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terça-feira, 19 de outubro de 2021

Saúde filantrópica atende à mais da metade da demanda oncológica do SUS

 


19/10/2021

Tida como base do Sistema Único de Saúde (SUS), a rede filantrópica de saúde atende a 70% da alta complexidade e é importante suporte à pacientes que necessitam de tratamento nas mais variadas especialidades. Em 20 de outubro, celebra-se o Dia Nacional da Filantropia, área que, no cuidado à população, conta com 1.824 Santas Casas e hospitais sem fins lucrativos. Essas instituições atenderam, em 2020, mais da metade dos casos de Oncologia, por exemplo.

No ano passado, o setor filantrópico foi responsável por atender 60,67% de internações de pacientes oncológicos pelo SUS, enquanto a administração pública registou 31,22% e as instituições privadas 8,11%.

Já nos atendimentos cardiológicos, as entidades filantrópicas atenderam a 47,67% da demanda SUS. Os hospitais da administração pública realizaram 45,47% dos atendimentos e, os privados, 6,86%.

“O SUS é reconhecido pelo desempenho no atendimento ao povo brasileiro, sobretudo às pessoas mais carentes, e os hospitais filantrópicos têm papel valoroso nessa estrutura. São quase 2 mil hospitais espalhados pelo Brasil e em muitas cidades representam a única alternativa de atendimento gratuito. A rede disponibiliza 127 mil leitos conveniados, com 24 mil deles de UTIs. Se não fossem nossas entidades, o SUS, na área hospitalar, não existiria”, salienta o presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Mirocles Véras.

Desde sua origem até o início das relações com os governos (especialmente na década de 1960), as Santas Casas foram criadas e mantidas pelas doações das comunidades. No Brasil e em outros países, também foram as responsáveis pela criação de alguns dos primeiros cursos de Medicina e Enfermagem. Atualmente, as Santas Casas são responsáveis pelo maior número de residências médicas, contribuindo com a formação dos profissionais da medicina.

Toda essa estrutura, no entanto, enfrenta dificuldades para a prestação de serviço, por falta de recursos, situação que foi agravada ainda mais pela pandemia, que elevou preços de insumos a acresceu a demanda. Para auxiliar as entidades, tramita no Senado o projeto de lei 1417/2021, proposto pelo senador Luiz Carlos Heinzen, que pede o repasse extraordinário de R$ 2 bilhões às Santas Casas e hospitais filantrópicos para enfrentar a Covid-19 e suas consequências em 2021. A votação da matéria está prevista para quinta-feira (21).

“A CMB, as 17 federações estaduais que representamos e os hospitais filantrópicos estão atuando de forma intensa junto ao Parlamento para que esse projeto seja aprovado e, com esses recursos, possamos continuar atendendo a população que necessita dos cuidados e tratamentos prestados por nossas instituições”, conclui Véras.

Outras informações sobre a atuação do setor filantrópico de saúde no país estão disponíveis no Position Paper, documento que possui dados do Brasil e por estado: cmb.org.br/downloads/2020/postion_paper_cmb_2019_2020.pdf


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

 


18/10/2021

O Hospital IGESP, referência em qualidade no atendimento a seus pacientes por meio de um modelo que emprega a atenção global, recursos tecnológicos e profissionalização, investe também na formação de novos médicos especialistas por meio dos seus cinco Programas de Residência Médica, nas especialidades de anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, clínica médica e nutrologia.

