plasamed

plasamed

sábado, 27 de novembro de 2021

Ciclo de processamento em CME: conhecendo o passo a passo

 


26/11/2021




As infecções hospitalares não ocorrem de maneira inesperada. Podem estar relacionadas a práticas inadequadas. O processamento de Dispositivos Médicos (DM) pode aumentar os riscos de infecções relacionadas a assistência à saúde, comprometendo a segurança e vida dos pacientes e profissionais. Sendo assim, compete aos gestores dos Centros de Materiais e Esterilização (CME) planejar e prover a estrutura necessária para que todas as atividades sejam realizadas de forma segura e eficiente.

Com os avanços tecnológicos e a evolução das técnicas cirúrgicas, os instrumentos tornaram-se mais precisos, delicados e complexos, surgindo assim a necessidade de aprimorar as formas e os métodos de processamento dos DM. Para garantir a qualidade do processamento é importante e necessário monitorar e registrar todas as etapas do processo desde a aquisição dos produtos até o uso.


FAMI Tecnologia Médica, como fabricante nacional, especialista em soluções para o processamento de DM, disponibiliza as seguinte soluções para cada etapa do processo:

1 – AQUISIÇÃO

FAMI Tecnologia Médica oferece com exclusividade uma ampla linha de embalagens e recipientes denominada Econox®, devido a utilização de métodos sustentáveis e ecológicos em seu processo de fabricação. Toda linha Econox® é fabricada em aço inoxidável reciclável de alta qualidade e durabilidade que resiste a altas e baixas temperaturas.

Apresentando cantos arredondados, bordas planas, ausência de rugosidade e porosidade, os recipientes foram desenhados para não acumular sujidades ou resíduos favorecendo uma limpeza eficaz com baixo consumo de água e detergente. A superfície fosca foi adotada com o objetivo de não causar ofuscamento visual durante os procedimentos oferecendo segurança aos pacientes e conforto aos profissionais.


2 – LIMPEZA

A limpeza dos DM é a etapa mais crítica do processamento e tem como objetivo principal a remoção de resíduos, orgânicos e inorgânicos, e consequentemente a redução dos microrganismos, de tal forma que possa garantir a eficácia nos processos de desinfecção e esterilização. Todos os produtos críticos e semicríticos de múltiplo uso devem ser submetidos aos processos de limpeza, desinfecção ou esterilização entre um paciente e outro.

Para atender aos requisitos de boas práticas nesta importante etapa do processamento, a FAMI Tecnologia Médica possui uma ampla e completa linha de escovas específicas para limpeza de instrumentos e utensílios em geral. Confeccionadas com cerdas de nylon, aço inox ou latão, apresentam-se em diversos formatos e dimensões, sendo apropriadas para remoção dos diferentes tipos de sujidades presentes nos instrumentos de conformação complexa e não complexa.

Preocupada em atender toda a complexidade que envolve a etapa de limpeza, a FAMI disponibiliza um sistema de limpeza a vapor composto pelo Steamer e a SteamBox; este sistema é indicado para remover as sujidades fortemente aderidas em superfícies externas, internas ou áreas inacessíveis aos artefatos comumente utilizados na limpeza dos instrumentais cirúrgicos.

Para limpeza e desinfecção de recipientes semicríticos e não críticos a lavadora CLINOX 3A Arcania, é a solução. Programada para realizar o descarte de dejetos, limpeza e termodesinfecção totalmente automatizada reduz os riscos biológicos e acidentes de trabalho.

3 – PREPARO E ESTERILIZAÇÃO

Para esta etapa do processamento, a FAMI possui em seu portfólio as fitas coloridas para identificação dos instrumentais que auxiliam a gestão dos instrumentos cirúrgicos durante o seu ciclo de vida.

sistema de embalagem Container System, composto por contêiner, cestos de processamento e insumos (filtros, lacres e etiquetas) assegura a organização e garante a esterilidade dos DM até o ponto de uso, ao mesmo tempo que otimizam o carregamento das autoclaves e o seu respectivo armazenamento e distribuição.

