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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Recife contará com programa de rastreamento do câncer de pulmão

 


O câncer de pulmão é a principal causa de mortalidade relacionada a câncer em todo o mundo, responsável por mais de 2 milhões de mortes por ano. No Brasil, são quase 30 mil mortes anuais por este tipo de câncer, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O câncer de pulmão chega a tirar mais vidas do que os cânceres de mama, colorretal e cervical combinados – tipos para os quais há programas de triagem e rastreamento populacional em muitos países.

O caráter silencioso da doença, devido à ausência de sintomas nos estágios iniciais, e a falta do rastreio como política pública são motivos para que o câncer de pulmão seja diagnosticado mais tardiamente, o que contribui para a letalidade da doença. Para colaborar com a mudança desse cenário, a farmacêutica Roche e o Real Hospital Português irão implementar um programa de rastreio do câncer de pulmão na unidade localizada no bairro Paissandu.

“A detecção precoce do câncer de pulmão é possível com a utilização da tomografia do tórax com baixa dose de radiação (TCBD), indicada para pessoas com mais de 50 anos, com histórico de ter fumado por pelo menos 20 anos, como preconiza a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (U.S. Preventive Services Task Force)”, explica Michelle França Fabiani, diretora médica da Roche Farma Brasil. Em estudo realizado nos Estados Unidos³, foi demonstrado que o uso da TCBD, em associação com medidas e campanhas de cessação do fumo, reduziu a mortalidade por câncer de pulmão em cerca de 20%, quando comparado ao uso da radiografia de forma isolada.


De acordo com dados do INCA, em Pernambuco foram diagnosticados 1.120 novos casos de câncer de pulmão em 2020, o que corresponde a uma taxa ajustada de 12,4 casos por 100 mil habitantes. A cidade de Recife foi responsável por 26,8% dos casos novos no estado, equivalente a 16,6 casos por 100 mil habitantes. A capital possui população de aproximadamente 1,7 milhões de habitantes4; destes, cerca de 15% se enquadram na faixa etária de risco, segundo o censo de 2010. Um software de inteligência artificial, desenvolvido pela startup Previneo, será usado para rastrear, identificar e orientar os pacientes com indicação para entrar no programa.

“Com o apoio da Roche na capacitação de profissionais e transferência de tecnologia e conhecimento, estamos estruturando um programa de rastreamento para atingir a prevenção primária e secundária do câncer de pulmão”, explica Petrúcio Sarmento, cirurgião torácico do Real Hospital Português. Os serviços integrados do hospital, através de discussões multidisciplinares envolvendo diversas especialidades, além da infraestrutura e do apoio do Concierge, permitem um atendimento mais personalizado e ágil para o paciente oncológico no Real Hospital Português. “Estamos sempre em busca de atualizações e parcerias para oferecer o melhor serviço aos nossos pacientes e beneficiar o ecossistema como um todo”, completa o médico.

O programa foi implementado em agosto deste ano e tem a previsão de durar até agosto de 2023. A Roche tem como objetivo expandir a iniciativa para outros hospitais do país no futuro. “O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as taxas de controle do câncer, possibilitando mais qualidade de vida para os pacientes”, ressalta Michelle França Fabiani. “O cenário terapêutico do câncer de pulmão vem avançando, no entanto, maior tempo e qualidade de vida estão muito associados ao diagnóstico precoce, que só é possível com a criação de programas efetivos de rastreamento para a população de alto risco”, finaliza.

A Cura D'Alma




quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Projeto do PROADI-SUS reduz em 60% o tempo de exame para o diagnóstico de infarto

Realizado no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, e conduzido pelo Hcor, o projeto Boas Práticas na Atenção à Cardiologia e Urgências Cardiovasculares realiza a qualificação do atendimento em 150 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 15 hospitais de todo o Brasil e já apresenta uma redução de 60% no tempo de intervalo entre a entrada de pacientes com suspeita de infarto e a realização de eletrocardiograma, principal exame para diagnóstico de ataque cardíaco. A queda expressiva no tempo para a realização do exame é uma das entregas da iniciativa que, além disso, promove a capacitação de médicos plantonistas, por meio de teleconsultorias e sessões aprendizagem virtual, para a realização do laudo e apoio à decisão clínica dos profissionais, favorecendo o fluxo de atendimento mais ágil no SUS.

