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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Um ano e sete meses após início da pandemia, médicos ainda carecem de suporte

 


15/10/2021

Na segunda-feira, dia 18 de outubro, é comemorado o Dia do Médico. Apesar da importância deste profissional que continua na linha de frente no combate à Covid-19, a categoria segue negligenciada e carece de uma estrutura mais adequada, suporte psicológico, além de amparo em caso de contaminação durante o exercício da profissão.

Desde o início da pandemia, quase 900 médicos foram vitimados pela Covid-19, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem acompanha a situação e se posiciona a favor de iniciativas que valorizem a classe e façam justiça às suas demandas e necessidades.

Além do auxílio indenizatório para os profissionais da saúde vítimas da doença, a entidade defende melhorias em suas condições de trabalho: suporte estrutural e psicológico para a categoria, distribuição mais equânime da população médica pelo País e mudanças na infraestrutura de atendimento que favoreçam uma atuação com menos sobrecarga.

O especialista em direito médico e presidente da Anadem, Raul Canal, lembra que médicos e enfermeiros seguem há mais de um ano e meio convivendo com níveis espantosos de estresse e desgaste: “Esses fatores os expõem ainda mais e favorecem o adoecimento. É preciso preservar a integridade física e psíquica desses profissionais”.

Auxílio indenizatório

Desde meados de 2020 a Anadem defende o projeto que garante a concessão de auxílio indenizatório e a pensão especial aos profissionais de saúde vítimas de Covid-19. Sancionada em 26 de março de 2021, a Lei nº 14.128 prevê o pagamento de R$ 50 mil em caso de morte e R 10 mil por ano para herdeiros e dependentes (até a idade limite de 24 anos).

“É urgente que a medida passe a valer efetivamente. O pior da pandemia já passou, porém é preciso reconhecer aqueles que praticamente abdicaram de sua vida pessoal em prol da saúde coletiva. Conceder o auxílio é uma questão de humanidade e justiça para com os nossos profissionais”, pontua Raul Canal.


Dia do Médico: profissionais “filhos” da pandemia tiram aprendizados da Covid-19



15/10/2021

 “O que me faz chegar bem em casa é saber que hoje dei alta para o seu Aurélio, que estava há quatro meses internado no hospital. O que me faz acordar de manhã é pensar que tenho que ver como está a dona Etelvina, porque preciso saber o resultado de um exame importante. E não é apenas uma questão de obrigação, quero estar lá e ver meus pacientes voltando com saúde para casa”. Esse é o relato de Fernanda Proença Lepca, residente médica do Hospital Universitário Cajuru (HUC), instituição com atendimento 100% SUS localizada em Curitiba (PR).

Ela compõe a parcela feminina de residentes, que no Brasil chega a 55% do total de acordo com um estudo da Universidade do Estado de São Paulo (USP). Os números impressionam: existem mais de 4 mil programas, 55 especialidades médicas e 59 áreas diferentes de atuação. Somente no HUC, são ofertadas mais de 50 novas vagas por ano em 20 especialidades, com destaque para Clínica Médica, Neurologia e Medicina de Família.

“Como hospital-escola, temos o papel de unir educação, atendimento de qualidade à população e pesquisa, por isso somos terreno fértil para o desenvolvimento prático de profissionais recém-formados”, avalia a coordenadora da residência de Clínica Médica do hospital, Larissa Hermann Nunes. “Nesses poucos meses, vivi o período de maior aprendizado da minha vida. Já sou uma médica muito melhor do que quando entrei”, confirma a residente Fernanda.

“Mais do que uma profissão, uma doação diária. Com a formação de futuros médicos em meio à Covid-19, não é diferente. Não somente no Brasil, mas nos quatro cantos do mundo, a medicina e os hospitais tiveram que se desdobrar e se adaptar de inúmeras formas. Por mais que tenhamos oportunidades de reconhecermos lições a serem tiradas do momento em que estamos vivendo, a verdade é que os ‘filhos’ da pandemia se tornarão médicos diferenciados”, indica o médico intensivista, professor e diretor-geral do HUC, Juliano Gasparetto.

