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terça-feira, 3 de maio de 2022

Artigo – 6 tendências da telemedicina no Brasil em 2022


 02/05/2022

Recentemente, completamos dois anos desde que a lei que autoriza a prática de telemedicina no Brasil foi aprovada pelo congresso. A legislação foi uma resposta à alta demanda por atendimentos à distância, a fim de cumprir as orientações de distanciamento social impostas pela pandemia do Covid-19. Mas, será que a telemedicina no Brasil continuará em alta mesmo após a pandemia?

Com a crescente adoção do modelo entre os pacientes, médicos e seguradoras de saúde, a demanda por serviços de telemedicina, que já apresentava expressivo crescimento, certamente, continuará aumentando em 2022 e nos anos seguintes. Segundo estudos recentes realizados pela Global Market Insights, a telemedicina deve movimentar US$ 131 bilhões até 2025. O dado reflete como este mercado segue em ascensão e se consolida como uma categoria fundamental para todo o ecossistema da saúde, fomentando, inclusive, outros setores que tenham relação direta com o uso de tecnologias neste segmento. Diante deste cenário, relacionamos as seis principais tendências para a telemedicina no Brasil, em 2022, a fim de salientar a importância dos investimentos em tecnologias disruptivas para o desenvolvimento da área da saúde.

1 – Aumento contínuo na demanda por cobertura de telemedicina

Diante destas transformações, muitas pessoas passaram a enxergar a telemedicina como uma primeira linha de cuidado, com boa relação de custo x benefício para doenças de menor risco, bem como para consultas de acompanhamento. Como resultado, em 2022, teremos empresas de planos de saúde colaborando com provedores para ampliar o acesso a este modelo de cuidado, aumentando, por exemplo, o investimento em tecnologias que sejam necessárias para oferecer o suporte adequado às consultas, como plataformas audiovisuais, sistemas para integração de prontuários, plataformas de receitas digitais e ferramentas de suporte à decisão clínica.

1.         Incentivo aos médicos e pacientes por meio do plano de saúde

As rápidas mudanças de hábito provocadas pela pandemia continuarão em ritmo de crescimento após a crise e ganharão a adoção predominante da sociedade. Neste sentido, à medida que os programas de reembolso se expandem, os médicos serão incentivados a explorar novas maneiras de utilizar a telemedicina para cuidar de quadros médicos mais complexos (como diabetes), idosos com mais de 65 anos e aqueles que, tradicionalmente, não têm fácil acesso a cuidados de saúde de qualidade.

Atualmente, os planos de saúde já oferecem aos usuários, médicos e provedores de serviços alternativas para consultas virtuais ou presenciais, a partir da rede assistencial, conforme aponta a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

1.         Crescimento das indústrias adjacentes da telemedicina

Conforme a demanda por telemedicina cresce, o mesmo acontece com os periféricos e dispositivos necessários para oferecer suporte a estes serviços. Plataformas de telemedicina e ferramentas que transmitem os dados do paciente ao médico (in-home monitoring), por exemplo, também se tornarão um grande negócio em um futuro próximo.

Além das consultas virtuais individuais, entre médicos e pacientes, a telemedicina expandiu-se para modelos diretos ao consumidor, como entrega em domicílio de prescrições e dispositivos médicos de uso doméstico. Desta forma, a demanda dos pacientes também está impulsionando o crescimento da telemedicina, uma vez que as instituições de saúde buscam ampliar ou aprimorar, cada vez mais, os serviços de telemedicina, com enfoque nas expectativas e na experiência do paciente.

1.         Maior integração de Inteligência Artificial

Outra ferramenta que tem se destacado e ganhado força nos mais diversos setores econômicos e sociais é a Inteligência Artificial (IA). No setor de saúde, podemos imaginar, no futuro, a IA sendo utilizada por médicos para elaborar planos de cuidado com base em vários data points e projeções. Afinal, a IA pode contribuir na redução do potencial de erro no atendimento ao paciente internado, agilizar a entrada de pacientes por meio de chatbots, questionários de triagem iniciais e outras ferramentas, reduzindo, assim, as filas de espera online e ajudando os médicos a realizar a triagem dos pacientes com mais eficiência e agilidade.

