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quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Sírio-Libanês investirá R$ 200 milhões em vertical de inovação

07/12/2022
 

Hospital Sírio-Libanês acaba de lançar Alma Sírio-Libanês, uma vertical de inovação, tecnologia e dados em saúde que acelerará o desenvolvimento e incorporação de novos produtos no setor. “Temos um propósito muito forte de utilizar tecnologia inovadora para melhorar a vida dos nossos pacientes, médicos, equipes assistenciais e alunos”, diz Paulo Nigro, CEO do Sírio-Libanês. “Criamos um time multifuncional composto por equipes de TI, cientistas de dados, designers, profissionais de marketing, especialistas de produto, médicos e equipe de enfermagem.” A previsão é que, até 2030, Alma Sírio-Libanês investirá mais de R$ 200 milhões em tecnologia, serviços digitais, segurança cibernética, investimentos em startups e em metodologias para transformar a saúde no país.

Neste modelo, o Sírio-Libanês quer também atrair startups para, em parceria, construir produtos e soluções, que serão testados internamente e poderão ser aplicados em outras instituições. Segundo Christian Tudesco, Chief Marketing Officer do Sírio-Libanês, a nova marca nasce criando uma importante intersecção entre o mundo assistencial e as necessidades e desejos dos consumidores.

“Nossa estratégia de posicionamento de marca segue em linha com a referência que nossa instituição tem na área hospitalar, reconhecida por sua excelência clínica e assistencial, mas nos permite trazer também mais ousadia e inquietude, tão necessários quando se discute a saúde do futuro. Falar de saúde hoje não é se comunicar apenas com o paciente. Estamos ampliando nossos públicos e conversando com todo o ecossistema que se relaciona com nossas audiências”, diz.

Alma Sírio-Libanês reunirá todas as operações de inovação, dados e tecnologia do Sírio-Libanês, instituição já reconhecida no mercado pela sua atuação em inovação aberta.

“Estamos numa posição única no mercado pois nosso time já trabalha com modelo de plataforma plug and play e estamos nos preparando para receber os dados dos pacientes atuais e futuros vindo de qualquer instituição de saúde, dispositivos como relógios e balanças digitais. Estes dados serão usados para dar insights e engajar pacientes na prevenção e nos melhores tratamentos de saúde”, diz Ailton Brandão, diretor de inovação do Hospital Sírio-Libanês.

A iniciativa também envolve o público interno para captação de demandas e desafios para o mercado com funil de ideias ampliando a oportunidade de participação de startups, universidades, estudantes e empreendedores. “Temos um framework de inovação que potencializa o conhecimento e dados gerados na instituição para ajudar a desenvolver novos produtos, soluções transformadoras para o mercado de saúde e incubação de startups”, explica Diego Aristides, Chief Technology Officer do Sírio-Libanês.

O Sírio-Libanês inclusive já incubou a startup chamada Sofya – que, por meio de uma plataforma de voz e inteligência artificial revoluciona o modelo de documentação clínica. Ela ajuda profissionais de saúde oferecendo maior rapidez e acurácia na entrada de dados que pode alcançar até 40% de redução de tempo na entrada de dados. Esse foi um produto digital que nasceu da demanda interna do hospital, que se debruçou na inovação aberta para procurar no mercado as competências para criar o produto. “O Sofya é um exemplo do trabalho que podemos oferecer para esse mercado de startups, incubadoras e investidores”, explica Paulo Nigro. “Alma Sírio-Libanês vai desenvolver e trazer as soluções para as demandas de toda a cadeia de saúde”, conclui.

A Cura D'Alma




terça-feira, 6 de dezembro de 2022

7 a cada 10 médicos no Brasil já apresentaram sinais de depressão


 06/12/2022


Estudo realizado pelo Research Center, núcleo de pesquisa da Afya mostra que 69,4% dos médicos do País já apresentaram sinais de depressão durante a vida. E para metade dos entrevistados a condição ainda é uma realidade: 26,8% têm um diagnóstico atual e 23,4% manifestam sintomas, mas não fazem acompanhamento. Falta de tempo e motivação, além do medo do impacto na rotina de atuação profissional, são os principais motivos para não buscarem ajuda ou tratamento para esta doença psiquiátrica crônica e recorrente, que causa alteração no humor, com sentimentos de tristeza profunda e angústia. O estudo também avaliou que para 34% daqueles que têm um diagnóstico atual de depressão, a patologia surgiu no último ano, o que reforça o impacto da pandemia da Covid-19 na saúde mental dos profissionais.