Tecnologia e humanização andam juntas

Dois mil e quinhentos anos. Esse é o tempo que precisaríamos voltar se quiséssemos assistir ao início da medicina embasada na ciência. Os experimentos de Hipócrates davam luz à constatação de que os males do corpo eram consequência de um desequilíbrio do organismo. De lá para cá, muita coisa mudou. Até metade do século 20, os médicos passavam seus dias com maleta em mãos, de casa em casa. Então as cidades cresceram, o conhecimento aumentou e a tecnologia avançou. A maleta ficou pequena para tantos instrumentos e possibilidades da profissão.

Em 2020, mais uma vez, a necessidade de reinvenção bateu à porta com a Covid-19. “A inovação é o caminho para a cura e para a qualidade de vida de nossos pacientes. Investimos em robôs para cirurgias, aplicativos para agilizar consultas e em telemedicina para eliminar fronteiras, tudo isso, sem deixar de levar treinamento e capacitação de ponta aos nossos médicos”, explica o gerente médico do Hospital Marcelino Champagnat, Rogério de Fraga.

Apesar da importância da tecnologia para o sucesso do cuidado, é preciso valorizar sempre o fator humano. “A ciência tem as respostas técnicas, mas somos nós que temos as respostas humanizadas. Esse acolhimento veio para ficar e, certamente, as instituições mais responsáveis estão atentas a essas condutas, incorporando-as às suas diretrizes assistenciais”, destaca o diretor-geral do Hospital Universitário Cajuru, Juliano Gasparetto.

Melhorias no ecossistema da saúde é tema de live

15/10/2021


 Acontece na terça-feira (19) a partir das 17h30 evento virtual com foco nos avanços necessários para aprimorar o ecossistema da saúde, no intuito de melhorar a experiência do paciente e o acesso a saúde por parte da população. Com o tema ‘Patient X – na prática, quais são os avanços necessários no ecossistema da saúde?live contará com a presença de especialistas do setor.

Promovida pela epharma, plataforma pioneira em gestão de benefícios em medicamentos no Brasil, o encontro tem a participação confirmada de Wilson de Oliveira Jr, Diretor de Negócios e Operações da epharma, Edson Paixão, Gerente Geral da Ultragenyx, e Silvia Sfeir, Diretora de Acesso na Bayer, para compartilhar suas visões e abordar assuntos que giram em torno da temática.

“A ideia é trazermos para a pauta as principais necessidades do paciente 4.0, considerando seu perfil phygital e cada vez mais decisor. Com isso em mente, discutiremos quais melhorias são necessárias e como podemos implementá-las no ecossistema da saúde, considerando também os pacientes que necessitam de tratamentos especiais, como os oncológicos ou raros, além de abordar os desafios e sua experiência no acesso institucional”, detalha Wilson de Oliveira, Diretor de Negócios e Operações da epharma.

Para participar, basta se inscrever através do link mkt.epharma.com.br/integracao-ecossistema-acesso-saude

Hospital Moinhos de Vento promove simpósio sobre câncer e fertilidade na mulher

 

15/10/2021

O tratamento oncológico pode causar diversos efeitos colaterais. Dos leves aos agudos, um dos que mais preocupa as mulheres é a infertilidade. A quimioterapia e a radioterapia, em alguns casos, prejudicam a quantidade e a qualidade dos óvulos, o que reduz as chances de uma gestação natural após a conclusão do processo terapêutico. Mas com o avanço das técnicas de fertilização e reprodução assistida, o sonho da maternidade pode permanecer vivo após um diagnóstico de câncer.