1.         Necessidade de maior diligência na segurança cibernética

No atual cenário tecnológico, qualquer estratégia de telemedicina deve considerar a segurança cibernética. O setor de saúde é um dos grandes alvos dos cibercriminosos, devido à grande quantidade de dados sensíveis de pacientes coletados e armazenados. Neste sentido, veremos, a partir de agora, um foco significativo em ações que tenham como objetivo garantir a segurança dessas informações.

Em vigor no Brasil desde setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exerce exatamente a função de proteger os dados pessoais e garantir que as empresas respeitem suas determinações. Neste contexto, será cobrada uma responsabilidade ainda maior das instituições de saúde com relação ao controle e a segurança dos dados dos pacientes – incluindo dados em trânsito.

1.         Tecnologia de suporte à decisão clínica otimiza as consultas via Telemedicina

A inovação e o aprendizado contínuo são mais do que mandatórios neste momento. A medicina baseada em evidência e o acesso a dados e informações confiáveis emergem como importantes agentes para os próximos anos e auxiliam na otimização das consultas via telemedicina.

Além disso, a uniformização de protocolos clínicos e a disseminação de conteúdos baseados em evidências entre todos os profissionais é sempre um grande facilitador. Nesse contexto, é importante oferecer nas consultas virtuais o suporte adequado para que o profissional de saúde possa acessar conteúdos de qualidade e atualizados sobre sua especialidade e outras informações que julgar necessárias, mas, sempre, considerando a decisão diagnóstica de acordo com a expertise profissional.

A aceitação e a utilização da telemedicina foram aceleradas por necessidade, nos últimos anos. Entretanto, a tendência é que a crescente busca por consultas médicas virtuais siga aquecida e se desenvolva de forma orgânica nos próximos anos. Para que isso seja possível, é fundamental que o investimento em tecnologias como as citadas anteriormente seja proporcional à demanda apresentada pelo modelo de teleconsultas, garantindo um crescimento equivalente e o desenvolvimento simultâneo destes dois segmentos.



Natália Cabrini é Diretora de Estratégia de Mercado e Vendas, da Wolters Kluwer, Health para América Latina

 

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Telemedicina e 5G devem se tornar grandes aliados no tratamento de doenças crônicas


 02/05/2022

Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde do Reino Unido mostrou que o telemonitoramento em doenças crônicas, principalmente de idosos, ajuda a reduzir em 20% o número de admissões hospitalares e, caso seja admitido, o tempo de internação diminui em 14% e a taxa de mortalidade, em 40%.

Segundo o chefe da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, Prof. Dr. Chao Lung Wen, as doenças crônicas precisam de tratamento e acompanhamento contínuos e de um estímulo à adesão do tratamento, e a telemedicina pode ser uma grande aliada para que o acompanhamento seja feito de forma mais próxima, além de oferecer a facilidade do atendimento remoto.

Uma área de atuação da Telemedicina é a prevenção de doenças. “Vale destacar também a importância das atividades físicas com o objetivo de evitar a perda da independência motora e cognitiva. E a supervisão continuada via telemedicina é bastante efetiva neste caso. Considerando o envelhecimento da população brasileira, a telemedicina deverá ser um dos recursos mais eficientes para promover saúde e cuidado contínuo em relação às doenças crônicas”, complementa o médico.

A implantação e a expansão da tecnologia 5G no Brasil contribuirão para aprimorar a conectividade e os serviços médicos referentes à telemedicina. Uma das empresas que já vem trabalhando de forma efetiva para a implementação do 5G nos serviços oferecidos é a Doctoralia, que está investindo em novos programas e protocolos digitais levando em conta os benefícios dessa tecnologia. “O avanço do 5G ajudará a ampliar o acesso à saúde já que regiões remotas, onde há falta de médicos, poderão contar com teleatendimento para as populações locais. Além de teleconsultas, estamos desenvolvendo novos serviços digitais para garantir o acompanhamento a distância dos pacientes, de forma personalizada, para aumentar o cuidado e a qualidade de vida”, comenta Cadu Lopes, CEO da Doctoralia.

“A telemedicina não obrigatoriamente precisa estar dentro da casa das pessoas, em diversas situações, nós podemos ter de utilizar estações padronizadas de telemulti cuidados para realizar avaliações mais específicas. Elas podem estar em diversos locais, como UBS, fábricas, nos condomínios residenciais, nas escolas e nos prédios comerciais”, acrescenta Prof. Dr. Chao.

