plasamed

plasamed

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

No verão, idosos devem ficar atentos à desidratação

 

23/01/2024


Doença aumenta o risco de infecções, perda de peso e, em casos mais graves, pode levar à morte


O verão vem registrando temperaturas acima dos 40 graus em muitas cidades brasileiras. O fenômeno traz uma preocupação a mais para pessoas idosas e seus familiares. Segundo o clínico e intensivista da Casa de Saúde São José (CSSJ), Dr. Guilherme Penna, é comum pessoas idosas ficarem desidratadas. A terceira idade é mais suscetível à desidratação devido à menor mobilidade e limitações, bem como a utilização de alguns medicamentos - em especial os diuréticos - que podem induzir a urinarem mais vezes, perdendo um volume maior de líquido.

O médico explica que o organismo é incapaz de armazenar água, eliminando-a de diversas formas, por meio do suor, fezes e urina. “É preciso se hidratar para que o organismo funcione de maneira adequada. Por vezes, a perda de água pelo organismo é maior que a ingestão, o que ocasiona a desidratação. Os sinais são simples de serem identificados. Inicialmente, provoca dores de cabeça, cansaço, olho fundo, boca e axilas secas, diminuição das funções cognitivas, cãibras musculares devido à perda de eletrólitos através da transpiração, arrepios ou intolerância ao calor, pele corada e urina concentrada e em pouca quantidade. Uma pessoa desidratada também pode parecer confusa, irritada ou ansiosa”, pontua.

Os sintomas mais graves da enfermidade requerem atenção médica imediata. Estes sintomas incluem: ritmo cardíaco acelerado e queda de pressão, dificuldade em mover-se ou andar, confusão ou desorientação, desmaio, diarreia ou vômitos que duram mais de 24 horas.

Geriatra da CSSJ, Dra. Priscila Taublib, ressalta que, em períodos de calor extremo, qualquer um pode ser suscetível à desidratação, mas os idosos, em especial, estão em um risco um pouco maior porque a composição corporal vai se modificando com a idade. “As pessoas com mais de 65 anos têm simplesmente menos água no corpo do que os adultos mais jovens ou as crianças. A diminuição da função renal também pode afetar os níveis de fluidos. Além disso, o idoso tem menos sensação de sede, o que pode impedir que essa reserva, já baixa, seja reposta. Quando um adulto mais velho sente sede, isso já é indicação de desidratação inicial”.

Sobre uma forma simples e fácil de prevenir a desidratação, a especialista alerta para uma regra: oito copos de água por dia para manter o corpo saudável.

“A água é ideal para a hidratação, mas todos sabemos que bebê-la todos os dias e todas as horas pode tornar-se entediante. Para tornar esse copo de líquido transparente um pouco mais interessante, adicione fruta fatiada, como limão ou morangos. Também há muitas outras opções. O leite de vaca ou as alternativas ao leite oferecem hidratação e nutrição. O mesmo se aplica aos sucos de fruta. Além disso, muitos alimentos têm um elevado teor de água e podem ajudá-lo a manter-se hidratado, por exemplo, pepino, aipo e melancia.”, aconselha a Dra. Priscila.

Por fim, a médica ressalta que as pessoas com determinadas condições médicas - insuficiência cardíaca, por exemplo - podem ter necessidades mais específicas de líquidos. Certifique-se de consultar um profissional de saúde antes de efetuar alterações significativas na ingestão de líquidos. E lembre-se, quando a temperatura subir, tenha uma boa caneca, garrafa ou copo sempre à mão


A Cura D'Alma







Nenhum comentário:

Postar um comentário