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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

EMPREENDEDORA CRIA CABINE DE TELEMEDICINA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS E CRESCE COM FRANQUIAS

Buratto Tele oferece consultas a partir de R$ 68; primeira unidade foi instalada dentro de farmácia, em São Paulo





Uma cabine acústica para atendimento médico, que pode ser instalada em locais de fácil acesso, como shopping centerssupermercadosfarmácias. Essa é a nova ideia de negócio da empreendedora Cássia Buratto, que também é dona da rede de franquias de coworking médico Buratto Consultórios. O novo modelo de negócio, chamado de Buratto Tele, já nasceu como uma microfranquia e acaba de inaugurar a primeira unidade em uma farmácia no centro de Mauá, na Grande São Paulo. A novidade foi antecipada a Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

A empreendedora explica que teve a ideia no começo do ano, quando começou a se perguntar sobre como levar mais atendimento médico de baixo custo para a população, a partir da lei aprovada em caráter emergencial na pandemia, que regulamenta a telemedicina. Os cerca de 250 médicos que já utilizam as sete unidades do Buratto Consultórios, e mais profissionais que estão sendo recrutados por meio de parcerias com empresas de RH médico, poderão se conectar à plataforma para atender os pacientes.

Atualmente, o paciente do Buratto Tele pode agendar a consulta por meio do WhatsApp da unidade, mas o plano é ter um aplicativo próprio. A ideia é que o negócio funcione com uma mecânica parecida com a do Uber: o médico disponível pega o atendimento. As consultas com clínico geral custam R$ 69,80, mas também é possível agendar horários com especialistas. Os pagamentos serão realizados prioritariamente por cartões de débito e crédito, e a consulta só é liberada após a confirmação.

A empreendedora calcula ter investido cerca de R$ 500 mil na concepção do novo negócio. O processo envolveu a produção da própria cabine, a parceria com uma healthtech para desenvolver o sistema próprio interligado ao tablet instalado dentro do espaço e soluções de sanitização, para que o ambiente seja desinfetado após cada uso.

Buratto diz que a inspiração também veio de um movimento que já tem acontecido nos Estados Unidos: varejistas e redes de farmácia, como Walmart, Walgreens e CVS, passaram a oferecer atendimento médico especializado. O Walmart Health, por exemplo, oferece de consultas a exames laboratoriais, em parceria com agentes locais de saúde.

A lei da telemedicina foi aprovada pelo Congresso em abril de 2020, e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, em caráter emergencial, para vigorar durante toda a crise sanitária de covid-19. Uma complementação aprovada em novembro do ano passado permitiu que, após a pandemia, a prática seja regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Buratto acredita que, mesmo ainda em caráter emergencial, o futuro da telemedicina será próspero. Ela se baseia nos resultados obtidos pelas startups do segmento, por exemplo. Só no último mês de julho, as healthtechs brasileiras captaram US$ 33,1 milhões em cinco aportes, o segundo melhor desempenho do setor de startups, atrás apenas das fintechs.




Além disso, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que representa operadoras com mais de 9 milhões de beneficiários, aponta a realização de 4,12 milhões de teleatendimentos desde abril de 2020 até o último mês de julho. 

“Acredito que alguns pilares devem sustentar o modelo nos próximos anos: investimentos realizados e ainda previstos no setor para implementar o sistema, a grande aceitação dos pacientes com o novo modelo e a própria comunidade médica que tem aprovado o sistema”, diz a empreendedora.

O investimento total para ter uma unidade do Buratto Tele é a partir de R$ 45 mil. O valor inclui a taxa de franquia e os equipamentos. O franqueado fará a gestão do ponto e deverá disponibilizar funcionários, que ficarão do lado de fora da cabine, para auxiliar os pacientes

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios – 31/08/2021

Por Paulo Gratão


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

CPI questiona nesta quarta diretor da Agência Nacional de Saúde sobre ações contra Prevent Senior

 

Senadores vão cobrar de Paulo Rebello Filho providências contra operadora acusada de ocultar mortes de pacientes por Covid e de pressionar médicos pela prescrição de remédios ineficazes.