Essas tendências vêm ao encontro dos dois anos de aprovação do uso da telemedicina no Brasil, implementada em caráter provisório em razão do avanço da pandemia de Covid-19 e para atender os pacientes a distância sem que eles precisassem se locomover até hospitais e correr o risco de serem contaminados pelo vírus. A medida deve ser regulamentada de forma definitiva em breve pelo governo federal.

Na pandemia, o uso da tecnologia para cuidados em saúde ganhou mais protagonismo. Prova disso é que, somente na plataforma Doctoralia, foram realizadas mais de dois milhões de teleconsultas e cerca de 20 mil profissionais de saúde utilizaram essa modalidade de atendimento nos últimos dois anos.

“O cenário pandêmico acabou acelerando um processo que, de certa forma, já vinha ganhando espaço há alguns anos. Essa possibilidade de prestação de serviços de saúde de forma virtual nos ajuda a levar o atendimento para áreas mais remotas do nosso país, democratizando o acesso à saúde e impactando positivamente mais pessoas”, finaliza Cadu.

Para ter acesso aos números completos e depoimentos sobre a adesão à telemedicina no Brasil, clique aqui.

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Hospital São Vicente tem menor índice de reinternação dos últimos cinco anos


 29/04/2022

O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), De Jundiaí (SP), reduziu o seu índice de reinternação de pacientes a 10%. Índice abaixo da média nacional aceitável, que é de 20% definida pelo Ministério da Saúde, o que – mais uma vez – eleva o patamar da assistência ofertada pelo hospital a níveis compatíveis com as melhores instituições de saúde do Brasil. É o menor índice de reinternação dos últimos cinco anos do HSV. A instituição é referenciada para oncologia, cardiologia, neurocirurgia, traumato-ortopedia e urgência e emergência.

A taxa de reinternação é definida como aquela em que o paciente volta ao hospital em até 30 dias após sua primeira internação. O superintendente do HSV, Matheus Gomes, explica que este índice é um importante indicador de qualidade. “Reflete diretamente os cuidados com o paciente antes, durante e depois de sua alta. Isso também envolve o empenho da assistência à saúde em geral, ofertado no município, por isso é um trabalho em conjunto”, enfatiza. “A efetividade também depende da disponibilidade de medicamentos, do acesso à informação, da estrutura familiar e da adesão às orientações médicas”.

Para viabilizar este cenário, o HSV tem investido em uma série de ações. “Dentre outros fatores, implementamos ferramentas de gestão como o Huddle, que consiste em três reuniões diárias, rápidas, com equipes multidisciplinares que tomam as decisões mais assertivas para o quadro de cada paciente; implementamos o monitoramento dos pacientes em casos de reinternação; criamos o programa Alta Responsável que visa o encaminhamento dos pacientes pós alta para acompanhamento em unidades referenciadas de saúde, a fim de garantir a efetividade do tratamento recebido durante a internação; o suporte dado pela equipe de Internação Domiciliar, em casos que possibilitam a conclusão do tratamento no próprio lar; temos investido no conhecimento do perfil da população atendida pelo hospital, por meio de pesquisas de satisfação e estatísticas, tendo impacto direto na assertividade da assistência”, elenca Matheus.

Todos estes esforços beneficiam não somente o paciente que se recupera, mas a comunidade de forma geral. “A gestão eficiente dos leitos possibilita a realização de mais cirurgias, de um maior giro de leitos, média de permanência adequada a cada diagnóstico, taxas de ocupação dentro das metas do hospital e otimização dos recursos, tudo isso sem comprometer a segurança, a qualidade da assistência e a humanização”, completa.

A supervisora do departamento de Psicologia do HSV, Caroline Alves, explica que, do ponto de vista emocional a internação é um fator de desconforto para o paciente. “Por melhor que sejam as instalações – como nos casos dos quartos revitalizados no hospital; pela melhora do quadro clínico devido à eficiência assistencial; pelos cuidados com nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia e outras especialidades, estar no hospital não é algo desejado e causa estresse”, explica. “Por isso, há todo um esforço contínuo não só no sentido de curar ou propiciar uma melhor qualidade de vida – dependendo do diagnóstico que trouxe o paciente até aqui, mas também no sentido de evitar sequelas que exijam uma nova passagem”.

