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sábado, 1 de janeiro de 2022

Hospital Moinhos de Vento realiza procedimentos complexos e inéditos em cardiologia pediátrica no RS


 23/12/2021


O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), larga na frente mais uma vez com a realização de um procedimento cardíaco inédito. O Serviço de Pediatria conduziu o primeiro implante de uma valva Edwards em posição pulmonar nativa realizado no Rio Grande do Sul, e o quarto do país. O paciente, Enzo Lisboa Bernardo, de 10 anos, possuía Tetralogia de Fallot, uma condição rara causada por uma combinação de quatro defeitos cardíacos presentes no nascimento.

No final do ano passado, a instituição protagonizou o primeiro implante de valva pulmonar bilateral do Brasil em outra criança, também com dez anos. Segundo o cardiologista intervencionista do Núcleo de Cardiopatias Congênitas, João Luiz Langer Manica, os pacientes possuem características muito comuns. “No primeiro ano de vida, eles foram submetidos a uma cirurgia para ampliar a artéria pulmonar, que é estreita e obstruída, e retiraram a válvula pulmonar. Isso, aparentemente, não provocava outros sintomas”, explicou.

Porém, estudos realizados nos últimos 20 a 30 anos comprovaram que o fato desses pacientes não possuírem uma válvula pulmonar acaba sobrecarregando o coração. Os meninos ficaram com suas capacidades físicas limitadas, com dilatação do órgão e predisposição a arritmias, inclusive fatais, morte súbita e cansaço progressivo.

Enzo já tinha passado por cirurgia anterior devido a intercorrências e enfrentou um pós-operatório muito traumático: teve parada cardíaca, necessidade de implante de marcapasso e infecção. O histórico representava uma contraindicação para nova cirurgia. Diante desse quadro, Manica optou pelo implante de uma valva Edwards em posição pulmonar nativa. O procedimento foi realizado após reconstrução da artéria pulmonar com stents, também implantados com cateterismo. A opção é amplamente difundida como uso da válvula aórtica.

De acordo com o cirurgião, os benefícios da técnica são superiores. “Em uma cirurgia, nós temos toratocomia — operação em que a parede torácica é aberta para visualizar os órgãos internos —, parada circulatória com o coração parando de bater e com o sangue correndo em uma máquina e, quando o órgão volta a bater, ele percebe esse sangue como uma reação inflamatória”, enumera o cardiologista. Além disso, o pós-operatório é prolongado. “Esses pacientes não ficam menos de sete a dez dias internados, com drenos no coração, maior risco de infecção e necessidade de marcapasso, além de dor”, alerta.

A expectativa com o implante da válvula em Enzo é que o coração volte ao seu tamanho normal, diminua a sobrecarga que ele sofre e o risco de arritmias fatais e de morte súbita seja diminuído de forma importante, ou até abolido. “Está comprovado que os pacientes que permanecem sem a válvula por mais de duas décadas têm uma expectativa de vida menor, sofrem de arritmias atriais e ventriculares, que são fatais, têm cansaço muito maior e redução importante da capacidade física”, informa. O especialista observa ainda que, há três anos, esse tipo de procedimento era “impensável” no país. “Estamos promovendo o que há de melhor e mais complexo no campo da cardiologia pediátrica, servindo como hospital referência no setor”, acrescenta.

Enzo ficou internado por 48h apenas por precaução, pois ele já estava bem e apto para alta hospitalar em 24h. Segundo o chefe do Serviço de Pediatria, João Ronaldo Krauzer, apostar em procedimentos percutâneos — como é o caso do cateterismo como uma possibilidade não-invasiva, minimiza muito o risco e facilita na recuperação e no tempo de internação hospitalar. “Com isso, conseguimos atender casos mais complexos, diversificar procedimentos e não prolongar o tempo de internação. Se for comparar uma cirurgia via cateterismo com um procedimento de peito aberto, a recuperação passaria de 48h para pelo menos dez dias de hospitalização”, constata o especialista.

Caso Enzo

Hoje com onze anos — o aniversário foi comemorado no dia 29 de novembro —, Enzo nasceu de parto normal, com 39 semanas, e sua má formação cardíaca foi descoberta dois dias depois. Na época, não era obrigatória a realização de ecografia morfológica. A mãe, Sandra Lisboa, lembra que foi orientada a procurar um cardiologista e, desde então, o menino passou por diversos procedimentos e intercorrências. Com três meses, foi submetido à primeira cirurgia para a correção total da Tetralogia de Fallot. “Foram 60 dias internado e 24 dias na UTI. Durante esse processo, o Enzo teve várias intercorrências, entre elas uma parada cardíaca”, relembra.

