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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Hospital São Vicente, de Jundiaí (SP), faz história e realiza cirurgia inédita na América Latina

 


14/10/2021

Nos últimos anos, a cirurgia de prótese de quadril ou, como também é conhecida, artroplastia de quadril, tem sido tema para estudos voltados ao avanço da especialidade, que visa a reabilitação precoce dos pacientes que passam pelo procedimento. Responsável por substituir a articulação danificada ou fraturada, a prótese implantada segue o formato da anatomia original das estruturas ósseas, sendo utilizada com frequência pela área de ortopedia já que promove, de maneira ágil, a melhoria da qualidade de vida dos pacientes que necessitam do recurso.

Reconhecida e admirada por profissionais de todo o mundo, a equipe médica de ortopedia do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), em Jundiaí (SP), comemora mais uma conquista após realizar a primeira cirurgia por via anterior da américa latina, utilizando a técnica denominada ‘Anterior Path’. Referência para ortopedia e traumatologia, a instituição já havia alcançado o feito no início de 2017, utilizando a técnica ‘SuperPath’, voltada para as vias posteriores. Renomado em sua área de atuação, o médico ortopedista e traumatologista, especializado em artroplastia, Dr. Eduardo Gomes Machado, explica que ambos os procedimentos apresentaram excelentes resultados, principalmente por serem minimamente invasivos.

“Esse tipo de cirurgia não se restringe ao corte pequeno do local a ser operado, já que isso é uma questão mais voltada para a estética. Nossa preocupação é como isso beneficia a recuperação do paciente, como esse procedimento será realizado perto da articulação do quadril, da cápsula articular e do musculo. Nas cirurgias minimamente invasivas, como não liberamos tanta musculatura, o sangramento e a dor são menores, fazendo com que esse paciente apresente um baixíssimo risco de transfusão sanguínea e necessidade de internação em UTI. Com a técnica, também evitamos uma complicação que é comum na prótese de quadril, a luxação. Como preservamos toda a musculatura, a prótese é mais estável, evitando o deslocamento. Na maior parte das vezes, o paciente já é liberado no dia seguinte ao procedimento”, conta Dr. Eduardo.

As maiores incidências são de idosos com desgaste na articulação, devido à artrose e artrite reumatoide ou espondilite anquilosante, inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, articulações da coluna e de grandes articulações, como quadris, ombros e outras regiões. No entanto, os pacientes jovens não estão livres do procedimento, uma vez que a cirurgia também é realizada em casos de fraturas do colo do fémur, por exemplo. “Percebemos que nas últimas décadas as indicações são cada vez de pacientes mais jovens. Fizemos um levantamento e nos últimos três anos, levando em conta o período anterior a pandemia, a média de idade dos pacientes de cirurgias eletivas de prótese de quadril é de 54 anos. Geralmente, são pessoas ativas, que praticam atividades físicas ou desempenham uma função que exige um grande esforço físico. As técnicas utilizadas nessa cirurgia são fundamentais para que essas pessoas não fiquem muito tempo afastadas de suas rotinas”, evidencia o ortopedista.

O acompanhamento pré e pós-operatório é realizado no ambulatório de ortopedia do hospital, onde a equipe avalia, de forma abrangente, a condição clínica do paciente. Inovador, o método ainda encontra algumas limitações, especialmente com pacientes que possuem grandes deformidades ou que a equipe considere de risco. Porém, de acordo com os profissionais, a maioria dos casos registrados no ambulatório com indicação de prótese, são realizados normalmente. A vasta experiência da equipe em cirurgias minimamente invasivas, garante a efetividade das avaliações. O procedimento só é realizado em casos selecionados.

Resultados positivos

A primeira paciente a passar pelo procedimento com uso da ‘Anterior Path’, foi a sra. Edmea Girotto Pellizzari, de 76 anos. “Eu estava lavando o banheiro e acabei caindo. Por conta da queda, fraturei o fêmur e precisei da cirurgia de prótese de quadril. Enquanto estávamos na consulta, eles me falaram que essa seria a primeira cirurgia a usar dessa técnica. Fiquei surpresa e desejei que desse tudo certo. Ainda é recente, mas agora estou bem, me recuperando. Continuo em acompanhamento pelo ambulatório de ortopedia do hospital e faço fisioterapia para ajudar com os movimentos”.