O hospital, desde o início das atividades do seu Instituto de Ensino e Pesquisa – IBEPEGE, mantém sua vocação acadêmica e sua responsabilidade com a formação de novos profissionais da saúde. Os programas de residência médica iniciados em 2019 são a continuidade desse legado voltado à educação. Os programas têm o objetivo de qualificar os médicos residentes para a prática de excelência em sua especialidade de escolha, com competência e aprendizado contínuo associado ao desenvolvimento de habilidades essenciais para o profissional da saúde, como a comunicação, o trabalho em equipe, a liderança, defesa do sistema de saúde e a educação. “Na residência médica, o MEC determina o conteúdo obrigatório e cada programa tem a sua matriz de competências que deve ser cumprida, respeitando a carga horária prática de até 90%. Isso significa que o residente aprende enquanto treina. Os outros 10% devem ser cumpridos por atividades teóricas, compondo um total de 2.800 horas, o equivalente à 60 horas semanais”, explica Dr. Andrea Bottoni, chefe da equipe de nutrologia do Hospital IGESP e coordenador da COREME.

O hospital oferece aos preceptores um treinamento docente constante e completamente adaptado à nova realidade de formação e de educação médica. “Ao optar por fazer uma residência médica, o especialista fica mais maduro sob o ponto de vista técnico, sendo um aprendizado profissional e pessoal. É importante que cada estudante, ao longo do curso de medicina, reflita bastante sobre o que faz sentido para ele, avaliando o mercado e suas possibilidades”, pontua.

A meta da instituição é preencher duas novas vagas abertas anualmente para cada programa em andamento, além de das duas vagas que serão abertas para o programa de ortopedia, que já foi aprovado pelo MEC e aguarda nos próximos dias, a vistoria da SOBT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatolodia. Neste mês de outubro o hospital também passou pela vistoria de credenciamento de mais dois novos programas, nas especialidades de Oncologia e Medicina Intensiva, que devem ser aprovados ainda este ano. “Se tudo correr bem, em 2022 estaremos com oito programas de residência em andamento e cerca de 30 médicos em treinamento conosco! Isso é muito gratificante para uma instituição que iniciou seus programas há tão pouco tempo” afirma o coordenador.

O edital dos 5 programas já foi publicado e está disponível no portal hospitaligesp.com.br. “Nele constará o passo a passo para as duas etapas do processo seletivo que consiste em prova escrita e análise de currículo e entrevista. Os programas de residência médica terão início em março/22 e o médico que optar pelos programas oferecidos no hospital IGESP, terão a oportunidade de estudar numa localização privilegiada, próxima à Av. Paulista, um dos melhores endereços de São Paulo, informa Dr. Andrea.


Artigo – O impacto dos sistemas integrados de gestão empresarial para a saúde

 


18/10/2021

Não é segredo que no setor de saúde, a prioridade, em todos os momentos, é a segurança e o cuidado ao paciente. Por conta disso, os estoques das instituições deste segmento tendem a uma margem de segurança maior que nos demais, uma vez que nada pode faltar para o atendimento e a prestação de um serviço hospitalar. No entanto, insumos são caros e representam uma grande parcela dos custos de hospitais e clínicas de saúde. Neste sentido, sistemas integrados de gestão empresarial, que alinham o gerenciamento de estoque à área financeira, têm ganhado força e se tornado fortes aliados para o desenvolvimento deste setor.

Em um contexto macro, plataformas de gestão são ferramentas que transformam a produtividade de empresas em diversos setores, trazendo não apenas maior controle sobre as informações internas destas companhias, mas também mais inteligência, o que permite aos gestores atuarem com ampla assertividade e competitividade no mercado. No setor de saúde, a gestão inteligente de inventário se faz fundamental para uma instituição que busca o lucro.

Os desafios da gestão empresarial no setor de saúde

De forma geral, o dinheiro é o recurso básico de qualquer empresa, do qual todos os outros recursos dependem. A falta de visibilidade do fluxo de caixa é o principal motivo pela falência das empresas. Para se ter uma ideia da gravidade para o setor, somente nos últimos 10 anos, mais de 2,4 mil hospitais privados fecharam as portas, no Brasil. Entre as instituições fechadas e as que surgiram neste período, mais de 40 mil leitos foram extintos, de acordo com dados do relatório “Cenário dos Hospitais no Brasil 2020”, realizado pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH), em parceria com a Confederação Nacional de Saúde (CNS).

