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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

InCor incorpora nova tecnologia para remoção de CO2 com diálise em ventilação protetora

 

05/02/2024

O InCor acaba de incorporar uma nova tecnologia para remoção de dióxido de carbono (CO2) em pacientes sob ventilação mecânica como estratégia de proteção pulmonar, indicada para casos de hipercapnia.


Os casos registrados pelo InCor foram em pacientes com a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) grave, em tratamento na UTI Respiratória. Conforme uma das preocupações em relação ao uso da ventilação mecânica protetora é o risco do acúmulo de CO2 no sangue, gerando a acidose respiratória, a equipe de médicos e enfermeiros utiliza uma nova tecnologia para permitir a estratégia protetora.
Esta foi primeira vez que a terapia de remoção de CO2 (ECCO2R) com o dispositivo Prismalung+ da Baxter, combinado com a terapia de substituição renal contínua (CRRT, do inglês Continuous Renal Replacement Therapy), foi realizada por um hospital nas Américas.

“Este caso indica a preparação e conexão das equipes assistenciais que atuam na UTI Respiratória do InCor que, desde o seu primeiro dia de funcionamento, há 40 anos, se estabeleceu como referência nacional e mundial em cuidados a pacientes de alto risco. Este tipo de terapia demanda conhecimento e base técnica de ponta para que seja aplicado no tratamento intensivo de pacientes”, ressalta Prof. Dr. Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, diretor da divisão de Pneumologia do InCor e responsável pela UTI Respiratória, onde o procedimento foi realizado.

O trabalho envolve profissionais da divisão de pneumologia e da área de nefrologia do InCor, formada por médicos e enfermeiros especializados. “O uso desta técnica foi possível por conta da modernização do parque tecnológico de equipamentos para diálise, com o que há de melhor ao nível mundial. Este processo trará mais segurança aos procedimentos em pacientes críticos que necessitam de suportes renal e respiratório” explica a Dra. Maristela Carvalho da Costa, Coordenadora da Nefrologia do Instituto do Coração (InCor).

Outro diferencial no procedimento é o uso da anticoagulação regional com citrato, uma substância segura que pode ser alternativa à heparina nos casos em que há riscos ao paciente. O tema entrará em estudo por grupo coordenado pelo Dr. Marcelo Amato, supervisor da UTI-Respiratória, com o objetivo de desenvolver um protocolo de anticoagulação do circuito de diálise com remoção de CO2. “O estudo terá como objetivo mostrar que o uso de citrato durante a diálise de um paciente com quadro respiratório grave auxilia na proteção pulmonar, evitando o risco de acúmulo de CO2 no organismo e poupando os pulmões. Estamos em busca de desenvolver novas tecnologias para UTI”, explica Amato.

Conexão entre os rins, coração e pulmões

Os especialistas explicam que o tratamento de pacientes internados em UTI com problemas pulmonares ou cardiológicos não é feito de forma isolada e inclui cuidados com os rins, devido à relação entre esses órgãos. “Se os rins não estão funcionando adequadamente, o coração e os pulmões poderão ser impactados, e o mesmo vale para quando pulmões ou coração estão comprometidos”, explica Dra. Maristela Carvalho da Costa.

Estudos¹ mostram que a injúria renal aguda (IRA) é uma complicação que pode ocorrer em cerca de 20% dos pacientes hospitalizados e em 30% a 50% das internações em unidades de terapia intensiva (UTI). A perda da função renal leva a uma resposta inflamatória e acúmulo de substâncias que podem afetar a função pulmonar, além de prolongar a necessidade de ventilação mecânica.

“Por conta desse efeito cascata, o tratamento intensivo aos pacientes engloba estratégias protetoras para minimizar os impactos nos órgãos, melhorando o quadro do paciente e a qualidade de vida para o período pós-internação”, finaliza a médica nefrologista.

A Cura D'Alma




domingo, 4 de fevereiro de 2024

Pronto Atendimento da Casa de Saúde São José agora conta com a especialidade Cirurgia Geral

 

02/02/2024


Emergência do hospital carioca também oferece atendimento 24 horas em Clínica Médica, Cardiologia, Ortopedia e Onco-Hematologia, além de especialidades de apoio 


O Pronto Atendimento da Casa de Saúde São José, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro, está ainda mais completo, contando com a especialidade Cirurgia Geral no plantão 24 horas. Em casos de emergência que necessitam de cirurgia, não há tempo para esperar. Por isso, o Pronto Atendimento do hospital carioca passa a ter cirurgião geral na equipe médica.

