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terça-feira, 2 de agosto de 2022

Sabará Hospital Infantil realiza primeira simulação de cirurgia do mundo no Metaverso


 01/08/2022


O Sabará Hospital Infantil  acaba de realizar a primeira simulação de cirurgia no Metaverso no mundo. A neurocirurgiã pediátrica do Sabará Hospital Infantil e líder do projeto,  Dra. Giselle Coelho, conduziu uma neurocirurgia de biópsia de um tumor cerebral por endoscopia com a mentoria do avatar criado para essa simulação: a Dra. Geex é uma réplica hiperrealista da Dra. Giselle – e possui as informações dos movimentos finos referentes à técnica cirúrgica.

O Metaverso não é só uma novidade tecnológica, mas uma grande potencial na maneira como nos relacionamos e utilizamos a internet. Mais do que a reprodução de uma realidade virtual, o Metaverso é a junção do mundo físico e digital. Na área da saúde, espera-se um avanço da Telemedicina, o apoio especializado a distancia, acompanhamento de tratamentos em tempo real, a evolução do prontuário eletrônico e o aprimoramento das cirurgias robóticas, benefícios proporcionados pela chegada do 5G.

Essa tecnologia inovadora no ambiente hospitalar permitirá a participação virtual de médicos especialistas em cirurgias remotas,  potencializando a excelência de qualidade da saúde em todas as regiões do Brasil e do mundo. Será um modelo de educação sem fronteiras geográficas ou econômicas, tornando mais acessível a saúde de qualidade.

“É uma honra trazer essa tecnologia apresentada pela primeira vez no mundo simulando sua utilização para os pacientes pediátricos do Sabará. Esse projeto ajudará no compartilhamento de conhecimento clínico em cirurgias pediátricas complexas como as neurológicas. Com isso, futuramente, será possível oferecer toda a expertise dos especialistas do Sabará para regiões remotas, que não teriam o acesso a grandes centros para determinadas cirurgias, expandindo o conhecimento e ampliando as opções de tratamento especializado para os pacientes”, explica a Dra. Giselle Coelho.

A simulação inédita foi realizada no Centro Cirúrgico do Sabará com um boneco em formato de bebê hiperrealista, impresso em 3D, baseado nos exames reais de um paciente e com suas mesmas características físicas, que contou com a tecnologia HoloLens – um dispositivo de realidade virtual que trabalha com hologramas inteiramente voltados para interação no ambiente real através do uso de gestos e vozes.

“O Sabará Hospital Infantil é uma referência em alta complexidade no Brasil e com a implantação dessa inovação tecnológica, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento e capacitação médica e profissional, assim como uma melhor experiência de cuidados para nossos pequenos pacientes”, afirma o Dr. Rogério Carballo, Gerente de Novos Negócios e Telemedicina do Sabará Hospital Infantil.

 

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Hospital São Francisco inaugura serviço multidisciplinar de cirurgia bariátrica e metabólica


 29/07/2022


Cerca de 96 milhões de brasileiros estão acima do peso, de acordo com a mais recente Pesquisa Nacional de Saúde divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até 2030, a estimativa é de que sete a cada 10 pessoas estejam acima do peso e uma a cada quatro estejam obesas, de acordo com o estudo ‘A Epidemia de Obesidade e as Doenças Crônicas Não Transmissíveis’, financiado pelo CNPq. A cirurgia bariátrica e metabólica tem sido uma importante forma de combater a obesidade, sobretudo nos casos em que os pacientes têm comorbidades ou são idosos. Estudo recente realizado nos Estados Unidos revelou que o risco de mortalidade por doenças cardíacas em pessoas obesas e com mais de 65 anos se reduziu em até 60% com a realização da cirurgia bariátrica.

