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quarta-feira, 19 de junho de 2024

A festa de aniversário

 

19/06/2024

No Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição (RJ), o movimento “O que importa para você?” rendeu uma linda história. O paciente Welison, de 6 anos, estava internado em período prolongado na pediatria e chateado, pois seu aniversário estava chegando e ele ainda não tinha alta médica prevista.

“Notamos que o paciente estava triste pela distância dos irmãos, amigos e por não poder comer o que queria. Como o aniversário dele estava se aproximando, perguntamos o que gostaria de ganhar de aniversário para ver se ele se animava um pouco. Então, Welison respondeu que nunca havia tido uma festa de aniversário”, conta Camila Ribas, Coordenadora de Enfermagem do HCNSC.

Depois da resposta, toda a equipe da pediatria se mobilizou para fazer uma festa surpresa: enfermagem, nutrição, copa, serviço social, médicos, portaria, limpeza etc.

No dia 27 de janeiro, quando ele voltou do Raio X, toda a sua família estava aguardando no quarto. Com direito a cachorro-quente, pipoca, presente e bolo temático do Naruto, o pequeno não conseguia esconder o largo sorriso de satisfação.

“Uma verdadeira festa! Depois desse reencontro, ele voltou a comer e se divertir com seus brinquedos e logo foi liberado de alta. Com essa experiência, podemos observar como pequenos gestos fazem a diferença, além da importância da presença da família no cuidado”, finaliza a coordenadora.


A Cura D'Alma





Primeira Eucaristia e Crisma no Hospital Santa Teresa

 

19/06/2024


Internada há alguns dias, a paciente Marlene Aguiar, de 52 anos, confessou um desejo à equipe de Pastoral e ao sacerdote Frei Fernando do Hospital Santa Teresa. Ela gostaria de receber a Primeira Eucaristia e ser crismada. Prontamente, a Pastoral da Unidade, juntamente com os médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem se mobilizaram para realizar o sonho da enferma.

Na manhã do último dia 28 de maio, foi celebrada uma Santa Missa em Ação de Graças pela Primeira Eucaristia e Crisma da dona Marlene, no box -06 do CTI São Judas Tadeu. Durante a celebração, era nítido a emoção da equipe de enfermagem do setor, assim como das demais equipes que se fizeram presentes.

"Foi uma honra poder participar desse momento tão importante para a Dona Marlene. A Missa e a comunhão são momentos de conexão com Deus e, poder proporcionar isso para a paciente que não tinha condições de ir à igreja foi emocionante!  Foi lindo ver algo que parecia ser tão distante, acontecendo ali: dentro da UTI, no leito da paciente! Gostaria de parabenizar a parceria da Pastoral e da equipe da UTI, que juntos tornaram um sonho possível', contou Erika Cristina Câmara Ribeiro, Enfermeira da UTI São Judas Tadeu.

No decorrer da Santa Missa, um misto de emoção e alegria, tomou conta de todos que estavam participando do momento. A Pastoral do Hospital preparou com muito carinho e afeto, um altar, para que Jesus pudesse se fazer presente na Eucaristia, pelas mãos consagradas do sacerdote Frei Fernando de Araújo, ofm.

“Eu costumo dizer que a minha vida profissional caminha junto com a minha vida religiosa e que vivo um sonho diário aqui e sou muito grata por isso. Porém, nunca poderia imaginar que enquanto colaboradora católica, Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão, pudesse um dia presenciar uma paciente em um leito da UTI, com seus olhos brilhantes, sendo tão grata por receber Jesus Cristo Eucarístico pela primeira vez e o sacramento da Crisma, além de poder vivenciar a santa missa celebrada dentro da unidade em uma benção sem tamanho”, relata Daiana Wepler, Técnica de Enfermagem 

O Coordenador de Pastoral, Daniel Silbernagel, ressalta e agradece o empenho da equipe de Enfermagem que conseguiu a liberação médica para que este sonho pudesse se concretizar.

“Agradeço ao Hospital Santa Teresa, em nome de sua Diretoria e das Irmãs de Santa Catarina, e a toda a equipe multidisciplinar do CTI São Judas Tadeu que, com carinho, me ajudaram a organizar o altar e os objetos sagrados para que esse sublime e tocante momento pudesse acontecer. O saudoso Papa João Paulo II já nos dizia sobre a importância da Eucaristia no ambiente hospitalar e na vida da Igreja: ‘Durante a celebração da Santa Missa, o Céu toca a terra e o milagre de Jesus Vivo e Ressuscitado na hóstia consagrada, se dá aos olhos de cada um de nós.’”, finaliza Daniel.


