31 de outubro de 2023
Uma nova padronização para enxerto de gordura em mama associado com prótese de silicone foi premiado como melhor estudo científico em cirurgia estética pela revista Plastic and Reconstructive Surgery, da ASPS
Um estudo sobre enxerto de gordura em mama com colaboração do Hospital Sírio-Libanês foi premiado pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica na categoria de melhor estudo científico em cirurgia estética. A técnica é indicada para cirurgias de aumento mamário com prótese de silicone em mulheres muito magras e também tem uma grande aplicação na reconstrução mamária pós câncer de mama em mulheres que passam por mastectomia, casos esses em que não há tecido mamário suficiente para promover uma adequada cobertura da prótese.
A técnica, chamada de “Zonas Estéticas de Lipoenxertia Mamária” é de autoria do cirurgião plástico Prof. Dr. Alexandre Munhoz, docente pleno do Instituto de Ensino e Pesquisa do Sírio-Libanês (IEP-HSL) e faz parte da linha de pesquisa na pós graduação do hospital que desenvolve há anos pesquisas em técnicas para reconstrução da mama e modelos experimentais para análise de lipoenxertia e sobrevivência de gordura.
“O enxerto de gordura entra como um procedimento complementar uma vez que permite uma melhor cobertura da prótese e resultado mais naturais. Assim, com a técnica podemos usar um volume de prótese menor e complementar as demais áreas de aumento com a lipoenxertia de acordo com nossa padronização”, explica o Prof. Munhoz. A técnica também é indicada para casos de assimetria congênitas das mamas, onde não é possível a correção com próteses.
No estudo, os pesquisadores chegaram a um cálculo muito mais preciso para a distribuição da gordura nas regiões principais da mama, chamadas de unidades estéticas da mama. Com a identificação correta dessas áreas é feita uma distribuição mais precisa e efetiva do enxerto de gordura, otimizando o resultado estético na reconstrução mamária pós câncer ou mesmo no aumento de mama com prótese, permitindo ao cirurgião plástico um melhor e mais preciso planejamento da cirurgia com foco nas áreas mais vitais para se obter um melhor resultado na reconstrução da mama.
“Nas mulheres com câncer de mama, vemos que a grande maioria necessita, além da reconstrução da mama com prótese, da cirurgia de simetrização mamária – que é onde realizamos procedimentos na mama não afetada pelo câncer, com objetivo de obter um melhor resultado estético global. Assim, os mesmos conceitos se aplicam em ambas as mamas”, finaliza o cirurgião.
Nos últimos anos a técnica vem passando por evoluções e padronizações e contou com a colaboração dos também cirurgiões plásticos Dr. Ary Marques e Dr. João Maximiliano, além de ter sido publicada em três revistas internacionais de cirurgia plástica: Aesthetic Surgery Journal, da Sociedade Americana de Cirurgia Estética, Aesthetic Plastic Surgery, da Sociedade Internacional de Cirurgia Estética, e, por último, na Plastic and Reconstructive Surgery, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, onde foi premiada. Nesse mês, do outubro rosa, o Prof. Dr. Alexandre Munhoz irá participar do Congresso Americano de Cirurgia Plástica em Austin, Texas, onde ministrará uma palestra sobre reconstrução mamária e terá a oportunidade de receber pessoalmente o prêmio da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e da revista Plastic and Reconstructive Surgery.
Fonte: Hospital Sírio-Libanês
Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp
A Cura D'Alma
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