Além do conhecimento prático, o argumento de Caroline tem respaldo em um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP), que constatou que 40% das readmissões são geradas por motivo diferente da primeira. Porém, possuem relação com o período passado em um hospital. Dentre as razões, estão: perda de peso, porque os pacientes deixam de se alimentar como e quando querem; perda muscular rápida, por conta da limitação de movimentos; dificuldade do sono devido às interrupções constantes de luzes e sons desconfortáveis.

É com esse olhar individualizado, baseado na dignidade e respeito que as instituições de saúde, assim como o HSV, se preparam para cuidar da saúde, tendo a ciência e a medicina como base de um trabalho que precisa ser também estratégico, eficiente e com novos desafios.

 


quinta-feira, 28 de abril de 2022

Hospital Ortopédico da AACD destaca-se no cuidado com o meio ambiente


 27/04/2022


Nos leitos do Hospital Ortopédico da AACD é comum os pacientes, após a alta médica, deixarem garrafas de água sem consumir. Como esse conteúdo fica impróprio para consumo, de acordo com as regras sanitárias, o hospital encontrou uma forma de evitar o desperdício. Com o apoio da equipe de limpeza, as garrafas passaram a ser levadas para os depósitos de materiais de limpeza e seus conteúdos descartados em bombonas e reutilizados em diversas atividades, como na lavagem das calçadas, refeitório e outros ambientes. Cerca de 1.200 litros de água por ano seriam descartados, caso não fossem reaproveitados.

O álcool gel também está no radar do hospital por causa do significativo aumento do consumo por conta da pandemia de Covid-19. Para reduzir o impacto nos aterros e cumprir com o propósito da logística reversa, que visa a compensação ambiental pelas empresas que produzem o material, as bags de álcool gel utilizadas passaram a ser retiradas por uma cooperativa duas vezes por mês e seu material, quase 100% reutilizável, utilizado como matéria-prima para novos produtos, inclusive para os sacos que são usados na instituição. Em 2021, cerca de 5 mil embalagens (frascos e bags) foram recicladas.

O Hospital da AACD também instalou bituqueiras de cigarro no entorno da instituição. Além de contribuir para a limpeza urbana, evitando o entupimento de bueiros, o material é descontaminado e transformado em papel por uma empresa especializada. Somente em 2021 foram coletadas 40 mil bitucas, aproximadamente, de visitantes do hospital e moradores da região.

Outra ação importante está relacionada à reciclagem e ao tratamento da película de raios X físico, que contém substância tóxica ao meio ambiente. Mais de 14 toneladas por ano são descontaminadas e transformadas em diversos materiais reutilizáveis. O hospital tem, inclusive, pontos de coleta para as pessoas que não têm onde descartar suas películas e desejam fazer o descarte de forma consciente.

Outros materiais que também são reciclados são lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias. “São diversas as ações que adotamos com o intuito de preservar o meio-ambiente e economizar os nossos recursos. Dessa maneira conseguimos investir em mais recursos humanos e tecnologias que trazem benefícios e uma melhor experiência aos nossos pacientes”, afirma Emanuel Toscano, superintendente de operações da AACD.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Hospital Santa Catarina registra aumento de 61% nos atendimentos pediátricos com síndrome respiratória


 26/04/2022


A chegada do outono exige cuidados adicionais dos pais com as crianças menores de 2 anos e, em especial, bebês prematuros, devido ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), doença sazonal responsável pela bronquiolite. Segundo dado do Hospital Santa Catarina – Paulista, em março comparado a fevereiro, houve aumento de 61% nos atendimentos pediátricos com síndrome respiratória.

A principal forma de contaminação da bronquiolite acontece por meio de secreções respiratórias e por contato, ou seja, crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas, como creches e escolas, estão mais propensas à infecção. “Por ser uma doença que está comumente associada à maior frequência de internações por síndromes respiratórias, sempre destacamos a importância em se atentar aos cuidados e aos primeiros sintomas, no intuito de iniciar o tratamento precocemente”, explica Dr. Werther Brunow de Carvalho, pediatra do Hospital Santa Catarina – Paulista.

