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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Instituto do Câncer recebe selo de reacreditação internacional

 

16/05/2024

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) e à Secretaria de Estado da Saúde de SP, recebe o selo de reacreditação da Joint Commission International (JCI), acreditação internacional que reconhece a excelência no atendimento e serviços oferecidos à população.

Em 2014, o Icesp foi o primeiro hospital da rede pública de saúde localizado na capital a ser acreditado pela organização. Desde então, a cada três anos, tem sido reacreditado pela organização, que é considerada uma das principais referências mundiais para atestar qualidade da assistência em saúde. A visita da JCI aconteceu no final de fevereiro e foram avaliados protocolos de tratamento, procedimentos, controle de infecções, manutenções de equipamentos, com o objetivo de promover a melhor experiência ao paciente.

Ao todo, o Instituto já está em sua quarta acreditação, com selos conquistados anteriormente nos anos de 2014, 2017 e 2021, o que reflete todo o comprometimento e capacitação dos profissionais que atuam na Instituição para garantir o melhor atendimento aos pacientes oncológicos.

“Este reconhecimento é resultado de todo o empenho dos profissionais que atuam no Icesp para garantir a melhor assistência ao paciente. Ao mantermos esta acreditação, não só demonstramos que atendemos todos requisitos em uma rigorosa avaliação, como também apresentamos as melhores práticas em qualidade e segurança e nos consolidamos como referência em Oncologia no mundo”, destaca o Prof. William Nahas, presidente do conselho diretor do Icesp.

“Com apenas 16 anos, o Icesp conquista sua 4º acreditação consecutiva pela Joint Commission International (JCI). Este ano, como único hospital do país, que atende integralmente pela rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS), com esta importante certificação. Um resultado que divulga, internacionalmente, a cultura de qualidade e segurança vigente no Instituto desde a sua implantação e que reflete o empenho de toda a comunidade Icesp, com as melhores práticas em assistência, ensino, pesquisa e gestão”, afirma a diretora executiva do Icesp, Joyce Chacon Fernandes.

Alguns números da JCI no Brasil e no mundo mostram a importância da reacreditação:

  • A Joint Commission International é referência em Qualidade e Segurança e atestou o comprometimento do Icesp com a sociedade brasileira.
  • Referente ao Programa Hospitalar, 678 instituições no mundo receberam o selo da JCI. No Brasil, há 73 instituições de saúde que possuem o selo, sendo 53 hospitais. Desse total, o Icesp é a única instituição que atende integralmente pela rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS).
  • No estado de São Paulo são 26 instituições com selo JCI, sendo 24 delas localizadas na capital.        

A Cura D'Alma






quarta-feira, 15 de maio de 2024

Tratamentos para o câncer de pulmão oferecidos no SUS estão defasados em 10 anos

 

15/05/2024

Dos hospitais que tratam pacientes com câncer de pulmão pelo SUS no Brasil, a maioria não oferece tratamentos já recomendados pela Comissão Brasileira de Avaliação de Tecnologias (Conitec) e por agências internacionais de referência. Além disso, os protocolos recomendados pelo Ministério da Saúde estão defasados em pelo menos uma década, não incluindo tratamentos mais modernos e efetivos desenvolvidos nos últimos anos. A constatação é de um novo levantamento realizado pelo Instituto Oncoguia que analisou padrões e diferenças no tratamento ofertado pelos hospitais oncológicos do SUS para pacientes em todo o país. O estudo foi apresentado durante o primeiro dia do 14º Fórum Nacional Oncoguia, evento já tradicional na agenda da organização que ocorreu em São Paulo nos dias 8 e 9 de maio.

O estudo se trata de uma nova versão do trabalho “Meu SUS é diferente do seu SUS”, publicado em 2017, que identificou que o tratamento oncológico dos tipos mais incidentes de câncer tratados no sistema público variam significativamente entre os hospitais, além de não cumprirem com o determinado nas Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDTs) estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS).

Para a atualização do levantamento, os primeiros dados divulgados são relativos ao câncer de pulmão, comparando os protocolos de tratamentos sistêmicos (quimioterapia, imunoterapia e terapia-alvo), que são mais facilmente reprodutíveis entre os hospitais oncológicos. O tumor é o 4º mais incidente no país, mas figura em primeiro lugar em número de mortes, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

“Sete anos se passaram e podemos ver que as desigualdades na oferta do tratamento seguem. No caso do câncer de pulmão, fica ainda pior pois não temos disponível para o paciente do SUS tratamentos que oferecem tempo de vida com qualidade. O meu SUS continua muito diferente do seu SUS”, antecipa Luciana Holtz, presidente e fundadora do Instituto Oncoguia, a respeito dos novos dados divulgados em 2024.

