Dra. Adriana Dornelas
Segundo dados da ONG Psoríase Brasil, a doença atinge mais de 5 milhões de pessoas no país
28/10/2022
A psoríase é uma doença autoimune, inflamatória e não contagiosa que ainda tem suas causas desconhecidas. Ela está associada a predisposição genética, que juntamente com fatores ambientais e comportamentais, causam o aparecimento de lesões avermelhadas e descamativas na pele.
A dermatologista do Hospital das Clínicas Nossa Senhora da Conceição, Adriana Dornelas, explica que os sintomas e primeiros sinais da doença variam de acordo com o paciente, conforme a apresentação e gravidade da doença.
¨Geralmente, o portador da doença observa o surgimento de manchas avermelhadas, com escamas bem delimitadas, ocasionalmente associado a coceira, queimação e dor. Elas ficam localizadas em áreas de traumas constantes na pele, como: cotovelos, joelhos, região pré- tibial, couro cabeludo e região sacral¨, disse a médica.
Em conversa, Adriana também pontuou que há vários tipos de Psoríase e, por isso, é importante procurar um dermatologista para diagnosticar, classificar e indicar a melhor opção terapêutica para o caso. Dentre os tipos, ela cita: Psoríase em placas ou vulgar; Ungueal; Do couro cabeludo; Gutata; Invertida; Pustulosa; Eritrodérmica e Artropática.
¨A psoríase em placas ou vulgar, por exemplo, é a forma de apresentação mais comum da doença. Ela gera placas secas, avermelhadas, com escamas prateadas ou esbranquiçadas, principalmente nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo, região lombar e cicatriz umbilical, mas podem atingir qualquer parte do corpo¨, esclareceu.
A dermatologista explicou também que apesar de não ter cura, é possível controlar a doença.
¨Apesar da falta de um medicamento para a cura definitiva, os recursos terapêuticos atuais possibilitam o controle da doença. Hoje, com as diversas opções terapêuticas disponíveis, já é possível viver com uma pele praticamente sem lesões, independente da gravidade da Psoríase¨, contou Adriana.
Além disso, alguns fatores externos podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico já existente. Estes são: Estresse, obesidade, tempo frio, infecções diversas, alguns medicamentos, consumo de bebida alcóolica e tabagismo. Por isso, é importante manter hábitos saudáveis e fazer atividades físicas regularmente para auxiliar no controle da doença.
Por fim, a médica ressalta que o diagnóstico da doença deve ser baseado na história da pessoa, no quadro clínico e, em situações atípicas, na realização da biópsia.
¨O acompanhamento e tratamento deve ser individualizado para cada paciente, de acordo com a gravidade do quadro. Portanto, é importante seguir as orientações do seu Dermatologista e manter consultas periódicas de acordo com o estipulado, para melhor controle da doença¨, complementou a profissional.
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