Com o intuito de oferecer um atendimento cada vez mais completo aos seus pacientes, o Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF – RJ) está inaugurando o novo serviço voltado para pacientes que buscam cirurgia bariátrica e metabólica, cirurgia geral, proctologia e videolaparascopia, com atenção integral e multidisciplinar. “Convidamos o cirurgião Aurélio Bottino, médico experiente e altamente capacitado para coordenar esse novo serviço. Bottino é um dos pioneiros na realização da cirurgia bariátrica no Brasil e acompanhou todas as evoluções dessa técnica, que a partir de agora estará disponível para os pacientes do HSF também”, comemora Frei Isaac Prudêncio, diretor geral do Hospital.

O novo serviço, batizado de Instituto Dr. Bottino, é um projeto antigo do cirurgião. “Desde 1975 eu realizo procedimentos diversos no centro cirúrgico do HSF, mas só agora, finalmente, consegui reunir todas as condições ideais para concretizar esse projeto exatamente da forma como eu planejei”, conta o médico, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Um dos principais diferenciais do novo núcleo de cirurgia bariátrica é a agilidade no atendimento. “Vamos oferecer atendimento no mesmo dia, com uma abordagem multidisciplinar. Nosso objetivo é que o paciente receba todas as informações e orientações desde a primeira consulta e saia com as próximas consultas e exames marcados. Agilizar esse processo garante mais segurança e deixa o paciente mais confiante no serviço. Vamos oferecer facilidade para o paciente e esta é a grande vantagem de estar em um grande hospital com toda a estrutura de ponta: realizar consultas, exames e até a cirurgia no mesmo lugar”, afirma Bottino, que integra como membro titular a Câmara Técnica de Cirurgia Digestiva, Bariátrica e Metabólica e de Videolaparoscopia do Conselho Regional de Medicina (CRM-RJ). A equipe do novo serviço conta com cirurgiões, psicóloga, nutricionista, coloproctologista, endocrinologista e professor de educação física.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Estudo aponta baixo impacto da pandemia na saúde mental de idosos


 29/07/2022


A pandemia de Covid-19 colocou a temática da saúde mental em foco, especialmente em razão do isolamento social, das mortes de amigos e familiares e do medo de contrair uma doença, até então, desconhecida. Diante desse cenário, pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) buscaram compreender os impactos desse período na saúde mental de idosos. Os resultados foram publicados na revista científica Research, Society and Development.

O estudo contou com a participação de voluntários de 60 a 89 anos, tanto homens quanto mulheres, que frequentaram o ambulatório de Geriatria da PUCPR no câmpus de Londrina (PR) da Universidade e a Policlínica Municipal da cidade após o período de distanciamento social. Os idosos responderam ao questionário envolvendo autorrelato sobre o grau de receio da doença, medo de perder a vida em decorrência do vírus e nível de ansiedade ao ver notícias sobre a pandemia na mídia, entre outros pontos.

Conduziram a pesquisa os professores do curso de Medicina da PUCPR Londrina Lindsey Mitie Nakakogue e Carlos Eduardo Coral de Oliveira e as estudantes de graduação Maria Victoria Barbetta Itimura e Gabriela Nagem de Aragão.

O estudo mostra que a população estudada teve uma baixa incidência de sintomas depressivos e ansiosos, os pesquisadores acreditam que indivíduos mais velhos possuem uma melhor capacidade de regulação emocional. Outros dados obtidos durante o estudo revelaram uma baixa adesão ao acompanhamento psicológico e à tecnologia.

“Apesar da incidência de sintomas depressivos e ansiosos nos idosos ter sido baixa após o período de isolamento social, os dados obtidos durante o estudo revelaram uma baixa adesão ao acompanhamento psicológico e à tecnologia. Isso pode ser justificado conforme a renda de até um salário-mínimo dos 60% dos idosos”, afirma a médica geriatra Lindsey Mitie Nakakogue, professora da PUCPR Londrina.

O trabalho acadêmico joga luz sobre questões importantes relativas à saúde mental e as condições de vida na terceira idade. É possível acessar o estudo “Saúde mental de idosos durante o distanciamento social pela Covid-19” na íntegra no link: rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28356.

