plasamed

plasamed

segunda-feira, 14 de março de 2022

Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes mantém dispensadores de preservativos


 11/03/2022

O preservativo é o método mais acessível e eficaz para se prevenir da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a sífilis, a gonorreia, alguns tipos de hepatites e também evitar uma gravidez não planejada.

O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), de Goiânia (GO), por meio do Núcleo Hospitalar Epidemiológico (NHE) e com o apoio da Coordenação Estadual de IST/ AIDS, mantém dois dispensadores de preservativos na unidade, com objetivo de estimular o uso da camisinha e contribuir com a prevenção dessas infecções.

Os dispensadores, com preservativos masculinos e femininos, ficam em lugares estratégicos dentro da unidade, sendo um na recepção e outro no corredor das enfermarias, permitindo aos acompanhantes, pacientes e colaboradores livre acesso aos preventivos.

“É muito importante ter essa oportunidade de pegar o preservativo gratuitamente. Muitas pessoas que passam por aqui não têm condições de comprar. Isso é uma grande contribuição”, avalia o colaborador Felipe de Oliveira.

“Implantamos esses dispensadores no ano passado e desde então temos seguido com essa prevenção continuada. Com o dispensador a pessoa pode pegar a quantidade que quiser sem causar constrangimentos”, afirma a coordenadora do NHE, enfermeira Thaynara Silva.

“Nosso papel, como trabalhadores da saúde, é fomentar a utilização dos preservativos, garantindo saúde à população. Facilitando o acesso, a expectativa é de que o uso do preservativo passe a ser um hábito”, afirma a diretora operacional, Ana Maria Caribé.

Casos no Brasil

Segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, cerca de um milhão de pessoas contraíram infecções sexualmente transmissíveis, em 2019.

O Brasil registrou 32.701 novos casos de HIV em 2020, sendo 7,8 mil de gestantes e 43.312, em 2019.

domingo, 13 de março de 2022

Hospital recebe lideranças de hospitais privados de referência do Brasil para imersão e troca de experiências


 11/03/2022


O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), recebeu nesta quinta-feira (10) a visita de 15 lideranças de 11 hospitais privados do Brasil. A atividade integra a programação do Encontro Nacional de Líderes da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), que acontece até o fim desta semana, em Gramado. Os executivos e gestores médicos conheceram o Centro de Oncologia, a Maternidade, as emergências Adulto e Pediátrica, o Centro de Terapia Intensiva Adulto, o Serviço de Atendimento ao Paciente e a Unidade Unique, de atendimento de alto padrão.

A comitiva foi recebida pelo superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, que também integra o Conselho de Administração da Anahp. Ele ressaltou a importância da colaboração entre os hospitais que são referência no Brasil para fortalecer o setor e disponibilizar atendimento médico-assistencial de alto nível em todas as regiões. “A integração e a colaboração são essenciais para entregar a melhor medicina, a melhor assistência e os melhores desfechos aos pacientes. A pandemia nos mostrou isso. Precisamos nos unir, nos comunicar mais, nos aproximar. Temos problemas comuns, desafios parecidos e podemos auxiliar uns aos outros com soluções que deram certo em outras instituições. Cuidar de vidas é também compartilhar o que está funcionando aqui para que nossos parceiros possam oferecer isso aos seus pacientes”, afirmou Mohamed.

A superintendente Assistencial, Vania Röhsig, apresentou a história da instituição, como o Hospital Moinhos de Vento está estruturado hoje, com números sobre a expansão nos últimos anos, indicadores de qualidade e as entregas nos últimos anos. Ela salientou a importância dos investimentos em pesquisa, em ensino — especialmente com a ampliação e a qualificação dos cursos da Faculdade de Ciências da Saúde —, e em inovação e saúde digital, com destaque para a telemedicina.

A visita animou o CEO do A.C. Camargo Cancer Center, Victor Piana de Andrade. À frente de uma instituição referência internacional em Oncologia, ele acredita que a atividade é uma oportunidade para se inspirar com outras histórias, outras soluções, aprender, se relacionar e fazer benchmark. “A aproximação nos permite conhecer melhor o ecossistema no qual cada hospital está inserido, criar uma sinergia e atuar em conjunto para gerar mais valor para o ecossistema como um todo. Isso mostra o poder da ação coletiva”, frisou. Para Andrade, a colaboração gera produtividade e eficiência do sistema, evitando redundância de investimentos, reduzindo gastos e permitindo que as parcerias se complementem na linha de cuidado com os pacientes.