De acordo com Cláudia Alves de Assis, enfermeira e especialista do projeto, as unidades foram selecionadas pelo Ministério da Saúde e já apresentam uma performance geral saindo de uma mediana de 55 minutos no tempo porta-eletrocardiograma para uma mediana de 14 minutos, próximo ao tempo preconizado pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia. “Quando se fala em infarto, tempo é músculo, visto que se trata da necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela falta de irrigação sanguínea no coração. Por isso, esta queda é tão importante: quanto mais rápido o infarto é identificado, mais rápido o paciente passa por tratamento e menor é o risco de sequelas e de morte. Caso contrário, mais musculatura é necrosada com menor chance de recuperação posterior”, esclarece.

Já o tempo porta-agulha (chegada do paciente até o início da medicação de reperfusão da artéria ocluída) passou de 130 para 57, enquanto todas as unidades contempladas já passam a realizar, em média, mil laudos por dia, totalizando mais de 30 mil por mês. Assis ressalta que, para chegar nesta média, a equipe do projeto Boas Práticas tem qualificado os profissionais do SUS na melhoria dos processos assistenciais por meio da telemedicina, com Seções de Aprendizagem Virtual (SAV) e implementação das diretrizes assistenciais em cardiologia. “Identificamos as oportunidades de melhoria e vamos trabalhando mensalmente com essas equipes a fim de identificar os processos, identificar oportunidades de mudanças, mantemos contato diário com as unidades. Todos os meses são realizadas reuniões com as equipes para dúvidas, revisão dos relatórios, protocolos para auxiliar essas instituições nestas melhorias”, afirma.

As doenças cardiovasculares são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte no mundo, sendo que mais pessoas morrem por estas condições do que por qualquer outra causa. Com base neste contexto, o projeto é executado desde 2009 com o apoio às instituições públicas no desenvolvimento de estratégias de intervenções voltadas à melhoria da qualidade assistencial e segurança do paciente. Atualmente, atua em todas as 150 UPAs 24h em todas as regiões do país na realização de laudos qualificados de eletrocardiogramas, também à distância, que são analisados 24h por dia e em até 10 minutos a partir do seu recebimento. Ainda, a iniciativa oferece suporte na decisão clínica por meio da segunda opinião médica para os casos sugestivos de Infarto Agudo do Miocárdio e Arritmias e avaliação de desfecho clínico após 48 horas da realização do exame.

Camila Rocon, líder do projeto e cardiologista do Hcor, reforça que a iniciativa também oferece discussão de casos entre os profissionais das unidades contempladas e do hospital, proporcionando uma rica troca de experiência. “O projeto está em muitas áreas de vazio assistencial e isso fortalece a atuação em todo o país. Então, levamos este legado para as equipes do SUS, esta sensibilização de que o tempo de todos os procedimentos a partir da entrada do paciente com infarto vai impactar no desfecho final e no prognóstico posterior ao tratamento. A nossa expectativa é que este aprendizado seja passado para os outros colaboradores, que eles também sejam multiplicadores desse aprendizado”, conclui.

A Cura D'Alma







 

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Erasto leva campanha contra câncer bucal para população do Paraná e de Santa Catarina

08/11/2022

As mobilizações para atendimento à população terão início no sábado (5), quando será aberta a 1ª Campanha d​e Prevenção e Diagnóstico Precoce de Câncer Bucal em Joinville (SC), a partir das 8h, na sede da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac).

Os outros eventos ocorrerão na Praça Central de Irati (PR), no dia 8; na Praça Central de Paranaguá (PR), no dia 24; e na Boca Maldita, tradicional ponto de Curitiba (PR) que recebe, no dia 25, a 34ª edição da campanha na capital do Paraná.