A pesquisa “Saúde Mental do Médico 2022” revelou que a ansiedade é ainda mais prevalente, pois 79,6% apresentaram sintomas do transtorno. Destes, 35,6% possuem um diagnóstico atual da patologia e, para 32,4% dos diagnósticos fechados, a doença surgiu no último ano. Outro cenário preocupante é a Síndrome de Burnout, caracterizada pelo esgotamento físico e mental intenso. Dos entrevistados, 62% já apresentaram sinais e, destes, 36% ainda não buscaram ajuda. Além disso, 67% dos diagnosticados indicam que a síndrome surgiu no último ano, mostrando um possível reflexo da pandemia também. Excesso de horas trabalhadas, organização financeira e falta de realização profissional aparecem como os principais contribuintes.

O nível de estresse ocupacional dos médicos brasileiros calculado na pesquisa também é alarmante, ao ficar acima de outras populações do mundo. Para avaliar o contexto, foi utilizada a escala EPS-10, validada em língua portuguesa, que consiste em 10 perguntas de frequência de episódios de estresse. A pontuação média obtida na amostra foi de 23,4. Nos Países Baixos, por exemplo, foi encontrada uma percepção de estresse pela escala com média de escore de 17,9 entre os médicos, em 2018¹. Na Arábia Saudita, entre 303 médicos avaliados, a média de pontuação pela escala foi de 18,07 (+/- 5,1), em 2017². Quando perguntados sobre os principais motivos do estresse atual, o descontentamento com o sistema de saúde, condições de trabalho e a elevada demanda foram indicados por mais de 50% dos entrevistados.

“A saúde mental do médico foi tema recorrente nos últimos dois anos, especialmente por conta da pandemia. Há ainda um reflexo deste período e, atualmente, já com a situação mais branda da Covid-19, os dados desta pesquisa mostram que essa deve ser uma preocupação constante e não apenas pontual. Trata-se de um imenso problema ocupacional há muito negligenciado e que precisa ser visto como prioridade por todos nós”, afirma Eduardo Moura, médico, co-fundador da PEBMED e diretor de pesquisa do Research Center.

Além disso, a pesquisa também aponta a relevância do apoio do empregador nos episódios de adoecimento mental. Aproximadamente 75% dos médicos declaram que a instituição em que trabalham não oferece suporte em caso de psicoadoecimento ou sofrimento emocional. Quanto ao número de horas contínuas de trabalho, quase metade dos médicos (47,4%) discordam da afirmativa de que o local onde atuam não permite o trabalho por mais de 24 horas ininterruptas. Em relação ao treinamento técnico ofertado, 61% discordam de que a instituição onde trabalham oferece treinamento técnico suficiente para a equipe.

Estilo de vida

O estudo ouviu profissionais de diferentes graus de formação: 59% dos médicos eram especialistas, 29,5%, generalistas e 11,5%, em fase de especialização. Dos entrevistados, 41,6% trabalham em emergências ou unidades de pronto atendimento. Foi observado também que os médicos trabalham em média 52,5 horas por semana, levando em consideração todos os ambientes de trabalho. A maior parte (75,9%) relatou trabalhar atualmente até 60 horas semanais.

Com relação à rotina adotada pelos médicos, somente 35% conseguem manter regularmente um sono reparador. Há uma clara tendência de maior frequência de sono reparador quanto mais experiente é o médico, quanto menos horas trabalhadas na semana e quando trabalham no seu próprio negócio. Dos entrevistados, apenas 33,3% dos participantes relataram ter tido frequentemente ou sempre momentos de lazer nas duas últimas semanas; e 70,7 % não praticam regularmente uma atividade física.

Por sua vez, o consumo de alimentos frescos e menos industrializados já se mostra uma situação mais frequente na rotina do médico – 43,6% dizem consumir frequentemente ou sempre. Além disso, as férias são um benefício que o profissional, em sua maioria, consegue manter, porém, para quase 2/3 dos médicos (64,4%), o período de descanso não passa de duas semanas.