Participaram da visita gestores do A.C.Camargo Cancer Center, Hospital Edmundo Vasconcelos e Hospital Nipo-Brasileiro, de São Paulo; Hospital Care e Hospital da PUC, de Campinas; Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba; Hospital Policlínica de Cascavel, de Cascavel; Hospital São Mateus, de Cuiabá; Kora Saúde, de Vitória; e da Santa Casa de Misericordia, de Passos (MG). Outros dois grupos visitaram o Hospital São Lucas, da PUC-RS, e a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

Os gestores participam nesta noite da abertura do Encontro Nacional de Líderes da Anahp, em Gramado. O evento, que vai até sábado (12), promove debates sobre os desafios e as perspectivas para o setor da saúde. Neste ano, os principais dirigentes de hospitais privados do Brasil também terão a oportunidade de discutir os assuntos em pauta com executivos das maiores operadoras de planos de saúde e lideranças políticas.

sábado, 12 de março de 2022

Hospital Unimed Volta Redonda inicia serviço de Cirurgia Cardíaca Pediátrica


 11/03/2022


No Brasil nascem cerca de 29 mil bebês por ano com cardiopatia congênita. A maioria dos casos precisa de intervenção cirúrgica para proporcionar qualidade de vida, reversão do quadro e garantir o desenvolvimento adequado da criança. Uma operação de alta complexidade, que necessita de profissionais especializados e era encontrada em capitais e fora do interior do estado. Essa realidade mudou. O Hospital Unimed Volta Redonda (RJ) conta agora com o serviço de Cirurgia Cardíaca Pediátrica e comemora o sucesso da operação dos dois primeiros pequenos pacientes, de 1 e 3 anos, que receberam alta e se recuperam em casa.

“Nossa unidade hospitalar já oferecia hemodinâmica infantil e o serviço foi ampliado. Antes, as crianças com essas enfermidades eram encaminhadas aos grandes centros, agora poderão ser atendidas aqui, por uma equipe completa e preparada e com o Jeito Unimed de Cuidar”, contou o vice-presidente da Cooperativa, Dr. Vitório Moscon Puntel.

Ainda durante a gestação, o casal Brayan Costa e Maria Antônia Viter descobriu que a pequena Maria Alice sofria de uma cardiopatia: CIV (Comunicação Interventricular – uma abertura na parede que divide os ventrículos direito e esquerdo) e CIA (Comunicação Interatrial – abertura na parede que separa o átrio direto do átrio esquerdo). O acompanhamento da enfermidade, que iniciou na gravidez, se estendeu pelos primeiros meses de vida. O CIV fechou sozinho, mas o CIA necessitava de intervenção cirúrgica. Foi então que a bebê, de 1 ano, moradora de Belford Roxo, na Baixada do Fluminense, se tornou a primeira criança a passar por uma cirurgia cardíaca pediátrica no Hospital Unimed Volta Redonda, inaugurando o serviço. O atendimento surpreendeu a família.

“Nós gostamos muito do atendimento. É excelente, fomos tratados com amor, educação, total carinho e percebemos isso tanto no tratamento dela que é paciente, quanto com a gente, os pais, que estamos acompanhando. Sentimos o Jeito Unimed de Amor”, disse Brayan Costa, pai de Maria Alice.

Os pais de primeira viagem, que passaram tão cedo por um processo cirúrgico com a filha pequena, relembram o nervosismo que foi se preparar para uma operação. Mas o serviço individualizado oferecido pela unidade hospitalar fez toda a diferença.

“Os profissionais foram maravilhosos, muito atenciosos. Deram todo o suporte que precisávamos. A gente se sentiu bem confortável, porque estávamos com receio de uma cirurgia. Ela tão bebê, ficamos com medo de como seria e acabou que foi tudo perfeito, uma recuperação maravilhosa e o pós (operatório) está sendo bom também”, contou Maria Antônia Viter, mãe da paciente.

Duas operações de sucesso

Antônio Fernandes Georgino, de 3 anos, morador de Porto Real foi a segunda criança a passar pela Cirurgia Cardíaca Infantil. Ele também fez uma correção cirúrgica de CIA. Por conta da cardiopatia, Antônio tinha acompanhamento médico especializado desde o nascimento e foi indicado passar por uma operação.

A família visitou um especialista no Rio de Janeiro que, assim como no caso de Maria Alice, indicou o Hospital Unimed Volta Redonda para o procedimento.

