Plano de saúde não cumpre contrato
e deixa consumidor sem atendimento
Reclamações sobre planos de saúde na ANS aumentam
31% em um ano.
Profissão Repórter mostra a história de pacientes que não têm atendimento.
O Profissão Repórter desta terça-feira (4) mostra
planos de saúde que não cumprem o contrato, clientes que recorrem à Justiça
para conseguir um tratamento, a revolta de quem paga um plano de saúde que não
funciona e uma mãe que até hoje não recebeu explicação sobre a morte do
filho.
Mariana Vitória é uma menina de oito anos que
nasceu com síndrome de Down, problemas cardíacos e no esôfago. Ela passou o
primeiro ano de vida no hospital. O convênio Greenline suspendeu o home care,
atendimento que ela tinha em casa e está previsto no contrato.
Desde 2011, os pais têm uma limitar da Justiça que obriga o convênio a dar
atendimento domiciliar. A família foi até o fórum levar os laudos de médicos da
saúde pública que comprovam que Mariana Vitória necessita do home care. A Justiça,
novamente, concedeu à criança o direito a home care e uma enfermeira passou a
acompanhar Mariana durante o dia.
Até hoje nunca falaram comigo, mas o boleto do João
do mês
onze já está lá para pagar"
Alecsandra Campos, mãe do bebê João Pedro
Enquanto acompanhava o caso de Mariana, a repórter
Danielle França conheceu o bebê João Pedro e sua mãe, Alecsandra Campos. O
menino morreu após fazer uma broncoscopia. A família não recebeu nenhuma
informação sobre o que aconteceu com o bebê durante o exame. Segundo laudo do
IML, João Pedro morreu de insuficiência respiratória provocada por complicações
decorrentes da ruptura da membrana dos pulmões.
Em nota, a Greenline diz que após o procedimento o
bebê teve um desconforto e foi levado a UTI e que as inúmeras patologias que a
criança tinha aumentaram os riscos de complicações. O convênio garante que a
mãe foi informada dos motivos que provocaram a morte do menino. A mãe nega que
tenha recebido qualquer esclarecimento e revela que a Greenline continua cobrando
pelo plano de saúde do filho morto.
A Viva Planos de Saúde LTDA é a líder em
reclamações na Agência Nacional de Saúde Suplementar. A operadora é de
Pernambuco, tem 108 mil segurados e recebe um número de reclamações 10 vezes
maior do que as concorrentes. Ao saber que o Profissão Repórter estava
acompanhando uma paciente do plano, que não conseguia marcar consulta, a
assessoria de imprensa do convênio conseguiu o agendamento.
A agência da Viva que atende os conveniados para
marcação de consultas e exames está sempre fechada. Pacientes com doenças
graves ou crônicas ficam sem atendimento.
A ANS recebeu 102 mil reclamações de clientes de planos
de saúde em 2013. Um aumento de 31% comparado com 2012. Em relação ao Viva
Saúde, a agência nomeou um interventor para tentar resolver os problemas. A
operadora tem até dois anos de prazo para voltar à normalidade. “Na pior das
hipóteses, que não é a nossa expectativa, a operadora pode ser indicada para a
liquidação ou cancelamento de registro. Com a sua saída coordenada do mercado e
a recolocação dos consumidores em outras operadoras”, afirma Carla Soares, secretária
geral da ANS.
Quem me
ajuda?
Em caso de problema com o plano de saúde, o
primeiro passo é procurar o atendimento ao consumidor do convênio. As empresas
têm endereços online e telefones para reclamações e consulta em caso de
dúvidas. Se não for atendido pelo SAC, a ouvidoria do plano de saúde é o
próximo passo. É para eles que são encaminhadas as reclamações não resolvidas
pelo atendimento ao consumidor.
Se o problema persistir, procure uma agência do Procon na sua região. Você também pode fazer uma
reclamação para a ANS. A Agência
Nacional de Saúde Suplementar é quem regulamenta os planos de saúde e tem
informações sobre quais serviços são obrigatórios e os prazos de espera por
consultas e exames. Também há uma área para reclamações e acompanhamento de
processos.
As denúncias públicas em redes sociais ou sites de
reclamação contra empresas também levam à solução dos problemas. Nos dois
casos, a operadora do plano de saúde pode entrar em contato com o consumidor
para tentar resolver a questão, já que o problema foi exposto na rede e pode
prejudicar a imagem da empresa.
e deixa consumidor sem atendimento
Profissão Repórter mostra a história de pacientes que não têm atendimento.
Desde 2011, os pais têm uma limitar da Justiça que obriga o convênio a dar atendimento domiciliar. A família foi até o fórum levar os laudos de médicos da saúde pública que comprovam que Mariana Vitória necessita do home care. A Justiça, novamente, concedeu à criança o direito a home care e uma enfermeira passou a acompanhar Mariana durante o dia.
Quem me ajuda?
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