A equipe do Oncoguia entrou em contato com 268 hospitais habilitados em oncologia no Brasil para saber quais são os protocolos seguidos para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão. Destes, 64 hospitais responderam a pesquisa com documentos satisfatórios para a análise, que comparou os protocolos recebidos com três documentos de referência: as DDTs do Ministério da Saúde atualizada em 2014, a Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a escala ScoreCard MCBS da European Society for Medical Oncology (ESMO), que categoriza medicamentos oncológicos pelo seu benefício clínico e efetividade.

O levantamento constatou que apenas 22 hospitais, dentre os respondentes, conseguem oferecer 100% da DDT do Ministério da Saúde. Entre as principais faltas, destaca-se que quase nenhum hospital (98%) conta com tratamentos mais modernos e eficazes, como imunoterapia, considerada central no tratamento atual da doença.

Com relação à terapia-alvo, 49% dos hospitais respondentes não oferecem os medicamentos erlotinibe e gefitinibe, recomendados pelo Ministério da Saúde para o tratamento da doença avançada. As drogas são voltadas para pacientes com mutações de ativação do receptor de fator de crescimento epidérmico tirosina quinase (EGFR) e foram incorporadas ao SUS em 2013 e recomendadas pela DDT de 2014.

“Mesmo se tratando de medicamentos já considerados antigos, incorporados ao SUS há mais de 10 anos, vemos que os hospitais ainda não conseguem ofertar essas drogas, e isso se deve, em grande parte, a dificuldades de financiamento”, diz Helena Esteves, coordenadora de Advocacy do Oncoguia e uma das responsáveis pelo estudo.

Com relação à quimioterapia, 38% dos hospitais respondentes não oferecem tratamentos dos níveis 4 e 5 (mais efetivos para os pacientes) da lista da ESMO. Ao analisar a disponibilidade de imuno e terapia-alvo, apenas 4% dos hospitais respondentes contam com medicamentos recomendados pela sociedade europeia para o tratamento de câncer de pulmão avançado.

Além disso, o levantamento também ressalta que nenhum hospital respondente apresenta o medicamento crizotinibe dentre as opções terapêuticas no seu protocolo. A medicação é voltada para pacientes com câncer de pulmão avançado com mutação no gene ALK e foi incorporada pelo MS em 2022, mas ainda não está de fato disponível no sistema de saúde, como mostra o levantamento.

Outro ponto de destaque é a desigualdade regional com relação à disponibilidade de tratamentos. Por exemplo, nenhum hospital da região Centro-Oeste oferece os tratamentos sistêmicos mais modernos, além de não se enquadrarem nas Diretrizes do Ministério da Saúde.

DDT de câncer de pulmão está defasada em uma década

Além da falta de uniformidade na oferta de medicamentos, o estudo do Oncoguia também identificou uma DDT defasada para o tratamento do câncer de pulmão.

O documento, elaborado em 2014, não inclui os tratamentos desenvolvidos na última década e que, por serem mais direcionados, geram menos internações, menores taxas de recidiva e de complicações, trazendo maior benefício clínico, tempo de vida e qualidade de vida aos pacientes.

“Estamos usando padrões de tratamento antigos e fracos como recomendação padrão para tratar os pacientes do SUS”, comenta o médico oncologista Fernando Moura, membro do comitê científico do Oncoguia e um dos responsáveis pelo estudo.

Além disso, a DDT também não conta com medicamentos já incorporados ao SUS, como o crizotinibe. Segundo o Oncoguia, a falta de acesso a medicamentos já recomendados para o sistema público, como mostra o estudo, acontece porque as incorporações desses medicamentos não foram acompanhadas das adequações necessárias para a oferta da droga, especialmente com relação a atualização da APAC (modelo de reembolso para tratamentos de alta complexidade), que não aconteceram.

“O que temos visto são incorporações de medicamentos pelo Ministério da Saúde, mas que não são seguidas de atualização do valor de reembolso para o tratamento da doença e reorganização das diretrizes do cuidado oncológico, o que na prática inviabiliza que os hospitais de fato disponibilizem aquela nova opção terapêutica no sistema público”, enfatiza Helena Esteves.

A Cura D'Alma




terça-feira, 14 de maio de 2024

Moinhos de Vento cria ambulatório de saúde mental para atender profissionais de saúde e voluntários no RS

14/05/2024


Hospital Moinhos de Vento criou o Ambulatório Virtual à Saúde Mental nas Enchentes (AVISAME-HMV) para atender colaboradores do hospital, profissionais de saúde e voluntários envolvidos na assistência e cuidados às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Os atendimentos serão realizados de forma virtual por psicólogos e psiquiatras da instituição.