Uma grande parte dos médicos são neutros em avaliar sua própria qualidade de vida: 4,7% consideram muito ruim, 14,4% ruim, 44% neutra, 30% boa e 6,9% muito boa. Sobre satisfação profissional, há um posicionamento mais neutro também: 16% nada satisfeito, 16,5% pouco satisfeito, 27% neutro, 22% satisfeito e 18,3% muito satisfeito. Quase metade (45,9%) dos entrevistados declararam que a satisfação com a profissão médica diminuiu no último ano.

“Portanto, percebemos que a população médica do Brasil possui hábitos de vida que potencializam o estresse e o adoecimento mental, ao mesmo tempo em que as condições de trabalho são preocupantes e impactam na vida e no desempenho destes indivíduos. Medidas de controle de jornada, equilíbrio de remuneração, capacitação profissional corporativa, construção de redes de apoio e suporte são exemplos de medidas institucionais protetoras em relação à saúde mental da força de trabalho médica do Brasil”, reforça Eduardo Moura.

Metodologia

O Research Center realizou a pesquisa “Saúde Mental do Médico 2022” com médicos formados de qualquer especialidade e tempo de formação. Com amostragem nacional e método quantitativo, foi feita a partir de pesquisa transversal, utilizando um questionário online estruturado como instrumento de coleta. O recrutamento foi feito por meio digital a partir das plataformas Whitebook, iClinic, RxPro, Cardiopapers, Além da Medicina e Portal PEBMED e da base de médicos da Afya.

O estudo foi conduzido entre os dias 30/05/2022 e 17/07/2022. Foram obtidas 3.489 respostas no total, sendo que 3.115 completaram o questionário até o fim. Todos aceitaram um termo de consentimento para participação. A amostra apresenta um nível de confiança de 95% com margem de erro entre 1,66 e 1,76 pontos percentuais.

A Cura D'Alma




segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Portas abertas para a inclusão

 


                     Hospital Santa Teresa participa de programa de educação para pessoas com deficiência


Capacitação gratuita e online, voltada exclusivamente para pessoas com deficiência. É assim que funciona o Programa de Educação da Rede Santa Catarina, da qual faz parte o Hospital Santa Teresa, em Petrópolis. O objetivo da iniciativa é atualizar e melhorar o currículo dos inscritos a fim de inseri-los no mercado de trabalho.

“Garantir a inclusão no mercado de trabalho ainda é um processo difícil para muitas empresas. Por isso, a intenção da Rede Santa Catarina é promover capacitação para que essas pessoas estejam alinhadas às exigências”, declarou o coordenador de Gestão de Pessoas do HST, Rodrigo França Pinto, explicando que atualmente a instituição conta com 42 colaboradores com deficiência (auditiva, cognitiva ou motora).

Segundo o coordenador, a contratação de pessoas com deficiência está prevista em lei, mas o trabalho vai muito além da exigência legal: “Queremos propiciar uma maior inclusão para eles.   O programa de educação da Rede Santa Catarina é uma importante ferramenta para prepararmos possíveis candidatos”, avaliou.

A inclusão, no entanto, não para por aí. Para acolher os colaboradores com deficiência, o Hospital Santa Teresa investe na capacitação das equipes. “Criamos um curso de Libras semestral para auxiliar a comunicação dos colaboradores e para atendermos nossos pacientes com o mesmo perfil. A primeira turma recebeu os certificados em outubro e uma nova turma será iniciada em fevereiro”, contou o gerente Assistencial, Márcio Bastos.

“Tenho muita gratidão à Rede Santa Catarina por nos proporcionar esse aprendizado porque libras é essencial para a nossa comunicação ser mais integrada. Sempre amei libras e sempre tive o desejo de aprender mais. Quando vim trabalhar no Hospital Santa Teresa e me deparei com tantos surdos, senti que era ainda maior a necessidade de me comunicar melhor”, comentou a técnica de enfermagem Daiane Wepler.

Para o supervisor de Hotelaria, Daniel Marinho, o aprendizado que o convívio com estes colaboradores proporciona é muito gratificante: “Já trabalho com esta equipe há oito anos e tenho colaboradores com diversos perfis de deficiência. Adaptamos os serviços de acordo com as necessidades de cada um para que pudessem desempenhar suas atividades com qualidade e segurança. Hoje nem consigo enxergar as deficiências deles porque nos entendemos com facilidade”.