A Cura D'Alma




 

terça-feira, 18 de junho de 2024

Albert Einstein recebe certificação da Sociedade Americana de Oncologia

18/06/2024

Einstein foi certificado pela maior associação de oncologia dos Estados Unidos para tratamento de câncer. O programa se baseia na Iniciativa de Prática de Qualidade em Oncologia (QOPI)®, da ASCO (Sociedade Americana de Oncologia Clínica), e atesta que as práticas ambulatoriais de hematologia-oncologia do hospital atendem aos padrões reconhecidos internacionalmente para cuidados oncológicos seguros e de qualidade.

Com duração de três anos, a certificação se estende para as unidades privadas do Morumbi e Perdizes, além do serviço oncológico do Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, unidade pública gerida pela organização, em São Paulo. O hospital da rede municipal é a primeira instituição pública do país a receber o selo.

Para obter a certificação, as áreas de oncologia das três unidades participaram de uma avaliação voluntária abrangente do local e cumpriram com sucesso os padrões e objetivos especificados pelo Programa de Certificação QOPI®, que incluem: planejamento do tratamento oncológico; preparo, administração e monitoramento após quimioterapia; avaliação do bem-estar do paciente; treinamento dos profissionais e educação do paciente.


De acordo com Nam Jin Kim, diretor médico da Oncologia e Hematologia Einstein, o programa agregou valor ao dia a dia da assistência e favoreceu a padronização dos processos nas três unidades. “Estamos muito satisfeitos, sobretudo por conseguirmos refletir a mesma qualidade e segurança no cuidado aos nossos pacientes da rede privada para aqueles que atendemos no SUS. Isso faz com que possamos continuar cumprindo o propósito da organização, que é o de promover não só acesso, como também equidade na saúde”, afirma.

“Ao passar pelo processo de certificação, as práticas estão garantindo que os pacientes estejam no foco de seu trabalho, buscando melhores experiências e resultados para os pacientes”, diz o presidente do conselho da associação, Everett E. Vokes, MD, FASCO.

A Cura D'Alma




 

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Hospital Santa Izabel, da Bahia, inaugura Centro Cirúrgico oncológico

 

17/06/2024

O novo Centro Cirúrgico do Hospital Santa Izabel (HSI), da Santa Casa da Bahia,  interage com um campo da medicina no qual os tratamentos e uso de tecnologia estão em constante aperfeiçoamento. O projeto de concepção e implantação do espaço que, com infraestrutura completa, abriga oito salas cirúrgicas, SRPA (Sala de Recuperação Pós-Anestésica) e conforto médico, envolveu cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, arquitetos, engenheiros e equipe administrativa do hospital.

A configuração do centro no Cancer Center Santa Izabel e Oncoclínicas interligou a nova unidade às demais áreas do hospital. “Planejamos o layout de modo funcional para ofertar o melhor para a segurança do paciente e de todos que trabalharão no local”, afirmou José Antônio Alves, provedor da Santa Casa da Bahia. “É uma satisfação saber que nossos cirurgiões podem fornecer atendimento de excelência à nossa comunidade”, completou o provedor.

“O novo centro cirúrgico do hospital também está alinhado com o conceito de atendimento integral ao paciente oncológico que implementamos no Cancer Center”, afirma a oncologista Clarissa Mathias, chefe do Serviço de Oncologia do HSI e líder do Cancer Center.

Para otimizar o fluxo cirúrgico da unidade, o novo centro dispõe de duas salas compartilhadas para procedimentos de cirurgias assistidas por robô. Outro destaque do novo pavilhão são as plataformas de imagem digital, que permitem aos cirurgiões gerenciamento em tempo real e favorecem uma melhor abordagem, sobretudo nas intervenções complexas realizadas dentro de um ambiente de sala cirúrgica.


O design adotado garante flexibilidade à medida que as necessidades de cuidados evoluem no futuro. “Vamos otimizar os tempos cirúrgicos e ampliar a qualidade e segurança para nossos pacientes”, afirma o cirurgião geral Jorge Matheus, gerente técnico assistencial do HSI.

Alta demanda – O Santa Izabel passará a contar com 15 salas cirúrgicas no total. O volume cirúrgico do hospital cresce continuamente e é um dos maiores da rede hospitalar do Norte e Nordeste do país, abrangendo pacientes do SUS, privados e de operadoras de saúde suplementar.