 

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Método canguru auxilia na recuperação de bebês prematuros em Barcarena


 28/07/2022


“Não pude ter o primeiro contato com minha bebê quando ela nasceu, então, fazer o método canguru foi muito emocionante. Poder carregar, sentir no colo pela primeira vez, mesmo com ela ainda na UTI e entubada, não tem explicação, é um momento único”, conta emocionada Emanuelly Cristinne Souza, de 24 anos, mãe da pequena Laura.

A bebê nasceu no Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB), interior paraense, no último dia 15 de julho, com apenas 29 semanas de gestação. Por se tratar de um prematuro, com muito baixo peso e desconforto respiratório, Laura precisou ser entubada e encaminhada diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo).

O Método Canguru é voltado para o cuidado humanizado aos recém-nascidos e integra a participação de toda a família no processo de tratamento. A prática consiste em manter o bebê prematuro e de baixo peso, no contato pele a pele na posição vertical, junto ao colo dos pais, por um tempo indeterminado e de livre escolha.

No Materno-Infantil de Barcarena, unidade do Governo do Estado do Pará que atua como referência para gestantes de alto risco na região do Baixo Tocantins, esse cuidado vai além da mãe, incluindo também pai e avós.

“Enquanto prática humanizada dentro das UTIs, o método estabelece uma estratégia biopsicossocial ao recém-nascidos e seus familiares, promovendo a participação dos pais no cuidado do bebê, além do contato pele a pele de forma precoce, mesmo naqueles em uso de ventilação mecânica, como no caso da pequena Laura”, explica Nataliel Miranda, coordenador da UTI Neonatal do HMIB.

Segundo o profissional, há inúmeras vantagens na implementação dessa prática, como redução do tempo de separação mãe/pai e filho, facilidade no estabelecimento do vínculo afetivo, estímulo ao aleitamento materno, auxílio no controle térmico do recém-nascido, redução do risco de infecção hospitalar, do estresse e da dor. “Favorece ainda a estimulação sensorial protetora do bebê em relação ao seu desenvolvimento integral e melhora a qualidade neuropsicomotora”, complementa Nataliel.

Alguns desses efeitos podem ser percebidos de forma imediata, como lembra Emanuelly. “Quando ela estava comigo, senti diferença no meu corpo, principalmente em relação ao estímulo do leite, que vazou bastante. Além disso, apensar ser uma bebê agitada, ela teve um momento de calmaria enquanto sentia o meu calor”.

Etapas do Método Canguru

A prática ocorre em três etapas e de forma gradativa. A primeira começa ainda no pré-natal na gestação de alto risco, e após a internação com o recém-nascido prematuro na UTI Neo. Os pais são acolhidos e informados sobre o quadro clínico do bebê, as rotinas do setor e da equipe. Durante a internação, os pais têm livre acesso à unidade e são encorajados a tocar no bebê para, em seguida, colocá-lo na posição canguru.

Na segunda etapa, o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe ou pai, que participa ativamente dos cuidados. Com o ganho do peso e a familiarização do contato no colo, os pais ficam mais seguros, estimulando a permanecer com o bebê na posição canguru o maior tempo possível.

Já na terceira etapa, o bebê vai para casa, já com a saúde estável. Com a orientação da equipe, os pais são estimulados a realizar a manutenção do método até o bebê alcançar o peso adequado.

“É uma técnica humanizada que traz benefícios clínicos muito significativos. Pode ser realizado de forma segura em bebês entubados e já existem estudos e revisões que apontam de forma positiva essa aplicação. Por isso, aqui no Materno-Infantil, a prática do método canguru é tão fortalecida”, ressalta Lorena Portal, diretora Assistencial do HMIB.

O Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan é gerenciado pela entidade filantrópica Pró-Saúde e presta atendimento 100% gratuito por meio do Sistema único de Saúde (SUS). Em agosto de 2021, se tornou o primeiro hospital da região do Baixo Tocantins a receber o selo Amigo da Criança, concedido pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e OMS (Organização Mundial da Saúde), aos hospitais que realizam o cumprimento dos dez passos para o sucesso do aleitamento materno.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Sociedade de Cirurgia Bariátrica propõe ao Ministro da Saúde organização de filas estaduais para o SUS e revisão de portarias


 26/07/2022


A diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) solicitou, nesta quarta-feira (26), em audiência com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a revisão das portarias número 424 e 425 de 19 de março de 2013 e que estabelecem as diretrizes do tratamento da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS), bem como o regulamento de normas e critérios para a Assistência de Alta Complexidade ao Indivíduo com Obesidade.

“Desde 2013 o cenário da obesidade no Brasil mudou muito, especialmente depois da pandemia, quando tivemos a paralização dos procedimentos e, em contrapartida, o aumento da obesidade e das doenças associadas a ela no país”, afirmou o presidente da SBCBM, Fábio Viegas.

Segundo ele, por sugestão do próprio Ministro da Saúde, será montado um grupo de trabalho para a revisão de portarias que já estão complementando uma década e, que poderão trazer benefícios aos pacientes, incluindo a viabilização da cirurgia laparoscópica, por meio de programas de qualificação e incentivo para os hospitais.

Em 2021, 52% dos brasileiros entrevistados pelo estudo Diet & Health Under Covid-19, declararam ter engordado. Segundo a pesquisa, que entrevistou 22 mil pessoas de 30 países, os brasileiros ganharam, em média, cerca de 6,5 quilos neste período.

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reiterou a importância da revisão das portarias, uma vez que após nove anos as diretrizes para prevenção e tratamento da doença vêm sendo atualizadas.

“Teremos um grupo de trabalho para formalizar esta revisão, juntamente com representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica”, declarou o Ministro.

Fila de acesso à bariátrica

“Em contrapartida as filas para o acesso a cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentaram e, em muitos estados do Brasil, o número de pessoas que aguardam pelo procedimento é desconhecido pelo sistema público”, afirmou Fábio Viegas.

A diretoria da SBCBM sugeriu a organização de filas estaduais para que seja possível promover o acesso, priorizando principalmente os pacientes mais graves. “A obesidade e doenças associadas a ela aumentaram e, aliado a isso, houve uma redução no número de cirurgias bariátricas em 2020. Este cenário ocasionou em um tempo de espera ainda maior para os pacientes que buscam o SUS para o tratamento cirúrgico da obesidade”, afirma Viegas.

O Brasil conta atualmente com 7.700 hospitais, em 5.568 municípios brasileiros. Destes, apenas 98 serviços realizam a cirurgia bariátrica e metabólica, sendo que quatro estados brasileiros não oferecem o procedimento. Atualmente Amazonas, Rondônia, Roraima e Amapá não possuem serviços habilitados no SUS para bariátrica.

A Sociedade ofereceu suporte no que se refere a certificação e acreditação de cirurgiões e hospitais no Brasil, para avaliação dos serviços de cirurgia existentes e para ampliar a oferta de atendimento e capacitar serviços que ainda não estão habilitados em cirurgia bariátrica pelo SUS.

“Estamos dispostos a contribuir com este processo, já que existe desinformação quanto a habilitação e credenciamento dos estabelecimentos no SUS. A ideia é desenvolver um plano estratégico para a demanda de procedimentos eletivos postergados durante a pandemia, diminuindo o tempo de espera para realização do procedimento cirúrgico”, destacou Viegas.

Dados de Bariátrica no Brasil

Entre os anos de 2019 e 2021 foram realizadas 19.203 cirurgias bariátricas pelo SUS no país, sendo 12.568 procedimentos em 2019; 3.129 procedimentos em 2020 e 1935 procedimentos em 2021. A queda foi de 77 % se comparado o ano de 2019 com o ano de 2021 e de 23% se comparado o ano de 2020 com o ano de 2021.

Já as cirurgias por planos de saúde, segundo os últimos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), saíram de 52.699, em 2019 para 46.419 em 2020. Já em 2021 foram realizados 56.991 procedimentos pela ANS. A queda de 2019 para 2020 foi de 11,9%.