Já no caso da paciente Alessandra Gonçalves de Macedo, de 46 anos, a técnica utilizada pela equipe foi a ‘SuperPath’. “Descobri um probleminha no joelho e o médico me disse que eu iria precisar colocar a prótese. Fiz uma cirurgia em 2019 e a outra, em julho deste ano. Já precisei do São Vicente muitas vezes e sempre fui tratada com muito carinho e profissionalismo. Também continuo com as minhas consultas no ambulatório. Nos ajuda muito ter esse tipo de procedimento e atendimento, ambos de forma gratuita, feitos via SUS”, relata a paciente com gratidão.

Orgulho

Pioneiro nas duas técnicas, considerado o 3º Hospital de Ensino do Estado de São Paulo e credenciado com o mesmo título pelo Ministério da Saúde/MEC, o HSV se consolidou e se tornou essencial para a formação de profissionais nas mais diversas áreas da saúde. Reforçando seu compromisso com a educação, a equipe médica de ortopedia também fará o treinamento dos médicos de toda a américa latina que atuam na colocação de prótese de quadril.

“Estar associado a grandes nomes como a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), onde sou professor e a um hospital de referência como o São Vicente, é um grande prazer. Nosso serviço é de excelência e proporcionar esse benefício para os pacientes é o que nos motiva. É sempre uma satisfação poder contribuir com a saúde do município e região”, finaliza Dr. Machado.


Audiência Pública na Câmara Federal discute necessidade de mamografia de rotina antes dos 50 anos

 14/10/2021

Aconteceu nesta quinta-feira (14) a Audiência Pública para debater o enfrentamento ao câncer de mama nas jovens mulheres de 18 a 49 anos. O evento, realizado conjuntamente pelas Comissões de Seguridade Social e Família e Comissão Especial de Combate ao Câncer, integra a programação do Outubro Rosa, promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.

O debate acontece durante a realização da campanha ‘Mamografia no SUS a partir dos 40 anos’, realizada pela Pfizer, que tem o objetivo de engajar a sociedade para defender o direito das mulheres à realização da mamografia de rotina no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir dos 40 anos, diferentemente do critério atual de 50 anos. Por meio da plataforma Todos pela Cura, a campanha visa ampliar a voz da população para que o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 679/2019 seja colocado em votação e aprovado no Congresso Nacional durante o mês de conscientização sobre o câncer de mama.

No site da campanha, mais de 1,2 milhão de mensagens já foram enviadas aos deputados federais em apoio ao PDL nº 679/2019, que assegura a realização da mamografia no SUS para todas as mulheres a partir dos 40 anos. “No outubro rosa, o debate sobre a importância do diagnóstico precoce fica mais evidente. Vamos aproveitar esse momento para mudar esse cenário, engajando a sociedade nesta causa tão relevante”, destaca Cristiane Santos Blanch, diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos da Pfizer Brasil, idealizadora da campanha.

Entenda o tema

Sociedades médicas nacionais e internacionais recomendam a realização da mamografia a partir dos 40 anos como a forma mais eficiente para a detecção precoce do câncer de mama, aumentando assim, a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso mais satisfatórias1, 2.

O médico Gilberto Amorim, oncologista clínico da Oncologia D’Or e da Clínica São Vicente, membro dos Conselhos Científicos do Instituto ONCOGUIA e FEMAMA, revela que a taxa de mortalidade por câncer de mama no Brasil está aumentando, enquanto em outros países a queda é significativa. “A idade média do diagnóstico de câncer de mama no país é de 53 anos, sendo que 40% dos casos têm menos de 50 anos, ou seja, uma parcela significativa de mulheres está fora da recomendação do Ministério da Saúde”, diz Dr. Gilberto Amorim que também ressalta: “Se negarmos o rastreamento a essas mulheres jovens, podemos comprometer o diagnóstico precoce de milhares de brasileiras”.3

Cenário legislativo

Embora a Lei 11.664/2008 determine a realização da mamografia no país entre os 40 e os 69 anos, a Portaria nº 61/2015 restringe na prática o exame no SUS às mulheres entre 50 e 69 anos.

No entanto, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 679/2019, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), visa assegurar a realização da mamografia a partir dos 40 anos. O texto já foi aprovado no Senado e tramita há dois anos na Câmara dos Deputados.