As quatro programações contarão com a presença de médicos e dentistas. Aplicação de questionários, avaliações, exames e encaminhamento para tratamento, quando necessário, são algumas das atividades. Também serão sanadas as dúvidas do público sobre o consumo de alimentos que podem ser prejudiciais à saúde bucal.

Diante dos riscos do consumo do fumo e do álcool (demasiado), o Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Erasto tem estimulado a prevenção contra os hábitos nocivos à saúde da boca, informa o responsável, Laurindo Moacir Sassi. Para ele, levar informações também é uma missão relevante, pois pode contribuir para o autocuidado.

“Orientamos os pacientes a criar um hábito de realizar o autoexame em casa. A pessoa deve ficar em frente a um espelho. E, com o cabo de uma colher, afastar a bochecha, levantar a língua, olhar toda a mucosa bucal em busca de manchas branca, vermelha, caroços, feridas. Em caso de identificação de sinais que não desaparecem em 15 dias, deverá consultar o dentista no postinho de Saúde. Essas e outras informações referentes à prevenção do câncer bucal serão levadas na campanha. Também vamos conscientizar sobre os hábitos nocivos à saúde”, destaca o Dr. Sassi.

O foco do trabalho incidirá, ainda, sobre a educação preventiva, por meio de materiais informativos sobre autoexame e medidas profiláticas. “Na hipótese de ser encontrada qualquer alteração na cavidade bucal, o paciente será encaminhado para uma avaliação mais detalhada na unidade de referência”, explica Dr. Sassi.

Dados

O câncer da boca (também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. É mais comum em homens acima dos 40 anos. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o Brasil tenha mais de 15 mil casos novos de câncer de boca ao longo de 2022.

1ª Campanha d​e Prevenção e Diagnóstico Precoce de Câncer Bucal
Data: 05/11/2022
Horário: 8h às 17h
Local: Sede da Acomac Joinville (Associação dos Comerciantes de Material de Construção). Rua Lauro Zimmermann Júnior, 60 – Joinville (SC)

6ª Campanha de Prevenção e Diagnóstico Precoce de Câncer Bucal
Data: 08/11/2022
Horário: 8h às 17h
Local: Praça Central, Calçadão de Irati (PR)

5ª Campanha de Prevenção e Diagnóstico Precoce de Câncer Bucal 
Data: 24/11/2022
Horário: 8h às 17h
Local: Praça Central de Paranaguá (PR)

34ª Campanha de Prevenção e Diagnóstico Precoce de Lesões Cancerizáveis de Boca
Data: 25/11/2022
Horário:  8h às 17h
Local: Boca Maldita – Centro de Curitiba (PR)

A Cura D'Alma




segunda-feira, 14 de novembro de 2022

ONG Zoé realiza mais de 400 procedimentos médicos em Belterra (PA). Entre eles, primeira cirurgia laparoscópica da região


 08/11/2022


De 1º a 6 de novembro, 35 voluntários da ONG paulistana Zoé, um time composto, principalmente, por médicos, enfermeiros, entre outros profissionais, estão em Belterra, no Pará, para realizar cirurgias laparoscópicas e convencionais, colonoscopias,  endoscopias digestivas altas e ultrassons. No total, serão realizados no Hospital Municipal de Belterra (HMB) mais de 400 procedimentos médicos (cerca de 50 cirurgias de hérnia e de vesícula, 120 colonoscopias, 150 endoscopias digestivas alta e 80 ultrassonografias de abdômen). Será a primeira vez que a população local terá acesso a cirurgia laparoscópica.

Também estão sendo feitas consultas de clínica médica e de dermatologia. Esta última com foco no diagnóstico de câncer de pele e de lesões pré-malignas. A ação faz parte da 12ª Expedição da Zoé, ONG fundada em São Paulo, em 2019, com o propósito de levar saúde as populações ribeirinhas do Rio Tapajós, no Pará. O trabalho também ajuda a desafogar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) na região, cuja espera para procedimentos que serão realizados pode levar de meses a anos.