De acordo com o chefe do Serviço de Fertilidade e Reprodução Assistida do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS), Eduardo Pandolfi Passos, o indicado é que as mulheres que precisam se submeter a tratamentos oncológicos conversem com especialistas. “Em uma análise por parte do corpo médico, será avaliada a possibilidade de congelar óvulos e embriões para que, no futuro, quando curadas, possam ter a perspectiva de gestar utilizando seus próprios gametas”, afirma. Segundo Passos, a equipe que compor o aconselhamento reprodutivo tão logo analisará o quadro e a viabilidade do congelamento do material genético, o que é feito em poucos dias. O médico explica que, nesse processo, é quebrado um tabu, pois muitas mulheres acreditam que a técnica atrapalhe ou atrase o tratamento oncológico.

Esse assunto estará em debate no II Simpósio do Centro de Fertilidade Hospital Moinhos de Vento, que terá como tema ‘Câncer e Fertilidade na Mulher’. Especialistas discutirão questões como o impacto do câncer de mama na mulher em idade reprodutiva, o suporte psicológico e a jornada da paciente durante o tratamento. Além de Passos, a coordenadora médica do Centro de Fertilidade do hospital, Isabel Cristina Amaral de Almeida, também conduzirá os debates. Dentre os palestrantes, estão a chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento, Maira Caleffi, e o chefe do Serviço de Oncologia da instituição, Sérgio Roithmann. O especialista convidado é Adelino Amaral Silva, diretor da Genesis — Centro de Assistência em Reprodução Humana, do Distrito Federal.

A atividade online e gratuita, é promovida pela Faculdade de Ciências da Saúde e o Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento, e acontece no sábado (23), das 8h30 às 11h30. As inscrições podem ser feitas no site do hospital.

Atendimento integrado

No Brasil, o Moinhos de Vento é uma das poucas instituições que possui uma estrutura avançada de reprodução assistida dentro do hospital. Dentre as vantagens, estão o uso de tecnologias inovadoras no laboratório de reprodução assistida, um sistema de registro de dados com alto nível de segurança, garantindo sigilo de informações e o atendimento integrado aos outros serviços médicos. Isso possibilita uma curadoria com todas as especialidades envolvidas em cada caso e resulta no cuidado integral e humanizado dos pacientes.

Tudo em um só lugar

Para orientar e realizar um planejamento adequado com os pacientes, o Hospital Moinhos de Vento lançou o Serviço de Avaliação da Fertilidade. O pacote é voltado a mulheres e homens que ainda não estão tentando a gestação, mas que querem saber quais são as suas condições reprodutivas e o que podem fazer para implementar a sua fertilidade natural. São consultas com especialistas em medicina reprodutiva, coleta de exames laboratoriais e de imagem e um retorno onde será entregue uma avaliação individualizada com orientações reprodutivas. Todas estas etapas são realizadas em um só lugar, dentro do Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos, em um mesmo agendamento.


quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Hospital São Vicente, de Jundiaí (SP), faz história e realiza cirurgia inédita na América Latina

 


14/10/2021

Nos últimos anos, a cirurgia de prótese de quadril ou, como também é conhecida, artroplastia de quadril, tem sido tema para estudos voltados ao avanço da especialidade, que visa a reabilitação precoce dos pacientes que passam pelo procedimento. Responsável por substituir a articulação danificada ou fraturada, a prótese implantada segue o formato da anatomia original das estruturas ósseas, sendo utilizada com frequência pela área de ortopedia já que promove, de maneira ágil, a melhoria da qualidade de vida dos pacientes que necessitam do recurso.

Reconhecida e admirada por profissionais de todo o mundo, a equipe médica de ortopedia do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), em Jundiaí (SP), comemora mais uma conquista após realizar a primeira cirurgia por via anterior da américa latina, utilizando a técnica denominada ‘Anterior Path’. Referência para ortopedia e traumatologia, a instituição já havia alcançado o feito no início de 2017, utilizando a técnica ‘SuperPath’, voltada para as vias posteriores. Renomado em sua área de atuação, o médico ortopedista e traumatologista, especializado em artroplastia, Dr. Eduardo Gomes Machado, explica que ambos os procedimentos apresentaram excelentes resultados, principalmente por serem minimamente invasivos.

