cerca de 60% dos atendimentos são de pessoas idosas.

Para o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, a concretização do projeto só foi possível justamente por toda essa integração de esforços dos governos, órgãos oficiais e corpo técnico e clínico do Grupo Hospitalar São Vicente. “Essa integração de todos remando para o mesmo lado fez com que essa ação pudesse ser possível hoje com a inauguração desse espaço importante no Centro da Cidade, uma grande passagem da população”, observou.

O novo Centro de Especialidades e Quimioterapia fica anexo ao Hospital São Vicente Curitiba, na Rua Brigadeiro Franco, 1.733 – Centro.

Presenças ilustres

Além do diretor-presidente do Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, Dr. Charles London, do governador do Estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior e do vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, a inauguração ainda contou a com a presença do presidente do conselho da FUNEF, Giovanni Loddo; da diretora executiva do Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, Marcia Beatriz Schneider; da diretora técnica do Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, Dra. Cecilia Vasconcelos; do secretário da Saúde do Paraná, César Neves; da secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella Nadas; do presidente da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, Fabiano Ferreira Vilaruel; dos ex-secretários da Saúde do Paraná e de Curitiba, Beto Preto e Márcia Huçulak, respectivamente; do superintendente do Ibama no Paraná, Luiz Antonio Corrêa Lucchesi; da diretora de Finanças do Ibama no Paraná, Neusa Maria Emídio; do diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky; do deputado federal Ney Leprevost; do deputado estadual, Michele Caputo; do vereador de Curitiba, Pier Petruzziello; e do chefe da Casa Militar, tenente-coronel Sérgio Vieira.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

BP fortalece atuação do PROADI-SUS após um ano no programa


 20/04/2022


Uma dos principais hubs de saúde do país, a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo completou seu primeiro ano no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde. Em apenas 12 meses, foram mais de 20 projetos elaborados, 1048 profissionais capacitados e 680 profissionais envolvidos em projetos de gestão, além da previsão de investimento de R$ 320 milhões até o final de 2023.

“Passamos a integrar o PROADI-SUS em 2021, compartilhando nosso know-how e expertise em gestão em iniciativas como Saúde em Nossas Mãos, TeleUTI, Lean nas Emergências, entre outras. Nosso objetivo é colaborar cada vez mais com a transformação da saúde no Brasil, utilizando a nossa experiência e pontos fortes para aprimorar e garantir o acesso à saúde de qualidade a todos os brasileiros, seguindo os princípios do SUS”, afirma Maria Alice Rocha, diretora executiva de Pessoas, Experiência do Cliente, Marketing, Sustentabilidade e Impacto Social da BP.

Entre as iniciativas conduzidas exclusivamente pela instituição, destacam-se o Mapa Genoma Brasil, um programa robusto que irá contribuir para a implementação de estratégias de gestão populacional em câncer de mama; câncer colorretal; câncer de próstata; e doenças cardiovasculares, além da qualificação de profissionais de saúde em Medicina Genômica e de Precisão.

Por meio do projeto Capacitação BLS, serão qualificados 1.760 técnicos de enfermagem de todo o Brasil em Suporte Básico de Vida para que sejam capazes de reconhecer situações potencialmente fatais, bem como realizar as ações de resgate. Já com o projeto Planificação, as equipes das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde receberão apoio na melhoria do acesso e do cuidado das condições crônicas.

O PROADI-SUS foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Além da BP, compõem o programa outras cinco instituições sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hcor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.

PROADI-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS, foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúneseis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão:Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.Os recursos do PROADI-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do PROADI-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil. Para mais informações sobre o Programa e projetos vigentes no atual triênio, acesse o portal PROADI-SUS.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Covid-19: Diretrizes brasileiras para tratamento ambulatorial são publicadas em revista científica internacional


 19/04/2022


Possíveis tratamentos para pacientes ambulatoriais com Covid-19 em fase inicial — apontados como uma intervenção precoce ao avanço da doença — foram analisados e discutidos por sete sociedades médicas brasileiras. Dez medicamentos e tecnologias foram avaliados e não tiveram eficácia e/ou segurança comprovadas. Os resultados apontaram, em todos os casos, a recomendação contrária ao uso dessas terapias. Entre as substâncias observadas estão a azitromicina, budesonida, corticosteróides, colchicina,  hidroxicloroquina e cloroquina.

A pesquisa, realizada por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), contou com a participação de 37 especialistas de diferentes áreas médicas de todo o país. As atividades foram coordenadas pelo grupo de trabalho do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS). A revisão sistemática dos dados apresentados resultou no artigo ‘Diretrizes brasileiras para o tratamento de pacientes ambulatoriais com suspeita ou confirmação de Covid-19’, publicado no mês de março deste ano, na Revista Brasileira de Doenças Infecciosas, um periódico científico bimestral de relevância internacional.

“Conquistamos algo incomum, que é conseguir a união de diferentes sociedades médicas na busca de um consenso, traduzido nestas diretrizes. Isso foi muito importante para dar uma resposta clara sobre o que fazer em relação aos pacientes com Covid-19 e, principalmente, o que não fazer”, explica o médico epidemiologista Maicon Falavigna.