Por g1 — Brasília

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve nesta quarta-feira (6) o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho.

A ANS, autarquia vinculada ao Ministério da Saúde, é responsável por fiscalizar a atuação de operadoras de plano de saúde e aplicar penalidades a essas empresas. Senadores querem que Paulo Roberto Rebello Filho preste esclarecimentos sobre as ações que a agência reguladora tomará diante das denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior.

A Prevent Senior é acusada de ocultar mortes de pacientes por Covid-19 e de pressionar médicos a prescreverem remédios ineficazes contra a doença. O plano de Saúde também é suspeito de participar de um "gabinete paralelo" do Palácio do Planalto, que, para a CPI, orientava o presidente Jair Bolsonaro sobre condutas durante a pandemia.


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A empresa nega as acusações e afirma que sempre atuou dentro de parâmetros éticos e legais. O plano de saúde diz ainda que sempre respeitou a autonomia dos médicos e nega fraude em estudo realizado para testar eficácia da hidroxicloroquina no combate à Covid-19.

No último dia 22, à CPI, o diretor-executivo da Prevent Senior negou que a operadora de saúde tenha omitido dados sobre mortes de pacientes infectados com a Covid durante a realização de um estudo no qual foram aplicados medicamentos ineficazes para a doença.

O requerimento de convocação de Paulo Rebello Filho é de autoria do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar destaca que compete à ANS o papel de polícia administrativa na fiscalização dos planos de saúde.

"Requer-se a convocação do atual diretor-presidente da ANS, para que preste esclarecimentos sobre as ações e medidas adotadas pela referida agência reguladora para coibir e responsabilizar irregularidades praticadas pela operadora de plano de saúde Prevent Senior ao longo da pandemia de Covid-19", afirma Randolfe.

Envolvimento com Ricardo Barros

Os senadores também pretendem questionar Paulo Roberto Rebello Filho sobre o seu relacionamento com um dos investigados pela comissão: o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados.

Paulo Rebello Filho foi chefe de gabinete do Ministério da Saúde, quando Ricardo Barros era ministro da Saúde do governo do ex-presidente Michel Temer. Ao longo da CPI, surgiram denúncias de ilegalidades que teriam sido cometidas na pasta durante a gestão de Barros.

Antes disso, o atual diretor-presidente da ANS teria ocupado outros cargos públicos no governo por indicação do PP.


HOSPITAIS CANCELAM EXAMES E TRATAMENTOS DE CÂNCER POR FALTA DE RADIOFÁRMACOS DO IPEN


 

Liberação de verba do governo federal ainda não regularizou a produção; A.C.Camargo Cancer Center e Hospital de Amor estão entre os que já suspenderam parte dos atendimentos


Hospitais brasileiros vão cancelar ou adiar procedimentos por causa do desfalque na produção de radiofármacos gerado por um corte de verba federal no Ipen (Instituto de pesquisas Energéticas e Nucleares). A maior parte dos afetados são pacientes que fazem tratamento contra câncer.

No estado de São Paulo, segundo a Folha apurou, há pelo menos dois centros de referência nos cuidados com a doença que tiveram de mudar suas agendas, o A.C.Camargo Cancer Center, na capital paulista, e o Hospital de Amor, em Barretos (SP).

A crise orçamentária que atinge o instituto, órgão vinculado ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e à CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), estava prevista desde a terça-feira da semana passada, dia 14. Na data, foi enviado um ofício informando que haveria a paralisação da produção dos medicamentos a partir do dia 20.

Diante do cenário, o governo Jair Bolsonaro (sem partido), por meio do Ministério da Economia, liberou na quarta-feira (22) aproximadamente R$ 19 milhões para suprir a demanda de hospitais e clínicas. Mesmo com essa medida, porém, as instituições já passam por problemas para conciliar tratamentos e diagnósticos nas próximas semanas.