Com um ano e três meses, ele passou por outra cirurgia para recuperação parcial de uma estenose. Apesar de ficar pouco tempo hospitalizado, um dos grampos junto ao peito (já que o órgão precisou ser aberto devido à cirurgia) quebrou e o outro foi rejeitado pelo organismo. Com quatro anos sofreu uma bradicardia e precisou colocar marcapasso. A correção de problemas no coração através da valva de Edwards veio como um alívio para que Enzo não precisasse mais passar por intervenções que exigissem a abertura da caixa torácica, medida contraindicada pelos próprios médicos. “A recuperação foi rápida e sem problemas”, comemora a mãe.

Caso João Guilherme

João Guilherme nasceu com a síndrome do tórax asfixiante, caracterizada pela má formação das costelas e tórax muito estreito, gerando problemas respiratórios. Ao longo da vida, ele passou por mais de 40 cirurgias, que permitiram a ampliação da caixa torácica com costelas protéticas, feitas de titânio. Para avançar no tratamento, no entanto, era necessário corrigir uma cardiopatia, que tornava qualquer cirurgia altamente arriscada.

Para repor a válvula pulmonar — responsável por regular o fluxo de sangue para os pulmões — e com a contraindicação de uma cirurgia de peito aberto pelo risco, a opção foi por um implante de duas válvulas Melody nas artérias pulmonares. O procedimento foi realizado há um ano, no Hospital Moinhos de Vento, e contou com a participação do cardiologista Carlos Pedra, do HCor, de São Paulo. Foi o primeiro deste tipo no Brasil e um dos únicos registrados na literatura médica mundial.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica lança manual de cuidados paliativos


 23/12/2021


O foco dos cuidados paliativos é tratar e controlar sintomas que podem impactar a qualidade de vida e bem-estar dos pacientes e de seus familiares, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de situações possíveis de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais e psicológicos.

Com o objetivo de orientar os oncologistas para melhor compreensão e manejo de sintomas do câncer, acaba de ser lançado o ‘Manual de Tratamento Sintomático em Cuidados Paliativos‘, produzido pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em parceria com a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). De acordo com a publicação, cuidados paliativos adequados estão também associados a um significativo aumento da sobrevida global mediana.

Os principais sintomas que devem ser avaliados pelos médicos encontram referência nas letras das palavras em inglês PAIN RULES: dor, anorexia, incontinência, náusea, sintomas respiratórios, ulcerações, nível de funcionalidade, energia e sedação. Muitos aumentam na medida em que a doença se agrava – por isso, a recomendação enfatizada aos profissionais é que as abordagens para controle de sintomas sejam feitas desde o início do tratamento.

“O oncologista é o profissional mais instrumentalizado e capacitado para tratar o paciente com câncer”, afirma a Dra. Fátima Gaui, membro da SBOC e coordenadora da publicação. “Com o Manual de Tratamento Sintomático em Cuidados Paliativos pretendemos demonstrar a importância de ouvir e valorizar os sintomas de cada paciente.”

O olhar multidisciplinar faz parte das orientações. Além de suporte psicológico para ajudar o paciente a lidar com diversas questões, que vão da autoimagem a medo, terapias integrativas são indicadas para constar no rol de cuidados. A comunicação efetiva com o paciente e sua família é mais um aspecto ressaltado no material – inclusive para abordar temas sensíveis, como o luto.

“A formação do médico oncologista naturalmente foca em farmacologia, prescrição de quimioterapia, indicação de remédios e incorporação de novas tecnologias”, diz Dra. Natalia Nunes, uma das autoras do manual. “No entanto, a atenção ao manejo dos sintomas é fundamental para a qualidade de vida, especialmente de pacientes com doença metastática”, acrescenta a médica.

A identificação precoce de sintomas e seu devido manejo, contribui também para a adesão ao tratamento. “Dor, fadiga ou caquexia, por exemplo, são comuns em grande parte dos casos, mas o profissional de saúde sempre pode fazer alguma coisa para amenizar desconfortos”, destaca o oncologista clínico Dr. Ricardo Camponeiro, co-autor da publicação.