Os padrões internacionais para elaboração de diretrizes clínicas foram seguidos na construção do guideline. Mas o especialista destaca que, para além da literatura científica, o grupo considerou também aspectos relevantes para o contexto brasileiro, como a disponibilidade de medicamentos, a aceitabilidade das intervenções pela população e pelos profissionais de saúde, e os custos associados.

O texto científico foi elaborado com o intuito de orientar os profissionais de saúde sobre o atendimento aos pacientes ambulatoriais com Covid-19, “considerando a fragilidade das evidências disponíveis sobre o assunto e a relevância que deve ser dada ao tema”, salienta a pesquisadora Verônica Colpani, líder do projeto ‘Diretrizes’ do Hospital Moinhos de Vento. De acordo com os pesquisadores, as diretrizes podem ser revistas, à medida que novos tratamentos sejam desenvolvidos e avaliados.

terça-feira, 19 de abril de 2022

Hospital Alemão Oswaldo Cruz retoma realização de transplantes de coração


 19/04/2022


Quando Guilherme Kushida, de 32 anos, deu entrada no Pronto Atendimento do Hospital Alemão Oswaldo Cruz com quadro de falta de ar e vômito, acreditava que havia sido contaminado pelo SARS-CoV-2. Mas, os primeiros exames já mostraram que o quadro era um pouco diferente e que seu coração estava inchado, com um tamanho maior do que o normal.

O ecocardiograma e a biópsia constataram a dilatação do músculo cardíaco, sem causa determinada, e o paciente recebeu o diagnóstico de miocardiopatia idiopática, doença que provoca o enfraquecimento da sua força de contração e piora a circulação sanguínea, derivando para complicações, como arritmias, coágulos, quedas de pressão e edemas pulmonares.

A doença interfere principalmente no ventrículo esquerdo, importante câmara de bombeamento do coração. “É essa a área responsável por mandar o sangue para o corpo e, conforme o nível de comprometimento, o dano pode ser irreversível a ponto de o paciente precisar de um transplante, como no caso do Guilherme”, explica o Dr. Rafael Otto Schneidewind, cirurgião cardiovascular e um dos líderes das equipes de transplantes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A Instituição retomou a realização desse tipo de procedimento e, nos últimos oito meses, fez três transplantes cardíacos em pacientes com quadros extremamente graves. Atualmente, a equipe é composta por dez pessoas, entre cirurgiões, equipe assistencial e de captação de órgãos. O transplante de coração consiste na substituição do coração por outro, vindo de um indivíduo que esteja com morte cerebral, que não possua doença e alterações cardíacas e que seja compatível com o do paciente que tem um problema cardíaco potencialmente fatal.

Segundo o médico responsável pelo transplante de Kushida, o paciente apresentava uma insuficiência cardíaca grave, com muita falta de ar e cansaço e um comprometimento de 70% das funções do coração. Se não fosse diagnosticado a

tempo, poderia evoluir para um choque cardiogênico grave, com risco de morte súbita. Kushida ficou cerca de 120 dias na UTI e nesse período pré-transplante, fez uso de drogas vasoativas e de balão intra-aórtico (dispositivo de assistência circulatória mecânica) para manter o funcionamento do coração. Normalmente o equipamento é usado por, no máximo 15 dias.

“Foi uma surpresa para mim, pois eu não apresentava nenhum problema de saúde. Inclusive era adepto de caminhadas e fazia academia e trilhas”, explica o paciente que ganhou força extra para enfrentar a doença com as três visitas de sua gata Mel. “Estar com ela e o apoio da família com as videochamadas foram fundamentais para suportar a internação e esperar por um novo coração. Isso sem falar do carinho da equipe assistencial. Ganhei novos amigos, adorava receber visita e a atenção deles.” A realização da visita PET faz parte das ações de humanização do Modelo Assistencial Hospital Alemão Oswaldo Cruz®, que coloca o paciente e o familiar no centro do cuidado.

Realidade Aumentada no planejamento cirúrgico

Com duração de cinco horas, o transplante foi realizado com a técnica tradicional bicaval e após a cirurgia, a equipe médica usou a realidade aumentada para avaliação do coração transplantado. Por meio desta tecnologia de ponta, os exames de imagem são sobrepostos em cenários reais e permitem a visualizado do órgão em 3D. O recurso oferece ao médico um detalhamento maior da cavidade do coração.

O software desenvolvido no Centro de Inovação e Saúde Digital da instituição possibilita o acesso digital aos órgãos do paciente, além de permitir que o cirurgião visualize lesões e identifique órgãos adjacentes que possam estar afetados. Para visualização das imagens em 3D, o cirurgião conta ainda com a tecnologia de óculos de realidade aumentada, que é totalmente “hands free” (sem uso de controles), sendo comandada por voz e gestos das mãos. “Além de trazer mais segurança para o paciente, com essa tecnologia o cirurgião consegue fazer um planejamento cirúrgico ainda mais preciso”, afirma o Dr. Schneidewind.