Outra frente de trabalho é realizada pela Comissão de Humanização. Composta por colaboradores de diferentes setores, a Comissão tem o objetivo de sensibilizar os profissionais para o cuidado seja para com os pacientes, seja com os colegas de trabalho. “Temos atuado junto aos setores para sensibilizar o olhar deles para com o próximo. Por meio de dinâmicas de grupo e treinamentos, estamos rompendo barreiras e aproximando as pessoas”, declarou o coordenador de Enfermagem, Carlos Carneiro, que é presidente da Comissão.

Dasa inaugura primeira unidade 100% voltada a pacientes oncológicos

 

05/12/2022


Dasa inaugurou sua primeira unidade exclusiva para o cuidado coordenado do paciente oncológico. Trata-se da unidade de Dasa Oncologia na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), com 8 mil m2 de área construída, 25 consultórios, 30 salas de infusão individuais, posto avançado de coleta laboratorial, salas de emergência e pequenas cirurgias, além de equipamento de radioterapia de primeira geração, único no Brasil.

Estima-se que, a partir de 2027, o câncer será a maior causa de morte no Brasil, ultrapassando doenças cardiovasculares. Esse crescimento está relacionado ao envelhecimento da população e, consequentemente, aos fatores de riscos favoráveis ao desenvolvimento da doença. A Dasa está atenta a esse cenário. Desde 2020, a Oncologia se tornou uma unidade especializada de assistência e de negócios na empresa, consolidando a marca Dasa Oncologia. Para Emerson Gasparetto, diretor geral de negócios hospitalares e oncologia na Dasa, a empresa vem atuando tanto para atender melhor os pacientes, quanto para mitigar o impacto no sistema de saúde.

Segundo o diretor, o novo espaço no Rio de Janeiro foi planejado em prol do paciente para que este tenha o atendimento acolhedor e personalizado durante toda a sua jornada. “Ao focar na melhor experiência para o paciente oncológico, reunimos todos os serviços necessários para que esse cuidado seja realizado em um só lugar, desde a consulta, passando pela realização de exames, tratamento, pequenos procedimentos e acompanhamento pós-tratamento com uma equipe multidisciplinar de excelência. Esta unidade, portanto, concretiza o modelo de cuidado integrado que implantamos na Dasa desde 2017”, enfatiza o diretor.

Tal modelo de gestão de saúde da Dasa é baseado em medicina preventiva, preditiva e personalizada, a partir de uma rede integrada com os principais serviços de saúde. De acordo com o diretor nacional de oncologia da Dasa, Gustavo Fernandes, as linhas de cuidados são construídas a partir das necessidades de cada paciente. “A prática assistencial embasada em evidências clínico-científicas, experiência em casos de diversas complexidades e atuação integrada de equipes multidisciplinares especializadas possibilitam oferecer a mais efetiva conduta terapêutica a cada paciente”, explica Gustavo.

Diferenciais da nova unidade

A unidade da Barra contará com profissionais de oncologia clínica, hematologia, radioterapia, cuidados paliativos, além de especialistas cirúrgicos e equipe multiprofissional. Essa equipe será dividida em núcleos de especialidades, com destaques para tumores de mama, genito-urinário, pulmão, gastro-intestinais, ginecológicos, hematológicos, cabeça e pescoço, neurológicos, sarcomas, pele e ósseos.

Com arquitetura inovadora, humanizada e mais acolhedora, o novo espaço contará também com farmácia completa de manipulação própria, salas de triagem, área de conforto médico ambulatorial, salas de estética e terapias alternativas, um auditório com capacidade para 50 pessoas, amplas salas de recepção, além de consultórios e salas de infusão individuais.

Um dos destaques é na área de radioterapia, com a aquisição do Acelerador Linear Edge, da Varian, uma empresa Siemens Healthineers, sendo o único disponível no Brasil. O equipamento, de última geração, é considerado o estado da arte para procedimentos que demandam altas doses de radiação em regiões delicadas, como pulmão, cérebro ou coluna vertebral, onde a cirurgia tradicional não pode ser realizada. “Na radioterapia, a palavra-chave é ‘precisão’. Com o Edge, atingimos o máximo em segurança e eficácia, evitando tecidos saudáveis durante o tratamento”, ressalta Fernandes.