Mais recentemente, em 4 de fevereiro de 2021, o deputado Jesus Sérgio (PDT-AC) também apresentou um novo Projeto de Decreto Legislativo (PDL 9/2021) com o mesmo objetivo da PDL nº 679/2019 de sustar a portaria de 2015 e devolver às mulheres o direito ao exame SUS a partir dos 40 anos.

“Todos nós, sociedade civil organizada, pacientes e simpatizantes da causa podemos juntos fazer com que essa política pública seja restabelecida para a população. Vamos pedir aos nossos parlamentares para que apoiem essa campanha para que todas nós mulheres possamos ter acesso à mamografia no SUS a partir dos 40 anos”, diz Joana Jeker, presidente da Recomeçar Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília.

Campanha

A plataforma digital ‘Todos pela Cura: Mamografia no SUS a partir dos 40 anos’ visa levar o maior número possível de brasileiros a fazer contatos com deputados federais de suas regiões para solicitar apoio ao Projeto de Lei 679/2019, sensibilizando os congressistas para o tema.

‘Todos pela Cura’ é a versão brasileira da ‘Ready for Cures‘, plataforma global de responsabilidade social da Pfizer dedicada a ampliar o acesso a diagnósticos e tratamentos que podem salvar vidas e a incentivar políticas públicas para a inovação em saúde.

Panorama da doença

Em todo o mundo, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres e, no Brasil, é responsável por quase um terço de todos os diagnósticos de tumores malignos entre a população feminina, correspondendo a 29,7% da estimativa de cânceres de localização primária nas mulheres, exceto câncer de pele não melanoma.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a estimativa de novos casos de câncer de mama no Brasil é de 66.280 para o triênio 2020-2022.4 Apesar da prevenção reduzir as chances de desenvolvimento do câncer de mama, nem sempre a sua ocorrência é completamente evitável. Por isso, a combinação de prevenção e detecção precoce é fundamental para melhorar as chances de cura do câncer de mama e reduzir o risco de desenvolver metástase. 4

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a pandemia gerou um impacto significativo na realização da mamografia bilateral (quando feita nas duas mamas) para o rastreamento do câncer de mama. Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS) mostram a queda de 48% na mamografia de rotina, passando de 3,2 milhões, entre março e dezembro de 2019, para 1,7 milhão no mesmo período de 2020.5


Artigo – Como retribuir o trabalho dos médicos?

14/10/2021





A pandemia nos mostrou: o nosso bem mais precioso é a vida. E como retribuir a eles que heroicamente não desistiram de nós? Seja na linha de frente, seja numa consulta presencial ou on-line. Eles estavam e estão lá. Nesta semana em que se celebra o Dia do Médico é tempo de agradecer esses profissionais que dedicam suas vidas para proporcionar o melhor atendimento. São atualizações constantes, estudos…E, até mesmo, como não poderia deixar de ser, investimento em tecnologia. Podemos dizer então que o Dia do Médico é todo dia. O motivo? Ele é fundamental para a manutenção da vida. É esse o profissional que cuida da minha e da sua saúde. Ele está presente nas chegadas e, inevitavelmente, nas partidas. É com ele que aprendemos a nos cuidar, a nos amar e a como cuidar do outro.

Nos últimos anos, acompanhamos a evolução da medicina. Nas medicações, nas instalações, nos aparelhos, nos exames e, também, no modo de prescrever uma medicação. Tudo isso exige tempo e adaptação. E eles aqui, lá, onde quer que estejam, sempre buscam estar à frente, porque visam um propósito maior: salvar vidas.

Daqui deste lado, como paciente e como um entusiasta do mundo digital, minha retribuição será sempre na busca de soluções que possam facilitar a rotina desses profissionais. Seja por meio da certificação digital, seja por meio da assinatura eletrônica. O que for preciso para tornar o dia dos médicos mais simples e digital será minha luta.

A tecnologia é uma aliada e quando aplicada seguindo todas as conformidades estabelecidas pelas regulamentações, é capaz de proporcionar benefícios incontáveis ao médico e paciente.

