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sábado, 9 de outubro de 2021

A qualidade de vida e a saúde mental de mulheres após o diagnóstico de câncer de mama

 




Paula Benevenuto Hartmann

08 Oct. 2021


O termo “câncer de mama” pode ser entendido como uma expressão “guarda-chuva”, sob a qual designam-se diferentes formas de doenças malignas da mama. Este é o tipo de câncer mais incidente em mulheres no mundo, tendo sido estimados 2,3 milhões de novos casos no ano passado. No Brasil, o câncer de mama perde em incidência apenas para alguns tipos de tumores de pele (tipo não melanoma). É também esperado que o número de mulheres com a doença ou recuperadas dela aumente. Estudos sugerem que mulheres em tratamento para a doença possuem comprometimento da saúde mental e da qualidade de vida. Embora, uma parte deste grupo apresente recuperação cerca de 1 ano após o diagnóstico, outra parte irá manter essas alterações de forma prolongada. Neste mês de outubro, campanhas como o “Outubro Rosa”, buscam conscientizar sobre o câncer de mama.

 

Câncer de mama e saúde mental

No artigo Quality of life and mental health in breast cancer survivors compared with non-cancer controls: a study of patient-reported outcomes in the United Kingdom, publicado este ano no Journal of Cancer Survivorship, os autores pesquisaram a saúde mental e a qualidade de vida de mulheres que sobreviveram ao câncer pelo menos 1 ano após ao seu diagnóstico no Reino Unido.

Já se sabe que alguns fatores parecem estar ligados a uma pior qualidade de vida e pior saúde mental nesta população, como ter passado por quimioterapia, ter idade mais jovem ao diagnóstico, ter baixo status socioeconômico, apresentar sintomas nos membros superiores, linfedema ou fadiga persistente. Contudo, para estudar melhor as questões relativas à saúde mental (principalmente sintomas ansiosos e depressivos) e qualidade de vida dessas mulheres, os autores decidiram realizar um estudo transversal pareado.

A amostra de pacientes foi coletada nos serviços de atenção primária no Reino Unido, utilizando uma base de dados, e contavam com a participação dos centros de saúde e médicos que ali trabalhavam. Todas as mulheres deveriam ser adultas e acompanhadas no serviço público de saúde há pelo menos 2 anos. Elas foram alocadas, então, em 2 grupos: um de mulheres que eram seguidas no serviço público pelo menos 1 ano antes do diagnóstico da doença e que permaneceram sendo seguidas por pelo menos um ano após este diagnóstico e outro grupo de mulheres que não tinham história prévia de câncer (exceto de pele, tipo não melanoma), formando um grupo de controle. Foram revisados os prontuários das pacientes possivelmente elegíveis e, entre os meses de janeiro e outubro de 2019, a elas foram enviados os questionários por correio, já com as orientações para seu retorno após as respostas. As escalas enviadas avaliavam qualidade de vida, sintomas depressivos e ansiosos e dados sociodemográficos.

Saiba mais: USG adjuvante para detecção de câncer de mama entre mulheres com densidade mamária variável

Ao todo, 252 mulheres sem história de câncer e 356 sobreviventes da doença responderam e reenviaram os seus questionários. As mulheres do grupo controle tiveram uma média de idade de 65,5 anos, enquanto as sobreviventes de câncer eram, em média, um pouco mais novas, com 64,8 anos. A proporção de mulheres com um maior grau de escolaridade nos dois grupos foi semelhante (25%). Dentre as mulheres sobreviventes, o diagnóstico tinha ocorrido em média 8,1 anos antes, sendo que 54,4% tinham tumores localizados e 43,3%, doenças localmente invasivas. Ainda neste grupo, 99% foram tratadas com cirurgia — sendo 35% com mastectomia, 80% com radioterapia, 49% com hormonioterapia e 41% com quimioterapia.

Achados

Após a análise dos dados e o ajuste das análises estatísticas para diferentes variáveis de interesse, os autores perceberam que as mulheres sobreviventes de câncer de mama apresentavam mais sintomas de fadiga, disfunção sexual, problemas cognitivos e questões relacionadas à ansiedade do que aquelas do grupo controle. Os sintomas ansiosos encontrados ou estavam aumentados ou encontravam-se no limite para seu diagnóstico. Os riscos foram ainda maiores para as que apresentavam doença mais avançada ao diagnóstico ou que fizeram tratamento com quimioterapia.

Os fatores mais associados a uma pior qualidade de vida entre as mulheres sobreviventes foram:  tratamento com quimioterapia, doença mais avançada ao diagnóstico, idade mais jovem, encontrarem-se na pré-menopausa e ter um menor nível educacional. Observou-se também que mulheres mais jovens apresentaram um aumento de sintomatologia depressiva e ansiosa.