Os sintomas iniciais são parecidos com os do resfriado comum, como tosse, obstrução nasal, coriza e às vezes chiado no peito, durando, em média, entre 3 e 15 dias. Porém, um indicativo de gravidade é a dificuldade para respirar e a falta de ar. “Como os primeiros sinais são bastante corriqueiros, é essencial que um médico avalie a criança para o diagnóstico correto, no intuito de evitar o agravamento do quadro e o desenvolvimento de outras doenças respiratórias mais graves, como pneumonia e asma, a última podendo até mesmo ser levada para a vida adulta”, destaca Dr. Werther.

De acordo com o pediatra, quando o vírus age de forma mais agressiva contra as defesas da criança, o pulmão pode perder um pouco de sua capacidade, levando a repercussões mais sérias que, em alguns casos, demandam até mesmo internação na UTI. Por essa razão, anualmente, o Hospital Santa Catarina aumenta o número de leitos pediátricos na época do ano em que há um aumento dos casos de bronquiolite e outras doenças respiratórias em bebês e crianças.

E para auxiliar com dúvidas, atendimentos de última hora ou até mesmo a triagem inicial, a Qsaúde disponibiliza o botão Qcuidado, com telemedicina disponível 24 horas por dia, que facilita no direcionamento ao cuidado adequado e na avaliação do risco em questão. “Muitas vezes, diagnosticamos os casos ainda na teleconsulta e, assim, já indicamos o tratamento correto. Essa primeira avaliação e conduta já são importantes para analisar a gravidade, fazer o direcionamento adequado do paciente em nosso ecossistema e propor o tratamento inicial. A abordagem diminui a chance de transmissão do vírus para os demais pacientes pediátricos, uma vez que é altamente contagioso”, afirma Ricardo Casalino, diretor médico da Qsaúde.

Casalino acrescenta ainda que, mesmo após a infecção, não se adquire imunidade. Dessa forma, a criança que pegou o vírus uma vez pode estar exposta a reinfecção. Por esse motivo, o ideal é sempre prevenir.

De olho na prevenção

Uma vez que ainda não há uma vacina contra a bronquiolite, os cuidados para preveni-la são os mesmos para todos os quadros de causa viral, inclusive a Covid-19, ou seja: é essencial evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados, higienizar as mãos frequentemente e fazer o uso correto da máscara, além de não expor a criança ao cigarro, já que a inalação de fumaça é um agravante.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Pacientes com hipertensão e diabetes da Unimed Jundiaí receberão acompanhamento por inteligência artificial


 26/04/2022


Beneficiários da Unimed Jundiaí (SP) contam a partir de agora com o Robô Laura, ferramenta de inteligência artificial especializada no acompanhamento de pacientes com doenças crônicas. Realizado por WhatsApp, o acompanhamento permite uma melhor leitura da evolução do paciente pela equipe médica multidisciplinar, de forma a oferecer mais subsídios para a tomada de decisão.

Inicialmente, a novidade engloba pacientes com hipertensão arterial e diabetes. Os contatos são mensais, orientam sobre a busca do equilíbrio da saúde e qualidade de vida e verificam as condições gerais de saúde dos atendidos. Em caso de necessidade de intervenção, é realizado um teleatendimento ou consulta presencial com a equipe de enfermagem.

Para Cristian Rocha, CEO e co-fundador da Laura, o robô também permite um cuidado personalizado e preocupado em agregar à saúde dos beneficiários. “Esta é uma forma de prestar um cuidado mais individualizado, moderno e assertivo, evidenciando a preocupação em trazer cada vez mais soluções que contribuam para a melhor qualidade de vida do paciente”, afirma.

A Unimed Jundiaí já contava com o NAS – Núcleo de Atenção à Saúde, criado para oferecer aos beneficiários um serviço dedicado ao cuidado de pacientes crônicos, por meio de programas de promoção à saúde e prevenção de doenças. Esse monitoramento agora foi modernizado com a implantação da tecnologia da Laura, que auxilia a equipe multidisciplinar do NAS a acompanhar a condição dos pacientes, além de complementar a assistência já prestada em consultório pelo médico.