O médico cirurgião e colonoscopista Marcelo Averbach, diretor de expedições e um dos fundadores da ONG Zoé, explica que o trabalho no Hospital Municipal de Belterra começou antes do início dos atendimentos. A equipe da Zoé chegou em 29 de outubro, para fazer a triagem dos pacientes e  montar os centros cirúrgico e de endoscopia, as salas de ultrassonografias, de consultas de dermatologia e de clínica médica.

Para o médico endoscopista Marco Aurélio D’Assunção, atual presidente e um dos fundadores da ONG Zoé está acontecendo algo muito especial nesta semana em Belterra. “As cirurgias laparoscópicas, endoscopias e colonoscopias estão sendo realizadas em grande número e com segurança, com apoio fundamental dos médicos anestesistas e dos técnicos de enfermagem que cuidam da desinfecção dos equipamentos fornecidos por empresas parceiras. Também é fundamental o apoio da clínica médica na avaliação dos pacientes no pré e pós-operatório”, afirmou.  Segundo ele, os pacientes submetidos aos exames de ultrassom que, eventualmente, são diagnosticados com quadros mais graves são encaminhados para o Hospital Regional de Santarém.

A Cura D'Alma




sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Núcleo de Atenção ao Cuidado celebra dois anos de atuação no Hospital São Vicente


 08/11/2022


Criada para atender de forma humanizada e acolhedora os familiares de pacientes internados e diagnosticados com Covid-19 no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), em Jundiaí (SP), a equipe de comunicação se transformou em um projeto abrangente, que cresceu ao longo dos anos e elevou o nível de acolhimento e assistência prestada pela unidade de saúde. Coordenado pela psicóloga Caroline Alves, o Núcleo de Atenção ao Cuidado (NAC) é hoje ferramenta fundamental para reduzir os impactos da internação e da pós-alta. Com um cenário bem diferente dos períodos mais críticos da pandemia, a equipe formada por seis profissionais celebra dois anos do serviço.

O objetivo da unidade é esclarecer dúvidas, informar horário do boletim médico, levantar informações da história de vida do paciente e acolher as demandas dos familiares. “É recompensador ver quantas coisas nós passamos e superamos em tão pouco tempo. Foram momentos tristes e de dificuldades, mas o que fica é nossa dedicação a esse trabalho, conseguir mesmo que minimamente ouvir o paciente, acolher, orientar e direcionar. Com a diminuição no número de casos, o grupo se tornou um setor e posteriormente foi denominado alta responsável. Nesse processo várias alterações aconteceram, desde o tempo de monitoramento do paciente que era de mais de 48h de internação, depois passamos para 24h, depois para todos os pacientes internados e, atualmente, também após a alta hospitalar, seja para munícipes ou não. Foram dois anos de implantação e o resultado foi muito positivo. Percebemos essas melhorias pelos números apresentados, qualidade do atendimento e o monitoramento da linha de cuidado”, conta Caroline.

Fragilizados, em muitos casos os familiares e os próprios pacientes não compreendem as informações passadas pela equipe médica, o que dificulta principalmente o pós-alta. “Notamos que no momento da conversa com a equipe médica muitas pessoas dizem não terem dúvidas, estarem cientes de alguns procedimentos que devem ser realizados em casa e de como proceder em situações de urgência, mas quando esse paciente e esse familiar estão em domicílio, sem o auxílio de um profissional da saúde, a dúvida aparece e a insegurança também. São dúvidas simples, que podem ser resolvidas com uma simples orientação a distância, por telefone, e eles não precisam ficar nutrindo esse sofrimento.  Por meio do nosso contato também é possível amarrar esse caminho para que o paciente chegue e não necessariamente precise retornar ao mesmo fluxo de um primeiro atendimento, por exemplo”, explica a psicóloga.