Outras inovações tecnológicas estarão à disposição do paciente, como a mesa robótica, aplicação de algoritmo específico para tratamento de metástases cerebrais e o sistema de gestão do movimento respiratório capaz de acompanhar, em tempo real, a posição do tumor com precisão. “Estima-se que em torno de 60% dos casos oncológicos a radioterapia é indicada em alguma etapa do tratamento. Com essas ferramentas e inovações, oferecemos as técnicas mais sofisticadas e atualizadas, acompanhadas do nosso corpo clínico capacitado”, resume o médico.

Avanços em Oncologia

Nesses últimos anos, a Dasa concentrou os investimentos em tecnologia, inovação, integração, talentos, pesquisa e unidades para tratamentos cada vez mais personalizados e com melhores desfechos. Desde então, foram realizadas mais de 30 mil consultas oncológicas, 3 mil cirurgias e 57 mil infusões em toda a rede.

Atualmente, a Dasa Oncologia engloba 15 hospitais com recursos especializados e 29 centros de oncologia em todo o país. A gestão de saúde prioriza antecipação de diagnóstico e maior agilidade no atendimento, com navegação individualizada, apoiada pela plataforma digital Nav para acompanhamento de pacientes, teleconsultas, agendamento e resultados de exames. “O modelo já permitiu redução no tempo entre diagnóstico e início de tratamento de 60 para 15 dias, em alguns casos”, compara diretor.

O uso de inteligência de dados permite identificar achados críticos, com aplicação de algoritmos especialmente desenvolvidos para leitura de laudos de exames, e apontar a necessidade de acompanhamento especializado. São milhares os resultados alterados por mês que, uma vez identificados, o médico responsável é contatado para tomar as medidas necessárias junto ao paciente. Em comum acordo, médico e paciente podem optar por seguir todo a jornada de cuidado em conjunto com o time de Dasa Oncologia.

A nova unidade se integra no Rio de Janeiro a outras unidades de tratamento do câncer como o Centron, clínica especializada em oncohematologia liderada pelo Daniel Tabak, e a unidade de oncologia do Centro Médico da Gávea do Hospital São Lucas Copacabana, liderada pelo Luiz Henrique Araújo. Recentemente, foi inaugurado o Espaço de Saúde Integrada em Alphaville, São Paulo (SP), com referência do Hospital Nove de Julho e Alta Excelência Diagnóstica. Além da Barra da Tijuca, ainda estão previstas duas novas unidades na capital paulista (Alto de Pinheiros e Mooca), outra no Arpoador, no Rio de Janeiro, e na Asa Norte, no Distrito Federal.

A Cura D'Alma




sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Neuromielite Óptica: Falta incentivo governamental para tratamentos


 02/12/2022

Por Marco Lana

No Brasil, a falta de apoio governamental para o desenvolvimento de pesquisas em saúde traz grande prejuízo à sociedade ocasionando maior dificuldade na criação de técnicas e estratégias de diagnóstico e tratamento de doenças, deixando a população brasileira órfã de cuidados médicos adequados e em risco de sequelas graves e irreversíveis.

Uma das doenças que ainda carece de pesquisas e melhor tratamento no Brasil é a Neuromielite Óptica. Ainda pouco conhecida pela população em geral, a NMO é uma doença autoimune rara, porém de extrema gravidade pelo risco de morte ou de incapacidade física permanente. Ela ataca o sistema nervoso central, envolvendo principalmente os nervos ópticos e a medula espinhal e causando perda da visão e paralisia.

A neuromielite se manifesta em surtos recorrentes de perda de visão, fraqueza muscular, dificuldade de caminhar, alterações da sensibilidade, perda de controle da bexiga e intestino, náuseas, soluços e vômitos. Outros sintomas são a visão dupla, dor ou dormência no rosto, vertigem ou tontura e perda de equilíbrio. O mecanismo da doença é o ataque às células nervosas pelo anticorpo contra a aquaporina-4, uma proteína com elevada concentração em algumas áreas do sistema nervoso, como os nervos ópticos e a medula espinhal.

A maior parte dos casos ocorre em mulheres jovens, entre 30 e 45 anos, e em negros e pardos. A doença, no entanto, acomete todas as raças, ambos os sexos, e qualquer idade, desde crianças a pessoas idosas.

Uma pesquisa do Centro de Investigação em Esclerose Múltipla (CIEM) da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, realizada com o apoio do Comitê Brasileiro de Pesquisa e Tratamento em Esclerose Múltipla (BCTRIMS), demonstrou que o Brasil pode ter uma das mais elevadas prevalências da neuromielite óptica em todo o mundo. A taxa de prevalência encontrada em Belo Horizonte foi de 4,5 casos para cada 100.000 habitantes, representando a segunda taxa mais elevada em todo o mundo.