Para identificação e garantia da rastreabilidade das embalagens, são disponibilizadas as etiquetas duplamente adesivas com e sem indicadores químicos tipo 1 para os métodos de esterilização por vapor, óxido de etileno e peróxido de hidrogênio.

4 – ARMAZENAMENTO

Os Cesto de Transporte e Armazenamento fornecidos pela FAMI, além de possibilitar a organização da carga dentro das autoclaves, asseguram o manuseio e transporte dos pacotes sem entrar em contato direto com os profissionais ou superfícies, prevenindo assim os eventos relacionados com as embalagens.

Os cestos aramados foram desenvolvidos para serem empilháveis e encaixáveis, possibilitando uma organização mais eficiente e segura do arsenal e promovendo a organização e otimização dos espaços.

FAMI de cara nova!

Em comemoração aos seus 106 anos, a FAMI Tecnologia Médica lança seu novo site, com acesso facilitado ao portfólio de produtos, rede de distribuidores, assistência técnica, canais de atendimento, entre outras funcionalidades. Destaque para o blog, que traz conteúdo diversificado, com informações de mercado, matérias sobre as soluções e lançamentos da empresa, além de dicas de saúde e bem-estar. Acesse agora: fami.com.br.

No ar desde outubro de 2021, a ferramenta passa a entregar, de forma clara e objetiva, os mais diversos conteúdos necessários ao dia a dia dos clientes, distribuidores, fornecedores e parceiros, a fim de esclarecer rapidamente suas dúvidas mais frequentes e otimizar a tomada de decisão. A novidade é parte de uma estratégia da marca para trabalhar uma nova forma de aproximação e relacionamento com seu público, comunicando seus valores e fortalecendo sua imagem.

Entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro, a FAMI marca presença no 15º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização – SOBECC 2021, apresentando sua solução completa em embalagens para processamento de dispositivos médicos.

A participação da empresa no evento presencial, realizado no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP), será focada em sustentabilidade e Environmental, Social and Governance – ESG, que traduz a ideia de Governança Ambiental, Social e Corporativa, temas estes que ilustrarão a identidade visual do estande.

“A FAMI Tecnologia Médica é comprometida com a diversidade e a inclusão, o que cria um ambiente de trabalho que valoriza a pluralidade de ideias. Esse olhar múltiplo nos permite oferecer a melhor experiência para as pessoas comprometidas com o processamento de DM investindo e disponibilizando soluções inovadoras e sustentáveis”, afirma a assistente de Marketing da empresa, Tatiana Vetrenka.

Saiba mais sobre o evento em: sobecc.org.br


Tel: (11) 3775-0300

E-mail: info@fami.com.br

Site: www.fami.com.br


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Muito além da quimioterapia: especialistas explicam tratamentos avançados que estão revolucionando combate ao câncer


 


25/11/2021

A incidência global de câncer deve atingir patamares recorde nos próximos anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentando uma evolução contínua que deve fazer com que em 2040 mais de 28 milhões de pessoas recebam o diagnóstico da doença – um aumento de quase 50% em relação aos registros mundiais feitos em 2020, quando 18 milhões de novos casos foram detectados mundialmente. Atualmente, considerando uma prevalência de 5 anos da doença, a entidade informa que mais de 50 milhões de pessoas estão vivendo com Câncer em todo mundo, sendo que 1,5 milhão delas está no Brasil. Por aqui, este ano outros 625 mil novos casos da doença serão somados a essa equação em 2021, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Vale lembrar ainda que as neoplasias malignas já figuram entre as principais causas de morte em mais de 200 países, o que exige das lideranças governamentais e dos cidadãos de forma geral uma atenção aos cuidados com a saúde, a partir da conscientização sobre hábitos de vida saudáveis e a detecção precoce de tumores por meio de uma rotina de acompanhamento médico e exames. A boa notícia é que aliada à ampliação de campanhas para conscientização sobre o câncer, a ciência avança a passos largos no acesso à saúde e a tratamentos avançados, com a chegada de drogas inovadoras e tratamentos que prometem melhorar não só as chances de sobrevivência, mas também ao bem estar dos pacientes.

