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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Instituto Butantan deve pedir registro de nova vacina contra a dengue até julho

 

02/02/2024

Desde 2009, pesquisadores do Instituto Butantan estudam a produção de nova vacina contra a dengue. O imunizante se encontra atualmente em fase final de ensaios clínicos – em junho, o último paciente voluntário a receber a dose experimental completa cinco anos de acompanhamento. A previsão do instituto é que, entre junho e julho, o pedido de registro seja submetido para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Maior produtor de vacinas e soros da América Latina e principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Butantan é responsável pela maioria dos soros utilizados no país contra venenos de animais peçonhentos, toxinas bacterianas e o vírus da raiva. Também responde por grande volume da produção nacional de vacinas – produz, por exemplo, 100% das doses contra o vírus influenza usadas na Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.

Classificada pelo próprio Butantan como problema de saúde pública no Brasil, a dengue contabiliza um total de quatro sorotipos. O tipo 3, que não circulava de forma epidêmica no país há mais de 15 anos, voltou a registrar casos. Quem pega dengue uma vez, portanto, pode ser reinfectado por outro sorotipo. Quando isso acontece, o quadro pode evoluir para o que é popularmente chamado de dengue grave, com risco aumentado de morte do paciente.

Tetravalente e dose única

A vacina em desenvolvimento pelo Butantan, assim como a Qdenga, do laboratório japonês Takeda, é tetravalente e contém os quatro tipos do vírus atenuados. “Por estarem enfraquecidos, os vírus atenuados induzem a produção de anticorpos sem causar a doença e com poucas reações adversas”, destacou o instituto. O imunizante brasileiro, entretanto, conta com um diferencial: será administrado em dose única, contra as duas doses necessárias da Qdenga.

Produção

O caminho para a produção da vacina inclui os seguintes passos: o cultivo do vírus atenuado em células Vero do macaco verde africano, técnica amplamente conhecida e estudada pela ciência, segundo o Butantan; o material é purificado e segue para formulação; em seguida, é feita a liofilização, processo que transforma o líquido em pó; por fim, é criado o diluente para ser adicionado ao pó no momento da aplicação da vacina.

Eficácia

No caso da vacina contra a dengue do Butantan, a dose é feita em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH) e a farmacêutica MSD. Os ensaios clínicos, neste momento, estão na fase 3. O imunizante foi administrado em mais de 16 mil pessoas e, atualmente, a equipe acompanha os últimos voluntários incluídos. Os estudos mostram os seguintes resultados:

– Fase 1 do ensaio clínico: 100% de geração de anticorpos em pessoas que já tiveram dengue e 90% de geração de anticorpos em indivíduos que nunca haviam tido contato com o vírus.

– Fase 2 do ensaio clínico (voluntários receberam duas doses): 100% de taxa de soroconversão após a primeira dose em pessoas que já tiveram dengue e 92,6% de taxa de soroconversão em indivíduos que nunca foram infectados. Oitenta por cento dos voluntários produziram anticorpos contra os quatro sorotipos.

– Fase 3 do ensaio clínico (dados primários): 79,6% de eficácia geral, 89,2% de eficácia naqueles que já tinham contraído dengue e 73,5% de eficácia em quem nunca teve contato com o vírus.

“Das mais de 10 mil pessoas que receberam o imunizante na fase 3, apenas três (menos de 0,1%) apresentaram eventos adversos graves e todos se recuperaram totalmente. A frequência de eventos adversos foi semelhante entre as três faixas etárias (2-6, 7-17 e 18-59 anos)”, informou o Butantan.

Anvisa

A Anvisa informou já ter se reunido com o Instituto Butantan para tratar da vacina contra dengue que vem sendo desenvolvida pelo laboratório. A atual fase 3 de pesquisa clínica é classificada pela agência como “etapa essencial” para definir de forma científica o perfil de segurança e eficácia da dose.

“Durante a reunião, a equipe do Butantan apresentou alguns dados preliminares do estudo clínico que ainda está em andamento. À medida que o estudo clínico avançar, novos dados e informações complementares poderão ser apresentados pelo instituto para discussão com a Anvisa, com vistas à futura aprovação da vacina, caso os resultados clínicos comprovem sua segurança e eficácia.”