O download gratuito do material está disponível em sboc.org.br/servicos/consensos-e-guias.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Crianças internadas no Hospital Estadual Materno Infantil recebem presentes de Natal


 23/12/2021


Essa quinta-feira (23), antevéspera do Natal, teve um gostinho diferente para as crianças internadas no Hospital Estadual Materno Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), em Goiânia (GO). Elas receberam presentes da Polícia Penal e do grupo Tudo por Amor, que buscaram o Serviço Social da unidade para fazer a distribuição dos brinquedos.

A ação trouxe alegria para as crianças e mamães que acompanham os filhos internados na unidade e que não poderão passar o Natal no conforto do lar. As crianças que estavam passando por consultas também foram presenteadas.

Todos os brinquedos doados pela Polícia Penal foram produzidos por 14 detentos e entregues pelos policiais, que fizeram a alegria da criançada. Foram carros de polícia, fogão, miniaturas de móveis, tudo confeccionado em madeira. Estiveram presentes na ação: o diretor-geral de administração penitenciária, Josimar Pires; o diretor geral adjunto de administração penitenciária, Aristóteles El Assal; a gerente de produção agropecuária e indústria, Alline Scaglia e o chefe da seção industrial, Moisés Santana.

“Uma ação de suma importância como essa nos traz muita alegria e honra. São crianças que vão poder esquecer um pouco do ambiente hospitalar e brincar. O universo mágico da imaginação infantil é um lugar sem fronteiras e, com certeza, a nossa ação irá auxiliar no tratamento. Levamos um acolhimento que vai garantir a esperança positiva para o combate de qualquer enfermidade”, disse o diretor-geral Josimar Pires.

Pelo terceiro ano consecutivo, o grupo Tudo por Amor se mobilizou para fazer a entrega de brinquedos. “Para gente é gratificante fazer esse trabalho do bem, tornar o Natal de uma criança mais feliz e o sentimento é de realização”, afirmou a integrante do grupo Sione Santos.

Para Tahine da Silva, ver o sorriso no sorriso da filha não tem preço. “Nesse momento difícil, receber esse carinho  é uma alegria não só para os nossos filhos , mas também pra gente. Foi um gesto muito lindo”, disse. A filha, Natália Lopes, de 10 anos, ficou muito feliz. “Não esperava ganhar tantos presentes aqui no hospital. Gostei demais!”, falou sorrindo.

Para Yan Carlos, de 12 anos, foi um momento mágico. “Foi muito legal. Amei meus presentes”, afirmou o garoto. “É maravilhoso  ver que no meio da tristeza que estamos passando, Deus envia anjos para quebrar o clima de hospital, de injeções e agulhas. Fiquei muito feliz”, pontuou a mãe de Yan, Clemilda Vargas.

“Só tenho que agradecer a todas essas pessoas que reservam um pouco de seu tempo para fazer o bem, para dar alegria aos nossos pequenos pacientes. Ver o sorriso no rosto dessas crianças  é extremamente gratificante e nos impulsiona a continuar fazendo a diferença na vida das pessoas. Que todos tenham um Natal de amor e luz”, destacou a coordenadora do Serviço Social, Mariana Loyola.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

HCor completa 45 anos de excelência na saúde com investimentos e modernização

23/12/2021


Fundado pela Associação Beneficente Síria em 1976, o HCor completa 45 anos com investimentos programados na ordem de R$ 600 milhões para os próximos anos em expansão e modernização de sua estrutura e transformação digital, principais pontos do planejamento estratégico.

Hoje o HCor realiza atendimento em mais de 50 especialidades, conta com um centro próprio de Medicina Diagnóstica e é parceiro do Ministério da Saúde para o fortalecimento do SUS, via PROADI-SUS.

Recentemente o HCor inaugurou novo ambiente de atendimento a pacientes com câncer, com a criação de um Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia. Com investimento da ordem de R$ 10 milhões, a instituição construiu novos espaços para o tratamento oncológico, ampliou consultórios e reestruturou alas de procedimentos de quimioterapia.

O novo Centro apresenta como principal diferencial a possibilidade de o paciente ter acesso a todas as suas necessidades em um só lugar. A assistência será realizada de maneira coordenada e ágil por especialistas em oncologia clínica, cirurgiões oncológicos, radioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas e psicólogos. Assim, o paciente receberá um plano terapêutico multidisciplinar para uma linha de cuidado completa.