A literatura parece corroborar os achados encontrados, ou seja, que há um subgrupo de mulheres que sobreviveram ao câncer de mama e que terão um pior nível de qualidade de vida. Algumas fontes destacam que, em mulheres jovens, o fator mais determinante para piora da qualidade de vida foi a progressão da doença — o que não pôde ser bem avaliado neste trabalho, já que eram poucas as pacientes com doença ativa no momento da pesquisa. Os autores do presente estudo sugerem possíveis explicações para uma pior qualidade de vida entre mulheres jovens que sobreviveram ao câncer: preocupações que envolviam a fertilidade, os filhos pequenos e/ou questões relativas à imagem corporal. Também especulam que maiores pontuações em sentimentos positivos entre mulheres mais velhas — o que poderia ser compreendido como uma melhor qualidade de vida — poderiam ser efeito de um “crescimento pós-traumático” (post-traumatic growth). Neste caso, a experiência de um evento traumático permitiria às sobreviventes apreciarem melhor os momentos da vida.

Mensagem final

Estudos como estes são importantes por chamarem a atenção para o tema, estimularem mais pesquisas, trabalhos e até mudanças em termos de saúde pública. Segundo o artigo, 8 em cada 10 mulheres no Reino Unido com câncer de mama não foram avisadas de que poderia ocorrer um impacto de longo prazo sobre sua saúde mental. Além disso, 41% não receberam ajuda profissional para lidar com essas questões. Entretanto, sugere-se que a educação sobre este assunto deveria ser trabalhada com as pacientes o mais precocemente possível. Uma revisão de abordagens não farmacológicas com a intenção de melhorar a qualidade de vida dessas mulheres sugere que a prática de yoga e de outros exercícios físicos e o uso de psicoterapias, como mindfulness e terapia cognitivo-comportamental, são benéficas. Já no aspecto farmacológico, a equipe de saúde deveria discutir mais assuntos pertinentes, como questões relativas à sexualidade e seu funcionamento nesta fase.

Esta pesquisa possui vários méritos, mas a interpretação correta de seus resultados deve considerar os seguintes fatores: este trabalho, como muitos outros estudos transversais, obteve uma baixa taxa de resposta, não sendo possível excluir um viés de seleção; dentre os questionários que foram reenviados, nem todos foram completamente respondidos, tendo algumas perguntas permanecido sem resposta; não se pode descartar também a ocorrência de viés de informação; a presença de fatores confundidores também deve ser considerada; finalmente, é possível que algumas características da amostra dificultem a generalização de seus resultados.

Contudo, os resultados apontam que um subgrupo de mulheres sobreviventes do câncer de mama pode apresentar sintomas que interferem em sua qualidade de vida e na saúde mental. Isso é o suficiente para estimular que mais trabalhos e intervenções sejam feitos buscando pesquisar quais grupos de pacientes precisam de maior atenção e como direcionar este cuidado.





sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Deferência ou intervenção: a postura do STJ nas disputas por leitos de UTI-Covid

 

Descobrir os limites da intervenção judicial nas políticas públicas é desafio do contexto pandêmico brasileiro

LARA CAROLINE MIRANDA 01/10/2021 05:03

UTI equipada com respirador mecânico no Hospital Leonardo da Vinci, no Ceará / Crédito: Tatiana Fortes/Gov. do Ceará



No atual contexto pandêmico, em que o Brasil ultrapassou a marca dos 580.000 e, o mundo, dos 4,6 milhões de óbitos em decorrência da Covid-19, as controvérsias a respeito do quadro sanitário nacional movimentam o Poder do Judiciário, demandando soluções que, não raramente, impõem a análise das políticas públicas de enfrentamento à Covid-19 tomadas pelos poderes executivos nacionais.

A despeito da inexistência de consenso doutrinário a respeito dos indicadores que permitam avaliar em que medida o Poder Judiciário é deferente ao ato técnico da Administração ou interveniente nas políticas públicas, compreender como os Tribunais Superiores têm se comportado é assunto de interesse jurídico, sociológico e político.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem sido demandando a resolver uma série de questões afetas à pandemia. No presente artigo, as controvérsias a respeito da determinação de internação imediata de pacientes em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento da Covid-19 ganha relevância, com o objetivo de compreender qual o nível de sindicância efetuado pelo Tribunal sobre as políticas públicas implementadas pelos entes federados.

Nas Suspensões de Liminar e de Sentença – SLS nº 2.918 e 2.922, o município de Cuiabá e o estado de Mato Grosso, respectivamente, diante da negativa obtida no Tribunal de Justiça do Mato Grosso, pleitearam perante o STJ a suspensão de mais de duzentas liminares que determinavam a internação de pacientes com Covid-19 em leitos de UTI.

Em ambas as situações, o presidente da Corte, min. Humberto Martins, entendeu caracterizada lesão à saúde pública e suspendeu as liminares postuladas tendo, inclusive, estendido os efeitos de sua decisão para futuros casos similares.


quinta-feira, 7 de outubro de 2021

CCG Saúde promove iniciativas para campanha Outubro Rosa

07/10/2021



O CCG Saúde irá promover diversas ações engajadas na campanha Outubro Rosa, movimento internacional que promove a conscientização e a prevenção sobre o câncer de mama. Ao longo deste mês, será compartilhada uma série de orientações, dados e dicas para disseminar informações sobre o diagnóstico e o tratamento da doença. Além de iniciativas envolvendo o Hospital Humaniza, que atende pacientes oncológicos, estão previstos vídeos e mais conteúdos nas redes sociais da operadora de planos de saúde e parcerias estratégicas com a plataforma Grillo e o Projeto Camaleão.