Chikungunya

Em dezembro, o instituto enviou à Anvisa pedido de registro definitivo para uso no Brasil de sua candidata à vacina contra o chikungunya, desenvolvida em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. O imunizante se mostrou seguro e imunogênico em dois ensaios clínicos de fase 3, sendo o segundo coordenado pelo Instituto Butantan em voluntários adolescentes no Brasil.

O estudo mostrou que a vacina induziu a produção de anticorpos neutralizantes em 98,8% dos voluntários. Em novembro, o imunizante foi aprovado para uso nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana.

Casos

Nas primeiras semanas de 2024, o Brasil registrou um acumulado de 243.721 casos prováveis de dengue. Há ainda 24 mortes confirmadas e 163 em investigação. Com base nos números, a incidência da dengue no país é de 120 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

No balanço anterior, o país registrava 15 mortes e 217.841 casos prováveis da doença. Havia ainda 149 óbitos em investigação.

Dados do Ministério da Saúde mostram ainda que nas primeiras semanas de 2024 foram contabilizados 14.958 casos prováveis de chikungunya. Há ainda 3 mortes confirmadas e 12 em investigação. A incidência da doença no país é de 7,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

No balanço anterior, o país contabilizava 12.838 casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Haviam sido confirmadas 3 mortes pela doença e 11 estavam em investigação. (Com informações da Agência Brasil)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Centro de Traumatologia e Ortopedia é inaugurado no Hospital Ernesto Dornelles

30/01/2024

Em 23 de janeiro, o Hospital Ernesto Dornelles lançou o seu Centro de Traumatologia e Ortopedia (CTO) em cerimônia que contou com a presença da Diretoria da Instituição, Corpo Clínico, presidência da AFPERGS e entidades parceiras. Odacir Rossato, superintendente executivo do HED, iniciou o evento abordando a importância do novo espaço e do comprometimento do Hospital em se tornar cada vez mais moderno e envolvido com melhorias para trazer ainda mais qualidade nos atendimentos de seus pacientes. “O Hospital Ernesto Dornelles lança hoje um espaço inovador, funcional e acolhedor para as demandas de ortopedia e traumatologia. Um projeto pensado em oferecer atendimento de excelência e integrado. Estamos trabalhando para tornar o HED um dos hospitais mais modernos e completos do Rio Grande do Sul”. Na sequência, o coordenador da Perspectiva Assistencial do HED, Dr. Airton Bagatini, que representou a superintendência médica na ocasião, reforçou a importância do lançamento. “O Centro de Traumatologia e Ortopedia trará mais agilidade nos atendimentos e resolutividade. Um espaço completo e moderno que trará ainda mais qualidade nos atendimentos”.

O espaço irá oferecer pronto atendimento em todas as subespecialidades da área: ortopedia geral, coluna, ombro, cotovelo, joelho, mão, quadril, microcirurgia, cirurgia do pé e tornozelo, atendendo todos os casos (desde os mais simples aos mais complexos). O local visa atender pacientes eletivos e pronto atendimento, de modo a promover a recuperação funcional e a mobilidade do paciente. Além do atendimento ambulatorial, a especialidade realiza procedimentos minimamente invasivos, cirurgias por vídeo, implante de próteses e atende os traumas ortopédicos no Serviço de Emergência do HED. Para o Dr. Sandro Costa, gestor do Centro de Traumatologia e Ortopedia do HED, o CTO foi pensado para suprir uma demanda. “ Em 2023 a especialidade de Traumatologia e Ortopedia realizou 2.863 cirurgias. Foi a especialidade que mais realizou procedimentos cirúrgicos na Instituição”. Além disso, o novo Centro conta com equipe de excelência. “O atendimento será feito por equipe multidisciplinar e profissionais especializados. Contamos com cirurgiões de Coluna, Ortopedia e Traumatologia Geral, Joelho, Mão, Ombro e Cotovelo, Pé e Tornozelo e Quadril”, completa.
Acesso facilitado a exames complementares e atendimento integrado às demais áreas do HED também são diferenciais. A nova estrutura conta com consultório de atendimento de emergência, consultórios de atendimentos eletivos, guichês na recepção, sala de procedimentos com 3 boxes individuais, sala de gesso, 2 salas de espera, acesso facilitado para entrada de macas e entradas e saídas distintas para atendimentos eletivos e pronto atendimentos. “Toda essa estrutura foi pensada para trazer o melhor do atendimento de Traumatologia e Ortopedia para a comunidade. Nossa especialidade atua no aparelho locomotor, sendo nosso propósito manter a vida do paciente em movimento”, completou o gestor.