O ambulatório permanecerá aberto enquanto houver procura por acompanhamento. O Gerente Médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, Felipe Cabral, explica que os atendimentos serão baseados nas técnicas de psicoterapia breve e manejo farmacológico. “Estamos enfrentando um momento muito difícil. As tragédias geram um impacto emocional muito grande em todos os envolvidos. Por isso, queremos oferecer suporte e ferramentas emocionais para que as pessoas possam lidar com essa situação da melhor forma”, comenta.

A iniciativa surgiu da necessidade de cuidar de quem está na linha de frente, para evitar a sobrecarga emocional. “Quem está acolhendo e atendendo as vítimas das enchentes também está sujeito a impactos emocionais significativos. Nosso objetivo é contribuir para a manutenção de uma linha de frente em condições de enfrentar esses desafios”, ressalta o psiquiatra do Hospital Moinhos de Vento, Alexandre Schmidt.

Cada ser humano reage de maneira diferente diante de situações adversas, baseado nas próprias experiências e estado emocional. Por isso, de acordo com a psiquiatra do Hospital Moinhos de Vento, Lorena Caleffi, é importante estar atento aos sentimentos e conversar sobre eles. “A carga emocional traz essa sensação de trauma que está todo mundo vivendo. E ver o que está acontecendo também sobrecarrega quem está ajudando diretamente às vítimas. Os voluntários precisam estar atentos aos seus limites e nós precisamos cuidar de quem está cuidando das pessoas”, orienta.

Agendamento dos atendimentos

A equipe de psiquiatras e psicólogos voluntários está disponibilizando horários semanais para os atendimentos, que ocorrerão via telemedicina. Os agendamentos poderão ser realizados pelo link aqui.

A Cura D'Alma




 

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Santa Casa BH: Escritório de Gestão de Altas aumenta oferta de leitos SUS e gera economia

 

13/05/2024


Com o compromisso de oferecer cada vez mais saúde de ponta para todos, a Santa Casa BH criou em julho de 2023, o primeiro Escritório de Gestão de Altas (EGA) de Minas Gerais, um serviço multiprofissional que auxilia a equipe que assiste o paciente a planejar e executar a alta hospitalar em menor tempo. Essa metodologia visa contribuir diretamente para mitigar o problema da disponibilidade limitada de leitos – sobretudo no Sistema Único de Saúde (SUS) – além de trazer outros benefícios operacionais e financeiros. A Santa Casa BH, em apenas cinco meses, após a implementação do EGA, já apresenta esses resultados, que incluem mais eficiência dos serviços prestados e uma economia de mais de R$ 280 mil.

A superintendente assistencial da instituição, Raquel Brant, explica que, inicialmente, foi feito um projeto piloto do EGA no setor de Nefrologia, onde a média de permanência de internação foi reduzida de nove para seis dias, enquanto a produção da unidade aumentou em 50%. “Com isso, expandimos a metodologia da gestão de altas para outras áreas do hospital, o que refletiu em, aproximadamente, 1.150 novas internações em apenas cinco meses, isso significa que mais pessoas estão tendo acesso a uma saúde de qualidade, sem que fosse necessário aumentar o número de leitos ou de equipes. É um resultado extraordinário”, afirma Raquel.

Os impactos positivos na esfera financeira também foram um dos principais resultados do Escritório de Gestão de Altas, uma vez que o subfinanciamento é um desafio crônico das instituições filantrópicas que atendem o SUS. “Otimizando o processo de altas, conseguimos reduzir o valor de R$ 280 mil em diárias desperdiçadas, gerando economias que podem ser revertidas em investimentos na melhoria dos serviços”, pontua Raquel.

O processo de implementação do EGA na Santa Casa BH contou com a consultoria da Eficiência Hospitalista, empresa que atua na implementação do Escritório de Gestão de Altas no Brasil, a partir de uma experiência na Mayo Clinic, nos EUA, eleito o melhor hospital do mundo. O CEO, André Wajner, traz um panorama da metodologia.

“De maneira coordenada e planejada, a equipe multiprofissional responsável pelo EGA identifica, precocemente, os pacientes que terão dificuldade para a desospitalização. Com isso, de forma sincronizada com as áreas de apoio, a internação é feita com mais agilidade e menos obstáculos para alta. O serviço assegura, ainda, a continuidade do cuidado, proporcionando uma transição suave do hospital para o ambiente domiciliar ou de cuidados prolongados, promovendo a recuperação do paciente”, diz Wajner. Os efeitos desse trabalho, segundo o CEO, são sentidos nas emergências e nas filas de cirurgias eletivas, por exemplo, já que a oferta de leitos aumenta, ajudando a desafogar a demanda por atendimentos.