“Alternativas de terapias cada vez mais personalizadas e individualizadas fazem com que o câncer se aproxime cada vez mais de se tornar uma doença considerada crônica, com benefícios efetivos à qualidade de vida de pessoas com diagnóstico da doença”, aponta o oncologista Bruno Ferrari, fundador e CEO do Grupo Oncoclínicas.

Para ele, o futuro do tratamento da doença é promissor, e permitirá que cada vez mais pessoas tenham alternativas terapêuticas para muito além da quimioterapia e radioterapia. “Temos novidades que têm se mostrado bem sucedidas nos meio médico e científico, como a imunoterapia e o tratamento com anticorpos monoclonais. O chamado CAR-T Cell também vem conquistando grande espaço em casos de tumores hematológicos, um avanço que se mostra animador quando nos referimos a em especial a leucemias e linfomas”, aponta.

O Dr. Bruno enfatiza que a produção de conhecimento na área da oncologia no Brasil e no mundo passa por uma fase de crescimento incomparável. Mas, mesmo sinalizando os próximos anos como positivos e de chegada de avanços, lembra que há desafios no tocante às aprovações necessárias para adoção dos testes moleculares e chegada de novas medicações, como também na garantia do acesso igualitário à toda sociedade. Apesar da ressalva, o médico garante que há motivos para comemorar e indica que a informação é ferramenta essencial para assegurar o protagonismo a todos, pacientes ou não, em um momento de mudanças nos paradigmas da doença.

Junto com o Dr. Bruno Ferrari, os oncologistas do Grupo Oncoclínicas Clarissa Mathias, Carlos Barrios, Carlos Gil e Wellington Azevedo esclarecem as principais perspectivas no combate ao câncer:

Análise genômica é palavra de ordem

O avanço dos estudos envolvendo o genoma humano, código genético presente nas células e de forma única em cada indivíduo, fez com que nos últimos anos a análise dos genes se tornasse parte indispensável das áreas da medicina. Dentro delas, a oncologia vem se beneficiando tanto na precisão diagnóstica, quanto na eficácia do tratamento – ambas proporcionadas por essas avaliações.

Segundo o Dr. Carlos Gil, exames que ajudam a detectar o perfil molecular de tumores como de pulmão, intestino e melanoma têm se mostrado importantes aliados no controle da condição.

“Esse tipo de teste proporciona maior precisão e melhor qualidade no diagnóstico, o que é fundamental para uma definição precisa do tratamento. Isso porque, apenas conhecendo com precisão as células malignas o profissional de saúde conseguirá especificar o melhor tratamento para aquele caso”, comenta.

Individualização e imunoterapia

O conhecimento cada vez maior de como as células cancerígenas funcionam em cada tipo de organismo foi o avanço necessário para implementar outros tratamentos que têm revolucionado a oncologia. O principal dele é a imunoterapia, citada no Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2018.

Segundo o Dr. Bruno, ela é um tipo de tratamento biológico com o objetivo de potencializar o sistema imunológico do indivíduo para combater o câncer. “A prática terapêutica vem apresentando resultados muito significativos para diversos tumores, especialmente mama, pulmão, colo de útero, endométrio, melanoma e cânceres de cabeça e pescoço”.

Um exemplo é o câncer de mama triplo negativo, um subtipo agressivo da doença que afeta principalmente mulheres jovens e representa, segundo a Dr. Clarissa, cerca de 13% dos casos. “O uso da imunoterapia com quimioterapia apresentou aumento significativo de resposta patológica completa – ou seja, quando a doença desaparece após o uso de um medicamento o que é uma importante evolução contra esse subtipo, normalmente associado a um prognóstico ruim por causa de sua agressividade”, pontua a oncologista.