O entendimento de como o dinheiro flui, onde ele fica represado, por onde ele vaza, bem como outros dados, são informações cruciais para o desenvolvimento das companhias e, consequentemente, do setor de saúde. Sem estas informações, torna-se inviável que uma organização funcione plenamente e, sem um sistema de gestão adequado, estes dados são escassos.

Ao utilizar um sistema que ajuda a tomar a decisão sobre o que comprar baseado em dados e modelos estatísticos é possível reduzir a ineficiência de compras e diminuir o desperdício de dinheiro parado. Combinando isto a um sistema de financiamento integrado que permite pagar em prazos mais longos com taxas diferenciadas, é possível destravar o poder multiplicador de gestão de recursos avançada, que até então só as grandes instituições conseguiam fazer.

O impacto da gestão de estoque integrada ao setor financeiro

A gestão de estoque é tipicamente vista como uma atividade rotineira: importante, porém, não estratégica. Empresas menos sofisticadas tratam insumos como uma linha de custo e não uma alavanca de receita. A gestão financeira estratégica entende que os insumos são parte fundamental deste ciclo de receita, então incorporam a gestão otimizada de inventário e compras em suas decisões: quanto comprar, o que comprar e como pagar são perguntas básicas, mas a complexidade de possíveis respostas pode levar a decisões ruins.

Um exemplo disto é o tratamento simplista de crédito para capital de giro: nem todos os gestores entendem que, se bem utilizado, esta modalidade de financiamento pode destravar o valor preso em recursos subutilizados. Pelo contrário, muitos enxergam o crédito para capital de giro como um último recurso, só utilizado por empresas passando por apuros financeiros.

Os obstáculos enfrentados para a implementação de tecnologias de gestão em saúde

Há pouca informação e muito ceticismo quando o assunto é tecnologia para gestão em saúde no Brasil. Grande parte dos sistemas que existem por aqui ou são antigos e não atendem as demandas modernas de um software ou são cópias de sistemas internacionais (altamente complexos e caros) que não se traduzem bem à nossa realidade de instituições independentes, espalhadas por um território continental pouco informatizado e interligado.

Neste sentido, o grande desafio é ouvir o gestor de saúde brasileiro e oferecer soluções aderentes à realidade do país, endereçando problemas reais do dia a dia das instituições independentes e não apenas criar sistemas para ajudar os gigantes, enquanto os pequenos precisam lidar apenas com o Excel e anotações, financiando-se com bancos que não atendem às nuances e complexidades do setor.

Para oferecer uma vantagem real, a escolha de um sistema de gestão deve equilibrar as necessidades da empresa com o custo de implantação, manutenção e, finalmente, com a facilidade de uso por parte das pessoas que precisarão operar estas plataformas. No passado, um sistema de gestão era associado a um ERP grande, oneroso e difícil de usar. Hoje, o mercado já dispõe de diversos sistemas que replicam algumas funcionalidades chaves destes grandes ERP’s a um custo muito mais acessível, no entanto, sacrificando grande parte das funcionalidades.

Atualmente, contamos com sistemas especializados em tarefas específicas e que compatibilizam o poder de um grande ERP com um sistema de gestão fácil e acessível, podendo ser usados em conjunto com outras tecnologias para se obter um resultado muito superior para a empresa. Assim, investir no sistema de gestão mais apropriado àquela operação é um passo importante para impulsionar a empresa e, consequentemente, o trabalho dos profissionais.


Chega ao Brasil modelo de atenção à saúde inspirado no formato americano

 


18/10/2021


A AsQ, especializada em gestão de saúde, em parceria com hospitais, laboratórios e clínicas de São Paulo, lança na terça-feira (19) um novo serviço no país. Com foco nas operadoras, a empresa adaptou para a realidade local a chamada Accountable Care Organization (ACO), modelo de atendimento inspirado no proposto pelo Affordable Care Act (Obama Care), que propõe cuidar da saúde de uma população com qualidade e mantendo os custos sob controle.