“Esse tipo de cirurgia não se restringe ao corte pequeno do local a ser operado, já que isso é uma questão mais voltada para a estética. Nossa preocupação é como isso beneficia a recuperação do paciente, como esse procedimento será realizado perto da articulação do quadril, da cápsula articular e do musculo. Nas cirurgias minimamente invasivas, como não liberamos tanta musculatura, o sangramento e a dor são menores, fazendo com que esse paciente apresente um baixíssimo risco de transfusão sanguínea e necessidade de internação em UTI. Com a técnica, também evitamos uma complicação que é comum na prótese de quadril, a luxação. Como preservamos toda a musculatura, a prótese é mais estável, evitando o deslocamento. Na maior parte das vezes, o paciente já é liberado no dia seguinte ao procedimento”, conta Dr. Eduardo.

As maiores incidências são de idosos com desgaste na articulação, devido à artrose e artrite reumatoide ou espondilite anquilosante, inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, articulações da coluna e de grandes articulações, como quadris, ombros e outras regiões. No entanto, os pacientes jovens não estão livres do procedimento, uma vez que a cirurgia também é realizada em casos de fraturas do colo do fémur, por exemplo. “Percebemos que nas últimas décadas as indicações são cada vez de pacientes mais jovens. Fizemos um levantamento e nos últimos três anos, levando em conta o período anterior a pandemia, a média de idade dos pacientes de cirurgias eletivas de prótese de quadril é de 54 anos. Geralmente, são pessoas ativas, que praticam atividades físicas ou desempenham uma função que exige um grande esforço físico. As técnicas utilizadas nessa cirurgia são fundamentais para que essas pessoas não fiquem muito tempo afastadas de suas rotinas”, evidencia o ortopedista.

O acompanhamento pré e pós-operatório é realizado no ambulatório de ortopedia do hospital, onde a equipe avalia, de forma abrangente, a condição clínica do paciente. Inovador, o método ainda encontra algumas limitações, especialmente com pacientes que possuem grandes deformidades ou que a equipe considere de risco. Porém, de acordo com os profissionais, a maioria dos casos registrados no ambulatório com indicação de prótese, são realizados normalmente. A vasta experiência da equipe em cirurgias minimamente invasivas, garante a efetividade das avaliações. O procedimento só é realizado em casos selecionados.

Resultados positivos

A primeira paciente a passar pelo procedimento com uso da ‘Anterior Path’, foi a sra. Edmea Girotto Pellizzari, de 76 anos. “Eu estava lavando o banheiro e acabei caindo. Por conta da queda, fraturei o fêmur e precisei da cirurgia de prótese de quadril. Enquanto estávamos na consulta, eles me falaram que essa seria a primeira cirurgia a usar dessa técnica. Fiquei surpresa e desejei que desse tudo certo. Ainda é recente, mas agora estou bem, me recuperando. Continuo em acompanhamento pelo ambulatório de ortopedia do hospital e faço fisioterapia para ajudar com os movimentos”.

Já no caso da paciente Alessandra Gonçalves de Macedo, de 46 anos, a técnica utilizada pela equipe foi a ‘SuperPath’. “Descobri um probleminha no joelho e o médico me disse que eu iria precisar colocar a prótese. Fiz uma cirurgia em 2019 e a outra, em julho deste ano. Já precisei do São Vicente muitas vezes e sempre fui tratada com muito carinho e profissionalismo. Também continuo com as minhas consultas no ambulatório. Nos ajuda muito ter esse tipo de procedimento e atendimento, ambos de forma gratuita, feitos via SUS”, relata a paciente com gratidão.

Orgulho

Pioneiro nas duas técnicas, considerado o 3º Hospital de Ensino do Estado de São Paulo e credenciado com o mesmo título pelo Ministério da Saúde/MEC, o HSV se consolidou e se tornou essencial para a formação de profissionais nas mais diversas áreas da saúde. Reforçando seu compromisso com a educação, a equipe médica de ortopedia também fará o treinamento dos médicos de toda a américa latina que atuam na colocação de prótese de quadril.