As terapias-alvo também se mostram cada vez mais eficazes e são boa notícia para os próximos anos. Os testes com esses medicamentos têm mostrado “resultados excelentes, principalmente para para tumores de mama e de ovário”, frisa a Dra Clarissa, que também é a atual presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

O tratamento é feito com substâncias que foram desenvolvidas para identificar e atacar características específicas das células cancerígenas, bloqueando assim o crescimento do tumor e permitindo que o organismo do paciente recupere as condições para derrotá-lo.

Anticorpos monoclonais: menos toxicidade e maior efetividade

Um dos destaques, nesse sentido, são as terapias conjugadas de quimioterapia com anticorpos, por exemplo, como ressalta o Dr. Carlos Barrios. “O que acontece, nesses casos, é que a combinação vai levar a quimioterapia diretamente para a célula cancerígena, focando o tratamento apenas nela, o que diminui a toxicidade para o organismo, ao mesmo tempo que aumenta a efetividade do tratamento”, diz.

Segundo ele, é importante frisar que, para alcançar bons resultados com essas terapias, um fator é primordial: conhecer profundamente o tipo de câncer e as características de cada paciente e cada célula, para atingir a doença com mais precisão.

“É preciso estar equipado com tecnologia que identifique as alterações genéticas com detalhes. Não são muitos locais que oferecem esse tipo de tratamento”, afirma.

Para linfomas e leucemia, uma alternativa de sucesso

Uma nova opção de tratamento para linfoma e leucemia, que vem sendo estudada por meio da terapia genética, é a do CAR-T Cell, que usa células do próprio pacientes geneticamente modificadas em laboratório para combater o câncer. A estratégia consiste em habilitar células de defesa do corpo (linfócitos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor e atacá-lo de forma contínua e específica.

O CAR-T cell é uma combinação de várias tecnologias, envolvendo a terapia gênica, imunoterapia e terapia celular. Nos Estados Unidos e na Europa já existem produtos comercialmente disponíveis.

O Dr. Wellington explica que o Brasil ainda está atrasado, em função da indefinição da legislação que regula esse assunto. Mas, ele ressalta que a Anvisa irá liberar em breve uma autorização que regulamenta o uso. “A expectativa é que ainda em 2020 as indústrias farmacêuticas já sejam capazes de registrar esses medicamentos no país”, complementa.

O alto custo para a produção preocupa, mas o avanço é inegável: o tratamento conquistou popularidade no Brasil na segunda metade de 2019, quando um paciente com linfoma não Hodgkins avançado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, no interior de São Paulo, foi considerado o primeiro paciente da América Latina a alcançar a remissão da doença com uso das células CAR-T.

Para o Dr. Wellington, a estratégia usada para o tratamento abre frentes para uso não só em tumores hematológicos, como o linfoma, podendo possivelmente ser usada para qualquer tipo de câncer. “A metodologia já conta com pesquisas voltadas a protocolos para leucemia mieloide aguda e mieloma múltiplo. Há expectativas de que em um futuro próximo seja possível o uso do CAR-T Cell em tumores sólidos, caso do câncer de pâncreas, apenas para citar uma das possibilidades que já estão em discussão”, finaliza.

 

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Tratamento humanizado: Hospital do Câncer em Uberlândia ganha Projeto Lúdico da Radioterapia para crianças

 23/11/2021



Nesta terça-feira (23/11), Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, o Grupo Luta Pela Vida e o Hospital do Câncer em Uberlândia (MG) iniciam o Projeto Lúdico da Radioterapia, em que os pacientes infantis passam a contar com decoração personalizada nas salas, durante as sessões, com a utilização de imagens dos personagens favoritos de cada criança. Além disso, acompanhados da equipe de radioterapia e psicólogos, os pequenos poderão se distrair com um jogo de tabuleiro relacionado ao tratamento, sendo que a cada sessão realizada, o paciente “avança” uma casa no jogo, representando mais uma etapa vencida.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com a doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.