“Eu senti aqui muita diferença em relação a outros hospitais que frequentei com ele. O atendimento é muito bom e o hospital é excelente”, contou Janaína Duarte Fernandes, mãe de Antônio.

Equipe

A equipe de cirurgiões do Hospital Unimed Volta Redonda é formada pelos médicos Dr. Andrey Monteiro e Dr. Álvaro Nametala que são profissionais do Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras no Rio de Janeiro, e que também passaram a atender no consultório do Centro Cuidar Belvedere para avaliação dos pacientes. Eles contam com o suporte das cardiopediatras da unidade hospitalar: Dra Fátima Casal, Dra Alessandra Amorim e Dra Cíntia Gangana e o serviço de anestesia da Dra Zoraide Alexandra da Silva Cruz de Moura e da Dra. Leila Monteiro Auler. O time de anestesistas foi capacitado pela equipe do hospital Jutta Batista, no Rio de Janeiro.

Para a implantação desse novo serviço, as médicas cardiopediatras e os médicos da UTI Neonatal e Pediátrica – Dr. Sebastião Lima, Dra. Alane Fialho, Dra. Juliana Cerqueira e Dr. Gustavo Baylão – passaram por capacitação em Cirurgia Cardioinfantil no HCor, em São Paulo.

 

sexta-feira, 11 de março de 2022

São Lucas e Hospital Care inauguram torre com 60 leitos de UTI e internação


 10/03/2022


O São Lucas Hospital e a Hospital Care inauguraram, em 24 de fevereiro, a primeira etapa de sua expansão que compreende uma nova torre com leitos de internação. A torre disponibilizará 60 leitos de internação, – sendo 30 apartamentos e 30 de UTI –, além de serviços de apoio.  Para atuar na nova unidade, a expectativa é de contratação de cerca de 250 novos colaboradores entre administrativo e profissionais de saúde.

“O nosso objetivo é continuar ampliando o potencial do Grupo São Lucas que, sempre alinhado com as principais técnicas e tecnologias em saúde do mundo e com um corpo clínico qualificado, consegue manter a excelência no atendimento prestado aos pacientes nas mais diversas especialidades”, afirma o Dr. Pedro Palocci, Presidente do Grupo São Lucas.

A nova UTI é composta por leitos em formato de “BOX” individual, proporcionando mais segurança, privacidade e conforto para os pacientes. Cada unidade é composta por cama de acionamento eletrônico, aparelho de televisão com canais a cabo, poltrona reclinável, mesa de cabeceira, lavatório de mãos, janelas de vidro e cortinas rolo blackout. O posto de equipe assistencial será centralizado com visibilidade para todos os leitos e conta com salas de atendimento familiar.

Já os novos leitos de internação são todos apartamentos individuais que contam com o que há de mais moderno em hotelaria hospitalar, oferecendo ainda mais privacidade, conforto e segurança para os pacientes e seus familiares.

Através da união de forças e a experiência com a Hospital Care, o Grupo São Lucas tornou-se uma rede completa de hospitais composta pelo São Lucas Hospital, São Lucas Hospital Ribeirania, São Lucas Hospital Especializado, São Lucas Medicina Diagnóstica e o São Lucas Centro Médico preparado para atender diversas especialidades médicas. As transformações irão ampliar ainda mais o potencial do São Lucas em cuidar cada vez melhor dos pacientes e permitir ao corpo clínico mais eficiência e segurança no diagnóstico e tratamento.

“Seguimos com a nossa estratégia de expansão, e esse projeto vai ao encontro do nosso objetivo de desenvolver e contribuir com o acesso e a qualidade do sistema de saúde de toda a região”, afirma Rogério Melzi, CEO Hospital Care.

quinta-feira, 10 de março de 2022

Hospitais de Salvador recebem novo sistema para evitar sequelas neurológicas em recém-nascidos

09/03/2022



 

O nascimento de uma criança representa a esperança em um novo futuro, entretanto, muitas vidas são afetadas pela escassez de um tratamento de qualidade ainda na gravidez. No Brasil, estima-se que, anualmente, 20 mil bebês (2 crianças por hora) nascem com falta de oxigenação no cérebro, condição responsável pela morte de 23% dos recém-nascidos e outras condições como paralisia cerebral, cegueira e surdez.

Buscando amenizar os alarmantes casos de sequelas neurológicas, hospitais e maternidades de Salvador (BA) ganharão um novo sistema avançado para prover monitoramento especializado e capacitação de profissionais da saúde.