Eduardo Lima, médico especialista em medicina nuclear do A.C.Camargo Cancer Center, afirma que a instituição já planeja suspender ou reduzir tratamentos e diagnósticos que utilizam radiofármacos. “O fato [de o Ipen] retomar as produções não é uma questão imediata e não vai resolver o problema agora.”

No caso de tratamentos que usam esses tipos de medicamentos, como o iodo radioativo, aplicado contra o câncer de tireoide, o médico diz que a previsão é transcorrer as próximas duas semanas com os procedimentos completamente suspensos —até que as entregas do Ipen se normalizem por meio da verba emergencial anunciada.

Já em relação a diagnósticos, estão prejudicados exames como as cintilografias, que são feitas com um material radioativo chamado tecnécio. No A.C.Camargo, elas serão reduzidas na próxima semana. A volta ao padrão normal só deve ocorrer a partir de 4 de outubro.

“Nós estamos priorizando os pacientes que precisam de diagnósticos necessários para cirurgias de mama e do melanoma, porque elas precisam de procedimentos da medicina nuclear antes de serem executadas”, afirma Lima.

Outra instituição que passa por dificuldades pela falta dos produtos do Ipen é o Hospital de Amor, no interior paulista. Por semana, o local atende em média 300 pacientes fixos que precisam fazer diagnósticos com radiofármacos. Além desses, existem enfermos de outros centros que são encaminhados para esse tipo atendimento na instituição.

Segundo Marcelo José Santos, vice-coordenador do departamento de medicina nuclear do hospital, até agora a distribuição foi suficiente para atender toda a demanda da instituição, mas, a partir da próxima semana, é estimado que já não contará com nenhum material radioativo para diagnóstico ou tratamento dos pacientes.

No caso das pessoas com câncer de tireoide, o médico afirma que “o paciente, para fazer esse tratamento, precisa de um preparo de um mês”. “Os pacientes que receberiam esse medicamento na semana que vem já estão há um mês em preparação, mas não poderão receber”, lamenta.

Em relação à compra de radiofármacos pela iniciativa privada, Santos afirma que não é uma saída viável, principalmente por causa do preço, que é basicamente o dobro do valor praticado pelo Ipen, mas também porque poucas empresas atendem esse mercado no Brasil. Elas não conseguem suprir toda a demanda do país, ele diz.

Lima também indica que a importação não é uma possibilidade quando se leva em consideração a urgência da falta de medicamentos, uma vez que, para fazer a transação, é necessário se cadastrar em uma lista de espera junto aos produtores internacionais para adquirir os materiais.



Folha teve acesso a dois ofícios do Ipen enviados a algumas instituições de saúde. Nos documentos, o órgão afirma que a produção de iodo-131 e lutécio-177, ambos para tratamento de doenças, será feita em 11 de outubro. Enquanto isso, os geradores de tecnécio serão fornecidos a partir do dia 4 do próximo mês.

Além disso, a Folha apurou que o instituto terá condições de produzir novos radiofármacos somente até meados da segunda quinzena de outubro com o aporte emergencial de R$ 19 milhões. Caso um novo orçamento não seja liberado, a produção poderá parar outra vez, trazendo novos problemas para centros de saúde do país.

Contatado para comentar essas novas informações, o Ipen não respondeu até a conclusão desta reportagem. Na última terça-feira (21), o órgão já havia indicado à Folha que seria necessário entrar em contato com o MCTI para obter posicionamentos.

O ministério, no entanto, também não respondeu aos questionamentos sobre a retomada na produção.

Na quarta-feira (22), a pasta divulgou uma nota afirmando que a verba de R$ 19 milhões tem caráter extraordinário. Segundo escrevem, é necessária a aprovação do projeto de lei n° 16/2021 para liberar outro orçamento, no valor de R$ 34 milhões, para manter a produção dos radiofármacos.

O ministério ainda afirma nesta mesma nota que será necessária a aprovação de outro projeto de lei com liberação de R$ 55 milhões para que o Ipen tenha sua produção funcionando de forma plena até o final do ano.