Com o Projeto Lúdico da Radioterapia, os pacientes infantojuvenis que fazem tratamentos oncológicos radioterápicos poderão passar pelos procedimentos de forma mais leve, como explica a Chefe do Setor de Cuidados Especializados e rádio-oncologista em oncopediatria do Hospital do Câncer, Dra. Claudia Helena Tavares. “A radioterapia é um tratamento feito de forma diária, podendo variar de 20 a 40 aplicações, em um processo que para as crianças pode ser difícil e cansativo. De segunda a sexta elas precisam acordar cedo, ficar em jejum quando necessitam de sedação, realizar o tratamento e ir pra casa. Este projeto é uma forma de tornar essa rotina um pouco mais fácil, leve e lúdica”, explica a rádio-oncologista.

A psicóloga Jodi Hunt, que também participou da idealização do projeto, destaca que este passo representa o avanço nos trabalhos de humanização que são realizados de forma contínua no Hospital do Câncer e que são essenciais para garantir uma melhor aceitação do tratamento, especialmente em relação às crianças. “Por ser lúdico, o projeto pode contribuir para o melhor enfrentamento do procedimento radioterápico, influenciando na motivação do paciente e consequentemente na adesão ao tratamento. Além disso, a iniciativa também tem o objetivo de promover a interação entre equipe, paciente e família, aproximando o paciente mirim dos profissionais que realizarão os procedimentos”, destaca a psicóloga.

Além dos games que foram desenvolvidos e da decoração personalizada, ao concluir o tratamento, os pacientes infantis poderão registrar o momento em uma placa para fotos e também no painel ilustrado que fica localizado na brinquedoteca do Hospital, outro espaço pensado para atender os pacientes infantis.

A escolha do dia 23 de novembro para o início deste projeto foi por conta de ser o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, criado em 2008 pela Lei nº 11.650. O objetivo da data é divulgar e estimular iniciativas educativas e preventivas associadas à doença, além da promoção do apoio para as crianças e seus familiares.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Artigo – O verdadeiro impacto do 5G na saúde

 

23/11/2021


Ao contrário do que muitos acreditam, você não tem a tecnologia móvel de quinta geração (5G) em sua casa na rede wireless chamada 5G. Seu Wi-Fi 5G é apenas uma faixa de wireless na qual funciona a frequência de 5 GHz (gigahertz). Da mesma forma, a rede 2G do wi-fi não é mais antiga, mas opera na frequência de 2,4 GHz. A grande diferença entre as duas frequências é a estabilidade, melhor na de 5 GHz por oferecer banda maior. Contudo, a frequência 2,4 GHz tem um maior alcance, chegando mais longe, com maior cobertura e menos estabilidade.

Já a tecnologia 5G que falamos que vai revolucionar todos os setores é a quinta geração de internet móvel sem fio. Da mesma forma que notamos diferenças importantes com a mudança do 2G para o 3G, que nos possibilitou usar os smartphones, e com a chegada do 4G fazer downloads mais rápidos, o 5G vai revolucionar a nossa forma de relacionamento utilizando a internet, com um aumento de até 100 vezes na velocidade de navegação e download, sem a necessidade de fibra.

Imagine como será quando, após se acostumar com uma internet ultrarrápida, você voltar ao 4G, que é a realidade de hoje. É a mesma sensação que vivenciamos quando viajamos para uma cidade menor que só tem cobertura 3G ou Edge, também conhecida como “2,75G”. Cada segundo se torna uma eternidade.

Essa será nossa realidade por pelo menos mais oito anos, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), que prevê que apenas em dezembro de 2029 100% dos municípios com menos de 30 mil habitantes serão cobertos pelo 5G.