Menos papel, mais sustentabilidade. Mais mobilidade para atender um paciente e prescrever medicação de onde estiver. Mais assertividade no atendimento e facilidade para consultar o histórico. Essas são apenas algumas das vantagens e alguns dos motivos pelos quais eu acredito que a tecnologia, assim como os médicos, atua a favor da vida.

Leonardo Gonçalves é diretor de Relações Institucionais da CertiSign, IDTech e Autoridade Certificadora líder no país


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Associação Médica Brasileira lança Núcleo de Atuação Parlamentar em Brasília

06/10/2021





A Medicina, os médicos e os pacientes passam a ter, a partir desta quarta-feira (6), uma representação dedicada exclusivamente a acompanhar toda a produção do Congresso Nacional in loco e em cima, interagindo ininterruptamente com deputados e senadores em defesa e garantia de pautas positivas para a saúde dos brasileiros.

Trata-se do NAP – Núcleo de Atuação Parlamentar da Associação Médica Brasileira (AMB), lançado na sede da AMBr, Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 3, conjunto 6, em Brasília (DF).

O Núcleo de Atuação Parlamentar (NAP) será o braço político-institucional dos médicos do Brasil. Trabalhará também junto a gestores e autoridades de saúde, com vistas a articular respostas e soluções consistentes para a melhor prática da Medicina e excelência na assistência aos cidadãos.

Congresso de Fonoaudiologia: desafios da ciência e do atendimento no cenário pós-Covid-19

11/10/2021


Apesar dos avanços no combate à Covid-19, ainda são muitos os impactos presentes na saúde e na educação da população brasileira. A necessidade de aceleração no desenvolvimento de estudos e das terapias de reabilitação de pacientes com sequelas incapacitantes, assim como o suporte às políticas públicas, imprimiram novas dinâmicas para profissionais e toda a cadeia de atendimento. Um cenário tão importante que ganhou foco na programação do XXIX Congresso Brasileiro e IX Congresso Internacional de Fonoaudiologia, que acontece entre os dias 13 e 16 de outubro.

Realizado pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, o evento é o maior encontro da Fonoaudiologia da América Latina, contando com mais de 100 atividades, ministradas por 400 palestrantes em formato on-line, nos segmentos da Linguagem, Voz, Audição e Equilíbrio, Motricidade Orofacial, Disfagia, Fonoaudiologia Educacional e Saúde Coletiva.

A Covid-19 e as contribuições da Fonoaudiologia

Os problemas de saúde e da comunicação causados pelo novo Coronavírus ao longo de mais de um ano e sete meses, como danos às cordas vocais, perdas auditivas, alterações na cognição, olfato, paladar, deglutição, desenvolvimento da linguagem infantil, além da infraestrutura do SUS, do teleatendimento, da defasagem da aprendizagem e da formação em saúde à distância, também estarão entre alguns dos assuntos que guiarão as discussões de casos, talk-shows e atividades ‘Como eu faço’ durante o Congresso.

“Todos fomos afetados de diversas formas pela Covid-19, e enquanto profissionais da saúde e da educação, tivemos que nos reorganizar para viabilizar estudos científicos em tempo recorde, assim como para conduzir diagnósticos e terapias de atendimento, entre outras questões. Por isso, a importância de trazer este cenário de aprendizados ao Congresso, para o melhor preparo das nossas necessidades e da população”, esclarece o presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Dr. Leonardo Lopes.

Atenção à Gagueira e Conscientização da Comunicação Suplementar Alternativa também ganham destaque no evento

Durante o mês de outubro são celebradas duas datas especiais para a Fonoaudiologia e a população, que contarão com campanhas da SBFa inseridas no Congresso: o Dia Internacional de Atenção à Gagueira e o Mês de Conscientização da Comunicação Suplementar Alternativa.

Segundo o Instituto Brasileiro de Fluência, aproximadamente 10 milhões de brasileiros gaguejam, sendo 2 milhões deles de forma crônica, para os quais a SBFa atua para expandir o conhecimento sobre o tema, apresentando um paralelo do impacto do transtorno e seus conceitos no passado com o entendimento atual, baseado em estudos recentes.

A Comunicação Suplementar Alternativa, por sua vez, atua para garantir que indivíduos com dificuldades para se expressar pela fala, possam se comunicar por outros meios, como gestos, expressões faciais, pranchas de comunicação, entre outros. O conhecimento nessa área se faz cada dia mais necessário para que todas as pessoas possam ser integradas ao meio social e ter mais qualidade de vida.

