20/09/3023
Transtorno neurodegenerativo compromete progressivamente a realização de atividades cotidianas
O mês de setembro é marcado pelo Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. Segundo dados do Ministério da Saúde estima-se que cerca de 1,2 milhão de brasileiros vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.
O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva (normalmente a memória) e/ou alteração do comportamento, levando a comprometimento na realização de atividades rotineiras.
“Os sintomas da doença de Alzheimer são variáveis. Muito comumente a memória é acometida, sobretudo, para fatos recentes. Embora não seja uma regra, há situações em que existe a dificuldade para encontrar palavras, momentos de desorientação espaço-temporal e dificuldade em tomar decisões ou realizar atividades comuns do dia a dia. Existem ainda alguns sinais que podem ser confundidos com depressão, como: apatia, irritabilidade e alterações do sono”, explica o neurologista da Casa de Saúde São José, Dr. Fabrício Hampshire.
O diagnóstico do transtorno é feito por meio de uma consulta com médico especializado que realiza uma anamnese rigorosa e um exame físico detalhado para poder identificar a presença de uma síndrome demencial. Assim, inicia-se a investigação pelas várias possibilidades causadoras dessa síndrome. O médico também pode optar pelo uso de testes neuropsicológicos que podem avaliar o declínio cognitivo assim como exames complementares como os de imagem e de sangue. Importante o diagnóstico correto pois existem causas de demência reversíveis.
“O tratamento atual para a doença de Alzheimer serve como uma espécie de ´freio` para diminuir a progressão da doença. Infelizmente, até o momento, ainda não há uma medicação que promova a cura. Dessa forma, o uso controlado e acompanhamento regular do tratamento auxiliam nas alterações de comportamento, de sono, dentre outros sintomas “, completou o neurologista.
Parentes de primeiro grau de um paciente diagnosticado com Alzheimer têm um risco maior de desenvolver a doença, embora o principal fator de risco seja a idade. Isto porque à medida que envelhecemos aumenta muito o risco de demência.
“É recomendado para todos, em especial, para esses parentes de primeiro grau que pratiquem atividades físicas regulares, tenham um acompanhamento médico para supervisionar fatores de risco e tenham uma boa convivência social, uma vida social ativa”, recomenda o especialista.
Por fim, Dr. Fabrício ressalta que a qualidade de vida para um paciente com doença de Alzheimer depende de alguns fatores. O primeiro deles é o diagnóstico precoce, quanto antes for realizado o diagnóstico melhor e mais eficaz é o tratamento. O segundo é a realização de um tratamento adequado e regular. O terceiro é o paciente poder contar com uma boa rede de apoio familiar que proporcione um suporte adequado a ele e aos seus familiares mais próximos, que pela pressão do momento podem desenvolver burnout. E, com todos esses elementos levados em consideração, a trajetória fica muito mais suave e suportável.
A Cura D'Alma
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