Isso é possível porque neste modelo há um acompanhamento próximo da jornada do paciente, garantindo atenção integral às necessidades de cada pessoa e evitando desperdícios. A implantação do modelo contou com as consultorias da economista Maureen Lewis, que estuda o tema e há 30 anos aconselha governos e líderes do setor privado sobre as reformas do sistema de saúde, e da médica Márcia Makdisse, responsável pela estruturação e desenvolvimento da Estratégia de VBHC (Value-Based Health Care, Atenção à Saúde Baseada em Valor) no Brasil.

A busca de qualidade no atendimento com gastos sob controle é  um desafio para todo o sistema de saúde. Historicamente, a Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH) é bastante elevada. O índice, apurado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), esteve sempre acima dos 10% ao mês desde julho de 2011 até março de 2020, quando houve redução provocada pela diminuição de despesas com consultas e cirurgias eletivas, reflexo da pandemia. Em 2019 o VCMH subiu 14,5%. A inflação geral, medida pelo IPCA/IBGE, foi de 4,5%.

A ACO abrange serviços de Atenção Primária à Saúde, serviços médicos de nível secundário (consultas, exames, terapias, etc), hospitais, fornecedores e diversos outros protagonistas do segmento e coloca o paciente no centro do cuidado.

Uma das metas da ACO, através do modelo colaborativo de rede, é reduzir de forma geral os gastos de saúde e remunerar com base em valor, e não somente volume. “O importante é que uma parte da remuneração esteja vinculada à qualidade da assistência prestada e às entregas contratualizadas. Os custos evitados respondem pela grande inovação do processo”, explica a médica Carla Biagioni, diretora técnica na AsQ.

Em vez de tratar doenças já estabelecidas, uma das bases da ACO é a Gestão de Saúde Populacional, onde todas as pessoas têm seu cuidado gerenciado conforme seus riscos. O atendimento centrado na pessoa e iniciado na Atenção Primária à Saúde propõe um conhecimento do perfil de adoecimento de cada indivíduo e um cuidado singular, podendo ser de investigação, de orientação ou mesmo de monitoramento.

“A partir deste momento é estabelecido um Plano de Cuidado. Junto com as próprias pessoas, trabalha-se o melhor cuidado da saúde. É imprescindível o trabalho da Atenção Primária à Saúde no início desta jornada para a melhor coordenação do cuidado”, ressalta Vilma Dias, diretora da empresa.

A tropicalização do modelo consumiu mais de um ano de trabalho da AsQ. A empresa desenvolveu projetos piloto e contou com apoio de parceiros de São Paulo: Hospital Maternidade Santa Maria; Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC); Alliar (sistema de diagnóstico); Alpha Diagnose (serviço especializado em oftalmologia) e Humana Magna (rede focada em reabilitação).

domingo, 17 de outubro de 2021

Semana da Criança é comemorada com muita animação no Hospital Universitário de Jundiaí

 


15/10/2021

A comissão de Humanização e Eventos do Hospital Universitário de Jundiaí (SP) promoveu durante esta semana a comemoração do Dia das Crianças. A ação foi desenvolvida na pediatria, UTI Infantil, PSI e na recepção da instituição.

Vestida de princesas, mosqueteiros, fadas, bailarinas, ursos e palhaços, equipe alegrou a semana das crianças com entrega de brinquedos recebidos da empresa de brinquedos ZucaToys, localizada em Itatiba, que foi uma das grandes colaboradoras da campanha “Doe brinquedos, faça uma criança feliz”, realizada em conjunto pelo Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Hospital Universitário (HU) e Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). A fabricante de brinquedos, que atua há 25 anos no setor, doou 86 brinquedos novos para a iniciativa.

O ponto alto foi as presenças do Robô Megatron da equipe DJPeterson Sonorização que passeou pelos corredores e a Companhia de Palhaços da dupla Rick e Kelly distribuindo brindes do McDonald’s e brinquedos com muita música.