Logo, o primeiro verdadeiro impacto da tecnologia 5G para a população será o que alguns brasileiros que já utilizam a tecnologia em outros países relataram, que é o maior uso das telas e a falta de paciência. Estamos caminhando para um mundo cada vez mais conectado, globalizado e ocupado. Enquanto os especialistas defendem a diminuição das jornadas de trabalho, caminhamos cada vez mais rápido para o aumento do tempo no meio virtual e a diminuição das relações interpessoais presenciais. E ainda não vamos levantar a discussão sobre o Metaverso.

Ficaremos cada vez mais impacientes porque um filme de 2 horas demorou mais que 3 segundos para baixar fora da cobertura 5G, ou então porque as férias em família são em uma cidade que conta apenas com 4G. Mas esse é um ponto de discussão frente a incontáveis benefícios da nova tecnologia em todos os setores, e principalmente na saúde.

Muito provavelmente o setor da saúde será o maior beneficiado pela cobertura móvel 5G, não apenas pelo aumento da velocidade das videochamadas de telemedicina, mas também pela necessidade de adaptação das redes de transmissão. As cidades se prepararão para receber a nova tecnologia, levando maior acesso à internet para as regiões mais remotas. Ninguém vai querer ficar de fora da novidade e existe um plano nacional para ampliação da rede para todo o Brasil.

As telecirurgias, ainda pouco realizadas no Brasil e no mundo devido ao risco pela latência do sinal, serão cada vez mais vistas, com uma equipe médica dividida em mais de um centro de saúde. Um paciente poderá ser operado por uma equipe presencialmente em um hospital brasileiro, com apoio técnico em tempo real de um médico americano, que poderá inclusive operar à distância um dispositivo cirúrgico como uma câmera ou um foco cirúrgico.

A maior velocidade na captação, no armazenamento e na análise dos dados permitirá diagnósticos cada vez mais precisos e rápidos, sem contar a possibilidade de avanço da inteligência artificial. Terapias para tratamento de condições neurológicas e de saúde mental poderão ser aperfeiçoadas com a realidade virtual e a realidade aumentada.

E o maior benefício para o paciente é no aperfeiçoamento da sua jornada, integrado à internet das coisas, que na medicina também é chamada de IoMT (Internet of Medical Things). Através de dispositivos integrados, como os smartwatches, assistentes virtuais e demais wearables, conectaremos milhares de dispositivos, sem que isso interfira na qualidade da transmissão, possibilitando uma análise rápida e integrada dos dados do paciente para o entendimento da sua jornada e um delineamento do seu cuidado com o paciente no foco de toda decisão.

O fato é que a tecnologia impactará diretamente o setor da saúde, possibilitando diagnósticos e acompanhamentos cada vez mais precisos, integrados e rápidos, mas, quando falamos em velocidade, esbarramos na demora da implantação da rede móvel de quinta geração no Brasil, que caminhará a passos mais lentos que o esperado devido à necessidade de adaptação necessária para receber a tecnologia.

Rafael Kenji Hamada é CEO da Feluma Ventures uma Corporate Venture Builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação

 

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Unimed Volta Redonda recebe selo por uso de energia renovável

 

22/11/2021


A Unimed Volta Redonda (RJ) recebeu o selo de Energia Limpa do Grupo Prime Energy, que atesta a contratação de Energia Elétrica de Fontes Renováveis. A Cooperativa também foi certificada, com base nas diretrizes e as boas práticas ambientais do Ministério de Desenvolvimento Brasileiro e da EPA (Environmental Protection Agency – EUA), por ter deixado de emitir no meio ambiente, com a compra de 49.056,48 MWh de energia incentivada, mais de 8 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2), equivalente a filtragem de 59 mil árvores.