A Cirurgia Geral compreende três áreas de atuação: cirurgias abdominais, cirurgias do trauma e videolaparoscópicas (procedimentos realizados de forma minimamente invasiva, com auxílio de uma pequena câmera para visualização dos órgãos internos).

Outras especialidades já fazem parte do Pronto Atendimento da São José, como Clínica Médica, Cardiologia, Ortopedia e Onco-Hematologia. O hospital também conta com emergência em Urologia, Neurologia (especializado em AVC), Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Vascular, Torácica, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia do Punho e da Mão, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Plástica e Neurocirurgia, com equipes de apoio (acionadas sob demanda).

Ao chegar no Pronto Atendimento, o paciente é recebido por profissionais que avaliam o quadro clínico individual, para assim, organizar o atendimento e priorizar os casos mais graves. São cinco níveis de classificação: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. Vermelho seria o caso mais crítico e urgente, que deve ser atendido na hora, até o azul que é menos grave e que pode ser encaminhado ao consultório.


A Cura D'Alma





sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Instituto Butantan deve pedir registro de nova vacina contra a dengue até julho

 

02/02/2024

Desde 2009, pesquisadores do Instituto Butantan estudam a produção de nova vacina contra a dengue. O imunizante se encontra atualmente em fase final de ensaios clínicos – em junho, o último paciente voluntário a receber a dose experimental completa cinco anos de acompanhamento. A previsão do instituto é que, entre junho e julho, o pedido de registro seja submetido para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Maior produtor de vacinas e soros da América Latina e principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Butantan é responsável pela maioria dos soros utilizados no país contra venenos de animais peçonhentos, toxinas bacterianas e o vírus da raiva. Também responde por grande volume da produção nacional de vacinas – produz, por exemplo, 100% das doses contra o vírus influenza usadas na Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.

Classificada pelo próprio Butantan como problema de saúde pública no Brasil, a dengue contabiliza um total de quatro sorotipos. O tipo 3, que não circulava de forma epidêmica no país há mais de 15 anos, voltou a registrar casos. Quem pega dengue uma vez, portanto, pode ser reinfectado por outro sorotipo. Quando isso acontece, o quadro pode evoluir para o que é popularmente chamado de dengue grave, com risco aumentado de morte do paciente.

Tetravalente e dose única

A vacina em desenvolvimento pelo Butantan, assim como a Qdenga, do laboratório japonês Takeda, é tetravalente e contém os quatro tipos do vírus atenuados. “Por estarem enfraquecidos, os vírus atenuados induzem a produção de anticorpos sem causar a doença e com poucas reações adversas”, destacou o instituto. O imunizante brasileiro, entretanto, conta com um diferencial: será administrado em dose única, contra as duas doses necessárias da Qdenga.

Produção

O caminho para a produção da vacina inclui os seguintes passos: o cultivo do vírus atenuado em células Vero do macaco verde africano, técnica amplamente conhecida e estudada pela ciência, segundo o Butantan; o material é purificado e segue para formulação; em seguida, é feita a liofilização, processo que transforma o líquido em pó; por fim, é criado o diluente para ser adicionado ao pó no momento da aplicação da vacina.

Eficácia

No caso da vacina contra a dengue do Butantan, a dose é feita em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH) e a farmacêutica MSD. Os ensaios clínicos, neste momento, estão na fase 3. O imunizante foi administrado em mais de 16 mil pessoas e, atualmente, a equipe acompanha os últimos voluntários incluídos. Os estudos mostram os seguintes resultados:

– Fase 1 do ensaio clínico: 100% de geração de anticorpos em pessoas que já tiveram dengue e 90% de geração de anticorpos em indivíduos que nunca haviam tido contato com o vírus.

– Fase 2 do ensaio clínico (voluntários receberam duas doses): 100% de taxa de soroconversão após a primeira dose em pessoas que já tiveram dengue e 92,6% de taxa de soroconversão em indivíduos que nunca foram infectados. Oitenta por cento dos voluntários produziram anticorpos contra os quatro sorotipos.

– Fase 3 do ensaio clínico (dados primários): 79,6% de eficácia geral, 89,2% de eficácia naqueles que já tinham contraído dengue e 73,5% de eficácia em quem nunca teve contato com o vírus.