Raquel Brant ressalta que, no contexto da Santa Casa BH, uma instituição que conta com o maior hospital de alta complexidade 100% SUS de Minas Gerais, que atende 90% dos municípios do estado e dispõe de 1.153 leitos, havia a necessidade de se pensar em soluções que contribuíssem para o maior acesso de pacientes. “Somos o segundo maior hospital do Brasil em número de internações e, foi pensando em toda essa relevância para o sistema de saúde, que percebemos que precisávamos inovar em nossos processos e fluxos assistenciais, ampliando o atendimento de qualidade à população”, comentou a superintendente.

Ela finaliza dizendo que, além de tudo, o EGA, vem tornando a experiência dos usuários dos serviços de saúde muito mais agradável. Como a jornada do paciente dentro do hospital é complexa e exige uma coordenação cuidadosa entre diversas equipes, a instituição envolve não só os profissionais no processo de alta, mas também o paciente e seus familiares. “Eles se tornam participantes ativos no seu próprio cuidado”, conclui Raquel.

Reconhecimento do poder público

Diante dos resultados expressivos e dos impactos na assistência aos pacientes do SUS, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas publicou, em março de 2024, a nota técnica nº 3/SES/SUBRAS-SPAH-DAHUE-VALORA/2024, onde recomenda a implantação do Escritório de Gestão de Altas nos hospitais que fazem parte do programa Valora Minas, que tem como objetivo qualificar a assistência, ampliar o acesso e responder às demandas e necessidades da população mineira, mediante a otimização da alocação de recursos e a vinculação dos repasses aos resultados assistenciais e ao valor entregue à população.

A Cura D'Alma




sexta-feira, 10 de maio de 2024

Dia Mundial do Lúpus: estudo traça panorama da doença na população brasileira

 

10/05/2024




O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica, em que o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis do corpo. Segundo especialistas, ainda há uma carência de dados que mostrem a realidade da doença no Brasil e no mundo. Mas, um novo estudo, que analisou o panorama da doença na população brasileira entre os anos de 2000 e 2019, aponta que a principal causa de morte associada à doença foi infecção, seguido de complicações cardiovasculares e renais.

Grande parte dos pacientes analisados pelo estudo morreu entre 19 e 50 anos de idade, em contraste com a população geral, na qual os óbitos foram mais comuns em indivíduos com mais de 50 anos. Dados coletados no DATASUS para formular a pesquisa, indicam que as causas podem estar relacionadas ao baixo controle da atividade da doença, assim como o uso em longo prazo e altas doses de certas classes de medicamentos que podem aumentar esse risco.

“Os dados sobre mortalidade e suas causas em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico são escassos e refletem muitas vezes a realidade parcial em vários locais do mundo e aqui no Brasil não é diferente. Muito do que se sabe hoje é oriundo de pesquisas em países desenvolvidos, o que reflete distintas condições culturais e socioeconômicas. Neste contexto, este estudo buscou refletir a realidade do Brasil de uma maneira global, usando dados de milhares de pacientes que utilizam nosso Sistema Único de Saúde, buscando avaliar os principais fatores associados à mortalidade dos pacientes, comparando com dados da população geral.” – declara Odirlei Monticielo, reumatologista, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um dos pesquisadores do estudo.

Embora haja pesquisas sobre o lúpus no Brasil, os registros regionais ou nacionais de LES no Brasil eram escassos. Algumas barreiras aos registros da doença no país são a falta de mão de obra especializada. Isso impacta milhares de pacientes, inclusive, com diagnóstico tardio, já que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada pelo IBGE, estima-se que existam de 150.000-300.000 pacientes adultos com lúpus, sendo a sua maioria do sexo feminino.

“A jornada do paciente com lúpus continua sendo um grande desafio, desde o diagnóstico tardio até o tratamento adequado. É fundamental discutir o assunto e fornecer informação de qualidade para sensibilizar sobre as dificuldades enfrentadas e ajudar a transformar a realidade desses pacientes. Estudos como este não apenas revelam estatísticas de mortalidade, mas também trazem a reflexão de como a comunidade médica pode se mobilizar a fim de melhorar o caminho de quem vive com a doença.” – afirma Karina Fontão, diretora médica da AstraZeneca Brasil.