Resultados

Segundo estatísticas do setor, a redução na taxa de reinternação global e nas ajustadas, quando não são incluídos pacientes oncológicos, em comparação ao ano de 2019 foi de 3,9%. Com a reinternação ajustada, a diminuição foi de 4%. É importante salientar que em 2019 a Covid-19 ainda não era uma realidade mundial.

“Dentro desse contexto, nosso maior desafio foi a reinternação precoce, quando o paciente fica internado, recebe alta e em até sete dias precisa retornar à unidade de saúde devido ao reaparecimento dos sintomas. Para melhorar esse processo o HSV implantou medidas notórias como, por exemplo, um setor exclusivo e responsável pelo pós-alta, para melhor gerenciamento desse fluxo e segurança dos pacientes. São resoluções internas que fazem com que esses números se mantenham mais estáveis ou dentro da média nacional proposta. Existem muitas variáveis dentro desses dados, mas que conseguimos identificar e adequar com planejamento e humanização”, compartilha Caroline.

Orgulho

Pelos corredores da instituição é possível escutar uma fala comum entre os pacientes sobre como os serviços oferecidos pelo Hospital São Vicente ultrapassam, em qualidade e tecnologia, os níveis de atendimento de unidades particulares e redes de renome no país. O reconhecimento é reflexo do empenho da instituição, por meio de sua gestão e de seus colaboradores, em alcançar a plena excelência de sua capacidade e atuação, sempre em prol da população.

“Eu sempre acreditei nesse trabalho e presenciei a importância da medicina preventiva, do monitoramento dos pacientes crônicos e graves, além da melhoria da qualidade de vida que esses usuários e seus familiares possuem por meio do acesso a informação. Nós enxergamos os frutos em números, a cada mensagem de alívio, em poder todos os dias acolher e nortear esse cuidado por meio de estratégias. Nós somos parte de um hospital que investe em nossos projetos, que transforma o cenário SUS todos os dias. O NAC é motivo de orgulho para nós”, finaliza a psicóloga.

A Cura D'Alma




quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Otorrino do Hospital São José alerta sobre os primeiros sinais da surdez


                                                      Dra. Debora Fridman

10/11/2022

No dia de prevenção e combate à surdez, médica fala sobre exames de rastreamento e tipos da doença

Nesta quinta-feira, 10, celebra-se o Dia de prevenção e combate à surdez. Surdez é o nome dado a perda total ou parcial da audição. Segundo dados do IBGE, a população surda no Brasil corresponde a 5% do total, ou seja, mais de 10 milhões de pessoas.

O Hospital São José dispõe de médicos qualificados para identificar e tratar a doença em seus primórdios. A otorrinolaringologista da instituição, Dr. Debora Fridman, conta que a doença pode ser dividida em dois tipos: congênita ou adquirida.  

¨A surdez congênita é aquela em que o bebê já nasce com a capacidade de ouvir ou com a audição diminuída. Dentre as causas mais comuns para ela estão: as condições genéticas, consumo de álcool e drogas na gestação e infecções durante a gravidez, como sífilis, rubéola e toxoplasmose. Já a surdez adquirida é aquela em que o paciente apresenta perda de audição durante a vida. Esta pode ser classificada como: surdez de condução, quando algo bloqueia a passagem de som para as estruturas nervosas do ouvido localizadas no ouvido interno; Surdez neurossensorial, quando o problema se encontra nas estruturas nervosas do ouvido interno, no nervo auditivo ou cérebro, ou surdez mista, quando as 2 condições acima estão associadas¨, esclareceu a especialista.

A médica contou que um outro ponto fundamental que auxilia na detecção precoce da doença é o acompanhamento da gestante durante o pré-natal, que revela possíveis infecções que possam danificar o desenvolvimento da audição nos bebês. Ela ressaltou ainda a importância de os pequenos realizarem o teste da orelhinha assim que nascem. ¨O objetivo do teste da orelhinha é detectar alguma anormalidade auditiva e encaminhar o quando antes esse neném ao otorrinolaringologista para avaliação. Dessa forma, algumas doenças podem ser diagnosticadas e tratadas de forma precoce¨, explicou Débora.