Para Santos, a única solução viável seria o instituto voltar a ter a verba integral para custear toda a produção sem interrupções. Caso contrário, o Hospital de Amor, assim como outros pelo Brasil, precisará encerrar procedimentos envolvendo radiofármacos.

“Não dar para ficar nesse ‘pingue-pongue’, que uma hora recebe [verba], produz [o material] e depois para [as atividades]”, conclui.

Fonte: Folha de S. Paulo – 25/09/2021

Por Samuel Fernandes

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Schulz lança primeiro compressor de pistão isento de óleo com inversor de frequência do Brasil

 


Schulz, maior fabricante de compressores de ar da América Latina, lança a linha de Compressores de Ar Isentos de Óleo Flex equipado com inversor de frequência, uma novidade no mercado brasileiro. A tecnologia permite controlar a vazão de ar de acordo com o uso, mantendo a pressão estável durante o processo e garantido vazão extra em momentos de alta demanda.

O uso do inversor gera maior economia de energia, aumentando a produtividade e a eficiência dos processos. Isso se explica pela capacidade de controle da velocidade do motor do compressor, o que torna o consumo de energia adequado à demanda e evita picos de corrente elétrica. Além disso, o inversor tem a função adicional de proteger o compressor contra a falta de fase e sobrecorrentes e de suavizar a partida do motor, características que aumentam a vida útil dos principais componentes mecânicos.

Outra vantagem do equipamento é a interface digital que permite monitorar os parâmetros técnicos e horas trabalhadas, o que possibilita visualizar e programar as manutenções do equipamento. O compressor conta ainda com reservatório de ar e válvulas de segurança em conformidade com a ASME (Sociedade Norte-americana de Engenheiros Mecânicos) e Inmetro (Portaria nº 120 de 12/03/2021), e pintura interna do reservatório com aditivo antibacteriano, itens que garantem a segurança e saúde dos usuários.

Os Compressores de Ar Isentos de Óleo Flex da Schulz são ideais para ambientes clínicos e laboratoriais, como hospitais e consultórios médicos e odontológicos, além de atividades industriais com processos críticos, tais como indústria química, de alimentos e cosméticos. O fato de ser isento de óleo, agrega ao lançamento o diferencial de operar com eficiência em condições de baixa velocidade por não necessitar de lubrificação dos componentes.

O gerente de produtos, Evandro Santos, lembra que quando a tecnologia de inversores de frequência chegou ao mercado representava um custo elevado para os produtos. “Agora a nossa equipe técnica conseguiu aperfeiçoar o uso dessa tecnologia e desenvolveu produtos que possibilitam investimentos com uma relação custo-benefício bem equilibrada”, comenta.

O retorno do investimento é calculado em até dois anos, se considerado o uso do compressor por 13h/dia, nos sete dias da semana.

Tecnologia

A Schulz, maior fabricante de compressores de ar da América Latina, lança a linha de Compressores de Ar Isentos de Óleo Flex equipado com inversor de frequência, uma novidade no mercado brasileiro. A tecnologia permite controlar a vazão de ar de acordo com o uso, mantendo a pressão estável durante o processo e garantido vazão extra em momentos de alta demanda.

O uso do inversor gera maior economia de energia, aumentando a produtividade e a eficiência dos processos. Isso se explica pela capacidade de controle da velocidade do motor do compressor, o que torna o consumo de energia adequado à demanda e evita picos de corrente elétrica. Além disso, o inversor tem a função adicional de proteger o compressor contra a falta de fase e sobrecorrentes e de suavizar a partida do motor, características que aumentam a vida útil dos principais componentes mecânicos.

Outra vantagem do equipamento é a interface digital que permite monitorar os parâmetros técnicos e horas trabalhadas, o que possibilita visualizar e programar as manutenções do equipamento. O compressor conta ainda com reservatório de ar e válvulas de segurança em conformidade com a ASME (Sociedade Norte-americana de Engenheiros Mecânicos) e Inmetro (Portaria nº 120 de 12/03/2021), e pintura interna do reservatório com aditivo antibacteriano, itens que garantem a segurança e saúde dos usuários.