As empresas PBSF – Protecting Brains & Saving Futures (do inglês, Protegendo Cérebros e Salvando Futuros) e Desenvolver Núcleo de Neurologia Neonatal serão responsáveis pela oferta de modelo de assistência especializada nas instituições: Hospital e Maternidade Santo Amaro, Hospital Aliança, Hospital São Rafael – Rede D’Or São Luiz, Hospital Português da Bahia, Hospital Jorge Valente e Rede Mater Dei de Saúde – Mater Dei Salvador.

As doutoras Thaíza Araújo e Falcão e Mariana Neiva Cruz, especialistas em neurologia pediátrica serão responsáveis por acompanhar in loco o novo conceito de UTI Neonatal na cidade nordestina e oferecer total assistência para o desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial para aprimorar o diagnóstico e tratamento dos bebês.

“Com uma assistência diferenciada em neurologia neonatal, que associa a prática clínica a monitoramento cerebral, podemos proporcionar um futuro melhor para os bebês de alto risco nascidos em Salvador”, afirma doutora Mariana.

Dr. Gabriel Variane, fundador da PBSF, também destaca a importância da nova parceria com a empresa Desenvolver Núcleo de Neurologia Neonatal para evitar futuras sequelas irreparáveis, condição que afeta cerca de 15 milhões de recém-nascidos anualmente.

“Com trabalho em parceria, capacitação e monitoramento, podemos melhorar a qualidade dos cuidados e ajudar milhares de crianças e suas famílias em nosso país”.

Pelo Brasil, 26 instituições de saúde já detêm tecnologias e equipamentos para uma UTI Neonatal Neurológica, além de protocolos, treinamentos e assistência médica realizados pela PBSF. Mais de 6.000 crianças já foram assistidas com este modelo em nosso país e o Brasil serve hoje de modelo de aplicação de estratégias de neuroproteção em ampla escala para o mundo.

quarta-feira, 9 de março de 2022

“Como localizar melhores evidências e usá-las no raciocínio clínico” é tema de Sessão Clínica


 07/03/2022


Quais benefícios o cardiologista contemporâneo pode ter com o uso de ferramentas que ampliam sua cognição médica?

Com o objetivo de estimular esses especialistas a conhecer e a usufruir de plataformas que apoiam o raciocínio clínico e contribuem para promover a segurança do paciente, a Sexta Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro promove na sexta-feira (11), online, sua tradicional Sessão Clínica Sexta na Santa com o tema “Anticoagulação na Fibrilação Atrial: Como o ClinicalKey apoia o raciocínio clínico”.

“A FA é uma questão complexa porque acomete pessoas idosas com múltiplas doenças e que tomam muitos medicamentos. Há diferentes formas de abordar a anticoagulação nesse contexto. Por isso escolhemos o tema para ilustrar a importância de nos capacitarmos com o que há de mais moderno em prol dos melhores resultados para o paciente”, destaca Dr. Evandro Tinoco Mesquita, médico e professor titular de cardiologia da Sexta Enfermaria.

Às 12h30, Dr. Evandro dá as boas-vindas e media a apresentação da Dra. Suzana Alves da Silva, do Núcleo de Inteligência Médica do Hcor – Associação Beneficente Síria, de São Paulo. O evento será transmitido pela plataforma Zoom e as inscrições gratuitas podem ser feitas por este link.

Dra. Suzana usará a plataforma ClinicalKey para exemplificar como são localizadas as melhores evidências sobre a Anticoagulação na Fibrilação Atrial (FA) e como elas embasam as decisões médicas sobre o assunto.

“O tempo é escasso e a quantidade de informação é imensa, por isso temos que ter um olhar o mais focado possível. Uma plataforma de busca que traz conteúdos pré-filtrados e textos na íntegra otimiza bastante a rotina do profissional e impacta na segurança do paciente”, destaca.

A convidada vai tratar também sobre a anticoagulação em pacientes com Covid-19. “Isso tem sido motivo de vários fóruns de discussão, gerado publicações científicas e causado divergências entre especialistas. Eu, particularmente, tenho percebido muitos equívocos na prática, com a prescrição do medicamento apenas com base em exames laboratoriais, e não na avaliação do risco clínico do paciente. É importante falarmos sobre isso”.


terça-feira, 8 de março de 2022

Dia da Mulher: Motorista de ambulância com muito orgulho


 07/03/2022


“Quando eu entrei na sala para fazer a o teste escrito, tinham cinco homens, eles olharam para mim e disseram: moça, você está na sala errada. Eu perguntei: não é aqui o processo para condutor de ambulância? Eles confirmaram. Então eu disse: estou no lugar certo!” relata Virgínia Pines, 38 anos, que há um ano trabalha como motorista de ambulância no Serviço de Atendimento a Pacientes Especiais Crônicos (SAEC), sobre o primeiro desafio enfrentado no processo seletivo. Hoje, ela trabalha ao lado de outros 17 condutores, sendo 16 deles homens.