De acordo com a presidente da comissão de humanização e eventos do HU, Renata Gentil, o objetivo desta ação foi levar um pouco de alegria às crianças e também aos familiares, já que quando um filho adoece e precisa ficar internado, a rotina de toda a família muda

Dia do Médico: mulheres ainda são minoria em cargos de liderança na saúde

 

15/10/2021


O Brasil já ultrapassa a marca de meio milhão de médicos, com uma população profissional cada vez mais numerosa, jovem e feminina. É o que comprova o último levantamento da Demografia Médica do Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em 2020, os homens representavam 53,4% da população de médicos e as mulheres, 46,6% (cinco anos antes, os médicos homens somavam 57,5% do total e as médicas, 42,5% e, há trinta anos, elas representavam apenas 30,8%). Neste mês de outubro, quando se comemora o Dia do Médico (18 de outubro), o debate sobre a igualdade de gêneros, quando se fala também em cargos de liderança na Medicina, é lembrado pelas médicas intensivistas Ana Luiza Valle e Marina Fantini. Aos 31 e 36 anos, respectivamente, elas são sócias da empresa ECMO Minas e representantes do empreendedorismo feminino.

As profissionais de saúde ressaltam que a presença feminina, além de um fenômeno quantitativo, deveria também refletir em igualdade de salários e uma maior presença no corpo docente das faculdades, nas associações representativas e nos cargos de lideranças das entidades de saúde. “O aumento da presença feminina no mercado de trabalho médico é uma grande conquista e motivo de comemoração. No entanto, precisamos fortalecer e levar todo esse protagonismo e essa ascensão também às funções de liderança no nosso segmento. Ainda é um ambiente majoritariamente masculino”, opinam.

Mesmo antes da pandemia de Covid-19, essas duas mulheres intensivistas (mais a enfermeira Izabela Fernandes) trabalham dia e noite para salvar as vidas de pacientes, em várias regiões do Brasil, com complicações respiratórias ou cardiorrespiratórias. Participaram de forma ativa da formação do maior centro de ECMO mineiro e foram pioneiras na estruturação de um serviço de ‘Ecmo Mobile’ ao criarem a empresa ECMO Minas. O foco do atendimento é levar a terapia a todos os pacientes, independente do local em que estejam. “É um modelo de negócios diferenciado que mescla atendimento médico de ponta, alta tecnologia e a ruptura das barreiras geográficas”, explicam.

Tudo começou em 2014, quando a cardiologista pediátrica e cardiointensivista, Marina Fantini, conheceu um recém-nascido que precisou passar por uma cirurgia, mas acabou tendo complicações e não resistiu. O cirurgião, que o atendeu, explicou que a criança teria sobrevivido caso tivessem ECMO no centro cirúrgico. “Esse médico me disse que se tratava de uma terapia muito distante da nossa realidade e que não valia a pena nem tentar”, conta. A história mobilizou a profissional que, a partir daí, buscou especialização em outros países. Passou por uma imersão em ECMO na Extracorporeal Life Support Organization (ELSO), autoridade máxima no tema, que regulamenta o uso da terapia no mundo. A diretora da ECMO Minas, também é professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG), coordenadora dos departamentos de cardiologia pediátrica e ECMO da Rede Mater Dei de Saúde, além do Centro ELSO de ECMO 814.

A outra sócia, diretora clínica da ECMO Minas, Ana Luiza Valle teve a oportunidade de vivenciar uma experiência em um dos maiores centros de terapia intensiva do mundo, em Bruxelas, na Bélgica. Além de Research Fellow no Hospital Erasme de Bruxelas, aperfeiçoou-se também junto ao grupo de ECMO da Universidade de Toronto (Canadá), um dos berços da ECMO no Ocidente. Ela é intensivista e doutoranda do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Especialista em ECMO adulto e pediátrico pela ELSO, também atua nas UTIs do Hospital Mater Dei.

sábado, 16 de outubro de 2021

Pró-Saúde apresenta Classe Hospitalar do Oncológico Infantil em evento nacional

 


15/10/2021

Pela primeira vez, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, gerenciado pela Pró-Saúde em Belém (PA), apresentará a experiência desenvolvida pela Classe Hospitalar Prof. Roberto França, no 11º Encontro Nacional de Atendimento Escolar Hospitalar e Domiciliar. O evento, realizado de modo remoto, acontece entre os dias 15 e 17 de outubro.