Laura

Eleita em 2021 como TOP 10 Open Startups, ranking que reconhece as startups mais atraentes para o mercado corporativo no país, a startup Laura oferece soluções de inteligência artificial com o objetivo de democratizar a saúde por meio da tecnologia e gerar impacto social positivo em escala, acompanhando toda jornada do paciente. Por meio de inteligência artificial e tecnologia cognitiva, a ferramenta permite a priorização de atendimento em instituições de saúde, assim como o gerenciamento de dados da rotina hospitalar, emitindo alertas para a equipe assistencial. Ativa desde 2016, a tecnologia da Laura já analisou mais de 11 milhões de atendimentos, reduziu em 25% a taxa de mortalidade hospitalar e ajudou a salvar cerca de 24 mil vidas.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Hospitalar 2022: CISS aborda megatendências internacionais e desafios do mundo no pós-pandemia


 25/04/2022


Passados dois anos de pandemia, o Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS) vai promover nos dias 18 e 19 de maio o primeiro evento presencial para analisar a experiência da crise sanitária no setor de saúde dentro da programação da 27ª Hospitalar, o mais importante evento de saúde e principal plataforma de geração de negócios e networking do setor na América Latina. Sob o tema “Saúde e o mundo pós-pandemia”, o CISS 2022 vai reunir 23 especialistas do Brasil e outros quatro países – Argentina, Estados Unidos, Espanha e França -, para debater o impacto da crise sobre a assistência hospitalar e os rumos da saúde suplementar, da acreditação e da segurança do paciente. Também vai lançar um olhar sobre as consequências da aceleração tecnológica sobre a área assistencial.

“Será um encontro de retomada de atividades, totalmente presencial, com convidados vindos de várias regiões, num cenário de dúvida, porque a Organização Mundial de Saúde ainda não decretou o fim da pandemia”, avalia o médico Fábio Gastal, coordenador científico do CISS, superintendente de Novos Negócios Seguros Unimed, diretor Acadêmico da Faculdade Unimed e presidente do Conselho de Administração Organização Nacional de Acreditação (ONA). Na sua opinião, será um momento importante do ponto de vista emocional, porque reunirá todos os players da saúde como presidentes de entidades, representantes de órgãos governamentais, dirigentes de hospitais, laboratórios, indústrias, de operadoras e seguradoras de planos de saúde e instituições de pesquisa.

“A crise sanitária destacou a liderança, o sacrifício e o compromisso do setor saúde para enfrentar em tempo recorde um duplo desafio de enormes proporções, o colapso da assistência na hospitais e a adaptação dos modelos tradicionais de atenção”, declarou Carlos Zarco, diretor médico do Hospital Universitário Moncloa, do Grupo HLA, na Espanha. Ele é um dos convidados internacionais do CISS ao lado de Ezequiel García Elorrio (presidente eleito da ISQua), Christopher Coburn (diretor de inovação do Mass General Brigham, nos Estados Unidos), Jean-Patrick Lajonchère (diretor geral do Grupo Hospitalar Paris Saint-Joseph e embaixador do French Healthcare do Ministério de Relações Exteriores da França) e David Fernandes Rodriguez (Co-CEO da Transmural Biotech, na Espanha).

O coordenador científico do CISS 2022 ressalta que, por outro lado, o evento será um momento emocionalmente muito importante, porque reunirá todos os players da saúde nas discussões setoriais. Entre esses estão lideranças do setor, presidentes de entidades, representantes de órgãos governamentais, dirigentes de hospitais, laboratórios, indústrias e de operadoras e seguradoras de planos de saúde e instituições de pesquisa. O encontro é uma realização da Hospitalar em parceria com a International Society for Quality in Health Care (ISQua) e a ONA. Para ver a programação completa do CISS, clique aqui. Os ingressos para o congresso podem ser adquiridos pelo portal da Hospitalar.

Assistência hospitalar

O CISS dedica o primeiro dia de sua programação, em 18 de maio, ao futuro da assistência hospitalar, da saúde suplementar, das operadoras de saúde, da acreditação, da qualidade em saúde e da segurança do paciente. O encontro será aberto às 9h30 com a palestra do executivo norte-americano Christopher Coburn, diretor de Inovação da Mass General Brigham, maior empresa de pesquisa acadêmica dos Estados Unidos.