“Estar associado a grandes nomes como a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), onde sou professor e a um hospital de referência como o São Vicente, é um grande prazer. Nosso serviço é de excelência e proporcionar esse benefício para os pacientes é o que nos motiva. É sempre uma satisfação poder contribuir com a saúde do município e região”, finaliza Dr. Machado.


Audiência Pública na Câmara Federal discute necessidade de mamografia de rotina antes dos 50 anos

 14/10/2021

Aconteceu nesta quinta-feira (14) a Audiência Pública para debater o enfrentamento ao câncer de mama nas jovens mulheres de 18 a 49 anos. O evento, realizado conjuntamente pelas Comissões de Seguridade Social e Família e Comissão Especial de Combate ao Câncer, integra a programação do Outubro Rosa, promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.

O debate acontece durante a realização da campanha ‘Mamografia no SUS a partir dos 40 anos’, realizada pela Pfizer, que tem o objetivo de engajar a sociedade para defender o direito das mulheres à realização da mamografia de rotina no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir dos 40 anos, diferentemente do critério atual de 50 anos. Por meio da plataforma Todos pela Cura, a campanha visa ampliar a voz da população para que o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 679/2019 seja colocado em votação e aprovado no Congresso Nacional durante o mês de conscientização sobre o câncer de mama.

No site da campanha, mais de 1,2 milhão de mensagens já foram enviadas aos deputados federais em apoio ao PDL nº 679/2019, que assegura a realização da mamografia no SUS para todas as mulheres a partir dos 40 anos. “No outubro rosa, o debate sobre a importância do diagnóstico precoce fica mais evidente. Vamos aproveitar esse momento para mudar esse cenário, engajando a sociedade nesta causa tão relevante”, destaca Cristiane Santos Blanch, diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos da Pfizer Brasil, idealizadora da campanha.

Entenda o tema

Sociedades médicas nacionais e internacionais recomendam a realização da mamografia a partir dos 40 anos como a forma mais eficiente para a detecção precoce do câncer de mama, aumentando assim, a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso mais satisfatórias1, 2.

O médico Gilberto Amorim, oncologista clínico da Oncologia D’Or e da Clínica São Vicente, membro dos Conselhos Científicos do Instituto ONCOGUIA e FEMAMA, revela que a taxa de mortalidade por câncer de mama no Brasil está aumentando, enquanto em outros países a queda é significativa. “A idade média do diagnóstico de câncer de mama no país é de 53 anos, sendo que 40% dos casos têm menos de 50 anos, ou seja, uma parcela significativa de mulheres está fora da recomendação do Ministério da Saúde”, diz Dr. Gilberto Amorim que também ressalta: “Se negarmos o rastreamento a essas mulheres jovens, podemos comprometer o diagnóstico precoce de milhares de brasileiras”.3

Cenário legislativo

Embora a Lei 11.664/2008 determine a realização da mamografia no país entre os 40 e os 69 anos, a Portaria nº 61/2015 restringe na prática o exame no SUS às mulheres entre 50 e 69 anos.

No entanto, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 679/2019, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), visa assegurar a realização da mamografia a partir dos 40 anos. O texto já foi aprovado no Senado e tramita há dois anos na Câmara dos Deputados.

Mais recentemente, em 4 de fevereiro de 2021, o deputado Jesus Sérgio (PDT-AC) também apresentou um novo Projeto de Decreto Legislativo (PDL 9/2021) com o mesmo objetivo da PDL nº 679/2019 de sustar a portaria de 2015 e devolver às mulheres o direito ao exame SUS a partir dos 40 anos.

“Todos nós, sociedade civil organizada, pacientes e simpatizantes da causa podemos juntos fazer com que essa política pública seja restabelecida para a população. Vamos pedir aos nossos parlamentares para que apoiem essa campanha para que todas nós mulheres possamos ter acesso à mamografia no SUS a partir dos 40 anos”, diz Joana Jeker, presidente da Recomeçar Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília.