O exame indicado para avaliação da audição em crianças e adultos é a audiometria. Este é um exame indolor que consiste no paciente entrar em uma cabine com isolamento acústico e com um fone de ouvido e sinalizar ao examinador quando escuta ou não um som emitido. Após a realização do mesmo, o médico responsável consegue avaliar e classificar o nível de perda auditiva do paciente. A escala tem 4 níveis: leve, moderada, severa e profunda. Esta última é a mais grave, quando a perda auditiva ultrapassa 90 decibéis, impedindo a comunicação e compreensão da fala.

A otorrino conta que, em alguns casos, a doença é adquirida por pequenos descuidos do cotidiano e alerta: ¨Não introduza nenhum objeto dentro dos ouvidos como caneta, grampos ou, até mesmo, cotonetes. Os cotonetes são feitos para limpar a orelha externa, nunca o interior. Se trabalhar em um lugar muito barulhento, como fábricas, o uso de equipamentos de proteção auricular são fundamentais para evitar total exposição aos ruídos¨, aconselhou a especialista.

Por fim, Debora Fridman pede para que as pessoas fiquem mais atentas aos primeiros sinais da enfermidade e os observe, não só em si mesmo, como nas pessoas que vivem ao seu redor. ¨Procure sempre um otorrino se você ou alguém próximo a você: não entender direito o que as pessoas falam, use o rádio ou TV muito alto, peça para repetir o que as pessoas falam. Ou, no caso de crianças, os pais percebam algum atraso no desenvolvimento da fala do pequeno¨, completou.

A Cura D'Alma




quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Hospital Santa Teresa investe na capacitação de funcionários em intérpretes de Libras


 09//10/2022

Com o objetivo de melhorar ainda mais o atendimento a todos os pacientes, o Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, está investindo na capacitação dos colaboradores como intérpretes de Libras. O curso acaba de certificar 12 colaboradores da primeira turma de nível básico e uma turma avançada acaba de ser formada com onze alunos.

“Nossa intenção é preparar nossos colaboradores para que possam atender adequadamente aos pacientes com deficiência, mas especificamente os que são surdos ou possuem deficiência auditiva”, explicou o gerente assistencial, Márcio Bastos, anunciando que outra turma será aberta no início de 2023.

As aulas são ministradas pelo analista administrativo da Educação Continuada, Luiz Henrique Reis, que é pós-graduado em ensino de Libras. “Fico muito feliz em estar formando pessoas para multiplicar o aprendizado em Libras. Além do atendimento aos pacientes, o projeto permite incluir os colaboradores surdos ou com deficiência auditiva nas atividades da empresa, pois hoje temos colaboradores intérpretes que os auxiliam a se comunicarem melhor”, ressaltou o professor, lembrando que no dia 10 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Luiz explicou que o curso é voltado para o público interno do hospital, incluindo equipes terceirizadas e médicos, mas também é aberto para os alunos do Colégio Santa Catarina.

A oradora da turma Daiana Wepler, em seu discurso, falou sobre a gratidão à instituição por proporcionar esse novo aprendizado a ela e aos outros alunos. “Tenho muita gratidão à Rede Santa Catarina por nos proporcionar esse aprendizado porque libras é essencial para a nossa comunicação ser mais integrada. Sempre amei libras e sempre tive o desejo de aprender mais. Quando vim trabalhar no Hospital Santa Teresa e me deparei com tantos surdos, senti que era ainda maior a necessidade de me comunicar melhor”, comentou Daiane.

A colaboradora Elizabeth Rodrigues, que tem deficiência auditiva e na fala, falou sobre seu desejo de que todos possam aprender a linguagem de sinais um dia e evidenciou a importância de os ouvintes saberem a língua para facilitar a comunicação com os outros.
“Estou muito feliz de poder me comunicar com mais pessoas, e todos os alunos do curso se tornaram meus amigos. O próximo passo agora é multiplicar esse conhecimento para que todos possam ter a oportunidade de aprender”, disse Elizabeth.