18/10/2021
Não é segredo que no setor
de saúde, a prioridade, em todos os momentos, é a segurança e o cuidado ao
paciente. Por conta disso, os estoques das instituições deste segmento tendem a
uma margem de segurança maior que nos demais, uma vez que nada pode faltar para
o atendimento e a prestação de um serviço hospitalar. No entanto, insumos são
caros e representam uma grande parcela dos custos de hospitais e clínicas de
saúde. Neste sentido, sistemas integrados de gestão
empresarial, que alinham o gerenciamento de estoque à área
financeira, têm ganhado força e se tornado fortes aliados para o
desenvolvimento deste setor.
Em um contexto macro, plataformas de gestão são ferramentas que
transformam a produtividade de empresas em diversos setores, trazendo não
apenas maior controle sobre as informações internas destas companhias, mas
também mais inteligência, o que permite aos gestores atuarem com ampla assertividade
e competitividade no mercado. No setor de saúde, a gestão inteligente de
inventário se faz fundamental para uma instituição que busca o lucro.
Os desafios da gestão
empresarial no setor de saúde
De forma geral, o dinheiro é o recurso básico de qualquer
empresa, do qual todos os outros recursos dependem. A falta de visibilidade do fluxo de caixa é o
principal motivo pela falência das empresas. Para se ter uma ideia da gravidade
para o setor, somente nos últimos 10 anos, mais de 2,4 mil hospitais privados
fecharam as portas, no Brasil. Entre as instituições fechadas e as que surgiram
neste período, mais de 40 mil leitos foram extintos, de acordo com dados do
relatório “Cenário dos Hospitais no Brasil 2020”, realizado pela Federação
Brasileira de Hospitais (FBH), em parceria com a Confederação Nacional de Saúde
(CNS).
O entendimento de como o dinheiro flui, onde ele fica represado,
por onde ele vaza, bem como outros dados, são informações cruciais para o
desenvolvimento das companhias e, consequentemente, do setor de saúde. Sem
estas informações, torna-se inviável que uma organização funcione plenamente e,
sem um sistema de gestão adequado, estes dados são escassos.
Ao utilizar um sistema que ajuda a tomar a decisão sobre o que
comprar baseado em dados e modelos estatísticos é possível reduzir a
ineficiência de compras e diminuir o desperdício de dinheiro parado. Combinando
isto a um sistema de financiamento integrado que permite pagar em prazos mais
longos com taxas diferenciadas, é possível destravar o poder multiplicador de
gestão de recursos avançada, que até então só as grandes instituições
conseguiam fazer.
O impacto da gestão de
estoque integrada ao setor financeiro
A gestão de estoque é tipicamente vista como uma atividade
rotineira: importante, porém, não estratégica. Empresas menos sofisticadas
tratam insumos como uma linha de custo e não uma alavanca de receita. A gestão
financeira estratégica entende que os insumos são parte fundamental deste ciclo
de receita, então incorporam a gestão otimizada de inventário e compras em suas
decisões: quanto comprar, o que comprar e como pagar são perguntas básicas, mas
a complexidade de possíveis respostas pode levar a decisões ruins.
Um exemplo disto é o tratamento simplista de crédito para
capital de giro: nem todos os gestores entendem que, se bem utilizado, esta
modalidade de financiamento pode destravar o valor preso em recursos
subutilizados. Pelo contrário, muitos enxergam o crédito para capital de giro
como um último recurso, só utilizado por empresas passando por apuros
financeiros.
Os obstáculos enfrentados
para a implementação de tecnologias de gestão em saúde
Há pouca informação e muito ceticismo quando o assunto é
tecnologia para gestão em saúde no Brasil. Grande parte dos sistemas que
existem por aqui ou são antigos e não atendem as demandas modernas de um
software ou são cópias de sistemas internacionais (altamente complexos e caros)
que não se traduzem bem à nossa realidade de instituições independentes,
espalhadas por um território continental pouco informatizado e interligado.
Neste sentido, o grande desafio é ouvir o gestor de saúde
brasileiro e oferecer soluções aderentes à realidade do país, endereçando
problemas reais do dia a dia das instituições independentes e não apenas criar
sistemas para ajudar os gigantes, enquanto os pequenos precisam lidar apenas
com o Excel e anotações, financiando-se com bancos que não atendem às nuances e
complexidades do setor.
Para oferecer uma vantagem real, a escolha de um sistema de
gestão deve equilibrar as necessidades da empresa com o custo de implantação,
manutenção e, finalmente, com a facilidade de uso por parte das pessoas que
precisarão operar estas plataformas. No passado, um sistema de gestão era
associado a um ERP grande, oneroso e difícil de usar. Hoje, o mercado já dispõe
de diversos sistemas que replicam algumas funcionalidades chaves destes grandes
ERP’s a um custo muito mais acessível, no entanto, sacrificando grande parte
das funcionalidades.
Atualmente, contamos com sistemas especializados em tarefas
específicas e que compatibilizam o poder de um grande ERP com um sistema de
gestão fácil e acessível, podendo ser usados em conjunto com outras tecnologias
para se obter um resultado muito superior para a empresa. Assim, investir no
sistema de gestão mais apropriado àquela operação é um passo importante para
impulsionar a empresa e, consequentemente, o trabalho dos profissionais.
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