10/06/2022
Assim como outras tecnologias
que vêm sendo utilizadas no setor da saúde, a telemedicina veio para ficar, já
que traz vantagens para os pacientes e profissionais da área, como a otimização
de tempo e praticidade. Depois de intenso debate, o Conselho Federal de
Medicina (CFM) publicou no dia cinco de maio deste ano, no Diário Oficial da
União, a regulamentação da telemedicina no Brasil como forma de serviço médico
mediado por tecnologias e de comunicação. O marco reforça a importância da
inovação e de como esta seguirá presente na rotina da sociedade.
Segundo a Saúde Digital Brasil (SDB), entidade representativa
dos prestadores de serviço de telessaúde do país, entre 2020 e 2021, mais de
7,5 milhões de atendimentos virtuais foram realizados, por mais de 52,2 mil
médicos. Além disso, de acordo com levantamento divulgado este ano pela
Associação Paulista de Medicina (APM) e pela Associação Médica Brasileira
(AMB), 32,1% dos participantes afirmaram realizar teleconsultas para atender
pacientes.
Considerando os dados e a nova regulamentação, profissionais da
saúde precisam entender o que muda a partir de agora e como podem aproveitar o
recurso de forma assertiva para contribuir com a vida de pacientes. Estudar as
possibilidades por meio de webinars, podcasts, eventos, cursos e demais canais,
e ainda trocar informações com outros atuantes da área, é essencial neste
momento.
A regulamentação envolve parâmetros éticos, técnicos e legais, a
fim de proporcionar segurança aos pacientes. Agora é assegurado aos médicos
inscritos nos Conselhos Regionais de Medicina a autonomia de decidirem se
utilizam a telemedicina, uma vez que a consulta médica presencial ainda segue
como sendo a principal. Ou seja, o atendimento à distância é tido como
auxiliar, o que exige atenção de todos.
Assim, caberá aos especialistas analisar cada caso para saber se
a telemedicina é o caminho mais adequado e é por isso que mais uma vez, reforço
a importância de todos estarem conectados, trocando experiências reais que
ajudem a saber quando é necessário ou não, o olho no olho.
Ao mesmo tempo, é preciso que fiquem atentos à preservação dos
dados e imagens dos pacientes, à assinatura de termos pelos envolvidos e às
regras envolvendo horários, fiscalização, territorialidade, entre outros
pontos. Tudo isso faz parte da regulamentação da telemedicina para evitar
problemas futuros e garantir a integridade das pessoas atendidas.
Diante desses insights, concluo que
essa tecnologia tem revolucionado a medicina e tem trazido vantagens
significativas para a rotina de todos os envolvidos e resultados satisfatórios.
Mas, é de suma importância que profissionais saibam diferenciar o papel de uma
consulta online e presencial e principalmente, tenham total conhecimento sobre
a regulamentação para garantir processos seguros. Então, fiquem atentos à
evolução da telemedicina e aproveitem a inovação da melhor maneira.
André
Brandão é Fundador e CEO da Medictalks, plataforma digital de
acesso gratuito com conteúdos feitos por médicos, para médicos, onde
profissionais de todo o país compartilham experiências reais de vida e
conhecimento científico relevante e atualizado. Por meio de videoaulas, cursos,
artigos, webinars e podcasts, a healthtech cumpre a missão de democratizar o
acesso ao conhecimento médico-científico confiável, atualizado e independente,
contribuindo com melhores desfechos clínicos para pacientes em todo o Brasil
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