Campanha

A plataforma digital ‘Todos pela Cura: Mamografia no SUS a partir dos 40 anos’ visa levar o maior número possível de brasileiros a fazer contatos com deputados federais de suas regiões para solicitar apoio ao Projeto de Lei 679/2019, sensibilizando os congressistas para o tema.

‘Todos pela Cura’ é a versão brasileira da ‘Ready for Cures‘, plataforma global de responsabilidade social da Pfizer dedicada a ampliar o acesso a diagnósticos e tratamentos que podem salvar vidas e a incentivar políticas públicas para a inovação em saúde.

Panorama da doença

Em todo o mundo, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres e, no Brasil, é responsável por quase um terço de todos os diagnósticos de tumores malignos entre a população feminina, correspondendo a 29,7% da estimativa de cânceres de localização primária nas mulheres, exceto câncer de pele não melanoma.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a estimativa de novos casos de câncer de mama no Brasil é de 66.280 para o triênio 2020-2022.4 Apesar da prevenção reduzir as chances de desenvolvimento do câncer de mama, nem sempre a sua ocorrência é completamente evitável. Por isso, a combinação de prevenção e detecção precoce é fundamental para melhorar as chances de cura do câncer de mama e reduzir o risco de desenvolver metástase. 4

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a pandemia gerou um impacto significativo na realização da mamografia bilateral (quando feita nas duas mamas) para o rastreamento do câncer de mama. Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS) mostram a queda de 48% na mamografia de rotina, passando de 3,2 milhões, entre março e dezembro de 2019, para 1,7 milhão no mesmo período de 2020.5


Artigo – Como retribuir o trabalho dos médicos?

14/10/2021





A pandemia nos mostrou: o nosso bem mais precioso é a vida. E como retribuir a eles que heroicamente não desistiram de nós? Seja na linha de frente, seja numa consulta presencial ou on-line. Eles estavam e estão lá. Nesta semana em que se celebra o Dia do Médico é tempo de agradecer esses profissionais que dedicam suas vidas para proporcionar o melhor atendimento. São atualizações constantes, estudos…E, até mesmo, como não poderia deixar de ser, investimento em tecnologia. Podemos dizer então que o Dia do Médico é todo dia. O motivo? Ele é fundamental para a manutenção da vida. É esse o profissional que cuida da minha e da sua saúde. Ele está presente nas chegadas e, inevitavelmente, nas partidas. É com ele que aprendemos a nos cuidar, a nos amar e a como cuidar do outro.

Nos últimos anos, acompanhamos a evolução da medicina. Nas medicações, nas instalações, nos aparelhos, nos exames e, também, no modo de prescrever uma medicação. Tudo isso exige tempo e adaptação. E eles aqui, lá, onde quer que estejam, sempre buscam estar à frente, porque visam um propósito maior: salvar vidas.

Daqui deste lado, como paciente e como um entusiasta do mundo digital, minha retribuição será sempre na busca de soluções que possam facilitar a rotina desses profissionais. Seja por meio da certificação digital, seja por meio da assinatura eletrônica. O que for preciso para tornar o dia dos médicos mais simples e digital será minha luta.

A tecnologia é uma aliada e quando aplicada seguindo todas as conformidades estabelecidas pelas regulamentações, é capaz de proporcionar benefícios incontáveis ao médico e paciente.

Menos papel, mais sustentabilidade. Mais mobilidade para atender um paciente e prescrever medicação de onde estiver. Mais assertividade no atendimento e facilidade para consultar o histórico. Essas são apenas algumas das vantagens e alguns dos motivos pelos quais eu acredito que a tecnologia, assim como os médicos, atua a favor da vida.

Leonardo Gonçalves é diretor de Relações Institucionais da CertiSign, IDTech e Autoridade Certificadora líder no país