“Das mais de 10 mil pessoas que receberam o imunizante na fase 3, apenas três (menos de 0,1%) apresentaram eventos adversos graves e todos se recuperaram totalmente. A frequência de eventos adversos foi semelhante entre as três faixas etárias (2-6, 7-17 e 18-59 anos)”, informou o Butantan.

Anvisa

A Anvisa informou já ter se reunido com o Instituto Butantan para tratar da vacina contra dengue que vem sendo desenvolvida pelo laboratório. A atual fase 3 de pesquisa clínica é classificada pela agência como “etapa essencial” para definir de forma científica o perfil de segurança e eficácia da dose.

“Durante a reunião, a equipe do Butantan apresentou alguns dados preliminares do estudo clínico que ainda está em andamento. À medida que o estudo clínico avançar, novos dados e informações complementares poderão ser apresentados pelo instituto para discussão com a Anvisa, com vistas à futura aprovação da vacina, caso os resultados clínicos comprovem sua segurança e eficácia.”

Chikungunya

Em dezembro, o instituto enviou à Anvisa pedido de registro definitivo para uso no Brasil de sua candidata à vacina contra o chikungunya, desenvolvida em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. O imunizante se mostrou seguro e imunogênico em dois ensaios clínicos de fase 3, sendo o segundo coordenado pelo Instituto Butantan em voluntários adolescentes no Brasil.

O estudo mostrou que a vacina induziu a produção de anticorpos neutralizantes em 98,8% dos voluntários. Em novembro, o imunizante foi aprovado para uso nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana.

Casos

Nas primeiras semanas de 2024, o Brasil registrou um acumulado de 243.721 casos prováveis de dengue. Há ainda 24 mortes confirmadas e 163 em investigação. Com base nos números, a incidência da dengue no país é de 120 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

No balanço anterior, o país registrava 15 mortes e 217.841 casos prováveis da doença. Havia ainda 149 óbitos em investigação.

Dados do Ministério da Saúde mostram ainda que nas primeiras semanas de 2024 foram contabilizados 14.958 casos prováveis de chikungunya. Há ainda 3 mortes confirmadas e 12 em investigação. A incidência da doença no país é de 7,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

No balanço anterior, o país contabilizava 12.838 casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Haviam sido confirmadas 3 mortes pela doença e 11 estavam em investigação. (Com informações da Agência Brasil)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Centro de Traumatologia e Ortopedia é inaugurado no Hospital Ernesto Dornelles

30/01/2024

Em 23 de janeiro, o Hospital Ernesto Dornelles lançou o seu Centro de Traumatologia e Ortopedia (CTO) em cerimônia que contou com a presença da Diretoria da Instituição, Corpo Clínico, presidência da AFPERGS e entidades parceiras. Odacir Rossato, superintendente executivo do HED, iniciou o evento abordando a importância do novo espaço e do comprometimento do Hospital em se tornar cada vez mais moderno e envolvido com melhorias para trazer ainda mais qualidade nos atendimentos de seus pacientes. “O Hospital Ernesto Dornelles lança hoje um espaço inovador, funcional e acolhedor para as demandas de ortopedia e traumatologia. Um projeto pensado em oferecer atendimento de excelência e integrado. Estamos trabalhando para tornar o HED um dos hospitais mais modernos e completos do Rio Grande do Sul”. Na sequência, o coordenador da Perspectiva Assistencial do HED, Dr. Airton Bagatini, que representou a superintendência médica na ocasião, reforçou a importância do lançamento. “O Centro de Traumatologia e Ortopedia trará mais agilidade nos atendimentos e resolutividade. Um espaço completo e moderno que trará ainda mais qualidade nos atendimentos”.