Indicação

Entre os critérios previstos nas portarias 424 e 425 do Ministério da Saúde para realização da cirurgia bariátrica pelo SUS estão o encaminhamento de pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) de 50 Kg/m2 e pacientes com IMC ³40 Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos. Além disso, as portarias também permitem a indicação para cirurgia bariátrica de pacientes com IMC > 35 kg/m2 e comorbidades com alto risco cardiovascular, diabetes e/ou hipertensão arterial de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas ou outras que não tenham tido sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos.

Obesidade e Diabetes no Brasil

No Brasil, a obesidade aumentou 72% entre 2006 e 2019, saindo de 11,8% para 20,3%, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O excesso de peso (IMC igual ou maior que 25) está presente em 55,4% dos brasileiros.

Com relação à diabetes, o Brasil é o sexto país em incidência da doença no mundo e o primeiro na América Latina. São 15,7 milhões de pessoas adultas com esta condição, e a estimativa é que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões de adultos brasileiros. Cerca de 90% dos casos de diabetes no mundo são do Tipo 2, que está relacionado com o excesso de peso e resistência à insulina, segundo a Federação Internacional de Diabetes.

Cirurgia metabólica

Como acontece com qualquer tratamento médico, alguns pacientes podem não responder como esperado. Nesses casos, a cirurgia metabólica pode ser necessária para prevenir a progressão da doença e as consequências do diabetes. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou o tratamento cirúrgico do diabetes tipo 2 em 2017, com critérios de indicação para falha de tratamento e obesidade leve com índice de massa corporal (IMC) entre 30 kg/m 2 e 34,9 kg/m².

Audiência

Participaram da audiência o vice-presidente da SBCBM, Antônio Carlos Valezi; o vice-presidente-executivo da SBCBM, Luiz Vicente Berti, o diretor médico da SBCBM, Luiz Fernando Córdova; o ex-presidente do Capítulo da Paraíba e conselheiro dos Capítulos da SBCBM, Augusto Almeida Júnior; o cirurgião e ex-presidente do Capítulo de Pernambuco da SBCBM, Flávio Kreimer e a diretora de relações institucionais da SBCBM, Galzuinda Maria Figueiredo Reis.

terça-feira, 26 de julho de 2022

McDia Feliz acontece dia 27 de agosto e ação destinará recursos ao Hospital de Base e Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto


 26/07/2022


O Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP) vai estruturar uma quimioteca, um ambiente de tratamento humanizado para as crianças com câncer, onde elas vão poder brincar e interagir umas com as outras ao mesmo tempo em que recebem tratamento. Esse plano poderá ser concretizado com a verba do McDia Feliz, uma das principais campanhas do País em arrecadação de fundos para causas infantojuvenis, que tem sua próxima edição confirmada para 27 de agosto. Na data, toda a renda gerada com as vendas de sanduíches Big Mac nos restaurantes McDonald’s de todo Brasil será revertida para o Instituto Ronald McDonald, que promove a saúde e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com câncer e suas famílias e para o Instituto Ayrton Senna, que contribui para ampliar oportunidades para os jovens por meio da educação.

Dentre as instituições que serão beneficiadas pela ação, está o Hospital de Base (HB) e Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto, que integram o complexo Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme). No ano passado, o HB/HCM recebeu R$ 168.012,23 da ação, valor que foi importante para manutenção dos atendimentos do SUS e foi empregado na compra de um aparelho de ultrassonografia portátil, muito importante no diagnóstico e tratamento do câncer de nossas crianças.

Mesmo com todas as adversidades vividas em 2021, o pior ano da pandemia de Covid-19, a última edição do McDia Feliz arrecadou, em outubro de 2021, um total de R$ 22,5 milhões em todo o Brasil, que foram investidos em projetos de saúde e educação em todo o País. Em 2021, foram beneficiados 66 projetos de 56 organizações que atuam na oncologia pediátrica no Brasil, selecionados pelo Instituto Ronald McDonald.