Essa nova unidade faz parte de conjunto de investimentos estratégicos que vem sendo executado a partir da junção de forças do hospital na área oncológica com a Oncoclínicas. Parte desse projeto inclui ainda a inauguração neste mês de junho do Serviço de TMO (Transplante de Medula Óssea), demanda antiga da comunidade de saúde baiana.

Cirurgias robóticas – O novo centro cirúrgico vai impulsionar também o Programa de Cirurgia Robótica, que já beneficiou mais de 2.500 pacientes com intervenções seguras e eficientes realizadas por cirurgiões especializados. A expectativa agora é que esse avanço tecnológico contemple um número maior de pessoas, a partir da incorporação de uma segunda plataforma robótica, um marco inédito na rede hospitalar do Norte e Nordeste do país.

A cirurgia assistida por robô agrega vantagens aos benefícios da cirurgia minimamente invasiva. Ela permite, segundo os especialistas, maior precisão e segurança, incisões menores, menos sangramento e dor pós-operatória, além de tempos de hospitalização e recuperação mais curtos.

A Cura D'Alma





sexta-feira, 14 de junho de 2024

Hospital de Base de São José do Rio Preto realiza transplante de rim número 2.000; instituição o dobro de transplantes que média do Brasil

 

14/06/2024

O Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP), que integra o segundo maior complexo hospitalar do Estado de São Paulo, realizou o transplante de rim de número 2.000, o que reforça a condição do Serviço como um dos principais e mais bem estruturados do Brasil.
Apenas 12 instituições de saúde chegaram a 2.000 procedimentos no Brasil, sendo que, destas, somente três são do interior do país – Rio Preto, Campinas e Blumenau (SC). “Mais do que um número, este número significa que salvamos e melhoramos muito a qualidade de vida destas milhares de pessoas, o que recompensa todo o empenho e profissionalismo de nossa equipe multiprofissional”, afirmou o médico nefrologista Mário Abbud Filho, diretor do Centro Interdepartamental de Transplantes de Órgãos e Tecidos (Cintrans) do Hospital de Base/Famerp.
O transplante de rim 2.000 foi realizado, no dia 25 de maio, em Jorselino Souza Santos, de 47 anos, morador de Rio Preto. Nesta quarta-feira (12 de junho), ele teve alta hospitalar.

Hospital de Base de Rio Preto realiza mais do que dobro de transplantes da média do Brasil

O Hospital de Base não se destaca nacionalmente apenas pelos 2.000 procedimentos. O Serviço realiza 56 transplantes de rim por milhão de habitantes, mais do que o dobro da média do país, de 23,8 procedimentos por milhão. No ano passado, a equipe do HB transplantou órgãos em 124 pacientes da região noroeste do Estado. “Se nossa região fosse um Estado, seríamos os primeiros do Brasil. E se fôssemos um país, estaríamos no mundo atrás apenas do Estados Unidos (78 transplantes por milhão) e Espanha (72/milhão)”, ressalta Dr. Mario Abbud Filho.
Com os 56 transplantes por milhão, Rio Preto também apresenta um resultado 30% maior do que a média do Estado de São Paulo, de 43 procedimentos/milhão, segundo o último Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), de 2023.
O Serviço de Transplante possui equipe multidisciplinar completa, formada por nefrologistas, cirurgiões, equipe de enfermagem especializada, além de nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e profissionais de outras áreas do HB de Rio Preto, que integra o segundo maior complexo hospitalar do Estado de São Paulo.
Poucas instituições de saúde no Brasil dispõem da infraestrutura que permite ao HB realizar estes 2.000 procedimentos. O Serviço funciona na Unidade de Transplantes de Órgãos e Tecidos, que ocupa todo o 8° andar do Hospital de Base de Rio Preto, área total de 800m², reunindo 14 leitos para a recuperação dos pacientes após os transplantes.
Além de rim, o complexo formado pelo HB e Hospital da Criança e Maternidade (HCM) também realizam transplantes de fígado, córneas, medula óssea e coração infantil. Os transplantes de rim foram os primeiros a serem realizados na instituição em 1992. Nestes mais de 30 anos, o HB fez mais de 6.800 procedimentos.