O espaço irá oferecer pronto atendimento em todas as subespecialidades da área: ortopedia geral, coluna, ombro, cotovelo, joelho, mão, quadril, microcirurgia, cirurgia do pé e tornozelo, atendendo todos os casos (desde os mais simples aos mais complexos). O local visa atender pacientes eletivos e pronto atendimento, de modo a promover a recuperação funcional e a mobilidade do paciente. Além do atendimento ambulatorial, a especialidade realiza procedimentos minimamente invasivos, cirurgias por vídeo, implante de próteses e atende os traumas ortopédicos no Serviço de Emergência do HED. Para o Dr. Sandro Costa, gestor do Centro de Traumatologia e Ortopedia do HED, o CTO foi pensado para suprir uma demanda. “ Em 2023 a especialidade de Traumatologia e Ortopedia realizou 2.863 cirurgias. Foi a especialidade que mais realizou procedimentos cirúrgicos na Instituição”. Além disso, o novo Centro conta com equipe de excelência. “O atendimento será feito por equipe multidisciplinar e profissionais especializados. Contamos com cirurgiões de Coluna, Ortopedia e Traumatologia Geral, Joelho, Mão, Ombro e Cotovelo, Pé e Tornozelo e Quadril”, completa.
Acesso facilitado a exames complementares e atendimento integrado às demais áreas do HED também são diferenciais. A nova estrutura conta com consultório de atendimento de emergência, consultórios de atendimentos eletivos, guichês na recepção, sala de procedimentos com 3 boxes individuais, sala de gesso, 2 salas de espera, acesso facilitado para entrada de macas e entradas e saídas distintas para atendimentos eletivos e pronto atendimentos. “Toda essa estrutura foi pensada para trazer o melhor do atendimento de Traumatologia e Ortopedia para a comunidade. Nossa especialidade atua no aparelho locomotor, sendo nosso propósito manter a vida do paciente em movimento”, completou o gestor.

O Centro de Traumatologia e Ortopedia (CTO), que inicia os atendimentos (particular e por convênio) no próximo dia 29, está localizado no andar térreo do Centro Clínico do Hospital Ernesto Dornelles (Av. Ipiranga, 1801).


A Cura D'Alma




 

HC e Butantan lançam MBA para formação de líderes de Inovação em Saúde

 

01/02/2024



O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), juntamente com a Escola de Educação Permanente (EEP), e em parceria com o Instituto Butantan, está lançando um MBA em Gestão da Inovação em Saúde, cujas inscrições vão até 24 de fevereiro de 2024. Idealizado por especialistas em saúde e membros do Centro de Inovação do HCFMUSP, o curso faz parte do programa “HC LÍDER”, que tem por objetivo promover lideranças em diferentes áreas que valorizem a inovação e o empreendedorismo nos negócios.

O programa é destinado a empresários, executivos, gestores, líderes e pesquisadores que atuam ou pretendem participar das definições estratégicas de inovação em instituições de ciência e tecnologia, incubadoras, aceleradoras, empresas, governo e startups, ou para investidores ou profissionais que se interessam pela inovação e desejam se preparar para transformar pesquisas em soluções e negócios inovadores para o mercado da saúde.

Linda Bernardes, coordenadora acadêmica do MBA e responsável também pelo Laboratório de Empreendedorismo e Inovação em Saúde da Escola Paulista de Medicina da Unifesp lembra que durante a pandemia as fragilidades do sistema nacional de saúde ficaram evidentes e a urgência em solucionar os problemas decorrentes da Covid-19 alertou para a necessidade de fomentar ainda mais a cultura do empreendedorismo e de inovação em saúde.

Embora o Brasil tenha avançado muito na saúde com profissionais capacitados e conhecimento, persistem fragilidades econômicas enormes, formando um cenário onde “o Brasil ainda não tem autonomia científica e tecnológica desejável, e não há muitos investimentos para atender a suas próprias demandas com inovação e tecnologia”. Para a coordenadora, “é preciso estimular os profissionais da saúde para avaliar o que fazer para melhorar o sistema, baratear o custo e dar maior qualidade de vida para o paciente”.

No curso, os profissionais vão aprender por meio de ferramentas, desde o conhecimento dos aspectos regulatórios e de qualidade, registro de patentes, até a compreensão completa da trilha de inovação, ou seja, passando da bancada de pesquisa ao mercado. “Falar em mercado na universidade pública ainda é um tema difícil para muitos. Por isso, nosso objetivo é aproximar o mercado da universidade e fazer com que aprendam juntos”.

Empreendedorismo e inovação

Hoje, grande parte de toda a pesquisa produzida está nas universidades, principalmente nos programas de pós-graduação onde os pesquisadores têm a cultura de trabalhar da bancada até o artigo publicado. “Precisamos transformar teses e dissertações em aplicações práticas na sociedade e no mercado. Temos que estimular a cultura de empreendedorismo científico para formar pessoas para que ao chegar a uma solução inovadora possam colocá-la em prática fazendo com que o produto chegue à prateleira”, afirma Bernardes.