Apesar de sua alta prevalência no país, a doença é ignorada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que não fornece meios para seu diagnóstico e tratamento. O teste laboratorial para confirmação da neuromielite óptica é a identificação no sangue do anticorpo anti-aquaporina 4 que inicia o processo inflamatório responsável pelo aparecimento dos sintomas do paciente. Este teste, disponível na rede laboratorial privada ou dos planos de saúde, já por muitos anos, não é feito pelo SUS, ocasionando o atraso do diagnóstico e do tratamento.

O SUS também não disponibiliza os medicamentos imunossupressores usados após os ataques agudos da doença para a redução do risco de recorrências. Evidências científicas demonstram que novos ataques com maior dano à visão e à medula espinhal predominam nos primeiros meses após o início da doença, tornando o diagnóstico e o tratamento precoces fatores de grande importância para a preservação da saúde dos pacientes. Enquanto a população de países desenvolvidos já vem recebendo os medicamentos mais modernos, com maior eficácia na prevenção de novos ataques da neuromielite óptica, os brasileiros ainda lutam para ter o diagnóstico da doença, mesmo tardiamente, e o uso das drogas menos efetivas em seu controle.

O estudo da prevalência da neuromielite óptica, em Belo Horizonte, por enquanto, é o único que reúne dados sobre a frequência da doença no país. O BCTRIMS planeja mapear a neuromielite óptica no Brasil, mas necessita de apoio governamental para o desenvolvimento da pesquisa. Fundado justamente com o objetivo de estudar as doenças desmielinizantes, como a Esclerose Múltipla e a Neuromielite Óptica, o Comitê, apesar do entusiasmo de seus pesquisadores, oriundos das várias universidades brasileiras, continua vendo suas atividades científicas limitadas pela falta de recursos.

O melhor conhecimento da frequência da neuromielite óptica nas várias regiões do Brasil poderá fornecer subsídios para o estabelecimento de estratégias de saúde pública para a mais rápida identificação da doença e início do tratamento, preservando a vida e evitando sequelas incapacitantes como a cegueira e a paralisia.


*Marco Aurélio Lana Peixoto é vice-presidente do BCTRIMS e fundador do Centro de Investigação em Esclerose Múltipla (CIEM) da Universidade Federal de Minas.


A Cura D'Alma




quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Uso de máscaras é obrigatório no Hospital das Clínicas Nossa Senhora da Conceição


 01/12/2022

Com a alta dos casos, a medida tem o objetivo de proteger pacientes, colaboradores e visitantes

Com a chegada de uma nova variante do coronavírus, o número de pessoas infectadas pela doença voltou a aumentar. Visando proteger a população e reduzir os casos, o uso de máscaras voltou a ser recomendado e, em alguns locais, obrigatório. Como é o caso do HCNSC, que sempre mantivemos o uso das máscaras na Unidade.

O enfermeiro do serviço de controle de infecção hospitalar do HCNSC, Felipe Silveira, explica que o uso de máscaras dentro do hospital é fundamental para proteger o paciente, de ter complicações em seu estado de saúde, e o visitante, de contrair uma enfermidade. Ele também destaca que o uso correto das máscaras tem se mostrado um grande aliado na prevenção e erradicação da doença.

¨O uso contínuo de máscaras é fundamental, pois funciona como uma barreira para evitar a propagação das partículas que podem ser liberadas por indivíduos infectados assintomáticos. Estes, podem estar espalhando a doença sem nem saber. Por isso, é importante que todos tomem cuidado sempre, não só quando surgir algum sintoma¨, disse o enfermeiro.

Além disso, diante dessa nova fase da pandemia, o HCNSC tem reforçado os seus cuidados internamente a fim de garantir mais segurança também aos colaboradores. A parceria entre a equipe de medicina do trabalho e colaboradores tem dado certo e Felipe conta um pouco das orientações que são passadas.

¨Por aqui, orientamos os profissionais a sempre higienizarem as mãos, usarem o equipamento de proteção individual corretamente e respeitarem as medidas de precaução e o distanciamento, quando possível. Também aproveitamos o momento para reforçar a limpeza e desinfecção dos ambientes ̈, contou.