O uso de energia incentivada vai ao encontro de investimentos que a Cooperativa vem fazendo em busca de novas soluções que reduzam o seu impacto ambiental e tornem suas atividades cada vez mais sustentáveis. “As mudanças climáticas são uma preocupação para o nosso planeta e exigem que as empresas tomem medidas responsáveis. Por sermos da área de saúde, o dever é ainda maior, pois os problemas ambientais impactam diretamente no bem-estar das pessoas”, ressalta a diretora da Unimed Volta Redonda, Dra Elaine de Fatima Nogueira, que lembra que a organização também recebeu, neste ano, uma certificação pelo descarte consciente de sucata de cabos.

Dentre outras soluções sustentáveis implementadas pela Unimed, destaca-se o painel digital que monitora os sistemas de água, esgoto e eletricidade. Ele foi desenvolvido para otimizar os processos do dia a dia, prever problemas por meio de monitoramento de variáveis e como melhoria contínua. Com o controle do hospital na tela do computador ou celular, é possível identificar qualquer diferença nas variáveis e agir rápido na solução. A empresa também realiza coleta seletiva, tratamento dos resíduos sólidos e líquidos, reciclagem de lâmpadas, bem como possui um sistema de reaproveitamento da água da chuva, e desde a fundação, o hospital utiliza o prontuário eletrônico. Foi pioneiro na substituição do papel pela versão digital.

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

InCor realiza primeira operação no mundo com dois corações para hipertensão pulmonar

 

22/11/2021


O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) realizou cirurgia inédita no mundo para tratar a pressão alta no interior do pulmão de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) que necessitam de transplante de coração mas que não podem fazê-lo por causa exatamente da doença pulmonar. A nova técnica mostrou-se capaz de resgatar esses pacientes dessa condição que, em 100% dos casos, evolui para cuidados paliativos, sem qualquer alternativa terapêutica.

Primeiro paciente tratado com a técnica de dois corações do InCor, o professor universitário Lincon Paiva, de 55 anos, está desde o dia 5 de novembro se recuperando em casa, de onde ficou distante por mais de cinco meses. “Estou muito feliz de poder voltar para minha vida normal e daqui pra frente é poder recuperar e retomar minha vida”, disse.

A nova técnica do InCor consiste basicamente em utilizar um coração novo doado, para reverter a pressão alta pulmonar, enquanto o coração doente, que está mais apto a trabalhar com a sobrecarga da pressão alta do pulmão, dá suporte ao coração implantado.

Durante alguns meses, enquanto se processa a melhora da pressão pulmonar, o paciente vive com dois corações trabalhando simultânea e harmoniosamente, com batimentos cardíacos, pulsação e funções circulatórias específicas.

A técnica de utilização de dois corações conjugados já existe no mundo e é chamada de heterotópica. Usada em caráter permanente, essa técnica não tem bons resultados para a sobrevida dos pacientes que foram submetidos a ela.

“O que fizemos foi desenvolver uma variante técnica dessa cirurgia, de maneira que, num primeiro momento, o coração doado seja usado como terapia para a hipertensão pulmonar e, ao final, substitua o coração doente”, diz o Dr. Fábio Gaiotto, cirurgião cardiovascular que criou a técnica.

“O tratamento da hipertensão pulmonar é complexo. Em alguns casos, a única terapia possível é através de um ventrículo artificial, que é um equipamento de difícil acesso no mundo pelo seu alto custo. Por isso desenvolvi uma técnica que pode ser uma saída para esses pacientes e nós, como centro de pesquisa, conseguiremos ensiná-la para outros médicos no Brasil e no mundo”, afirma o cirurgião, que também é chefe da equipe cirúrgica de transplante de coração do InCor.