Hospital de Base de Rio Preto integra o 2º maior complexo do Brasil

O Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto é o 2º maior hospital-escola do país em produção SUS, ligado à Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), uma das escolas de medicina públicas mais conceituadas do Estado de São Paulo. Com corpo clínico altamente qualificado e médicos reconhecidos nacionalmente, o HB se destaca pela alta tecnologia que oferece aos pacientes, dos quais, mais de 85% são do Sistema Único de Saúde (SUS).
O HB é uma das unidades da Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme), que reúne também o Hospital da Criança e Maternidade (HCM), o Ambulatório de Especialidades, o Instituto do Câncer (ICA), o Hemocentro de Rio Preto e a unidade do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro.
Em 2023, o HB realizou mais de 91 mil atendimentos, em 55 diferentes especialidades. A instituição conta com mais de 7.400 colaboradores, empenhados em oferecer um atendimento seguro, humanizado e individual à cada paciente. São mais de 570 médicos, 400 médicos residentes, 3.200 profissionais de enfermagem, além de 650 profissionais de outras especialidades da saúde, como fisioterapeutas, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, entre outros.
O HB possui 781 leitos, dos quais, 630 de enfermaria e 151 de UTI. Além disso, a instituição tem um dos maiores centros cirúrgicos do país, com 27 salas equipadas com alta tecnologia. Para comportar tamanha estrutura, o HB está localizado em um complexo hospitalar com mais de 100 mil m², na zona sul de Rio Preto, próximo a grandes rodovias que ligam às principais cidades dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.


A Cura D'Alma





quinta-feira, 13 de junho de 2024

Ministério da Saúde estima que cerca de 20 milhões de brasileiros sofram com asma

 

13/06/2024                        Dr. Mauro Zamboni

Pneumologista do Hospital Santa Teresa explica que fatores ambientais podem ajudar a desencadear crises

A asma é uma doença inflamatória da mucosa brônquica. Seu diagnóstico se baseia no quadro clínico, e deve ser confirmado através da Espirometria ou Prova de Função Respiratória. Há alguns sinais que sugerem o diagnóstico, como chiado no peito, falta de ar e aumento na secreção brônquica. A tosse e o aperto no peito também são sintomas comuns da doença.

Com o aumento da poluição urbana e a crescente preocupação com a qualidade do ar, a asma emerge como um desafio de saúde pública global. Esta condição respiratória crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo, de todas as idades. Neste cenário, a conscientização sobre a doença e a implementação de medidas preventivas tornam-se essenciais para melhorar a qualidade de vida dos afetados e reduzir sua carga global. O pneumologista do Hospital Santa Teresa, Dr. Mauro Zamboni, falou sobre a condição e seus desdobramentos.

“Os fatores ambientais têm papel importante como agentes desencadeantes da crise asmática.  São representados pela exposição à poeira, infecções virais, alérgenos como ácaros, pólen, pelo de animais, fumaça de cigarro, irritantes químicos e poluição ambiental. As mudanças climáticas, exercícios físicos vigorosos, estresse emocional e, até mesmo, alguns tipos de medicamentos também podem desencadear as crises”, esclarece o médico.

A identificação dos fatores de risco pode auxiliar na prevenção das crises. O controle do ambiente é importante para afastar o asmático dos potenciais agentes que desencadeiam as crises. A base para o tratamento da asma é o uso da associação de uma medicação anti-inflamatória – os corticosteroides e um broncodilatador, inalados.

“Uma crise de asma pode começar subitamente com chiado no peito, tosse e falta de ar. Outras vezes, pode surgir lentamente, com piora gradual dos sintomas. O tratamento da crise de asma depende de vários fatores, entre eles o mais importante é a intensidade. Na crise aguda e intensa o mais seguro é encaminhar o paciente para a emergência”, explica Dr. Mauro.

Os broncodilatadores têm como possíveis efeitos colaterais taquicardia, agitação, cefaleia e tremores finos das extremidades. Também podem causar tosse, rouquidão ou irritação na garganta.  Estes efeitos indesejados podem ser minimizados lavando-se bem a boca e gargarejando após o uso da medicação.

A doença não tem cura, mas é possível ter uma vida normal e manter um dia a dia comum e sem aborrecimentos causados por ela. É necessário, entretanto, atentar-se a alguns pontos para conservar a qualidade de vida.  Mudanças nos hábitos são armas contra a doença, como: não fumar, fazer exercícios físicos regulares, manter uma alimentação saudável e evitar a obesidade.