O Centro de Traumatologia e Ortopedia (CTO), que inicia os atendimentos (particular e por convênio) no próximo dia 29, está localizado no andar térreo do Centro Clínico do Hospital Ernesto Dornelles (Av. Ipiranga, 1801).


A Cura D'Alma




 

HC e Butantan lançam MBA para formação de líderes de Inovação em Saúde

 

01/02/2024



O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), juntamente com a Escola de Educação Permanente (EEP), e em parceria com o Instituto Butantan, está lançando um MBA em Gestão da Inovação em Saúde, cujas inscrições vão até 24 de fevereiro de 2024. Idealizado por especialistas em saúde e membros do Centro de Inovação do HCFMUSP, o curso faz parte do programa “HC LÍDER”, que tem por objetivo promover lideranças em diferentes áreas que valorizem a inovação e o empreendedorismo nos negócios.

O programa é destinado a empresários, executivos, gestores, líderes e pesquisadores que atuam ou pretendem participar das definições estratégicas de inovação em instituições de ciência e tecnologia, incubadoras, aceleradoras, empresas, governo e startups, ou para investidores ou profissionais que se interessam pela inovação e desejam se preparar para transformar pesquisas em soluções e negócios inovadores para o mercado da saúde.

Linda Bernardes, coordenadora acadêmica do MBA e responsável também pelo Laboratório de Empreendedorismo e Inovação em Saúde da Escola Paulista de Medicina da Unifesp lembra que durante a pandemia as fragilidades do sistema nacional de saúde ficaram evidentes e a urgência em solucionar os problemas decorrentes da Covid-19 alertou para a necessidade de fomentar ainda mais a cultura do empreendedorismo e de inovação em saúde.

Embora o Brasil tenha avançado muito na saúde com profissionais capacitados e conhecimento, persistem fragilidades econômicas enormes, formando um cenário onde “o Brasil ainda não tem autonomia científica e tecnológica desejável, e não há muitos investimentos para atender a suas próprias demandas com inovação e tecnologia”. Para a coordenadora, “é preciso estimular os profissionais da saúde para avaliar o que fazer para melhorar o sistema, baratear o custo e dar maior qualidade de vida para o paciente”.

No curso, os profissionais vão aprender por meio de ferramentas, desde o conhecimento dos aspectos regulatórios e de qualidade, registro de patentes, até a compreensão completa da trilha de inovação, ou seja, passando da bancada de pesquisa ao mercado. “Falar em mercado na universidade pública ainda é um tema difícil para muitos. Por isso, nosso objetivo é aproximar o mercado da universidade e fazer com que aprendam juntos”.

Empreendedorismo e inovação

Hoje, grande parte de toda a pesquisa produzida está nas universidades, principalmente nos programas de pós-graduação onde os pesquisadores têm a cultura de trabalhar da bancada até o artigo publicado. “Precisamos transformar teses e dissertações em aplicações práticas na sociedade e no mercado. Temos que estimular a cultura de empreendedorismo científico para formar pessoas para que ao chegar a uma solução inovadora possam colocá-la em prática fazendo com que o produto chegue à prateleira”, afirma Bernardes.

Para Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan e do Centro de Excelência em Novos Alvos Moleculares (CENTD), uma das idealizadoras do curso e coordenadora pelo Instituto Butantan, ainda há um gap no país quando se trata de agregar valor às ideias e na cadeia de inovação. “Nossas escolas ainda não incorporaram o tema na grade curricular, nossos estudantes não são treinados para empreendedorismo nem para empreendedorismo científico, também não são treinados para preparar projetos de inovação. Tampouco a pós-graduação preenche esta lacuna, de forma que os profissionais vão ter contato com o tema, já quando se inserem no mercado de trabalho, caso este exija, ou vão aprender, às vezes de forma empírica, quando decidirem empreender por sua própria conta”.

