Dr. André Marchiori
Cirurgião vascular do Hospital Santa Teresa explica que tratamento correto é responsável pelo
salvamento dos membros
Um machucado que não cura, um arranhão que não cicatriza: 70% dos casos de amputações
são causados por pequenas feridas ou até mesmo um calo no pé. Segundo pesquisa da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular (SBACV), o Rio de Janeiro é o terceiro estado em
número de amputações de membros inferiores, tendo sido realizadas mais de 21 mil
amputações de 2012 a 2021.
“A ferida que não cura, normalmente é a ponta de um grande problema, de uma doença
progressiva que envolve a circulação. São pacientes complexos, com diabetes e outras doenças
como insuficiência arterial e venosa, não sendo um paciente de fácil manejo clínico. Muitos
chegam com feridas abertas há mais de dez anos, algumas vezes com necroses graves e
infecções. Nestes casos, precisamos ser rápidos para evitar a amputação do membro inteiro ou
até a morte, explicou o Cirurgião Vascular, André Marchiori.
Foi o caso de um paciente diabético e há nove anos precisou amputar o pé direito em
consequência de uma fissura que, em uma semana, progrediu para uma infecção. “Na época,
eu estava com a diabetes descontrolada, não tinha cuidado com a alimentação. A amputação
serviu de alerta para eu me cuidar. Não sabia do risco das feridas. Hoje, faço acompanhamento
sempre porque preciso cuidar do outro pé”, contou, durante uma consulta com o Cirurgião
Vascular.
Segundo o Cirurgião Vascular, o trabalho de tratamento de lesões vasculares, realizado no
setor de Hemodinâmica do Hospital Santa Teresa, possui 96% de eficácia: “Nossos índices de
amputação maior - que seria a perda do membro acima do tornozelo - são um dos mais baixos
do mundo. Esse resultado se deve ao acompanhamento multidisciplinar e muita dedicação
pessoal pela equipe multiprofissional deste hospital. As feridas complexas têm origem
multissistêmica, por isso, exigem muito cuidado e empenho. Muitos vivem a vida inteira sem
um diagnóstico, aguardando uma melhora que não chega. A demora na busca pelo tratamento
compromete ainda mais a saúde até não ter mais jeito. Nossa luta é poder tratar o mais
precoce possível”, destacou o médico, acrescentando que a doença é progressiva.
Toda ferida que não cicatriza deve ser avaliada por um cirurgião vascular. A atenção deve ser
redobrada no caso de pacientes que estão no grupo de risco: maiores de 60 anos, diabéticos,
hipertensos, com doença coronariana ou vascular pré-existentes (que já tenham sido
submetidos a diagnósticos ou cirurgias nessas áreas) ou que já tenham realizado amputações.
Pacientes do grupo de risco devem ser acompanhados rotineiramente pelo especialista, e
procurar atendimento sempre que ocorra qualquer tipo de ferida.
“A maioria das lesões são acompanhadas de perdas de capacidade, inclusive de caminhar.
Uma ferida malcuidada esgota a energia do paciente, determina um desequilíbrio clínico e
quando associada com outras patologias de base, dificulta em muito a recuperação”,
esclareceu o médico.
O tratamento das feridas complexas no Hospital Santa Teresa é realizado no Setor de
Hemodinâmica, com procedimentos minimamente invasivos para desobstrução do sistema
circulatório, tendo uma Unidade Coronariana para o pré e pós-operatório, especializada em
pacientes com doença vascular. A integração de equipes de Cardiologia, Cardiologia
Intervencionista e Cirurgia Vascular e Endovascular permitem o sucesso do tratamento
minimamente invasivo.
“Em muitos casos, é muito melhor para o paciente realizar o tratamento via cateter.
Conseguimos atender a todas as patologias em todas as especialidades. A estrutura é completa
para atendimentos complexos com extrema qualidade. O atendimento desses pacientes exige
uma equipe multidisciplinar já que apresentam normalmente patologias associadas”, explicou.
são causados por pequenas feridas ou até mesmo um calo no pé. Segundo pesquisa da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular (SBACV), o Rio de Janeiro é o terceiro estado em
número de amputações de membros inferiores, tendo sido realizadas mais de 21 mil
amputações de 2012 a 2021.
“A ferida que não cura, normalmente é a ponta de um grande problema, de uma doença
progressiva que envolve a circulação. São pacientes complexos, com diabetes e outras doenças
como insuficiência arterial e venosa, não sendo um paciente de fácil manejo clínico. Muitos
chegam com feridas abertas há mais de dez anos, algumas vezes com necroses graves e
infecções. Nestes casos, precisamos ser rápidos para evitar a amputação do membro inteiro ou
até a morte, explicou o Cirurgião Vascular, André Marchiori.
Foi o caso de um paciente diabético e há nove anos precisou amputar o pé direito em
consequência de uma fissura que, em uma semana, progrediu para uma infecção. “Na época,
eu estava com a diabetes descontrolada, não tinha cuidado com a alimentação. A amputação
serviu de alerta para eu me cuidar. Não sabia do risco das feridas. Hoje, faço acompanhamento
sempre porque preciso cuidar do outro pé”, contou, durante uma consulta com o Cirurgião
Vascular.
Segundo o Cirurgião Vascular, o trabalho de tratamento de lesões vasculares, realizado no
setor de Hemodinâmica do Hospital Santa Teresa, possui 96% de eficácia: “Nossos índices de
amputação maior - que seria a perda do membro acima do tornozelo - são um dos mais baixos
do mundo. Esse resultado se deve ao acompanhamento multidisciplinar e muita dedicação
pessoal pela equipe multiprofissional deste hospital. As feridas complexas têm origem
multissistêmica, por isso, exigem muito cuidado e empenho. Muitos vivem a vida inteira sem
um diagnóstico, aguardando uma melhora que não chega. A demora na busca pelo tratamento
compromete ainda mais a saúde até não ter mais jeito. Nossa luta é poder tratar o mais
precoce possível”, destacou o médico, acrescentando que a doença é progressiva.
Toda ferida que não cicatriza deve ser avaliada por um cirurgião vascular. A atenção deve ser
redobrada no caso de pacientes que estão no grupo de risco: maiores de 60 anos, diabéticos,
hipertensos, com doença coronariana ou vascular pré-existentes (que já tenham sido
submetidos a diagnósticos ou cirurgias nessas áreas) ou que já tenham realizado amputações.
Pacientes do grupo de risco devem ser acompanhados rotineiramente pelo especialista, e
procurar atendimento sempre que ocorra qualquer tipo de ferida.
“A maioria das lesões são acompanhadas de perdas de capacidade, inclusive de caminhar.
Uma ferida malcuidada esgota a energia do paciente, determina um desequilíbrio clínico e
quando associada com outras patologias de base, dificulta em muito a recuperação”,
esclareceu o médico.
O tratamento das feridas complexas no Hospital Santa Teresa é realizado no Setor de
Hemodinâmica, com procedimentos minimamente invasivos para desobstrução do sistema
circulatório, tendo uma Unidade Coronariana para o pré e pós-operatório, especializada em
pacientes com doença vascular. A integração de equipes de Cardiologia, Cardiologia
Intervencionista e Cirurgia Vascular e Endovascular permitem o sucesso do tratamento
minimamente invasivo.
“Em muitos casos, é muito melhor para o paciente realizar o tratamento via cateter.
Conseguimos atender a todas as patologias em todas as especialidades. A estrutura é completa
para atendimentos complexos com extrema qualidade. O atendimento desses pacientes exige
uma equipe multidisciplinar já que apresentam normalmente patologias associadas”, explicou.
A Cura D'Alma
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