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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

E ROLA....EBOLA

Passageiros que estiveram na Libéria, Serra Leoa e Guiné serão informados sobre atendimento no 
SUS, sinais da doença e terão temperatura aferida
Passageiros de voos internacionais que venham de países da África Ocidental (Libéria, Serra Leoa
 e Guiné) afetados pelo vírus Ebola, ao desembarcarem no Brasil, receberão informações sobre o
 Sistema Único de Saúde (SUS) e a necessidade de buscar atendimento médico, caso apresentem
 sintomas da doença. Também serão avaliados sobre contatos anteriores com casos de Ebola, além
 de terem sua temperatura aferida. A estratégia teve início na madrugada desta sexta-feira (31)
 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e deve se estender a outros aeroportos
 do país. A ação será realizada pelo Ministério da Saúde, juntamente com a Polícia Federal, Receita
 Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a GRU-Airport.
Ao apresentar as novas medidas, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, reiterou que é baixa a
 possibilidade de transmissão do Ebola no Brasil. “Trata-se do aprimoramento de ações que estão
 sendo discutidas com estados e municípios e todos os órgãos envolvidos. Este novo monitoramento
 é uma abordagem fundamentalmente de informação”, afirmou o ministro, destacando ainda
 importância de munir os viajantes com informações assim que chegam ao Brasil. “É necessário
 que eles tenham a garantia de que poderão procurar gratuitamente SUS, inclusive, já portando
 a ficha com informações da sua localidade de origem e se ainda encontram-se em período de
 incubação da doença”.
A ação serve como um segundo nível de proteção, já que todos que saem dos países afetados
pela doença já são entrevistados e tem a temperatura aferida, medida considerada mais efetiva
 no controle nos aeroportos. Aqui no Brasil, os agentes de imigração vão identificar os viajantes
 de nacionalidades ou residentes em Guiné, Serra Leoa e Libéria, e que vieram desses países por
 meio de conexões saindo da Europa, Estados Unidos e África. Eles serão encaminhados ao posto
 da Anvisa para responder um questionário e aferir a temperatura.
Serão colhidas informações de interesse epidemiológico, como áreas afetadas pela doença por
 onde o viajante passou e se teve contato com pessoas doentes. Além disso, a pessoa receberá
 um folder em quatro idiomas (português, inglês, espanhol e francês) com informações sobre
 sinais e sintomas do Ebola e orientações sobre a gratuidade e o acesso aos serviços de saúde
 no Brasil, para facilitar a busca imediata de um serviço de saúde, caso algum viajante apresente
 sinais e sintomas da doença. No folder também constará o período em que o passageiro chegou
 ao Brasil. O objetivo do material é facilitar a comunicação entre o passageiro e a equipe médica,
 dando maior agilidade na identificação de um possível caso suspeito de Ebola.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, as novas medidas “evitarão
 que o viajante fique em casa dois ou três dias sentindo sintomas da doença, sem saber que no
 Brasil há um serviço público de saúde e que ele pode utilizá-lo”, destacou o secretário. Mesmo
 colhendo informações e fazendo a aferição da temperatura de quem vier dos países afetados,
 Jarbas Barbosa informou que, para o Ministério da Saúde, “a medida mais efetiva para o controle
 da disseminação da doença continua sendo a interrupção da transmissão nos países afetados”.
Caso o viajante informe contato com alguma pessoa infectada, ele será monitorado por profissionais
 da vigilância estadual em saúde e terá a temperatura verificada diariamente. O monitoramento no
 aeroporto foi testado em um simulado realizado nesta quinta-feira (30), em Guarulhos, com todos
 os órgãos envolvidos.
OUTROS AEROPORTOS – O fluxo de passageiros originários de países afetados pelo Ebola para
 o Brasil é muito pequeno. Estima-se, com base nos dados de viagens de 2014, que apenas um a
 cada 40 mil passageiros, que chegam ao aeroporto de Guarulhos, é originário de países afetados
 pelo Ebola. Guarulhos recebe 65% dos estrangeiros que chegam aos Brasil e 78,5% das pessoas
 vindas de países afetados. Na segunda quinzena de novembro, os aeroportos do Galeão, no Rio
 de Janeiro (RJ), e Pinto Martins, em Fortaleza (CE), também adotarão esse procedimento de
 informação e monitoramento. Os três aeroportos são responsáveis por 97% da chegada de
 estrangeiros no Brasil. Também estão previstos a adoção da medida nos aeroportos internacionais
 de Brasília (DF), Viracopos (SP) e Salvador (BA).
A nova medida vem para reforçar as ações de preparação do Brasil para a eventual ocorrência de
 caso suspeito de Ebola. O Ministério da Saúde analisou experiências internacionais para adotar
 ações que, sem causar transtornos na chegada dos passageiros internacionais, aumentam a
 segurança para detectar um eventual caso suspeito da doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reitera que não devem ser adotadas medidas de restrição
 ao comércio e viagens com as áreas afetadas e que a triagem nos aeroportos de saída é a medida
 mais efetiva para evitar que passageiros internacionais possam disseminar a doença. Para a OMS,
 os países devem avaliar as vantagens e desvantagens de triagem no aeroporto de chegada e
 compartilhar as experiências. Países como os Estados Unidos e a Inglaterra adotaram a mesma
 medida agora implantada no Brasil.
Por Carlos Américo, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa – Ascom/MS
(61) 3315-2577/6258/3580

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