O tema da inovação nas empresas também passou a ser discutido não faz muito tempo no país, prossegue Tavassi. “A lei de inovação é de 2005 e muitos aprendizados precisam ainda ser incorporados e, sem dúvida, os profissionais necessitam ter a possibilidade de formação específica. “As empresas farmacêuticas do país estão avançando para um novo panorama, a indústria para ser competitiva e forte, cada vez mais precisa incorporar tecnologias modernas e certamente precisa absorver profissionais preparados para enfrentar desafios globais. As empresas buscam filões importantes para seus negócios e cada vez mais vão precisar de gente capacitada para estabelecer rotas e processos em cada uma das etapas do desenvolvimento de um produto ou serviço, para alcançar a sustentabilidade do setor”, conclui ela.

Assim, este MBA, parceria entre HC e Instituto Butantan, pretende preencher esta lacuna, oferecendo treinamentos que permitam ao profissional enfrentar estes desafios com grande autonomia tendo a chance de se destacar no setor e promover mudanças positivas onde ele estiver. Trata-se de um curso já testado, cujo piloto ocorreu no Instituto Butantan e formou de 2013 a 2021 mais de 200 pessoas que hoje se destacam no ramo da inovação e liderança.

Segundo o professor Roger Chammas, professor Titular de Oncologia da FMUSP, gestor do Centro de Pesquisa Translacional em Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, e coordenador do MBA, o curso vai permitir que as pessoas explorem suas ideias e tenham a oportunidade de estar próximas de onde elas vão aplicar o conhecimento, o que poderá ser, por exemplo, o embrião de uma startup. “Sem contar que, pelo fato de o curso ter a chancela de duas instituições de referência, propicia um enorme potencial de campo de prática para avaliação do produto final”.

Chammas também ressalta que o objetivo do curso não é formar gestores e sim, estudar o processo de gestão e transformar os pesquisadores em inventores, empresários e CEOs. “O aluno vai entender a importância do processo de diagnóstico ou de um novo produto terapêutico ou de um novo imunobiológico dentro de um contexto que será útil para a entrada do produto no mercado”, afirma.

Curso na prática

O MBA em Gestão da Inovação em Saúde acontece na modalidade ensino a distância (EAD), com aulas em transmissão ao vivo e gravadas. Com 12 meses de duração e 460 horas de carga horária, o curso é dividido em três ciclos: “Gestão dos Processos de Inovação em Saúde”, “Gestão de Pesquisas e Projetos Inovadores – da bancada ao mercado” e “Gestão de Pesquisas e Projetos Inovadores – da ideia ao produto”. Conta ainda com o Módulo TCC que visa desenvolver habilidades em gestão, empreendedorismo e inovação, capacitando os participantes para estruturar ideias e planos de negócios voltados à solução de problemas reais e à criação de startups inovadoras. Ao término do ciclo, os participantes apresentam, por meio de um pitch, seus projetos a uma banca experiente. Os projetos aprovados terão a chance de acelerar suas propostas no ambiente de Inovação do Hospital das Clínicas (InovaHC). Inscrições no site.

A Cura D'Alma




quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Mamografia: negras e pardas enfrentam discriminação

 

31/01/2024

Já é sabido que o câncer de mama é o tipo que mais afeta as mulheres brasileiras e, quanto mais cedo for descoberto, maiores são as chances de cura. Na semana em que se celebra o Dia Nacional da Mamografia e o Dia do Mastologista, a Sociedade Brasileira de Mastologia do Rio de Janeiro (SBM-RJ) faz um alerta sobre a discriminação enfrentada por mulheres negras e pardas durante o tratamento da doença e também no acesso para exames.

De acordo com Maria Júlia Calas, presidente da SBM-Rio, que coordenou o estudo, o levantamento teve por objetivo entender as experiências de mulheres negras e pardas durante o tratamento e os resultados demonstraram que das 236 entrevistadas, 41% se identificaram como pretas ou pardas e destas, cerca de 20% relataram ter sofrido discriminação devido à sua raça ou etnia durante o tratamento. “Esse estudo é de extrema importância, pois precisamos entender o que acontece com cada paciente nessa navegação do diagnóstico ao tratamento. Esses relatos não são só preocupantes, são inaceitáveis”, afirma a mastologista, anunciando que, por conta disso, a pesquisa ainda permanecerá em andamento para que possa alcançar um número maior de pacientes.

