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sábado, 8 de janeiro de 2022

Ministério da Saúde reduz valor pago por procedimentos cardiovasculares no SUS em até 83%


 23/12/2021


O Ministério da Saúde publicou, no Diário Oficial de 21 de dezembro, a Portaria GM/MS Nº 3.693 que altera a Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde (SUS) e reduz em até 83% o valor de produtos cardiovasculares vitais, como marcapassos, stents e desfibriladores. A Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde alerta para o risco de desabastecimento destes dispositivos médicos.

A redução do repasse por implante de ‘stent’ – utilizado para restauração do fluxo sanguíneo na artéria coronária de vítimas de infarto ou para prevenir o infarto – é de 83,23%; o procedimento para colocar um ‘cardioversor/desfibrilador com marcapasso muti-sítio’ em vítimas de arritmias graves teve o preço reduzido em 62,91%; e o valor pago aos hospitais para o implante de ‘marcapasso’ será 47,09% menor.

 Com a mudança, o governo vai tirar do SUS cerca de R$ 300 milhões e onerar gravemente as empresas fornecedoras de dispositivos médicos. “A indústria de produtos para a saúde não vai conseguir atender ao sistema público com esta redução injustificável. Os hospitais não terão condições de pagar nem o preço de custo dos itens”, analisa o diretor da ABIIS, Sérgio Rocha.

No Brasil, morrem por ano cerca de 400 mil pessoas vítimas de doenças cardiovasculares, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país.



sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Infecções Sexualmente Transmissíveis são destaque nos corredores do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia


 23/12/2021


Dezembro é conhecido como o mês vermelho. Além das comemorações de Natal, uma importante data é lembrada por meio de campanhas e ações na sociedade brasileira: o chamado ‘Dezembro Vermelho’, que promove a conscientização quanto à prevenção ao vírus HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). E, para contribuir com a disseminação de importantes informações sobre o tema, o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa) promoveu uma programação especial nos dias 21 e 22 de dezembro, nos corredores do hospital.

Com palestras ministradas pelos médicos Luiz Fernando Sari Sampaio e Guilherme Alves Souza; e pela coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do Heapa, Thelma Alves Costa; os colaboradores ampliaram seus conhecimentos quanto às IST’s, como são transmitidas, métodos de prevenção e tratamento, inclusive oferecidos pelo SUS. “Esta campanha foi criada em função do dia mundial da luta contra a Aids, lembrado no dia 1º de dezembro. Então, é muito válido difundir entre a família e amigos, uma vez que ainda existe tabu para se falar sobre algo que é muito íntimo”, detalhou Thelma.

Em forma de bate-papo e com imagens bem ilustrativas, os palestrantes ainda tiraram dúvidas dos participantes dos turnos diurno e noturno, que participaram em peso. Organizado pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), com parceria da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), o evento ainda contou com a distribuição de materiais informativos, além da realização de testes rápidos para detectar hepatite B e C; sífilis; e HIV/Aids. “A mensagem que fica aqui é: protejam-se. Vocês têm um arsenal de como prevenir e tratar cada tipo de patologia mostrada. Não sintam vergonha, sintam vontade de cuidar de vocês!”, concluiu Luiz Fernando.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Corte de verba do SUS prejudica fornecimento de equipamentos hospitalares


 23/12/2021


A ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde alerta que o corte de R$ 290 milhões do valor reembolsado aos hospitais por procedimentos e materiais pelo Governo Federal poderá prejudicar a população. A medida impactará fortemente a indústria de produtos de saúde instalada no país e importadores, gerando potencial inviabilidade no fornecimento de equipamentos médicos e de saúde, principalmente os usados para procedimentos cardiovasculares.

Na ponta da linha, a população sofrerá o maior impacto, principalmente a grande parcela que depende do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse contingente de brasileiros poderá ter dificultado o acesso aos produtos e, por consequência, à saúde de qualidade.

A Abimed critica o corte e o considera prejudicial à sociedade. A medida é ainda mais grave pois provoca mais insegurança neste momento em que o País ainda busca recuperar-se dos impactos da Covid-19.

A entidade se coloca à disposição do Ministério da Saúde para encontrar soluções que tragam equilíbrio a todos os elos desse processo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Mapeamento de processos é tema de treinamento para gestores assistenciais em hospital


 23/12/2021


Na manhã de quarta-feira (22), o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), de Jundiaí (SP), reuniu os gestores assistenciais da unidade para um treinamento voltado ao mapeamento de processos. Realizada no anfiteatro da instituição, a capacitação contou com a participação de 18 profissionais e foi ministrada pelo coordenador administrativo, Juvenal Candido da Silva Neto, que falou sobre o planejamento que permite estruturar o sistema da organização, além de integrar e engajar os setores no cumprimento de cada etapa necessária para padronização do serviço. A ação garante a qualidade de atendimento aos pacientes.

“O foco é capacitar essas lideranças para mapear e descrever todos os processos das unidades de internação, além de alinhar o olhar crítico de cada um. Neste mês, iniciamos a revisão dos processos assistenciais e incluímos novos fluxos baseado no perfil epidemiológico da instituição e de um cenário pós-Covid”, conta a gerente de enfermagem, Grace Campos.

As ações preparam a instituição para uma nova etapa, buscando sempre a excelência do cuidado. O objetivo é conquistar o selo da Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente. Para ser acreditada, a organização precisa comprovadamente atender aos padrões definidos pela ONA, reconhecidos internacionalmente.

O programa estimula ainda a educação continuada das organizações prestadoras de serviços de saúde, revisto periodicamente para estimular a melhoria contínua. “Este é nosso primeiro passo em direção a certificação. Estamos preparando o hospital para esse processo. A meta é iniciar o mês de janeiro com as auditorias de qualidade e planos de ação com foco na acreditação. Para nós, esse é um passo de extrema importância e que coloca o Hospital São Vicente em um novo patamar.”

 


terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Em comemoração aos 110 anos, Grupo São Cristóvão Saúde inaugura alas institucionais


 23/12/2021


O Grupo São Cristóvão Saúde inaugurou, no dia 21 de dezembro, diversas alas que englobam serviços administrativos e assistenciais, tudo em prol do melhor atendimento aos seus beneficiários. As inaugurações também fazem parte da comemoração dos 110 anos da Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão e dos 56 anos do Hospital e Maternidade São Cristóvão, ambos celebrados na data de 12 de dezembro.

Dentre as mudanças, estão: Estacionamento, fachadas do complexo hospitalar e Unidade I do Centro Ambulatorial Américo Ventura, leitos do 3º andar do Hospital e Maternidade, Centro de Parto Natural, 1º subsolo destinado à Maternidade, Central de Abastecimento Farmacêutico e área de observação do Pronto-Socorro Adulto.

Realizado no Instituto de Ensino e Pesquisa Maria Patrocínia Pereira Ventura – IEP Dona Cica, o evento foi direcionado aos parceiros do Grupo, Alta Direção, Líderes do São Cristóvão Saúde, Conselheiros da Associação e mídia externa. Na oportunidade, a cerimonialista, Karin Santos, conduziu a programação da noite, tendo como speakers: o Presidente/CEO, Engº Valdir Pereira Ventura; a Mastologista, Ginecologista, Obstetra, Gerente Médica da Maternidade, responsável pela Unidade IV do Centro Ambulatorial Américo Ventura – Saúde da Mulher, Dra. Alessandra Schuh; a Gerente de Farmácia, Miriã Ferreira; e a Gerente Geral do Pronto-Socorro, Dra. Danniela Pessolato.

“Investimos, cada vez mais, na qualidade da assistência e na humanização do atendimento voltados aos nossos beneficiários e público em geral. Por isso, a exitosa história do São Cristóvão Saúde, escrita por nossos antepassados há 110 anos com muito suor, dedicação e amor, é dignificada por meio do nosso igual esforço e consideração. Os sonhos acalentados em 1911 pela pequena e exclusivista Sociedade Internacional de Chauffers se transformaram na próspera e bem-sucedida Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão, o Grupo São Cristóvão Saúde. Herdamos garra, espírito de superação, capacidade de trabalhar em equipe, transparência na gestão e, sobretudo, respeito ao próximo, amor ao cuidado e compaixão pelos que mais precisam. Gostaria de agradecer a todos da Família São Cristóvão Saúde por encerrarmos o ano de 2021 com grandes conquistas e realizações”, declarou o Presidente/ CEO do Grupo, Engº Valdir Pereira Ventura.

Abaixo, seguem detalhes das áreas inauguradas:

Estacionamento

O estacionamento do complexo hospitalar foi ampliado, acrescentando 59 vagas, através da aquisição do terreno adjacente de 1.600 m², totalizando 152. A área foi totalmente revitalizada, com asfalto e pintura de novas vagas. O paisagismo foi projetado para melhor aproveitamento do espaço e o local também recebeu nova guarita, cancela para veículos, duas amplas vagas de carga e descarga externas sem acesso ao estacionamento e nova entrada para funcionários, com passarela coberta com vidro, permitindo ao colaborador maior conforto. Tudo isso em uma área de 4.484 m².

Revitalização das fachadas

Dando um ar de modernidade, a Instituição também revitalizou as fachadas do Hospital e Maternidade, Unidade I do Centro Ambulatorial Américo Ventura, Pronto-Socorro e Prédio do Núcleo Administrativo, com cores harmoniosas, transmitindo segurança e serenidade desses 110 anos de tradição em cuidado ao próximo, totalizando 14.000 m² de pintura.

Remodelação dos leitos do 3º andar

O São Cristóvão Saúde também reformou e modernizou cinco leitos no 3º andar do Hospital e Maternidade, sendo três apartamentos e uma enfermaria, com piso de manta vinílica, luminárias de led e sancas com iluminação indireta, criando um ambiente mais humanizado e aconchegante, além de painéis de madeira, mobiliários de design contemporâneo, janelas com sistema glazzing (pele de vidro), ar-condicionado para melhor conforto térmico, frigobar, cofre, secador de cabelo e demais funcionalidades.

Centro de Parto Natural

A área foi toda remodelada, transformando o antigo Instituto de Ensino e acesso ao Centro Obstétrico em uma nova ala designada ao Centro de Parto Natural. Com 197 m², o local conta com duas amplas suítes planejadas para o parto – oferecendo um ambiente tecnológico mais reservado e intimista – uma sala de equipamentos, seis leitos no repouso pós-anestésico (RPA), conforto médico, banheiros, antecâmara com divisão de acessos ao Centro Obstétrico e Parto Natural, além da ampliação do Posto de Enfermagem, visando atender mais e melhor. Com foco no acolhimento, o local possui novo piso, janelas, mobiliários, ar-condicionado, iluminação diferenciada e música ambiente à escolha da família, trazendo todo conforto que a paciente merece para a chegada do seu bebê.

1º Subsolo – Andar destinado à Maternidade

O local de aproximadamente 600 m² foi totalmente renovado, transformando um amplo corredor administrativo em uma nova ala da Maternidade, com 17 leitos, sendo 11 apartamentos e três enfermarias. No piso, foi instalado uma manta vinílica amadeirada, proporcionando um ambiente de melhor assepsia. Já a iluminação de led e sancas com iluminação indireta reforçam a economia de energia, além de criar um cenário mais aconchegante, incluindo painéis de madeira, mobília contemporânea, janelas com sistema glazzing e vidros acústicos. No corredor, foi mantido o tradicional piso de mármore e instalados painéis de madeira, dando destaque a imagem do Santo São Cristóvão. Um novo Posto de Enfermagem foi feito com tecnologia de ponta, englobando o sistema pneumático de abastecimento farmacêutico para a chegada de medicamentos e TVs para amplo monitoramento de pacientes.

Outra novidade é a criação da sala para a realização do teste do pezinho em recém-nascidos, com materiais de última geração. Os quartos dispõem de ar-condicionado, frigobar, cofre, secador de cabelo e outras funcionalidades, a fim de suprir a alta demanda e receber, com acolhimento e carinho, os pequenos pacientes, bem como as mamães e seus familiares.

Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF)

A nova Farmácia, localizada no 1º subsolo do prédio assistencial, foi modernizada e automatizada, com equipamentos high tech, em uma área de 300 m², agregando a Farmácia de Dispensação, trazendo organização ao espaço e otimização do fluxo de trabalho. O local também conta com carrosséis que permitem rapidez, eficiência e rastreabilidade no controle das prescrições de medicamentos. Outra aquisição tecnológica diz respeito ao sistema Smart Track, sendo armários inteligentes e monitorados, além do sistema que possibilita a exata localização dos medicamentos pelo profissional responsável.

Na CAF também foi instalado o sistema de Correio Pneumático, rede que conecta a Farmácia às estações de recepção distribuídas por todo o hospital, permitindo o transporte de materiais e medicamentos de forma rápida, segura e com rastreabilidade. A Central de Abastecimento Farmacêutico do Grupo também propicia a otimização dos fluxos de armazenamento em câmaras frias, no fracionamento de doses de medicamentos sólidos e líquidos e em sua manipulação.

4º subsolo – Área de Observação do Pronto-Socorro Adulto

O 4º subsolo do complexo hospitalar deu espaço para a área de Observação do Pronto-Socorro Adulto. Com 400 m², o ambiente dispõe de 18 novos leitos individualizados, sendo um deles especializado em emergência e outro com antecâmara de isolamento, além de Posto de Enfermagem e moderno sistema pneumático de abastecimento farmacêutico.

Prêmio Américo Ventura 2021

O Grupo São Cristóvão Saúde realizou mais um Prêmio Administrador Anual Américo Ventura – edição 18, tendo como palco o auditório do Instituo de Ensino e Pesquisa Maria Patrocínia Pereira Ventura – IEP Dona Cica para a fase final do Prêmio.

O evento, apresentado pelo médico e Diretor do IEP Dona Cica, Prof. Dr. Fernando Schuh, tem o objetivo de fomentar a pesquisa científica, em busca da excelência da qualidade e do aprimoramento técnico, divulgar as ações e trabalhos desenvolvidos pelos profissionais e homenagear o Administrador Geral da Instituição, Américo Ventura, que deu a vida pela Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão.

Este ano, foram inscritos 18 projetos, através das áreas: Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e equipes multidisciplinares. Os trabalhos, concretizados pelos profissionais do Grupo e demais instituições de saúde, passaram por uma ponderada comissão julgadora, que avaliou os seguintes critérios: Conteúdo Científico, Metodologia, Importância Prática, Criatividade e Exploração.

“Para nós é uma satisfação muito grande levar o nome do meu pai, Américo Ventura, porque ele sempre pensou na capacitação das pessoas e sempre incentivou a parte científica. Por isso, buscamos, cada vez mais, impulsionar as equipes assistencial e administrativa para que a gente possa elaborar mais projetos como esses“, declarou o Presidente/CEO do Grupo São Cristóvão Saúde, Engº Valdir Pereira Ventura.

Em 2021, os quatro finalistas do Prêmio Américo Ventura foram:

1º lugar: “Avaliação dos biomarcadores urinários no seguimento de crianças com estenose de junção ureteropélvica”. Autor: Marcos Figueiredo Mello.

2º lugar: “Uso da ventilação não invasiva na insuficiência respiratória secundária ao Covid-19”. Autor: Giulliano Gardenghi. Coautoras: Lorena Carla Oliveira e Silva e Renata da Cunha Machado.

3º lugar: “Alternativa cirúrgica para tratamento de tumor de glomus carotídeo”. Autor: Dr. Celso Amancio Grandi. Coautor: Dr. Claudinei Bittar.

4º lugar: “Avaliação dos resultados e do grau de satisfação das pacientes submetidas à cirurgia de correção de incontinência urinária com a técnica de sling transobturatório no HMSC”. Autora: Isabela Maria Alvim Andrade Santos. Coautoras: Aline T. B. Muniz e Karine R. Gavioli.

Os autores da 1ª a 4ª colocação receberam, além do prêmio, um final de semana no Hotel Recanto São Cristóvão, em Campos do Jordão. Já os autores e coautores da 1ª a 4ª colocação também receberam brindes especiais São Cristóvão Saúde. Parabéns a todos os participantes do Prêmio Américo Venturas – edição 2021.

 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Hospital ganha posto de coleta para exames laboratoriais e identificação de variantes do Coronavírus


 23/12/2021


O Serviço de Patologia, Genética e Biologia Molecular do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), passa a oferecer um novo posto de coleta. A ampliação da estrutura do Laboratório de Biologia Molecular está disponível para exames laboratoriais de diagnóstico como testes rápidos ou RT-PCR para Covid-19, influenza, VSR e adenovírus; preventivos e de rotina como do HPV; pré-natal; mapeamento genético de doenças como câncer; entre outros. Uma novidade é a possibilidade de fazer sequenciamento genético para identificação de variantes do Coronavírus.

O Hospital Moinhos de Vento é o primeiro a oferecer o exame de identificação da variante da Covid-19 de forma comercial. De acordo com a coordenadora médica do Laboratório de Patologia, Genética e Biologia Molecular, Francine Hehn de Oliveira, o teste RT-PCR com sequenciamento genético do vírus será realizado apenas com requisição médica e dentro dos critérios de vigilância epidemiológica e indicações clínicas. “Conseguimos, por meio da extração do RNA do vírus, fazer um mapeamento do sequenciamento desse ácido nucleico, identificando assim, a cepa do Coronavírus presente na amostra da secreção nasal do paciente, em até 48 horas após a coleta”, explica. O serviço não está contemplado por planos de saúde e está disponível apenas para pagamento particular.

Mais conforto e agilidade

Francine ressalta que o fato de o hospital agora dispor de um local destinado à coleta dos exames na unidade central, no bairro Moinhos de Vento, garante mais agilidade e comodidade. “O novo serviço agiliza a entrega dos resultados e os pacientes não precisarão se deslocar a outros laboratórios ou à unidade Iguatemi, que concentrava as coletas para alguns exames. Isso permite ao hospital acesso facilitado aos dados para o diagnóstico rápido e eficiente”, avalia.

Os resultados serão integrados ao sistema da instituição e os laudos ficarão disponíveis em português e inglês no portal do paciente. O serviço está disponível para toda a comunidade e terá a cobertura de planos de saúde pré-indicados pelo Moinhos de Vento, exceto para sequenciamento genético para identificação de variantes do Coronavírus, caso em que os planos não cobrem o serviço. O posto de coleta está localizado no 6º andar do bloco A (Rua Ramiro Barcelos, 901 – sala 602). Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone (51) 3314-3434.

 

sábado, 1 de janeiro de 2022

Hospital Moinhos de Vento realiza procedimentos complexos e inéditos em cardiologia pediátrica no RS


 23/12/2021


O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), larga na frente mais uma vez com a realização de um procedimento cardíaco inédito. O Serviço de Pediatria conduziu o primeiro implante de uma valva Edwards em posição pulmonar nativa realizado no Rio Grande do Sul, e o quarto do país. O paciente, Enzo Lisboa Bernardo, de 10 anos, possuía Tetralogia de Fallot, uma condição rara causada por uma combinação de quatro defeitos cardíacos presentes no nascimento.

No final do ano passado, a instituição protagonizou o primeiro implante de valva pulmonar bilateral do Brasil em outra criança, também com dez anos. Segundo o cardiologista intervencionista do Núcleo de Cardiopatias Congênitas, João Luiz Langer Manica, os pacientes possuem características muito comuns. “No primeiro ano de vida, eles foram submetidos a uma cirurgia para ampliar a artéria pulmonar, que é estreita e obstruída, e retiraram a válvula pulmonar. Isso, aparentemente, não provocava outros sintomas”, explicou.

Porém, estudos realizados nos últimos 20 a 30 anos comprovaram que o fato desses pacientes não possuírem uma válvula pulmonar acaba sobrecarregando o coração. Os meninos ficaram com suas capacidades físicas limitadas, com dilatação do órgão e predisposição a arritmias, inclusive fatais, morte súbita e cansaço progressivo.

Enzo já tinha passado por cirurgia anterior devido a intercorrências e enfrentou um pós-operatório muito traumático: teve parada cardíaca, necessidade de implante de marcapasso e infecção. O histórico representava uma contraindicação para nova cirurgia. Diante desse quadro, Manica optou pelo implante de uma valva Edwards em posição pulmonar nativa. O procedimento foi realizado após reconstrução da artéria pulmonar com stents, também implantados com cateterismo. A opção é amplamente difundida como uso da válvula aórtica.

De acordo com o cirurgião, os benefícios da técnica são superiores. “Em uma cirurgia, nós temos toratocomia — operação em que a parede torácica é aberta para visualizar os órgãos internos —, parada circulatória com o coração parando de bater e com o sangue correndo em uma máquina e, quando o órgão volta a bater, ele percebe esse sangue como uma reação inflamatória”, enumera o cardiologista. Além disso, o pós-operatório é prolongado. “Esses pacientes não ficam menos de sete a dez dias internados, com drenos no coração, maior risco de infecção e necessidade de marcapasso, além de dor”, alerta.

A expectativa com o implante da válvula em Enzo é que o coração volte ao seu tamanho normal, diminua a sobrecarga que ele sofre e o risco de arritmias fatais e de morte súbita seja diminuído de forma importante, ou até abolido. “Está comprovado que os pacientes que permanecem sem a válvula por mais de duas décadas têm uma expectativa de vida menor, sofrem de arritmias atriais e ventriculares, que são fatais, têm cansaço muito maior e redução importante da capacidade física”, informa. O especialista observa ainda que, há três anos, esse tipo de procedimento era “impensável” no país. “Estamos promovendo o que há de melhor e mais complexo no campo da cardiologia pediátrica, servindo como hospital referência no setor”, acrescenta.

Enzo ficou internado por 48h apenas por precaução, pois ele já estava bem e apto para alta hospitalar em 24h. Segundo o chefe do Serviço de Pediatria, João Ronaldo Krauzer, apostar em procedimentos percutâneos — como é o caso do cateterismo como uma possibilidade não-invasiva, minimiza muito o risco e facilita na recuperação e no tempo de internação hospitalar. “Com isso, conseguimos atender casos mais complexos, diversificar procedimentos e não prolongar o tempo de internação. Se for comparar uma cirurgia via cateterismo com um procedimento de peito aberto, a recuperação passaria de 48h para pelo menos dez dias de hospitalização”, constata o especialista.

Caso Enzo

Hoje com onze anos — o aniversário foi comemorado no dia 29 de novembro —, Enzo nasceu de parto normal, com 39 semanas, e sua má formação cardíaca foi descoberta dois dias depois. Na época, não era obrigatória a realização de ecografia morfológica. A mãe, Sandra Lisboa, lembra que foi orientada a procurar um cardiologista e, desde então, o menino passou por diversos procedimentos e intercorrências. Com três meses, foi submetido à primeira cirurgia para a correção total da Tetralogia de Fallot. “Foram 60 dias internado e 24 dias na UTI. Durante esse processo, o Enzo teve várias intercorrências, entre elas uma parada cardíaca”, relembra.

Com um ano e três meses, ele passou por outra cirurgia para recuperação parcial de uma estenose. Apesar de ficar pouco tempo hospitalizado, um dos grampos junto ao peito (já que o órgão precisou ser aberto devido à cirurgia) quebrou e o outro foi rejeitado pelo organismo. Com quatro anos sofreu uma bradicardia e precisou colocar marcapasso. A correção de problemas no coração através da valva de Edwards veio como um alívio para que Enzo não precisasse mais passar por intervenções que exigissem a abertura da caixa torácica, medida contraindicada pelos próprios médicos. “A recuperação foi rápida e sem problemas”, comemora a mãe.

Caso João Guilherme

João Guilherme nasceu com a síndrome do tórax asfixiante, caracterizada pela má formação das costelas e tórax muito estreito, gerando problemas respiratórios. Ao longo da vida, ele passou por mais de 40 cirurgias, que permitiram a ampliação da caixa torácica com costelas protéticas, feitas de titânio. Para avançar no tratamento, no entanto, era necessário corrigir uma cardiopatia, que tornava qualquer cirurgia altamente arriscada.

Para repor a válvula pulmonar — responsável por regular o fluxo de sangue para os pulmões — e com a contraindicação de uma cirurgia de peito aberto pelo risco, a opção foi por um implante de duas válvulas Melody nas artérias pulmonares. O procedimento foi realizado há um ano, no Hospital Moinhos de Vento, e contou com a participação do cardiologista Carlos Pedra, do HCor, de São Paulo. Foi o primeiro deste tipo no Brasil e um dos únicos registrados na literatura médica mundial.