Assim como profissões como piloto de avião, pedreiro, bombeiro, motorista de ônibus e mecânico, a área escolhida por Virgínia é predominantemente ocupada por homens. O fato de ver uma mulher nessas funções, causa uma certa surpresa e curiosidade. Neste dia da mulher, vamos conhecer um pouco mais das histórias vivenciadas por duas profissionais que atuam no SAEC.

A rotina começa com o check list da ambulância, que inclui revisão dos pneus, verificação de nível de óleo, lataria, motor e limpeza. A jornada é de 12 horas, dedicadas a transportar pacientes acamados para a realização de exames, hemodiálise, sessões de fisioterapia e outros tratamentos. No trânsito, o cuidado para garantir o conforto dos pacientes, evitando buracos, passando lentamente em lombadas e desviando com prudência de outros veículos.

Os desafios diários não param por aí. Envolvem ainda a comprovação de que são sim capazes. “Levei uma paciente acamada e seu filho para casa. Eu estava sozinha com ambos. Ao chegar na casa outro filho da paciente foi logo questionando: você está sozinha e é mulher? Eu respondi sim. Então ele ordenou: pode chamar outra ambulância, você vai derrubar minha mãe. Com calma eu respondi que o acompanhante poderia me auxiliar. Ele se opôs a ajudar. Pouco depois, já com a mãe dele dentro de casa, me pediu desculpas e disse: eu achei que você não fosse capaz”, relembra Virgínia.

“Eu estou aqui para fazer o meu melhor e cada vez que alguém diz que eu não consigo, eu vou lá e provo o contrário. Estar aqui como motorista de ambulância sempre foi meu sonho e só minha mãe que já é falecida sabe o quanto eu estou feliz por esta conquista, rezei muito para que ela me ajudasse a chegar até aqui e não vou desistir por nada”, relata.

Outra profissional que vivencia as mesmas situações é Silvia Torturello, 50 anos, que conduz ambulâncias no SAEC há 12 anos. Mesmo sabendo dos desafios impostos pelo estigma de ser o “sexo frágil”, ela mirou no seu sonho de infância. “Desde menina eu sempre gostei de dirigir, aprendi com 12 anos. Minha paixão sempre foram os veículos grandes, por isso já dirigi van escolar, ônibus e quando cheguei aqui para dirigir ambulância me apaixonei. É aqui que eu quero estar até me aposentar”, conta.

Segundo Silvia, dentro do local de trabalho tanto ela quanto Virgínia têm o apoio dos colegas e incentivo do chefe. “Somos tratadas com muito carinho e respeito, de igual para igual. E o João – se refere ao João Fioroti, coordenador do SAEC – sempre nos deu muito respaldo. Mas nas ruas nem sempre é assim. Quando a gente chega, eles – os pacientes e acompanhantes – esperam que o motorista seja um homem e não uma mulher, acham que somos técnicas de enfermagem, mas nós fazemos o mesmo trabalho que os homens e ao contrário do que muitas pessoas pensam, nem sempre pra carregar um paciente a força é o mais importante, mas sim a técnica”, define.

Silvia tem um casal de filhos já adultos, com 30 e 34 anos. Ambos se preocupam com a mãe e dão sempre um jeitinho de saber se está tudo bem, pois sabem que a rotina não requer somente habilidade para dirigir, mas também jogo de cintura diante de casos de machismo e falta de respeito. “Eles me ligam, mandam mensagens e estão sempre em contato. Sinto que eles têm muito orgulho de mim, principalmente minha filha que enche a boca para falar que eu sou motorista de ambulância”, conta com um sorriso.

Apesar dos desafios, tanto Virgínia quanto Sílvia, levam com bom-humor as situações relatadas, afinal, para elas, a direção é uma terapia. “Quando eu estou dirigindo, tiro totalmente meu estresse”, diz Silvia. Ambas definem a profissão de um jeito simples. “Motoristas de ambulância sim! Com muita honra!”.