Os Compressores de Ar Isentos de Óleo Flex da Schulz são ideais para ambientes clínicos e laboratoriais, como hospitais e consultórios médicos e odontológicos, além de atividades industriais com processos críticos, tais como indústria química, de alimentos e cosméticos. O fato de ser isento de óleo, agrega ao lançamento o diferencial de operar com eficiência em condições de baixa velocidade por não necessitar de lubrificação dos componentes.

O gerente de produtos, Evandro Santos, lembra que quando a tecnologia de inversores de frequência chegou ao mercado representava um custo elevado para os produtos. “Agora a nossa equipe técnica conseguiu aperfeiçoar o uso dessa tecnologia e desenvolveu produtos que possibilitam investimentos com uma relação custo-benefício bem equilibrada”, comenta.

O retorno do investimento é calculado em até dois anos, se considerado o uso do compressor por 13h/dia, nos sete dias da semana.

Tecnologia

 O inversor de frequência é um dispositivo elétrico/eletrônico que tem como principal função atuar no controle automático de velocidade do motor de uma máquina/equipamento, como é o caso do motor do compressor de ar.

O controle via inversor gera um sistema de velocidade variável que fornece apenas a quantidade de ar comprimido necessária na aplicação. Dessa forma, se a demanda de ar comprimido flutuar, o inversor faz com que a vazão se ajuste automaticamente, evitando desperdícios e gerando uma grande economia de energia elétrica.

Schulz Compressores

A Schulz Compressores é a maior fabricante de compressores de ar da América Latina. É uma empresa genuinamente brasileira e catarinense, com matriz em Joinville (SC), e reconhecida como uma das mais completas fábricas de compressores de ar do mundo. A empresa oferece ao mercado residencial, profissional e industrial uma linha completa na geração, tratamento e armazenamento de ar comprimido. Além de compressores alternativos de pistão, diafragma e parafuso de 5 a 250 hp, dispõe de secadores de ar por refrigeração e adsorção, filtros de linha e coalescentes, separadores de condensado, ferramentas pneumáticas e acessórios para aplicações residenciais, profissionais e industriais.

 

O inversor de frequência é um dispositivo elétrico/eletrônico que tem como principal função atuar no controle automático de velocidade do motor de uma máquina/equipamento, como é o caso do motor do compressor de ar.

O controle via inversor gera um sistema de velocidade variável que fornece apenas a quantidade de ar comprimido necessária na aplicação. Dessa forma, se a demanda de ar comprimido flutuar, o inversor faz com que a vazão se ajuste automaticamente, evitando desperdícios e gerando uma grande economia de energia elétrica.

Schulz Compressores

Schulz Compressores é a maior fabricante de compressores de ar da América Latina. É uma empresa genuinamente brasileira e catarinense, com matriz em Joinville (SC), e reconhecida como uma das mais completas fábricas de compressores de ar do mundo. A empresa oferece ao mercado residencial, profissional e industrial uma linha completa na geração, tratamento e armazenamento de ar comprimido. Além de compressores alternativos de pistão, diafragma e parafuso de 5 a 250 hp, dispõe de secadores de ar por refrigeração e adsorção, filtros de linha e coalescentes, separadores de condensado, ferramentas pneumáticas e acessórios para aplicações residenciais, profissionais e industriais.


STJ reverte cancelamento unilateral de plano por inadimplência de uma parcela

Maioria considerou que notificação foi feita depois do prazo previsto em lei e que, portanto, não tem validade

BRASÍLIA

20/09/2021 12:04Atualizado em 20/09/2021 às 12:49




A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu o recurso de uma consumidora e decidiu na terça-feira (14/9) por reverter o cancelamento unilateral de um plano de saúde da operadora Assistência Médico Hospitalar São Lucas. O plano havia sido cancelado após inadimplemento de uma parcela. O caso foi julgado no REsp 1887705/SP.