Dr. Jorge Fares, diretor-executivo da Funfarme, reitera o quanto esse tipo de parceria é essencial para os trabalhos do SUS da instituição. “O sistema público é subfinanciado e toda iniciativa que envolva as empresas e a população nos ajuda muito a atender os pacientes com a qualidade que eles merecem”, pontua.

Dra. Amália Tieco, diretora-administrativa do Hospital de Base, destaca a importância de participar de uma campanha deste porte. “É uma honra para nós fazer parte pelo terceiro ano consecutivo do McDia Feliz, uma das maiores campanhas em prol de crianças e adolescentes do país, uma iniciativa que ao mesmo tempo mobiliza e conscientiza os mais diferentes setores da sociedade sobre o câncer infanto-juvenil”, afirma Dra. Amália.

Dr. Antônio Soares, diretor-administrativo do HCM, pontua que por meio da verba arrecadada no McDia Feliz será possível estruturar uma quimioteca, um espaço lúdico e humanizado onde as crianças passarão por tratamento. “Nós disponibilizaremos um ambiente especial, acolhedor e humanizado. É isso que nós desejamos e ficamos muito agradecidos com mais essa ação que será concluída com êxito através do McDia Feliz.”

Dra. Francine Megid, oncologista pediátrica do HCM, explica que a quimioteca terá uma estrutura lúdica, que possibilitará o brincar mesmo em uma situação tão hostil quanto a quimioterapia. “Vai ajudar muito nossos pequenos estruturar esse ambiente com uma decoração adequada, em um local em que as crianças possam se locomover para realizar outras interações enquanto recebem a quimioterapia, ter poltronas próprias para as atividades com terapeuta ocupacional, e locais adequados para que esse material seja guardado de forma acessível. Assim podemos ter uma ressignificação do ambiente hospitalar e ainda estimular o desenvolvimento infantil”, esclarece a especialista.

O franqueado da rede das cidades de São José do Rio Preto, Catanduva, Fernandópolis e Votuporanga, Rubens Fragoso, destaca a importância da campanha para o Hospital de Base (HB) e Hospital da Criança e Maternidade (HCM), entidades beneficiadas por meio da parceria com o Instituto Ronald McDonald, referência no tratamento oncológico em todo o país. “O McDia Feliz é parte do compromisso da marca com a sociedade. Utilizamos nossa escala para conscientizar e promover a saúde, a qualidade de vida, além de contribuir com a educação de crianças e adolescentes em todo o país através do Instituto Ayrton Senna, a partir de uma rede de solidariedade formada por todos os nossos colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes, que se unem para gerar mudanças e impactar de forma duradoura a vida de milhares de crianças e jovens e suas famílias que precisam de apoio”, ressalta Fragoso.

Os tíquetes já estão disponíveis. O valor individual é de R$ 18,00 e pode ser adquirido diretamente na Captação de Recursos do Hospital de Base. O horário de atendimento é de segunda a quinta-feira das 7h30 às 17h30 e na sexta-feira das 7h30 às 16h30. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (17) 99622-6614.

A campanha faz parte da estratégia de atuação ESG da Arcos Dorados, Receita do Futuro.

Informações: www.mcdonalds.com.br/mcdia-feliz

 

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Artigo – Saúde não tem preço. Mas tem custo


 22/07/2022


A água de boa qualidade é como a saúde. Só percebemos o valor dela quando acaba. Problemas com financiamentos, superlotação e déficit recorrente são fatores que colocam em risco a qualidade e a história do Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma ideia, enquanto 75% dos brasileiros são atendidos pelo sistema público, segundo a Agência Nacional de Saúde, 54% de tudo que é pago em medicamentos, atendimentos, exames e procedimentos saem dos bolsos de empresas ou famílias que mantêm os hospitais. Se a saúde lhe parece cara, não queira saber o preço da sua ausência. Para evitar isso, precisamos que público e privado trabalhem juntos.