Segundo a médica, outro fator que chamou a atenção foi o fato de que, mesmo entre aquelas que afirmaram não terem sentido discriminação, o racismo estrutural pode estar presente de maneiras sutis e prejudiciais. “Numa sociedade como a nossa, como podemos mensurar isso? Por isso temos que continuar ouvindo essas mulheres”, diz.

A presidente destaca ainda que, embora a luta contra o câncer de mama seja desafiadora, é essencial que as mulheres se unam para enfrentar não apenas a doença em si, mas também as desigualdades e preconceitos que possam surgir no processo. “Com a pandemia, detectamos um aumento de 26% nos casos de estágio mais avançado e, embora nos anos posteriores isso tenha amenizado, ainda estamos longe do ideal. Isso também tem a ver com acesso”, alerta.

Para ela, o Dia da Mamografia e o Dia do Mastologista são momentos de solidariedade e conscientização, portanto, propício para abordar temas que precisam de atenção de todos. “A SBM-Rio está comprometida em garantir que todas as mulheres, independentemente de sua raça ou orientação sexual, recebam o apoio e o tratamento de que precisam”, conclui Maria Júlia.


A Cura D'Alma




terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Incontinência urinária: saiba mais sobre o problema que afeta predominantemente as mulheres

29/01/2024
 


Urologista do Hospital São José alerta sobre causas, tratamento e prevenção da condição


Cerca de 10 milhões de pessoas sofrem de incontinência urinária (IU) no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O problema está associado à perda involuntária de urina pela uretra, podendo variar de pequenos escapes diários ou perda incontrolável de urina, mais comum em mulheres e idosos. Pensando nisso, convidamos o médico urologista do Hospital São José, Dr. Carlos Eduardo Scannavino, para alertar sobre o tema e frisar que não há motivos para vergonha, visto que a incontinência urinária tem controle e tratamento.

Muitas vezes os fatores de saúde e hábitos de vida contribuem para o desenvolvimento da incontinência urinária, como idade avançada, sedentarismo, obesidade, tabagismo, diabetes e menopausa, ou após cirurgias pélvicas.

Segundo o urologista, existem três tipos de incontinência urinária: por esforço, urgência e mista. A primeira delas acontece quando ocorre um escape de urina quando há um esforço físico, seja andar, correr, tossir ou espirrar. Já a incontinência urinária de urgência é o desejo repentino de urinar e contração involuntária da bexiga, gerando a incapacidade de controlá-la. Já a incontinência mista é a aparição dos dois tipos citados anteriormente.

O diagnóstico da condição é inicialmente clínico e com exames não invasivos. Uma boa história clínica, exame físico e o diário miccional são muito importantes. Ultrassonografia das vias urinárias e um exame de urina simples ajudam na exclusão de outras patologias que podem estar associadas ao trato urinário. Em casos mais graves ou que haja intervenção cirúrgica, o exame padrão para diagnóstico é a urodinâmica.

A incontinência urinária não é uma doença grave, mas nem por isso deve ser negligenciada. O urologista afirma que existem tratamentos para a condição. “A fisioterapia pélvica é o tratamento primário, e em caso de falência dessa abordagem, o tratamento cirúrgico estaria indicado. Na incontinência de urgência, além da fisioterapia é indicado o uso de medicações com o objetivo de diminuir a intensidade e duração das contrações involuntárias da bexiga”, explica.

Para o médico, a adoção de hábitos de vida saudáveis, como boa alimentação e realização de atividades físicas periódicas, fortalecimento da musculatura pélvica auxiliam na prevenção da incontinência urinária. “Infelizmente, as pacientes tem a qualidade de vida muito afetadas pela incontinência, sentem vergonha de sair de casa, têm medo de se urinar em público e constrangimento de usar fraldas. Então, o principal recado é buscar o quanto antes o atendimento de um urologista para o diagnóstico precoce e melhora dos resultados”, finaliza o profissional.


A Cura D'Alma





Volta às aulas: veja os cuidados para detectar alergias em crianças

 

30/01/2024


Pediatra alerta sobre problema comum na infância e os cuidados para melhorar a qualidade de vida dos pequenos


É chegada a volta às aulas, época em que as crianças têm contato com novos alimentos e passam boa parte do dia em um ambiente escolar. Esse período de adaptação vem preocupando quem tem filhos alérgicos. Afinal, cerca de 30% da população brasileira possui algum tipo de alergia, segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Para tratar do tema, a Dra. Natália Kopke, pediatra do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, esclarece dúvidas sobre agentes alergênicos e dá dicas para garantir o bem-estar das crianças.