O julgamento estava empatado, com os votos da ministra Nancy Andrighi (relatora) e do ministro Villas Bôas Cueva negando o recurso e admitindo o cancelamento unilateral; e os votos dos ministros Moura Ribeiro e Paulo de Tarso Sanseverino acolhendo a reclamação da consumidora e contrários ao cancelamento. Na terça, o ministro Marco Aurélio Bellizze, que havia pedido vista, apresentou seu voto e definiu o julgamento em favor da consumidora.


O processo discutia a resilição unilateral do contrato do plano de saúde pela operadora, baseada no não pagamento de uma mensalidade por um período superior a 60 dias, e cuja a notificação foi realizada depois de ultrapassado o prazo de 50 dias, estabelecido no art. 13 da Lei 9656/98, dos planos de saúde.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), instância que julgou o caso em segunda instância, entendeu que, para o cancelamento do plano ocorrer unilateralmente pela operadora, é necessária a notificação prévia do consumidor até o quinquagésimo dia de inadimplência. A notificação teria sido expedida após o 50° dia de inadimplência, recebida pessoalmente pela autora que, ciente da parcela em aberto, não efetuou o pagamento até o 60° dia (somente o fazendo após o ajuizamento da demanda). A consumidora sustentava que a notificação não teria validade.

Quando proferiu seu voto, a relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou que o STJ admite a resilição unilateral do contrato, quando comprovado o atraso superior a 60 dias, e lembrou que a notificação prévia da dívida é a condição para que a operadora possa rescindir. A magistrada lembrou que a notificação visa permitir que o beneficiário tenha a oportunidade de fazer o pagamento e assim evitar o cancelamento do serviço.

Porém, no caso em discussão, ela descreveu que a despeito de a operadora ter ultrapassado os 50 dias para a comunicação do inadimplemento — deixando o prazo supostamente “apertado” para a devedora — a empresa acabou concedendo um tempo razoável a mais para a regularização da dívida: 10 dias. Assim, a relatora entendeu que superado o tal prazo após a notificação e sem efetivo pagamento, a rescisão unilateral é legítima.

No entanto, o ministro Moura Ribeiro, acolheu a argumentação da consumidora de que a notificação não tinha validade, no que foi seguido pelos ministros Marco Aurélio Bellizze e Paulo de Tarso Sanseverino, maioria dos ministros da Turma. Com isso, o recurso da consumidora foi acolhido, ficando vencidos os ministros Villas Bôas Cueva e Nancy Andrighi.

SOB PRESSÃO, PLANOS DE SAÚDE APOSTAM NA TELEMEDICINA



No centro da turbulência provocada pela maior crise de saúde do século, as empresas que operam no sistema suplementar ao SUS (Sistema Único de Saúde) – seguradoras e planos de saúde – enfrentaram resultados financeiros ruins no primeiro trimestre do ano, por causa do aumento dos custos com internações e UTIs na chamada segunda onda da pandemia no país. Especialistas acreditam que essa pressão sobre o sistema deve continuar por mais alguns meses, mesmo com o avanço do ritmo das vacinações, pois, além do risco de nova onda de pandemia, há o tratamento de eventuais sequelas das pessoas que já tiveram Covid-19 e o retorno dos procedimentos eletivos que ficaram represados no ano passado.

“No primeiro trimestre de 2021, nós registramos o maior custo assistencial da história do sistema. Enquanto o Brasil superava 4 mil mortos por Covid a cada dia, os procedimentos eletivos chegaram a superar o patamar de 2020 e de 2019, ocupando leitos e profissionais de saúde e custos de assistência”, diz Vera Valente, diretora-executiva da Fenasaúde, que representa as 15 maiores operadoras de planos de seguros saúde, incluindo Bradesco Saúde, Amil e SulAmérica. Vera lembra que, no início da pandemia, ocorreu redução de sinistralidade (relação entre os custos assistenciais e as receitas do plano de saúde), com recuo de procedimentos eletivos e menor utilização de serviços médicos e hospitalares. “Mas os custos voltaram a subir consistentemente a partir de maio. Em novembro passado as despesas das operadoras foram 13,4% mais altas que em fevereiro, mês anterior à pandemia. Já as receitas cresceram bem menos no mesmo período: 4,6%.”