Outro ponto ressaltado pelo enfermeiro foram as precauções que devem ser tomadas pelos visitantes para prevenção de infecção e proteção do internado, como: higienizar as mãos ao chegar ao leito, evitar tocar em superfícies desnecessárias, não sentar na cama do paciente e respeitar o distanciamento mínimo de um metro.

Com a ajuda e consciência de todos, é possível salvar vidas e evitar um novo isolamento social. O Hospital orienta que os visitantes e pacientes tragam as suas máscaras de casa para utilizarem nas dependências da instituição. Salvo em casos de emergência, onde as máscaras são oferecidas à vítima e ao acompanhante.


Hospital Emílio Ribas lança marco zero de nova unidade de reabilitação

Em celebração ao dia 1º de Dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas lançou o marco zero das futuras instalações do Centro de Reabilitação Sérgio Tardelli, que será instalado em um prédio anexo ao Ambulatório do hospital. O novo centro deverá beneficiar pacientes com HIV que tiverem indicação de reabilitação.

O projeto é uma parceria entre o hospital, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a Agência de Notícias da Aids e seus apoiadores. A agência tem a intenção de buscar junto a parceiros da iniciativa privada apoio para compra de equipamentos de reabilitação, como esteiras, aparelhos de ultrassom, estação de musculação, pranchas e barras paralelas, entre outros. Já o hospital cederá uma área de 1.000 metros quadrados.


O Ambulatório do Emílio Ribas oferece acompanhamento a 8 mil pacientes, sendo que 75% deles são PVHIV (Pessoas Vivendo com HIV). Antes de entrar em funcionamento, o espaço passará por uma reforma que será conduzida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e que fará parte do pacote da 3ª e última etapa da reforma do hospital.

As equipes

A chefe da Reabilitação do Emílio Ribas, a fisioterapeuta Graziela Ultramari de Lima Domingues, será responsável pelo gerenciamento das equipes multiprofissionais do Emílio Ribas que atuarão no serviço. O centro é um “sonho antigo” dentro do hospital, com o projeto elaborado agora em conjunto pelas equipes de Reabilitação (fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos), Grupo de Neurociência, Grupo de Lipodistrofia (síndrome comum a pacientes com HIV e que causa um desequilíbrio na distribuição de gordura pelo corpo) e com o Setor de Medicina do Trabalho.

“É um projeto inédito, pois na cidade de São Paulo, por exemplo, não há nenhuma unidade de reabilitação específica para PVHIV”, afirma Graziela. De acordo com ela, pelo menos 70 atendimentos por dia poderão ser realizados. Uma parcela dos PVHIV do Emílio Ribas convive com complicações neurológicas, motoras, cognitivas e respiratórias.

A unidade também poderá receber pacientes de outras doenças atendidas no hospital, como Covid e HTLV (vírus considerado “primo” do HIV e que pode causar doença neurológica grave).

Homenagem

O tradutor Sérgio Tardelli, que morreu em novembro de 1994, será homenageado e dará nome ao Centro de Reabilitação. Ele foi um dos precursores na conquista pelo direito de ser atendido pelos planos de saúde como paciente de HIV, após mover na Justiça uma ação que acabou beneficiando todos os demais pacientes.

A jornalista Roseli Tardelli, sua irmã, fundou a Agência de Notícias da Aids quase dez anos depois, em 2003, para dar visibilidade ao tema e contribuir com a disseminação de informações sobre HIV/aids, fortalecer as ONGs e combater o preconceito. Anteriormente, ela já havia criado um Centro de Reabilitação para pessoas carentes vivendo com HIV em um de seus próprios imóveis. “Essa homenagem do Emílio é mais uma conquista na luta pela dignidade das pessoas vivendo com HIV/aids”, afirma Roseli.

Brasil e mundo

Hoje 38 milhões de pessoas vivem com HIV/aids no mundo. Em 2021, 650 mil pessoas morreram em decorrência da doença, sendo 13 mil deles no Brasil. Segundo o Relatório Anual do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids) divulgado agora em julho com o título “Em perigo”, o risco de novas infecções pela doença dobrou nos últimos 20 anos. Apesar dos tratamentos eficazes e das ferramentas para prevenir, detectar e tratar infecções oportunistas, uma pessoa morre a cada 60 segundos no mundo em decorrência da doença.

A Cura D'Alma