Mais sobre o estudo

A pesquisa também mostra que, ao longo dos anos, as mortes em pacientes com lúpus aumentaram, totalizando 1.778 em 2019. A análise da base de dados extraída do Sistema Único de Saúde (SUS) identificou, entre 2000 e 2019, que dos 74.330 pacientes com diagnóstico de lúpus, 89,9% eram do sexo feminino, sendo quase metade deles com idade entre 26 e 45 anos. Em relação à mortalidade, foram 24.029 óbitos registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) no mesmo período, sendo a maioria ocorrendo na região Sudeste, enquanto o Norte e Centro-Oeste tiveram os valores mais baixos.

a-c Indicar p < 0,05 entre as diferentes regiões de cada grupo (óbitos na população geral e óbitos na população com LES). % de mortes no LES. População: Em relação à população total. Não foi possível estimar a população com LES no Brasil

No mesmo estudo, observou-se que distúrbios renais e cardiovasculares foram a segunda e terceira causa de morte em pacientes com lúpus, no Brasil, respectivamente.

O estudo concluiu que pacientes com lúpus apresentaram maior mortalidade em comparação com a população em geral, portanto a importância de políticas públicas que promovam o diagnóstico precoce, o tratamento e a prevenção são necessárias e urgentes.

“Ao nos depararmos com os dados, percebemos que ainda é necessário estabelecer estratégias para o manejo da condição da doença e aprimoramento das terapias para controle do lúpus. Somente dessa forma conseguiremos reduzir danos e suscetibilidade a infecções e aumentar a expectativa de vida desses pacientes.” – comenta Odirlei.

Mais sobre o lúpus

O lúpus eritematoso sistêmico (LES), geralmente conhecido como lúpus, é uma doença autoimune crônica debilitante que afeta não só a saúde do paciente, mas traz impactos em diversas áreas da vida, como social, econômica e psicológica.

De acordo com dados da Federação Mundial do Lúpus (WLF), uma pesquisa global envolvendo aproximadamente 5.000 indivíduos diagnosticados com lúpus destacou que mais de 6 em cada 10 pessoas (cerca de 61,6%) que vivenciam a condição relataram ter enfrentado algum tipo de impacto psicológico significativo.

Além disso, os resultados também apontaram que 8 em cada 10 pessoas diagnosticadas expressaram interesse em participar de grupos de apoio voltados para o cuidado da saúde emocional e mental.

Os sintomas podem variar amplamente de caso para caso, mas, geralmente, incluem fadiga, dor e edema nas articulações, lesões cutâneas, febre, emagrecimento, entre outros. O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, histórico médico, exames de sangue e avaliação dos sintomas.

O tratamento pode incluir medicamentos para controlar a inflamação e suprimir o sistema imunológico, além de medidas para controlar os sintomas e promover o bem-estar geral do paciente.

10 de maio – Dia Mundial do Lúpus

O Dia Mundial do Lúpus foi estabelecido em 2004 pela World Lupus Federation (WLF) como forma de chamar a atenção para o impacto que a doença tem sobre as mais de 5 milhões de pessoas afetadas globalmente. Este ano, a WLF pede ao público mundial, incluindo aqueles que vivem com lúpus, seus amigos e familiares, que aumentem a conscientização e compartilhem fatos sobre a doença nas redes sociais e em suas comunidades.

Campanha Lúpus: A Marca da Coragem

A campanha Lúpus: A Marca da Coragem, idealizada pela biofarmacêutica AstraZeneca, tem como objetivo alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e e das opções terapêuticas para o controle do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), além de alertar diretamente o paciente para o conhecimento e a identificação dos sintomas mais característicos da doença na pele.

A Cura D'Alma




quinta-feira, 9 de maio de 2024

Hospital Ernesto Dornelles aumenta segurança e eficiência com automatização de gestão de escalas

 

09/05/2024

A adoção da solução da Stargrid pelo instituto de saúde de Porto Alegre trouxe mais celeridade para esse processo, crucial para garantir o pleno atendimento ao paciente.


Não há instituição de saúde que funcione sem o time assistencial. Por outro lado, organizar os horários de toda essa equipe conforme as necessidades de cada turno e especialidade é um desafio para os responsáveis pela área. A gestão da força de trabalho consiste em um dos processos mais críticos da jornada, afetando diretamente o atendimento do paciente. Tradicionalmente,  é feito manualmente, com planilhas, memorandos, bilhetes e até acordos verbais, o que pode criar um ambiente bastante conturbado com falta de profissionais para atender a demanda, elevadas taxas de absenteísmo, falta de adequação às normas trabalhistas e insatisfação dos colaboradores.