A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), entidade que representa 139 operadoras responsáveis pelo atendimento de mais de 20 milhões de beneficiários, confirma. “Agora em 2021 enfrentamos algo totalmente novo, com impacto direto nos custos médicos. Pela primeira vez alcançamos índices de ocupação hospitalares superiores a 100%. Soma-se a isso a inflação derivada do aumento mundial do consumo de insumos, equipamentos de proteção individual (EPI) e dispositivos e medicamentos”, informa Marcos Paulo Novais Silva, superintendente executivo.

Enquanto administram as despesas crescentes, as companhias observam a entrada de novos usuários ao sistema. Dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostram que houve alta de 2,2% no total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares no intervalo de 12 meses encerrado em abril. Com isso, o setor passou a contar com 48,1 milhões brasileiros.

“O maior crescimento ainda é registrado entre os planos coletivos empresariais, aqueles contratados pelas companhias para seus colaboradores, mas também houve avanço entre as demais categorias. Isso mostra dois movimentos. Por um lado, a economia nacional voltou a apresentar novas vagas de trabalho, de outro, o brasileiro tem buscado outras modalidades de contratação para se manter em um plano de saúde”, aponta José Cechin, superintendente executivo do IESS.

Para o especialista, o receio em função da pandemia de coronavírus pode ser um dos motivos do crescimento do número de vínculos no país. “Se no início da crise sanitária registramos uma queda do número de beneficiários por causa de demissões e perda de poder aquisitivo, abril de 2021 foi o décimo mês consecutivo de crescimento do total de segurados”, comenta. “Percebemos também o movimento das companhias do setor em flexibilizar a contratação dos planos para garantir maior acesso aos brasileiros”, completa. “Nossa atitude em relação aos clientes tem sido negociar, flexibilizar as condições para manutenção do contrato e criar soluções para a continuidade do cuidado, assegurando a qualidade dos nossos serviços para influenciar sua retenção, como a ampliação do serviço de telessaúde para todos os clientes em abril de 2020”, confirma Edvaldo Vieira, CEO da Amil, que também passou a oferecer planos de abrangência regional, com preços mais acessíveis.

A mesma estratégia tem sido adotada pela Bradesco Saúde e pela SulAmérica, que já conta com 150 mil vidas seguradas em planos regionais, chamados de SulAmérica Direto, em média 30% mais baratos que os convênios tradicionais. Para chegar a esse valor, além da abrangência limitada, o produto não oferece a possibilidade de reembolso e a rede de atendimento é formada em um sistema de parceria.

“É um produto no qual eu me emparceiro com a Rede D’or, com a DASA, com o Dr. Consulta, o Hospital Oswaldo Cruz e outros prestadores e nos propomos a gerenciar o risco de uma forma diferente, de forma que eles possam reduzir o seu preço, o que me permite fazer um outro tipo de subscrição para oferecer um produto mais acessível”, explica Ricardo Bottas, CEO da SulAmérica. Dentro dessa estratégia, a empresa comprou no ano passado a Paraná Clínicas, em Curitiba, e a carteira da Santa Casa de Ponta Grossa. Diante de cenário tão desafiador, as empresas lançaram mão de um recurso que estava começando a ser utilizado e tornou-se referência durante a pandemia: a telemedicina. Entre fevereiro de 2020 e janeiro deste ano, segundo levantamento da FenaSaúde, foram realizados 2,6 milhões de atendimentos de telessaúde no país. Desde total, 60% foram para urgências e 40% para casos eletivos, mostrando que o atendimento online é uma solução inclusive para casos graves. Entre as associadas da Abramge, foram 2,8 milhões de teleconsultas entre abril de 2020 e abril de 2021, e o índice de resolutividade foi de 90% das consultas a distância. Ou seja, de cada dez pacientes, nove não precisaram de atendimento presencial.