As Classes Hospitalares foram criadas para assegurar às crianças e adolescentes, a continuidade das atividades escolares durante o processo de internação hospitalar, possibilitando um enfrentamento menos traumático e minimizando os prejuízos no retorno às atividades convencionais após a alta.

Quem organiza o evento é o Grupo Interdisciplinar de Educação e Inclusão (GIEI), uma rede de cooperação internacional formada por pesquisadores associados em atividades de acessibilidade e inclusão. O tema do encontro deste ano é “Campo interdisciplinar do atendimento educacional em classe hospitalar e domiciliar: políticas, formação e práticas”.

No dia 17 de outubro, a administradora Alba Muniz, diretora Hospitalar da Pró-Saúde, integrará a Mesa-Redonda VI, que discutirá sobre interdisciplinaridade com o trabalho desenvolvido em brinquedotecas e classe hospitalar.

O case apresentado por Alba será da Classe Hospitalar do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, referência em oncologia pediátrica no Norte do país. Ela destaca sua expectativa em relação à participação no evento. “Será mais uma excelente oportunidade de compartilhar a experiência do Oncológico Infantil em âmbito nacional, pois, em seis anos, partindo do zero, muito foi feito pelas crianças do Estado do Pará, não só no aspecto de tratamento contra o câncer mas também com ações educativas”, observou.

Alba Muniz, que esteve à frente do Oncológico Infantil no período entre 2015 e 2020, afirma que foram diversas ações desenvolvidas para proporcionar um cuidado com o paciente no sentido amplo. “Ao longo dos seis anos do hospital foram criadas diversas oportunidades para desenvolver o potencial humano do pequeno cidadão assistido na instituição, entre elas o acesso e a manutenção do acompanhamento escolar curricular oficial”, afirmou.

De acordo com a diretora, o projeto da Classe Hospitalar do Oncológico Infantil é um dos que tem destaque no segmento, por possuir uma característica diferenciada, visto que acompanha as necessidades dos usuários. “O tratamento contra o câncer é longo e em boa parte dele a criança ou adolescente não pode frequentar a escola regular. Tem um caráter de excepcionalidade, de personalização, mas de maneira continuada, mantendo o usuário na atividade educacional nas fases amenas e severas do tratamento”, observa Alba Muniz.

O Oncológico Infantil realizou a “customização” curricular para todas as etapas do tratamento, bem como o incentivo à matrícula e manutenção da frequência, as quais são integradas com vários setores do hospital, como Sustentabilidade, Núcleo de Educação, Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente, Humanização, especificamente com as atividades executadas nas brinquedotecas.

“É como se todo o hospital trabalhasse para a cura e para o que vem depois da cura: a vida de um cidadão produtivo, resiliente, confiante, solidário, consciente e responsável”, complementa Alba.

A entidade filantrópica Pró-Saúde, gestora do Hospital Oncológico Infantil, por meio de contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), incentiva e desenvolve parcerias que promovem a educação como parte dos cuidados com as crianças durante a assistência hospitalar. Com a descoberta de um câncer, muitas crianças precisam se afastar da escola no modelo convencional para fazer o tratamento.

A Classe Hospitalar do Oncológico Infantil é mantida desde 2015 em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e tem, atualmente, cerca de 22 alunos matriculados em diferentes etapas de ensino. As aulas seguem em formato híbrido, atendendo a seis alunos por turno (manhã e tarde), com outros atendimentos efetuados de maneira remota.