 Foi exatamente visando transformar esse cenário e garantir que os recursos humanos fossem distribuídos equilibradamente, considerando as necessidades individuais, que o Hospital Ernesto Dornelles, instituição privada de saúde, de Porto Alegre (RS), através do seu Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde (CitS), adotou uma solução de Workforce Management, que incorpora a inteligência artificial para otimizar os processos e a criação de escalas. Desenvolvida pela Stargrid, startup que faz parte do ecossistema de tecnologias e serviços da Salux, a plataforma, por meio da análise preditiva e do aprendizado de máquina, consegue diminuir a demanda dos gestores na produção de escala, desenvolvendo a mesma em apenas alguns minutos. Com isso, é possível antecipar demandas futuras, prever padrões e auxiliar os gestores na tomada de decisões estratégicas.

De acordo com Eduardo Henrique de Franceschi, coordenador de Recursos Humanos do Hospital Ernesto Dornelles, antes da adoção da Stargrid, a gestão de escalas era feita em papel e em algumas planilhas Excel, processo que tomava muito tempo dos responsáveis pela atividade. Eram necessários de dois a três dias para fazer a escala de 200 colaboradores, por exemplo. Atualmente, em cerca de 45 minutos o processo é concluído.  

“Isso foi um ganho muito grande e ficamos muito felizes com a solução encontrada, pois tínhamos na instituição um problema de desperdício de tempo e também de satisfação do colaborador, como solicitações de folgas que não eram atendidas. Além disso, por ser tudo muito manual e moroso, algumas vezes perdia-se o controle de quando se daria uma folga para a beneficie do colaborador, porque a informação ficava dispersa em um monte de papel”, ressalta. 

A solução entrou em operação em 2022. Atualmente duas grandes áreas assistenciais (UTI e emergência), que envolvem mais de 600 colaboradores, utilizam a Stargrid. Mas a ideia é expandir gradualmente a utilização para toda a instituição, que conta com mais de 1,8 mil pessoas em seu time assistencial. Tanto gestores como colaboradores, têm a tecnologia literalmente nas palmas das mãos para resolver essas questões. O profissional acessa a plataforma e recebe as validações nela mesma. Tudo de forma transparente e ágil. 

Essas mudanças trouxeram vantagens para todos os envolvidos: equipe assistencial, instituição de saúde e até o próprio paciente, gerando economias consideráveis em indicadores importantes. O uso da plataforma StarGrid impactou em indicadores de desempenho e auxiliou na redução da taxa de absenteísmo nas duas unidades de terapia intensiva. Após 12 meses da implantação, em uma unidade onde a taxa era de 6,51%, o índice foi reduzido para 2,03%. Já na outra, o absenteísmo caiu 6,30% para 2,94% após a implementação efetiva. Tudo isso impacta diretamente na quantidade de horas extras; observando uma redução significativa em uma das unidades de R$ 19 mil para R$ 1,1 mil, e na outra unidade de R$ 6 mil para R$ 1,2 mil, respectivamente. Além disso, há também impactos em banco de horas, turnover, passivos judiciais e desperdício de tempo em geral, que demostram o quanto uso da tecnologia equilibra o investimento e os resultados. 

Segundo Sabrina Capeletti, enfermeira coordenadora UTI e UCE do Hospital Ernesto Dornelles, a migração do papel para 100% digital ocorreu gradualmente e envolveu um tempo de maturação da solução e de aprendizado dos próprios colaboradores. “Em parceria com o setor de recursos humanos, após todos os colaboradores cadastrados na plataforma e treinados para o uso da ferramenta, iniciamos o gerenciamento das escalas com StarGrid, que funciona da seguinte forma: cada um solicita suas folgas e suas preferências e a plataforma gera a escala respeitando todas as normas trabalhistas. O colaborador não visualiza as escala dos seus colegas, somente recebe suas folgas diretamente no aplicativo”, complementa. 

Sabrina também reforça que uma das vantagens  mais importantes agregadas pela adoção da plataforma foi a minimização do risco judicial e financeiro que escalas mal elaboradas podem causar à qualquer instituição. “Passamos a seguir criteriosamente a legislação. No momento que coloco os critérios, como uma folga a cada seis dias trabalhados, por exemplo, o app já sinaliza quando extrapolamos essa regra. Isso nos ajuda a andarmos ‘na linha’ e evitar problemas lá na frente”, reforça.

Vale ressaltar que com essa gestão automatizada da força de trabalho ampliou-se a disponibilidade do enfermeiro para assistência à beira leito, agregando valor ao trabalho desse profissional. 