Alguns dos temas das campanhas estarão inseridas no #CongressoSBFa em debates como:

·         Comunicação Alternativa na escola: formação de parceiros de comunicação

·         O uso da comunicação suplementar e alternativa no cuidado integral ao paciente com Covid-19 – resultados de uma grande ação na rede SUS

·         Fluência leitora em tempos de Covid-19: análise longitudinal e transversal

·         Relação e influência do mundo virtual na qualidade de vida de idosos

·         Lepic: aplicativo para monitoramento da fluência leitora

·         A eficácia de três abordagens terapêuticas em adultos com gagueira

·         Projeto expressões de cuidado: estratégias de comunicação alternativa para o paciente hospitalizado no contexto pandêmico atual

Com a proposta de promover o aprimoramento da Fonoaudiologia para todos os profissionais do seu meio, a SBFa também amplia o acesso e a qualidade do atendimento da população, em todos os ciclos da vida e em todas as frentes que permitam melhorar a sua comunicação.

Informações e inscrições: www.sbfa.org.br/congressosbfa2021

 

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Hospital é primeiro do Sul em registro sobre emissão de gases do efeito estufa

08/10/2021


Instituição participa do mercado livre de energia elétrica, com fonte 100% renovável, de origem fotovoltaica. Foto: Karine Viana

Criado em 2008, o Programa Brasileiro GHG Protocol é responsável pelo desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases do efeito estufa (GEE), adaptado ao contexto do país. A iniciativa contempla o registro público de emissões, que conta com a maior base de inventários sobre esse tema na América Latina, estimulando as organizações a investirem em responsabilidade socioambiental.

O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), tornou-se a primeira instituição hospitalar do Sul do Brasil a integrar esse registro público, com a publicação de seu primeiro inventário completo de GEE. Como reconhecimento à iniciativa, recebeu o Selo Prata do GHG Protocol. Em todo o país, apenas 192 empresas de diversos setores participam do programa.

Supervisor de Gestão Ambiental do Hospital Moinhos, Rogério Almeida da Silva explica que o processo para conquistar o selo durou um ano, com o levantamento de todas as informações exigidas pelo inventário. “Isso traz credibilidade para a marca e demonstra nosso engajamento em busca da neutralização das emissões desses gases”, afirma.

Rogério acrescenta que, agora, o Moinhos avançará para a mitigação dos impactos dessas emissões, bem como neutralizar parte delas por meio da compra de energia de fontes renováveis. “Essas ações reforçam nosso compromisso para reduzir os impactos ambientais, trazendo benefício não apenas para o paciente, mas para toda a sociedade”, completa.

Destaque em sustentabilidade

O selo do GHG Protocol se soma a outras iniciativas do Hospital Moinhos de Vento na responsabilidade ambiental. A instituição conta com o Bosque Schwester Ires Spier, um espaço de três mil metros quadrados e cerca de 800 árvores, de 86 espécies diferentes. A área se destaca pela diversidade e pela ocorrência de aves pouco comuns no meio urbano.

São desenvolvidas iniciativas como uma estufa agrícola de 100 m², onde são cultivados vegetais com adubo produzido numa composteira (a partir de restos da produção de alimentos da instituição). O plantio é feito pelos colaboradores, em ações de Educação Ambiental. O hospital promove também o uso racional de água, com estabilizadores de vazão que permitem a economia de 5.000 m³ mensais e da energia elétrica, com a substituição de todas as lâmpadas com flúor de mercúrio por mais de 16 mil dispositivos LED.