Mas um barco não vai para frente se cada um remar à sua própria maneira. Mesmo que privado e público estejam interligados, falta o primeiro estar mais atento às reais necessidades do outro. Enquanto hospitais particulares estão mais focados no atendimento especializado a pacientes que estão internados para cirurgias eletivas e exames mais complexos, os hospitais públicos se destacam na atenção primária. E é nesse ponto que ambos podem unir forças: por meio do cuidado com as pessoas, em vez de apenas tratar doenças ou condições específicas.

O caminho para alcançar o equilíbrio não é fácil, mas ninguém abre cadeados sem chaves. Então, muito provavelmente, a resposta esteja na filantropia. Uma ferramenta eficaz e indispensável, que hoje representa 70% da assistência de alta complexidade pelo SUS e tem mais de 3 milhões de pessoas dependentes dela para ter acesso a atendimento, cirurgia e internação. Os dados da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) mostram que o desafio imposto às instituições é grande. Principalmente quando o assunto é a atuação dos hospitais na linha de frente da pandemia da Covid-19, período que impossibilitou a realização de algumas das principais ações beneficentes de rotina dos hospitais, e trouxe novos entraves para levantar recursos para a manutenção e para a melhoria dos serviços.

Mas, assim como o rio, precisamos aprender a contornar os obstáculos. Qualquer que seja a direção escolhida, a colaboração de todos os agentes de ambos os sistemas, desde os usuários, profissionais de saúde e laboratórios farmacêuticos, até os próprios gestores de hospitais, operadoras e membros dos serviços, é de extrema importância. Afinal, cuidar da vida é um objetivo comum, que demanda cooperação, interesse e envolvimento coletivo. O que poucos entendem é que não precisamos escolher qual dos dois (privado ou público) é melhor. Mas, sim, perceber que há pontos de intersecção e de aprendizado em cada um.

O primeiro passo para garantir atenção digna está na qualidade e segurança assistencial. Por isso, a acreditação hospitalar é tão necessária. Já, se a sustentabilidade financeira não for conquistada, será inviável manter o SUS nos próximos anos e, também, dar sequência ao atendimento por meio de planos de saúde. No meio disso tudo não podemos esquecer de olhar para a essência de cada paciente, seja qual for a condição financeira ou classe social.

O que aconteceu com os hospitais durante a pandemia de Covid-19, com falta de insumos, infraestrutura e até mesmo de profissionais capacitados, foi uma demonstração do perigo que é ter um sistema sobrecarregado. Isso traz aos gestores de hospitais a grande missão de tornar esse acesso à saúde perene e sustentável para que a população brasileira usufrua de forma plena o direito à saúde. Se evoluirmos para um modelo centrado no paciente, nas suas necessidades, valorizando os desfechos que realmente importam para ele, fica mais fácil conseguirmos alinhar as expectativas de todas as partes interessadas. Um trabalho árduo e que, se não for realizado, colocará em xeque os sistemas de saúde.

Precisamos aprender com os passos que foram dados para trás e usar isso como estímulo para pensar em quantos passos serão dados para frente. Se olharmos com atenção, veremos que podemos tirar proveito do melhor que os dois mundos oferecem. Creio que, com pequenas atitudes, podemos construir juntos um sistema de assistência à saúde melhor.

Além de aproximar os setores público e privado e suas estruturas, é preciso concentrar esforços para melhorar as atuais políticas públicas e prestar muita atenção às necessidades do paciente. Nessa relação, a lei do retorno é praticamente imediata. A forma como lidamos com o problema agora será o resultado que vamos colher no futuro. Portanto, precisamos de mudanças urgentes na forma como os setores público e privado se relacionam, na maneira de remuneração das instituições hospitalares e, também, na sensibilização de todos em relação à importância dos hospitais filantrópicos. Afinal de contas, saúde não tem preço. Mas tem custo.

Juliano Gasparetto é diretor-geral do Hospital Universitário Cajuru e Hospital Marcelino Champagnat