Para Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan e do Centro de Excelência em Novos Alvos Moleculares (CENTD), uma das idealizadoras do curso e coordenadora pelo Instituto Butantan, ainda há um gap no país quando se trata de agregar valor às ideias e na cadeia de inovação. “Nossas escolas ainda não incorporaram o tema na grade curricular, nossos estudantes não são treinados para empreendedorismo nem para empreendedorismo científico, também não são treinados para preparar projetos de inovação. Tampouco a pós-graduação preenche esta lacuna, de forma que os profissionais vão ter contato com o tema, já quando se inserem no mercado de trabalho, caso este exija, ou vão aprender, às vezes de forma empírica, quando decidirem empreender por sua própria conta”.

O tema da inovação nas empresas também passou a ser discutido não faz muito tempo no país, prossegue Tavassi. “A lei de inovação é de 2005 e muitos aprendizados precisam ainda ser incorporados e, sem dúvida, os profissionais necessitam ter a possibilidade de formação específica. “As empresas farmacêuticas do país estão avançando para um novo panorama, a indústria para ser competitiva e forte, cada vez mais precisa incorporar tecnologias modernas e certamente precisa absorver profissionais preparados para enfrentar desafios globais. As empresas buscam filões importantes para seus negócios e cada vez mais vão precisar de gente capacitada para estabelecer rotas e processos em cada uma das etapas do desenvolvimento de um produto ou serviço, para alcançar a sustentabilidade do setor”, conclui ela.

Assim, este MBA, parceria entre HC e Instituto Butantan, pretende preencher esta lacuna, oferecendo treinamentos que permitam ao profissional enfrentar estes desafios com grande autonomia tendo a chance de se destacar no setor e promover mudanças positivas onde ele estiver. Trata-se de um curso já testado, cujo piloto ocorreu no Instituto Butantan e formou de 2013 a 2021 mais de 200 pessoas que hoje se destacam no ramo da inovação e liderança.

Segundo o professor Roger Chammas, professor Titular de Oncologia da FMUSP, gestor do Centro de Pesquisa Translacional em Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, e coordenador do MBA, o curso vai permitir que as pessoas explorem suas ideias e tenham a oportunidade de estar próximas de onde elas vão aplicar o conhecimento, o que poderá ser, por exemplo, o embrião de uma startup. “Sem contar que, pelo fato de o curso ter a chancela de duas instituições de referência, propicia um enorme potencial de campo de prática para avaliação do produto final”.

Chammas também ressalta que o objetivo do curso não é formar gestores e sim, estudar o processo de gestão e transformar os pesquisadores em inventores, empresários e CEOs. “O aluno vai entender a importância do processo de diagnóstico ou de um novo produto terapêutico ou de um novo imunobiológico dentro de um contexto que será útil para a entrada do produto no mercado”, afirma.

Curso na prática

O MBA em Gestão da Inovação em Saúde acontece na modalidade ensino a distância (EAD), com aulas em transmissão ao vivo e gravadas. Com 12 meses de duração e 460 horas de carga horária, o curso é dividido em três ciclos: “Gestão dos Processos de Inovação em Saúde”, “Gestão de Pesquisas e Projetos Inovadores – da bancada ao mercado” e “Gestão de Pesquisas e Projetos Inovadores – da ideia ao produto”. Conta ainda com o Módulo TCC que visa desenvolver habilidades em gestão, empreendedorismo e inovação, capacitando os participantes para estruturar ideias e planos de negócios voltados à solução de problemas reais e à criação de startups inovadoras. Ao término do ciclo, os participantes apresentam, por meio de um pitch, seus projetos a uma banca experiente. Os projetos aprovados terão a chance de acelerar suas propostas no ambiente de Inovação do Hospital das Clínicas (InovaHC). Inscrições no site.

A Cura D'Alma




quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Mamografia: negras e pardas enfrentam discriminação

 

31/01/2024

Já é sabido que o câncer de mama é o tipo que mais afeta as mulheres brasileiras e, quanto mais cedo for descoberto, maiores são as chances de cura. Na semana em que se celebra o Dia Nacional da Mamografia e o Dia do Mastologista, a Sociedade Brasileira de Mastologia do Rio de Janeiro (SBM-RJ) faz um alerta sobre a discriminação enfrentada por mulheres negras e pardas durante o tratamento da doença e também no acesso para exames.