O atendimento integrado e integral conecta as consultas do corpo clínico com a equipe multidisciplinar a exames diagnósticos, tratamentos e ao que há de mais moderno e avançado. que traz agilidade ao processo”, destaca Rafael Schmerling, líder da oncologia clínica do hospital.

“Fazer parte desta história é motivo de muito orgulho para todos os nossos trabalhadores. Seguiremos nos preparando para continuar a atender nossos pacientes com excelência, segurança e carinho de sobra”, comemora Fernando Torelly, CEO do HCor.

Nova marca

Recentemente o HCor apresentou sua nova marca ao mercado. O projeto se soma ao momento de transformação na gestão e implantação do planejamento estratégico institucional para os próximos quatro anos. O conceito de “boas ondas” materializa a vocação de fazer o bem e retribuir à sociedade, com ações que reverberam em todo o campo da saúde. Também traz um olhar mais contextual, positivo e otimista, que em um ambiente hospitalar é grande aliado no processo do cuidado.

HCor

O HCor oferece atendimento em mais de 50 especialidades, dentre as quais Neurologia, Oncologia, Ortopedia e Cardiologia – área na qual tem grande renome nacional e internacional -, contando ainda com um centro próprio de Medicina Diagnóstica. O hospital possui diversas acreditações, incluindo a Joint Commission International (JCI), e é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), há mais de 10 anos.

Instituição filantrópica, iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa (IP-Hcor) reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino (IE-Hcor) que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.

 

domingo, 26 de dezembro de 2021

Artigo – Gestão Disney pode ser aplicada na saúde para surpreender e encantar pacientes

 

23/12/2021


Não é novidade para ninguém que a Disney World é um dos destinos mais procurados para turismo no mundo. Independentemente da idade dos visitantes, todos eles conseguem ter suas expectativas superadas e se vislumbram por esse mundo mágico.

A gestão Disney é a grande responsável por esse encantamento e surgiu junto com a criação da empresa, em 1923, e desde então segue prezando por proporcionar aos visitantes e espectadores uma experiência única e, consequentemente, a fidelização do cliente.

O que muita gente não imagina, é que é possível aplicar esse grande exemplo de gestão em outros segmentos, inclusive na área da saúde. Mas como?

Principalmente através da Jornada do Paciente. Ou seja, os usuários apresentam uma demanda e ela deve ser solucionada da melhor forma possível, alinhando as necessidades daquele cliente, com as expectativas que possui do serviço que irá receber e com a fidelização dele.

Pense, por exemplo, se a Disney se tornasse administradora do seu hospital ou do seu serviço de saúde. Com certeza, você tornaria a abordagem centrada no paciente e na sua jornada de atendimento, muito mais do que na eficiência do local.

Porém, como fazer isso pensando na realidade dos brasileiros?

Aí entra a tecnologia como grande aliada de uma gestão inovadora, que visa elevar a experiência do usuário, como é o caso da Doctoralia, plataforma de agendamentos de consultas médicas que oferece uma gama completa de soluções em saúde.

O novo perfil do “paciente digital”, mais bem informado, autônomo e exigente, espera ter em saúde uma experiência ágil e prática. Por esse motivo, tornar a experiência incrível, através da automatização, é um caminho sem volta.

Isso porque os centros de saúde precisam reduzir custos e, com o uso inteligente dos dados fornecidos pelo usuário, a tecnologia é capaz de otimizar tarefas rotineiras, segmentar e trazer melhores resultados, mantendo o toque de humanização.

Além de toda a questão tecnológica, é preciso dar atenção aos detalhes e propor inovações, mesmo que pequenas e pontuais, para fazer a diferença: ofereça um atendimento que exceda as expectativas, foque em melhorar a experiência do paciente, mostre que a liderança vem do exemplo.

O importante aqui é mostrar que existe a preocupação com o usuário e suas dores.

A forma como é feita a interação entre as instituições de saúde e seus clientes pode render novas visitas, indicações para outras pessoas e comentários positivos. Da mesma maneira que a Disney preza que os seus funcionários recebam seus visitantes de forma alegre e atenta em todos os pontos de contato, a clínica, o hospital ou qualquer outro serviço de saúde pode seguir o mesmo caminho.

Cadu Lopes é CEO da Doctoralia no Brasil, Chile e Peru