Fonte: Forbes – 07/09/2021

Por Solange Guimarães

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A HORA E A VEZ DE REPENSAR A SAÚDE SUPLEMENTAR



 Introdução

O sistema brasileiro de saúde suplementar já existe no Brasil há décadas como um conjunto de planos de saúde voluntários, contratados por famílias ou por empresas, para oferecer proteção à saúde da população que o necessite. Com a criação do Sistema Único de Saúde em 1988 que garantia uma proteção universal e gratuita à toda a população, seria esperado que a importância e a magnitude da cobertura do sistema de saúde suplementar fossem reduzidas, mas isso de fato não. Entre o final dos anos oitenta e o início do século XXI, a cobertura da população pelo sistema de saúde suplementar praticamente multiplicou por cinco.

Quais os fatores que levaram a manter a relevância do sistema de saúde suplementar na oferta de saúde para a população brasileira? O principal deles foi o fato de que a população que se beneficiava desse sistema tinha um nível de renda mais alto. O SUS foi essencial na expansão da cobertura para a população de renda mais baixa, mas como o nível de serviços oferecido pelo SUS necessitava melhorar a oferta, qualidade e conforto para conquistar os corações e mentes dessa população, a saúde suplementar continuou se expandindo, principalmente ao longo dos primeiros anos de funcionamento do SUS, quando a estrutura de saúde do INAMPS foi destruída por volta de 1990, e nada de fato foi colocado em seu lugar para cobrir as necessidades de saúde dos trabalhadores formais e suas famílias. Com isso, os planos de empresa, que já existiam embrionariamente através dos chamados convênios “INAMPS-EMPRESA”, se multiplicaram rapidamente.

O ambiente hiperinflacionário e a falta de políticas econômicas consistentes entre 1988 e 1994 impediram o funcionamento do SUS. Somente após o Plano Real[i], a posta em marcha das primeiras normas operacionais do SUS e o advento do programa de saúde da família foi possível ao SUS dar uma real resposta para a cobertura da população brasileira menos favorecida que não contava com um sistema de saúde voltado para as suas necessidades básicas.

Os anos noventa ainda foram fundamentais para estabelecer os limites e possibilidades de funcionamento da saúde suplementar no Brasil, com o advento da Lei 9656 de 1999, que regulamenta este mercado e posteriormente com a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS (Lei 9961) em junho de 2000.

Mas passados mais de 20 anos dessa legislação básica de suporte da saúde suplementar no Brasil, o mercado do setor sofreu grandes transformações, através de processos intensos de concentração e diversificação de estratégias de gestão e risco. Assim, no dia 2 de setembro de 2021, o Conselho Nacional de Saúde Suplementar (CONSU), órgão colegiado do setor que estabelece a política de regulação setorial, estabeleceu através de resolução o prazo de 60 dias para que ANS crie mecanismos para aumentar a transparência dos reajustes aplicados pelos Planos de Saúde das empresas, dado que a ANS somente regula até o momento os planos de saúde de indivíduos e famílias[ii]. Se espera que dessa forma, empresas e famílias de trabalhadores possam ter uma maior regularidade na provisão dos serviços de saúde que necessitam.

Na edição de Julho-Setembro de 2021, a Revista Visão Saúde, publicada pela Associação Brasileira de Medicina de Grupo de Empresas (ABRAMGE) publicou, em suas páginas 22-27 uma matéria baseada em um conjunto de entrevistas acerca da necessidade de aprimoramento do marco legal da saúde suplementar no Brasil[iii]. Como fui um dos entrevistados, coloco nesta postagem a íntegra da minha entrevista dada à jornalista Camila Souza.

*Entrevista para a Jornalista Camila Souza (ABRAMGE).

Fonte: Monitor de Saúde – 27/09/2021

Por André Cezar Medici