A médica explica que existem três tipos de alergias: respiratória, alimentar e de pele. Nesse caso, a alergia respiratória engloba a rinite, que compromete as vias áreas superiores, e a asma ou bronquite, que implica as vias aéreas inferiores e os pulmões. “Os principais sintomas variam de acordo com o sítio acometido da alergia na criança. Por vezes, a alergia respiratória provoca coceira no nariz, na garganta e nos olhos, além do nariz escorrer de forma constante combinada a crise de tosse associada a falta de ar e chiado no peito”, pontua.

Já os sinais da alergia alimentar incluem sintomas gastrointestinais, dificuldade de ganhar peso, diarreia constante, sangramento nas fezes, dor e distensão abdominal. A pediatra explica que normalmente as alergias alimentares são ligadas à exposição ao leite de vaca e derivados, mas pode ser desencadeada por outros alimentos como ovo, amendoim, castanha e frutos do mar. Vale destacar que as reações alérgicas atingem cerca de 5% das crianças em idade escolar. Nesse período é comum descobrir o primeiro contato adverso a algum alimento alérgeno.

Agora a alergia de pele, conhecida como dermatite atópica, ocasiona aparecimento de manchas, ressecamento, coceira persistente e infecções secundárias na superfície da epiderme. A causa da dermatite ainda é desconhecida, porém alguns fatores de risco favorecem a irritação como suor excessivo, contato com calor, produtos não-hipoalergênicos, ansiedade e estresse.

É importante saber que o diagnóstico de alergia é clínico, combinado ao histórico familiar e teste cutâneo para avaliar as reações imediatas aos alergênicos. Infelizmente, essas alergias não têm cura, mas possuem tratamentos. O que se pode fazer é amenizar os sintomas alérgicos para melhorar o bem-estar do paciente. Sendo assim, é possível aumentar a qualidade de vida e conviver com os sintomas alérgicos controlados. É claro que sempre atento aos períodos do ano que uma crise alérgica pode ser mais severa, como o inverno, por exemplo.  

Por fim, a médica ressalta a importância do ambiente escolar limpo e higienizado para evitar o acúmulo de poeira. “O ideal é que as salas de aulas sejam bem arejadas, sem carpetes, os filtros de ar-condicionado sejam limpos frequentemente. A biblioteca também é um ponto de atenção porque é um local que acumula ácaros nos livros que estão guardados há muito tempo”. Também é fundamental educar seu filho sobre a condição alergênica que ele possui. “Dê autonomia à criança e explique a ela suas restrições. É mais seguro que seu filho saiba que não pode chegar perto de algum alimento alergênicos ou identificar alguma reação quando está longe dos pais”, completa a profissional.

A Cura D'Alma




WCM aponta Unimed como líder mundial entre cooperativas de saúde

 

                         
Omar Abujamra Junior
30/01/2024

O World Cooperative Monitor (WCM) 2023 revela que, por mais um ano, a Unimed é líder global do cooperativismo no ramo de saúde, educação e assistência social. O sistema de cooperativas médicas brasileiras destacou-se com um volume de negócios duas vezes maior do que o da segunda colocada (US$ 15,61 bilhões x US$ 7,74 bilhões), conforme o levantamento realizado pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e pelo Instituto Europeu de Pesquisa em Cooperativas e Empreendimentos Sociais (Euricse).

No ranking das 300 maiores cooperativas do mundo que inclui todos os setores e considera o volume de recursos movimentados sobre o PIB per capta dos países em que atuam, o Sistema Unimed ficou em 4° lugar, totalizando US$ 2,02 bilhões em negócios. No total, esse ranking possui 21 cooperativas brasileiras.

“O resultado mostra que o Sistema Unimed, há mais de 50 anos, produz saúde no Brasil, realizando, todos os dias, mais de 1,5 milhão de procedimentos, como atendimentos, consultas, exames e tratamentos. O modelo cooperativista permite que a Unimed esteja presente em mais de 90% dos municípios brasileiros, oferecendo cuidados médicos de qualidade para os nossos beneficiários e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que atuamos”, destaca o presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior.

A Cura D'Alma