Às 10h15, começará o painel sobre o futuro da assistência hospitalar no Brasil e no mundo. O presidente da Central Nacional Unimed, Luís Paulo Tostes Coimbra, falará sobre “Os hospitais e serviços de saúde em grandes sistemas assistenciais nacionais”. Em seguida, o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Adelvânio Francisco Morato, discorrerá sobre “Os hospitais e serviços privados independentes, a saúde suplementar e o SUS”. Por fim, a diretora de corporativa de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital e Rede Santa Catarina, Camila Sardenberg, abordará “As redes hospitalares privadas, a saúde suplementar e o SUS”. A moderação ficará a cargo da gerente operacional da ONA, Gilvane Lolato.

Às 13h15, o segundo painel abordará o futuro da saúde suplementar e das operadoras de saúde no Brasil, por meio de três perspectivas: a das seguradoras, das empresas de medicina de grupo e do Sistema Unimed. As palestras serão dadas respectivamente por Vera Valente (diretora executiva da Fenasaúde), Renato Casarotti (presidente da Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde) e Omar Abujamra Junior (presidente da Unimed do Brasil). A diretora da Health Search Brasil Americas (HSB/A), Audrey Rippel fará a moderação.

O futuro da acreditação, da qualidade em saúde e da segurança do paciente será tema às 14h45 do terceiro painel. O superintendente técnico da ONA, Péricles Góes da Cruz falará sobre “Os novos modelos de avaliação externa da Qualidade e da Acreditação”. A gerente de Qualidade da rede Américas Serviços Médico, Elenara Ribas, discorrerá sobre “A visão dos hospitais e das redes assistenciais e a acreditação”. O presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) e coordenador executivo Proqualis Fiocruz, Victor Grabois, fará a palestra “A visão das entidades e sociedade para promover a segurança do paciente e a acreditação”. O superintendente administrativo e financeiro da ONA André Ruggiero será o moderador.

Às 16h15, a programação terminará com a palestra “Impactos e perspectivas para saúde na França no pós-pandemia: aprendizado e novas prioridades”, com diretor geral do Grupo Hospitalar Paris Saint-Joseph, Jean-Patrick Lajonchère, embaixador do French Healthcare do Ministério de Relações Exteriores da França.

Saúde e tecnologia

No dia 19, o CISS 2022 vai trazer as experiências internacionais para discutir vários aspectos da tecnologia – desde o processo de desenvolvimento, passando pelo movimento das startups e as inovações na saúde até chegar à incorporação dos novos recursos no setor. A palestra de abertura “Desafios para a qualidade do cuidado e para a segurança do paciente na era pós pandêmica” será dada pelo presidente eleito da ISQua, Ezequiel García Elorrio, que também é diretor Administração e Finanças do Departamento de Qualidade, Atenção Médica e Segurança do Paciente do Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria (IECS), em Buenos Aires, na Argentina. Todos os painéis e palestras terão moderação do coordenador científico do congresso, Fábio Gastal.

“A aceleração da inovação em saúde: experiências de sucesso” será tema do primeiro painel que será aberto às 10h30 com a palestra “Aceleração e fundos financeiros para saúde”, dada pelo Cristiano Englert, Investidor anjo e head do programa vertical na saúde HealthPlus Centro de inovação Tecnopuc. Em seguida, o assunto será a inovação. O CEO da UNIODigital, Armando Bucchina, falará sobre a “Inovação em TICs”. A diretora executiva do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Tatiana Ribeiro, abordará a “Inovação e transformação como estratégia nacional”. O sócio líder do setor de Life Sciences & Health Care da Deloitte Brasil, Luís Fernando Joaquim, vai enfocar a “Inovação e transformação em saúde: o futuro”.

Às 13h30, os “Sistemas inovadores de gestão de redes hospitalares e sua importância no enfrentamento de pandemias” serão tema da palestra do médico espanhol Carlos Zarco, diretor-geral da Fundación Espriu, presidente da Organização Cooperativa Internacional de Saúde e diretor médico do Hospital Universitário Moncloa, na Espanha. Às 14h30, o gerente geral da Transmural Biotech, na Espanha, David Fernandes Rodriguez, falará sobre “Inteligência Artificial no apoio aos processos de diagnósticos de precisão”.

A programação será encerrada com a palestra “A mortalidade por Covid-19 no Brasil e os impactos do negacionismo”, a ser proferida a partir das 15h30 pelo médico Carlos Starling, coordenador dos Serviços de Controle de Infecções Hospitalares dos Hospitais Vera Cruz, Baleia, Life Center e membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais.