Dr. Luís Eduardo de Senna
Criada há 23 anos, a campanha do Setembro Vermelho visa incentivar os cuidados com o coração e o diagnóstico precoce
As doenças coronarianas estão entre as principais causas de morte no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Estima-se que anualmente 17,5 milhões de pessoas sejam atingidas pelo problema. As doenças do coração que mais acometem a população são: hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, cardiopatias congênitas, arritmia cardíaca e miocardites.
No mês que incentiva os cuidados com a saúde do órgão, o cardiologista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, Dr. Luís Eduardo de Senna, fala um pouco sobre o tema e reforça a importância da campanha: “Muito importante para a conscientização das pessoas e para o esclarecimento das doenças cardiovasculares e sua prevenção”.
As doenças cardiovasculares começam dando alguns sinais que, muitas vezes, são tratados como inexpressivos ou relacionados a outras partes do corpo. Esses primeiros sintomas podem variar de acordo com o problema, mas, em geral, são: falta de ar, dor no peito, palpitação, tosse, desmaio e edema nas pernas.
As causas muitas vezes estão fora do alcance, como a cardiopatia congênita. Porém, em algumas situações, elas podem ser evitadas por meio da mudança de hábitos. Por exemplo: interrupção do tabagismo; controle da pressão arterial pela regulação do consumo de gordura, açúcar e sal; hábitos alimentares saudáveis; prática regular de exercícios físicos; consumo moderado de álcool; e acompanhamento médico.
Falando de auxílio médico contínuo, Dr. Senna falou sobre a importância da realização de um check-up para identificar enfermidades em seu estágio inicial e lembrou, ainda, da importância da realização de exames laboratoriais de rotina, como: eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, holter 24h e o MAPA.
“A visita ao cardiologista é importante para a prevenção das doenças cardiovasculares. Para os pacientes que não possuem enfermidades diagnosticadas devem fazer, pelo menos, uma visita anual ao especialista. Já para aqueles que possuem ou tem histórico familiar a frequência pode variar. De acordo com a orientação médica, as visitas podem se tornar mensais, semestrais ou anuais”, explicou o cardiologista.
Para finalizar o médico alerta para o caso das crianças, que muitas vezes os pais não veem ou entendem que é necessário realizar um acompanhamento de rotina. Ele conta que uma consulta anual é fundamental para avaliar a parte clínica e as dosagens laboratoriais (glicemia, perfil lipídico etc.). E, em casos de cardiopatia congênita, começar a tratar e controlar os sintomas e desdobramentos desde cedo.
A Cura D'Alma
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