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sexta-feira, 27 de julho de 2018






Número de processos contra planos 
de saúde aumenta em São Paulo
A negativa de tratamento e o reajuste de mensalidades estão
entre as principais causas de ações judiciais
Por Letícia Passos
access_time16 jul 2018, 16h10 - Publicado em 13 jul 2018, 14h14


De acordo com pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade 
de São Paulo (FMUSP), foi registrado o maior número de ações contra 
planos de saúde dos últimos sete anos no Estado de São Paulo. 
Quando o levantamento foi feito pela primeira vez, entre janeiro e junho 
de 2011, foram registradas 3.300 ações; em 2017, o número subiu para 
14.623, representando um aumento de 386%.
Apenas no primeiro semestre deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo 
(TJSP) julgou 16.055 processos contra as operadoras, em primeira e segunda
instâncias. Entre as principais causas das ações estão a negativa de tratamento
e/ou cobertura e o reajuste de mensalidades. A pesquisa também indicou que, 
em mais de 90% dos julgamentos, a decisão do juiz é favorável ao consumidor.

‘O número é pequeno’
Segundo a pesquisa, realizada trimestralmente, a quantidade de ações vem 
crescendo, enquanto o número de beneficiários está diminuindo: nos últimos 
sete anos, as empresas de planos de saúde chegaram a perder quase 40.000 
beneficiários por ano  em 2011 eram 17.544.330 milhões de consumidores; 
agora são 17.308.464. Enquanto isso, o Judiciário recebe 127 novos casos por 
dia. 
A exclusão da cobertura ou negativa de tratamento lideram as ações (52%). 
Em seguida fica a insatisfação dos consumidores com o reajuste da mensalidade 
(28,6%). Outro dado aponta que os idosos estão entre os que mais sofrem com 
os problemas relacionados aos planos de saúde: apesar de representarem apenas 
12% dos beneficiários, na Justiça eles correspondem a mais de 30% das ações.
Para o pesquisador Rafael Robba, um dos autores do estudo, apesar do crescimento, 
o volume de processos ainda é pequeno. “O número de ações na Justiça não reflete 
a totalidade de problemas enfrentados pelos beneficiários. Muitos consumidores 
não procuram a Justiça e optam por outros caminhos, como suportar o reajuste 
abusivo ou abandonar o plano. No caso de negativa de tratamento, a solução para 
muitos é buscar o SUS”, explica.
Ele ainda menciona que esse conflito entre planos de saúde e pacientes, em especial 
a exclusão de coberturas, sobrecarrega o sistema público de saúde, já que a maior parte 
dos tratamentos recusados pelos planos é absorvida pelo Sistema Único de Saúde.




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