Desde 2016, o Moinhos de Vento também participa do mercado livre de energia elétrica, com fonte 100% renovável, de origem fotovoltaica e atestada por um selo de garantia do parceiro gerador, a francesa ENGIE. “Cuidar de vidas está na essência do hospital. E nós estendemos nosso braço de cuidado para muito além de nossos muros. O compromisso com o meio ambiente tem foco na preservação para as próximas gerações, que seguirão esse legado”, afirma Evandro Moraes, Superintendente Administrativo do hospital. Ele acrescenta que a instituição busca, ainda em dezembro deste ano, a certificação ISO 14001, visando implantar as melhores práticas em seu sistema de gestão ambiental.



segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Congresso de Fonoaudiologia: desafios da ciência e do atendimento no cenário pós-Covid-19

11/10/2021



Apesar dos avanços no combate à Covid-19, ainda são muitos os impactos presentes na saúde e na educação da população brasileira. A necessidade de aceleração no desenvolvimento de estudos e das terapias de reabilitação de pacientes com sequelas incapacitantes, assim como o suporte às políticas públicas, imprimiram novas dinâmicas para profissionais e toda a cadeia de atendimento. Um cenário tão importante que ganhou foco na programação do XXIX Congresso Brasileiro e IX Congresso Internacional de Fonoaudiologia, que acontece entre os dias 13 e 16 de outubro.

Realizado pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, o evento é o maior encontro da Fonoaudiologia da América Latina, contando com mais de 100 atividades, ministradas por 400 palestrantes em formato on-line, nos segmentos da Linguagem, Voz, Audição e Equilíbrio, Motricidade Orofacial, Disfagia, Fonoaudiologia Educacional e Saúde Coletiva.

A Covid-19 e as contribuições da Fonoaudiologia

Os problemas de saúde e da comunicação causados pelo novo Coronavírus ao longo de mais de um ano e sete meses, como danos às cordas vocais, perdas auditivas, alterações na cognição, olfato, paladar, deglutição, desenvolvimento da linguagem infantil, além da infraestrutura do SUS, do teleatendimento, da defasagem da aprendizagem e da formação em saúde à distância, também estarão entre alguns dos assuntos que guiarão as discussões de casos, talk-shows e atividades ‘Como eu faço’ durante o Congresso.

“Todos fomos afetados de diversas formas pela Covid-19, e enquanto profissionais da saúde e da educação, tivemos que nos reorganizar para viabilizar estudos científicos em tempo recorde, assim como para conduzir diagnósticos e terapias de atendimento, entre outras questões. Por isso, a importância de trazer este cenário de aprendizados ao Congresso, para o melhor preparo das nossas necessidades e da população”, esclarece o presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Dr. Leonardo Lopes.

Atenção à Gagueira e Conscientização da Comunicação Suplementar Alternativa também ganham destaque no evento

Durante o mês de outubro são celebradas duas datas especiais para a Fonoaudiologia e a população, que contarão com campanhas da SBFa inseridas no Congresso: o Dia Internacional de Atenção à Gagueira e o Mês de Conscientização da Comunicação Suplementar Alternativa.

Segundo o Instituto Brasileiro de Fluência, aproximadamente 10 milhões de brasileiros gaguejam, sendo 2 milhões deles de forma crônica, para os quais a SBFa atua para expandir o conhecimento sobre o tema, apresentando um paralelo do impacto do transtorno e seus conceitos no passado com o entendimento atual, baseado em estudos recentes.

A Comunicação Suplementar Alternativa, por sua vez, atua para garantir que indivíduos com dificuldades para se expressar pela fala, possam se comunicar por outros meios, como gestos, expressões faciais, pranchas de comunicação, entre outros. O conhecimento nessa área se faz cada dia mais necessário para que todas as pessoas possam ser integradas ao meio social e ter mais qualidade de vida.

Alguns dos temas das campanhas estarão inseridas no #CongressoSBFa em debates como:

·         Comunicação Alternativa na escola: formação de parceiros de comunicação

·         O uso da comunicação suplementar e alternativa no cuidado integral ao paciente com Covid-19 – resultados de uma grande ação na rede SUS

·         Fluência leitora em tempos de Covid-19: análise longitudinal e transversal

·         Relação e influência do mundo virtual na qualidade de vida de idosos

·         Lepic: aplicativo para monitoramento da fluência leitora

·         A eficácia de três abordagens terapêuticas em adultos com gagueira

·         Projeto expressões de cuidado: estratégias de comunicação alternativa para o paciente hospitalizado no contexto pandêmico atual

Com a proposta de promover o aprimoramento da Fonoaudiologia para todos os profissionais do seu meio, a SBFa também amplia o acesso e a qualidade do atendimento da população, em todos os ciclos da vida e em todas as frentes que permitam melhorar a sua comunicação.

Informações e inscrições: www.sbfa.org.br/congressosbfa2021