A remissão clínica e o controle da doença são os principais objetivos no seu tratamento. E quando ocorre observamos a diminuição dos sinais e sintomas já relacionados acima.  Os fatores de pior prognóstico, com menores chances de remissão, são a atopia, pais asmáticos, sintomas de início tardio, a presença de sibilos sem infecção das vias aéreas superiores e tabagismo passivo”, conta o especialista.


A Cura D'Alma






quarta-feira, 12 de junho de 2024

Hospital Universitário Cajuru reduz tempo de internação em 40% com IA

 

12/06/2024

Otimizar processos indica adotar práticas mais eficientes para alcançar melhores resultados. No Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), a implementação da inteligência artificial tem sido fundamental para reduzir o tempo de internação dos pacientes, assegurando todas as normas de segurança assistencial. A aplicação de uma ferramenta destinada à otimização dos processos tem contribuído para a rotina hospitalar, integrando dados de consulta médica, exames laboratoriais, procedimentos cirúrgicos e os prontuários completos dos pacientes.

Um ano após sua adoção, a média de permanência dos pacientes no hospital diminuiu de 6,6 para 4 dias, representando uma redução de quase 40%. “É uma grande redução de permanência. Quando a gente olha para o hospital, essa redução se traduz em eficiência operacional. Quando a gente olha para o paciente, oferecemos um desfecho mais rápido e, ao mesmo tempo, seguro, permitindo que ele retorne para casa mais cedo, beneficiando-se de um atendimento de mais qualidade”, avalia o coordenador do Centro Cirúrgico do Hospital Universitário Cajuru e do Hospital São Marcelino Champagnat, José Arthur Brasil.


Um exemplo prático para compreensão do uso desta tecnologia: um paciente vai ao Pronto- Socorro com queixa de dor abdominal. O paciente é jovem, do sexo masculino, sem comorbidades e procura atendimento num dia de semana pela manhã. Ele é atendido por um médico clínico do PS. Utilizando a ferramenta de IA, é possível analisar a trajetória desse paciente e de outros com características semelhantes, não apenas em relação à queixa abdominal, mas considerando também seu histórico epidemiológico.

“O objetivo desse tipo de ação é entregar um cuidado mais individualizado e aprimorado. Ao examinar os procedimentos dentro do hospital, podemos entender as prescrições habituais de medicamentos e exames, o tempo que o paciente fica no hospital, o intervalo para um diagnóstico definitivo e o que esse atendimento desencadeia ao longo da jornada do paciente. Isso nos permite otimizar processos. Do ponto de vista do paciente, cada vez que eu olho para o processo e apresento melhoria, eu entrego um atendimento de saúde de maior valor. Além de otimizar os procedimentos internos, conseguimos prover um atendimento melhor, baseado em coleta histórica de dado”, conclui.

Medicina olho no olho

A Inteligência Artificial por vezes é vista como algo que pode prejudicar a interação humana. Exemplos práticos que indicam o oposto. O cardiologista que atua nos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Gustavo Lenci Marques, emprega ferramentas de IA que trazem maior conexão com os pacientes. Dentro do consultório, ele utiliza a inteligência artificial generativa. Enquanto o paciente relata seu histórico de saúde e suas queixas, a ferramenta de IA absorve essas informações e as converte em texto. Assim, o médico não necessita fazer os registros manualmente durante a consulta, possibilitando um atendimento mais atencioso e direto.

“Em vez de ficar olhando para o computador, o médico pode manter contato visual com o paciente. Em vez de digitar a receita, o médico fala com o paciente, explicando, por exemplo, que ‘você deverá tomar tantos miligramas deste medicamento, tantas vezes ao dia’. A ferramenta de IA, ouvindo, transcreve essas orientações em uma receita. Isso beneficia imensamente o paciente, pois eleva a qualidade do atendimento recebido. E o médico também é beneficiado, pois não perde tempo com as tarefas burocráticas. Esse processo torna o atendimento mais eficiente e fortalece a relação entre médico e paciente”, reflete o cardiologista.

Para o médico, a IA faz parte do presente e, segundo ele, será a grande responsável pela evolução na medicina. “Estamos presenciando uma nova revolução. Nos anos 1990 e 2000, experimentamos a revolução da internet. Atualmente, estamos na era da revolução da inteligência artificial. Muitas pessoas temem essa mudança, mas é essencial reconhecermos a IA como uma ferramenta que potencializa a ação do médico, servindo de suporte, e não de substituição. Esse é o foco do nosso trabalho”, conclui o especialista.

A Cura D'Alma