Vivendo com dois corações

Vítima de infarto em fevereiro de 2020, quando estava no auge do stress com seu trabalho de conclusão de Doutorado, Lincon teve que ser submetido à implantação de três stents em seu coração. A pandemia forçou a parada no tratamento e, quando retornou ao médico, descobriu que estava com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) grave nível 3, em uma escala em que a 4ª posição é considerada terminal. Nesse momento, o médico orientou tratamento com medicamentos e alertou sobre a possibilidade de, no futuro, ele vir a precisar de transplante. O futuro chegou muito mais rápido do que ele imaginava. O diagnosticado de hipertensão pulmonar associada à ICC piorou seu estado de saúde, até que em 7 de junho ele teve que ser internado no InCor.

A hipertensão nos pulmões é uma doença grave, que costuma acometer pacientes jovens, com idade entre 40 e 50 anos, e que acarreta alta mortalidade – mais de 50% dos pacientes morrem ao cabo de dois anos e meio, se não forem tratados. Quando está associada à insuficiência cardíaca grave, que demanda transplante de coração como terapia de sobrevida, ela é ainda mais agressiva, a ponto de ser um fator de contraindicação para a cirurgia.

Era exatamente essa a situação que se encontrava Lincon, quando soube que o Dr. Fábio Gaiotto estava pronto para experimentar uma nova técnica para salvar pacientes na condição em que ele estava.

Em julho deste ano, ele fez a primeira etapa da cirurgia de dois corações e, em outubro, a segunda fase em que seu coração doente foi removido.

“Você vai progredindo (após a cirurgia) e vai entendendo, até que percebe que está com dois corações mesmo. A primeira vez que eu vi o ecocardiograma, vi os dois corações batendo. Aquilo era muito impressionante não só pra mim, mas para maioria dos médicos, enfermeiros, equipe de exames laboratoriais”, afirma o paciente.

Lincon respondeu tão bem ao tratamento que já com três meses da primeira etapa (frente aos seis meses previstos na pesquisa), a pressão interna do seu pulmão estava normalizada, dando sinal verde para a realização da segunda fase do tratamento.


Gaiotto trabalhou durante três anos no desenvolvimento da técnica inovadora, realizada em caráter de pesquisa clínica pelo InCor. A técnica tem duas etapas. Na primeira, acontece a implantação de um novo coração sadio de doador, de forma heterotópica, ou seja, na posição contrária à do coração nativo, no tórax do paciente.

O novo coração é conectado tanto em artérias quanto em partes do coração antigo. Sua função, no novo sistema de tratamento, é auxiliar na diminuição da pressão arterial no pulmão doente, de forma semelhante ao que costuma acontecer com os ventrículos artificiais de última geração. O coração doente também sofre alterações de fluxo, para se adaptar ao novo sistema e facilitar as manobras da segunda cirurgia.

O protocolo prevê que depois de seis meses do funcionamento ordenado dos dois corações, a pressão pulmonar está normalizada. Nesse momento, entra em ação a segunda etapa da técnica, chamada de “autotransplante”, que é a mais difícil e complexa.

Trata-se de retirar o coração doente, colocando o coração sadio doado na posição normal, que antes era ocupada pelo coração que foi retirado. Essa manobra exige uma rotação de 180 graus do órgão para coloca-lo na nova posição, além de costuras cirúrgicas de suas artérias e veias, de maneira a restabelecer o fluxo natural da circulação cardiopulmonar.

Desse momento em diante, o paciente passa a ter a vida normal de uma pessoa com o coração transplantado. Nessa condição, ele salta de uma expectativa de vida de três meses para uma que pode chegar a mais de 20 anos com boa qualidade, diz o Dr. Gaiotto.

“O Lincon teve a confiança de ser o primeiro a participar dessa cirurgia, e seu quadro evoluiu tão bem que pudemos dar alta para ele, com a expectativa de que a sua recuperação o leve a retomar aos poucos suas atividades físicas, sociais e de trabalho”, diz o médico.

“Optando pelo coração mecânico, eu optaria somente por me ajudar. Porém dentro desse novo protocolo de cirurgia, eu sabia que eu poderia ajudar outras pessoas nas mesmas condições que eu. Então isso pesou muito na minha decisão”, relembra Lincon.