De acordo com Maria Júlia Calas, presidente da SBM-Rio, que coordenou o estudo, o levantamento teve por objetivo entender as experiências de mulheres negras e pardas durante o tratamento e os resultados demonstraram que das 236 entrevistadas, 41% se identificaram como pretas ou pardas e destas, cerca de 20% relataram ter sofrido discriminação devido à sua raça ou etnia durante o tratamento. “Esse estudo é de extrema importância, pois precisamos entender o que acontece com cada paciente nessa navegação do diagnóstico ao tratamento. Esses relatos não são só preocupantes, são inaceitáveis”, afirma a mastologista, anunciando que, por conta disso, a pesquisa ainda permanecerá em andamento para que possa alcançar um número maior de pacientes.

Segundo a médica, outro fator que chamou a atenção foi o fato de que, mesmo entre aquelas que afirmaram não terem sentido discriminação, o racismo estrutural pode estar presente de maneiras sutis e prejudiciais. “Numa sociedade como a nossa, como podemos mensurar isso? Por isso temos que continuar ouvindo essas mulheres”, diz.

A presidente destaca ainda que, embora a luta contra o câncer de mama seja desafiadora, é essencial que as mulheres se unam para enfrentar não apenas a doença em si, mas também as desigualdades e preconceitos que possam surgir no processo. “Com a pandemia, detectamos um aumento de 26% nos casos de estágio mais avançado e, embora nos anos posteriores isso tenha amenizado, ainda estamos longe do ideal. Isso também tem a ver com acesso”, alerta.

Para ela, o Dia da Mamografia e o Dia do Mastologista são momentos de solidariedade e conscientização, portanto, propício para abordar temas que precisam de atenção de todos. “A SBM-Rio está comprometida em garantir que todas as mulheres, independentemente de sua raça ou orientação sexual, recebam o apoio e o tratamento de que precisam”, conclui Maria Júlia.


A Cura D'Alma




terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Incontinência urinária: saiba mais sobre o problema que afeta predominantemente as mulheres

29/01/2024
 


Urologista do Hospital São José alerta sobre causas, tratamento e prevenção da condição


Cerca de 10 milhões de pessoas sofrem de incontinência urinária (IU) no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O problema está associado à perda involuntária de urina pela uretra, podendo variar de pequenos escapes diários ou perda incontrolável de urina, mais comum em mulheres e idosos. Pensando nisso, convidamos o médico urologista do Hospital São José, Dr. Carlos Eduardo Scannavino, para alertar sobre o tema e frisar que não há motivos para vergonha, visto que a incontinência urinária tem controle e tratamento.

Muitas vezes os fatores de saúde e hábitos de vida contribuem para o desenvolvimento da incontinência urinária, como idade avançada, sedentarismo, obesidade, tabagismo, diabetes e menopausa, ou após cirurgias pélvicas.

Segundo o urologista, existem três tipos de incontinência urinária: por esforço, urgência e mista. A primeira delas acontece quando ocorre um escape de urina quando há um esforço físico, seja andar, correr, tossir ou espirrar. Já a incontinência urinária de urgência é o desejo repentino de urinar e contração involuntária da bexiga, gerando a incapacidade de controlá-la. Já a incontinência mista é a aparição dos dois tipos citados anteriormente.

O diagnóstico da condição é inicialmente clínico e com exames não invasivos. Uma boa história clínica, exame físico e o diário miccional são muito importantes. Ultrassonografia das vias urinárias e um exame de urina simples ajudam na exclusão de outras patologias que podem estar associadas ao trato urinário. Em casos mais graves ou que haja intervenção cirúrgica, o exame padrão para diagnóstico é a urodinâmica.

A incontinência urinária não é uma doença grave, mas nem por isso deve ser negligenciada. O urologista afirma que existem tratamentos para a condição. “A fisioterapia pélvica é o tratamento primário, e em caso de falência dessa abordagem, o tratamento cirúrgico estaria indicado. Na incontinência de urgência, além da fisioterapia é indicado o uso de medicações com o objetivo de diminuir a intensidade e duração das contrações involuntárias da bexiga”, explica.

Para o médico, a adoção de hábitos de vida saudáveis, como boa alimentação e realização de atividades físicas periódicas, fortalecimento da musculatura pélvica auxiliam na prevenção da incontinência urinária. “Infelizmente, as pacientes tem a qualidade de vida muito afetadas pela incontinência, sentem vergonha de sair de casa, têm medo de se urinar em público e constrangimento de usar fraldas. Então, o principal recado é buscar o quanto antes o atendimento de um urologista para o diagnóstico precoce e melhora dos resultados”, finaliza o profissional.


A Cura D'Alma