26/04/2022
A chegada do outono exige
cuidados adicionais dos pais com as crianças menores de 2 anos e, em especial,
bebês prematuros, devido ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), doença sazonal
responsável pela bronquiolite. Segundo dado do Hospital Santa Catarina –
Paulista, em março comparado a fevereiro, houve aumento de 61% nos atendimentos
pediátricos com síndrome respiratória.
A principal forma de contaminação da bronquiolite acontece por
meio de secreções respiratórias e por contato, ou seja, crianças que passam o
dia em locais fechados com outras pessoas, como creches e escolas, estão mais
propensas à infecção. “Por ser uma doença que está comumente associada à maior
frequência de internações por síndromes respiratórias, sempre destacamos a
importância em se atentar aos cuidados e aos primeiros sintomas, no intuito de
iniciar o tratamento precocemente”, explica Dr. Werther Brunow de Carvalho,
pediatra do Hospital Santa Catarina – Paulista.
Os sintomas iniciais são parecidos com os do resfriado comum,
como tosse, obstrução nasal, coriza e às vezes chiado no peito, durando, em
média, entre 3 e 15 dias. Porém, um indicativo de gravidade é a dificuldade
para respirar e a falta de ar. “Como os primeiros sinais são bastante
corriqueiros, é essencial que um médico avalie a criança para o diagnóstico
correto, no intuito de evitar o agravamento do quadro e o desenvolvimento de
outras doenças respiratórias mais graves, como pneumonia e asma, a última
podendo até mesmo ser levada para a vida adulta”, destaca Dr. Werther.
De acordo com o pediatra, quando o vírus age de forma mais
agressiva contra as defesas da criança, o pulmão pode perder um pouco de sua
capacidade, levando a repercussões mais sérias que, em alguns casos, demandam
até mesmo internação na UTI. Por essa razão, anualmente, o Hospital Santa
Catarina aumenta o número de leitos pediátricos na época do ano em que há um
aumento dos casos de bronquiolite e outras doenças respiratórias em bebês e
crianças.
E para auxiliar com dúvidas, atendimentos de última hora ou até
mesmo a triagem inicial, a Qsaúde disponibiliza o botão Qcuidado, com
telemedicina disponível 24 horas por dia, que facilita no direcionamento ao
cuidado adequado e na avaliação do risco em questão. “Muitas vezes,
diagnosticamos os casos ainda na teleconsulta e, assim, já indicamos o
tratamento correto. Essa primeira avaliação e conduta já são importantes para
analisar a gravidade, fazer o direcionamento adequado do paciente em nosso
ecossistema e propor o tratamento inicial. A abordagem diminui a chance de
transmissão do vírus para os demais pacientes pediátricos, uma vez que é
altamente contagioso”, afirma Ricardo Casalino, diretor médico da Qsaúde.
Casalino acrescenta ainda que, mesmo após a infecção, não se
adquire imunidade. Dessa forma, a criança que pegou o vírus uma vez pode estar
exposta a reinfecção. Por esse motivo, o ideal é sempre prevenir.
De olho na prevenção
Uma vez que ainda não há uma vacina contra a bronquiolite, os
cuidados para preveni-la são os mesmos para todos os quadros de causa viral,
inclusive a Covid-19, ou seja: é essencial evitar aglomerações e manter os
ambientes ventilados, higienizar as mãos frequentemente e fazer o uso correto
da máscara, além de não expor a criança ao cigarro, já que a inalação de fumaça
é um agravante.
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