A Cura D'Alma




quarta-feira, 8 de maio de 2024

Mamografia na região Sudeste está 48,9% abaixo do recomendado pela OMS

 

08/05/2024

A cobertura de mamografias para rastreio do câncer de mama no Sudeste foi de apenas 22,1% entre 2021 e 2022, apresentando uma queda de 6,2% em comparação ao período de 2015 a 2016. Os dados foram divulgados pelo Panorama do Câncer de Mama, levantamento realizado pelo Instituto Avon em parceria com o Observatório de Oncologia com base em informações do DATASUS, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS). O indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a cobertura mamográfica alcance pelo menos 70% da população-alvo para realização dos exames – no caso do Brasil, mulheres entre 50 e 69 anos.

O estado com maior taxa de cobertura na rede pública da região foi São Paulo (26,6%), seguido por Espírito Santo (21%), Minas Gerais (20%) e Rio de Janeiro (13,1%). Apesar dos índices também estarem muito abaixo do recomendado pela OMS, o Sudeste foi a segunda região do Brasil com os melhores indicadores em termos de cobertura de exames de rastreio para câncer de mama, ficando atrás apenas da região Sul (24,3%). A região Norte apresentou o menor índice com 10,1%, seguida do Centro-Oeste (12,7%) e do Nordeste (19,9%).

“Dados como esses são fundamentais para compreender onde a rede pública de saúde desses estados deve investir esforços para ampliar e aprimorar o atendimento à população feminina de cada local, contribuindo, também, para expandir a conscientização sobre saúde das mamas e a importância da detecção precoce da doença. De acordo com a OMS, 35% das mortes pela condição podem ser reduzidas se os exames de rastreio forem realizados regularmente. Além disso, quando o diagnóstico é obtido ainda em estágio inicial, as chances de cura chegam a 95%, o que também melhora a qualidade de vida da paciente”, explica Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.


Entre 2015 e 2022, o Sudeste apresentou o maior número de casos novos de câncer de mama do país, com 168.637 registros – correspondente a 45% do total nacional, o que pode estar relacionado ao fato da região ter a maior população do país. São Paulo foi o estado com mais casos novos do território brasileiro, com 12.613 notificações, seguido por Minas Gerais, com 7.333. No mesmo período, a região também liderou no número de internações e pacientes diagnosticados com a doença com 50,2% do total nacional. São Paulo é responsável por 25,4% desse número – o que corresponde a 135.130 mil procedimentos e cerca de 90.986 pacientes estimadas. Em segundo e terceiro lugar, estão Minas Gerais (12,1%) e Rio de Janeiro (10%).

Em relação aos procedimentos para tratamento da doença, São Paulo (25,4%) e Minas Gerais (11,9%) foram os estados que mais realizaram quimioterapia nas pacientes de câncer de mama em comparação ao restante do Brasil. Ambos os estados também encabeçaram a lista nacional com o maior número de radioterapias feitas durante o período, com percentuais de 24,2% e 13,7% do total nacional de procedimentos realizados, respectivamente.

Além disso, o maior percentual nacional de óbitos pela doença também foi concentrado no Sudeste (49,6%) entre 2015 e 2022. São Paulo é o estado com o maior número de notificações do país, com 25,6% dos óbitos, seguido por Minas Gerais (13%) e Rio de Janeiro (9,3%). Em contraponto, São Paulo empatou com o Rio Grande do Sul com o menor percentual de diagnósticos em estadiamento 3 ou 4– os níveis mais graves da doença – com 33% dos resultados entre 2015 e 2021.

“O Brasil é um país continental e diverso, por isso a atenção oncológica em cada região precisa ser planejada e executada de maneira direcionada às necessidades loco regionais. Precisamos, com urgência, trabalhar intensamente para que todas as brasileiras, independentemente de raça, classe social, local de residência e questões econômicas, tenham acesso à informação sobre a importância de realizar os exames preventivos e, sobretudo, que possam ter garantia de acesso igualitário à cobertura de mamografia, diagnóstico precoce e tratamento adequado e oportuno de qualidade”, diz Catherine Moura, médica sanitarista e líder do Observatório de Oncologia.

Impacto da pandemia na cobertura mamográfica da região

Entre 2020 e 2022, 50,2% do total de mamografias realizadas no Brasil foi na região Sudeste. São Paulo foi o estado que apresentou o maior número de mamografias aprovadas nessa época no país, o equivalente a 29,5% do total nacional, seguido por Minas Gerais com 12,5%.

No entanto, no auge da pandemia de Covid-19, em 2020, a região apresentou uma queda de 41% na realização dos exames para rastreio de câncer de mama em comparação a 2019. O Rio de Janeiro foi o estado mais impactado do Sudeste, com uma redução de 47,2%, seguido do Espírito Santo (46,4%), Minas Gerais (44,1%) e São Paulo (36,8%).

A pesquisa

Para a construção do Panorama do Câncer de Mama, foi realizado um estudo observacional transversal com informações públicas dos Sistemas de Informação Ambulatorial (SIA), Hospitalar (SIH) e Mortalidade (SIM) do DATASUS e de Registros Hospitalares de Câncer (RHC) do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Originalmente lançada em 2022, a plataforma agora conta com dados atualizados e melhor funcionalidade. Além disso, ela deve ser alimentada anualmente com novas informações fornecidas pelo Ministério da Saúde.

A Cura D'Alma




terça-feira, 7 de maio de 2024

Hospital da Baleia investe em tecnologia para humanizar a experiência do paciente oncológico

 

07/05/2024

Hospital da Baleia, instituição que atende pacientes oncológicos via SUS em Belo Horizonte, firmou parceria com a healthtech Nilo, com o objetivo de humanizar a experiência do paciente oncológico, além de garantir prazos, otimizar o processo de atendimento, desde a captação até o acompanhamento durante o tratamento, priorizando a eficiência e a comunicação clara e engajada por intermédio da tecnologia.

Com o compromisso da excelência na oferta de cuidado aos pacientes, o hospital busca aprimorar ainda mais seus processos, visando promover uma experiência de cuidado mais próxima, integrada e personalizada para todos os pacientes atendidos pelo hospital.

Por intermédio da plataforma e toda tecnologia nela envolvida, será possível realizar a captação dos pacientes encaminhados pelas secretarias de saúde dentro do prazo estipulado, além de realizar a manutenção do engajamento e navegação do paciente a cada 14 dias, conforme protocolo estabelecido.


“Estamos apostando na entrega de uma assistência contínua e de qualidade em todas as etapas do tratamento, fortalecendo ainda mais nosso compromisso com a saúde e o bem-estar de todos”, afirma Alice Dias, Gestora do Cuidado do Hospital da Baleia.

O Hospital atende a mais de 30 especialidades médicas e conta com mais de 300 médicos em seu Corpo Clínico, todos reconhecidos em suas respectivas áreas. Com mais de 132 mil consultas e atendimentos laboratoriais, o hospital é referência para todo o tratamento dos pacientes. A instituição oferece um Serviço de Apoio ao Diagnóstico abrangente, que vai desde simples exames de sangue até exames de imagem, garantindo uma abordagem completa e integrada para as necessidades diagnósticas dos pacientes.

A Cura D'Alma




segunda-feira, 6 de maio de 2024

Agência Nacional de Saúde (ANS) adia início de novas regras de inadimplência para planos de saúde

25/04/2024

Agora, o início da resolução ficou fixado para 1.º de setembro deste ano

 A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) adiou o início de vigência da Resolução Normativa (RN) 593/2023, que estabelece novas regras para tratar a inadimplência em planos de saúde, incluindo exclusão, suspensão ou rescisão de contrato. Agora, o início da resolução ficou fixado para 1.º de setembro deste ano.

Em comunicado, a ANS afirma que o adiamento dará mais prazo para o desenvolvimento de material informativo que esclareça dúvidas que possam surgir com as mudanças criadas pela resolução. Além disso, ele visa a dar tempo adicional para as operadoras se adaptarem às novas regras. Com as novas diretrizes em vigor, os planos de saúde terão que contatar o beneficiário para discutir a inadimplência até o 50º dia de atraso no pagamento, antes de considerar qualquer exclusão, suspensão ou rescisão unilateral do contrato.

Alterações no contrato em decorrência da inadimplência só serão válidas se a operadora conceder prazo de dez dias, após o 50º dia de atraso, para que o pagamento pendente seja efetuado, contando a partir do momento em que o beneficiário é contatado.

A exclusão do beneficiário ou a suspensão e rescisão unilateral do contrato por inadimplência só poderão ocorrer após pelo menos duas mensalidades não pagas, consecutivas ou não, num período de 12 meses. Cabe à operadora comprovar a notificação da situação de inadimplência. Novas formas de contato serão permitidas, como e-mails, mensagens de texto e telefonemas. Só serão aceitas as notificações por SMS ou aplicativo se o destinatário responder, confirmando que recebeu a mensagem.
Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 25 de abril de 2024 08h53


A Cura D'Alma