O câncer de mama é o tipo de tumor que mais acomete mulheres em todo o mundo. Para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Além disso, a doença também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre a população feminina no Brasil. Nesse contexto, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais e aumentam as chances de cura.

Inaugurado em Porto Alegre (RS) no mês de junho, o Hospital Humaniza terá seu primeiro Outubro Rosa neste ano. Por isso, os profissionais da área assistencial estão com uma mudança em suas vestimentas, incorporando a cor rosa em suas máscaras e toucas, bem como somando ao uniforme o tradicional laço que faz alusão à campanha. No dia 8 de outubro, as pacientes oncológicas receberão um “dia de princesa”, com aula de automaquiagem e sessão de fotos, que posteriormente será exposta como decoração da recepção do Centro de Infusões do hospital. O local também recebeu um mural novo para as mulheres registrarem todos os momentos do tratamento no Humaniza.

Na segunda-feira (11), a partir de parceria com o Projeto Camaleão, os profissionais do Grupo CCG Saúde irão receber uma convidada especial, que vai falar sobre a importância do apoio e da humanização durante a caminhada de combate ao câncer. A palestra “Meu Nome não é Câncer” será ministrada pela presidente do Projeto Camaleão, Flávia Maoli, e disponibilizada a todos os colaboradores da empresa por meio da plataforma de educação corporativa. Ainda como extensão desta parceria com a instituição, serão gratuitas as corridas feitas pelo aplicativo de transporte Grillo que tiverem como destino a Clínica Mais, a Clínica da Mulher ou o Hospital Humaniza.

Nas redes sociais, especialmente em Instagram, Facebook e LinkedIn, o CCG Saúde terá uma série de posts ao longo de todo o mês, reforçando seu engajamento com o Outubro Rosa. Entre as publicações previstas está um vídeo com a história da paciente Andressa de Godoy, 30 anos de idade, diagnosticada com câncer de mama na 28ª semana de gestação. De maneira geral, os conteúdos visam desmistificar o tratamento e valorizar a vida.

Por fim, o CCG Saúde reforça seu serviço de check-up da mulher, disponível a todas as beneficiárias, que é realizado por uma equipe de enfermeiras especialista em saúde íntima.

A revisão acontece na Clínica Mais, localizada no Centro Histórico da Capital, sendo um meio célere e de qualidade manter todos os exames em dia. O agendamento está disponível pelo aplicativo da operadora de plano de saúde


EMPREENDEDORA CRIA CABINE DE TELEMEDICINA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS E CRESCE COM FRANQUIAS

Buratto Tele oferece consultas a partir de R$ 68; primeira unidade foi instalada dentro de farmácia, em São Paulo





Uma cabine acústica para atendimento médico, que pode ser instalada em locais de fácil acesso, como shopping centerssupermercadosfarmácias. Essa é a nova ideia de negócio da empreendedora Cássia Buratto, que também é dona da rede de franquias de coworking médico Buratto Consultórios. O novo modelo de negócio, chamado de Buratto Tele, já nasceu como uma microfranquia e acaba de inaugurar a primeira unidade em uma farmácia no centro de Mauá, na Grande São Paulo. A novidade foi antecipada a Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

A empreendedora explica que teve a ideia no começo do ano, quando começou a se perguntar sobre como levar mais atendimento médico de baixo custo para a população, a partir da lei aprovada em caráter emergencial na pandemia, que regulamenta a telemedicina. Os cerca de 250 médicos que já utilizam as sete unidades do Buratto Consultórios, e mais profissionais que estão sendo recrutados por meio de parcerias com empresas de RH médico, poderão se conectar à plataforma para atender os pacientes.

Atualmente, o paciente do Buratto Tele pode agendar a consulta por meio do WhatsApp da unidade, mas o plano é ter um aplicativo próprio. A ideia é que o negócio funcione com uma mecânica parecida com a do Uber: o médico disponível pega o atendimento. As consultas com clínico geral custam R$ 69,80, mas também é possível agendar horários com especialistas. Os pagamentos serão realizados prioritariamente por cartões de débito e crédito, e a consulta só é liberada após a confirmação.

A empreendedora calcula ter investido cerca de R$ 500 mil na concepção do novo negócio. O processo envolveu a produção da própria cabine, a parceria com uma healthtech para desenvolver o sistema próprio interligado ao tablet instalado dentro do espaço e soluções de sanitização, para que o ambiente seja desinfetado após cada uso.

Buratto diz que a inspiração também veio de um movimento que já tem acontecido nos Estados Unidos: varejistas e redes de farmácia, como Walmart, Walgreens e CVS, passaram a oferecer atendimento médico especializado. O Walmart Health, por exemplo, oferece de consultas a exames laboratoriais, em parceria com agentes locais de saúde.

A lei da telemedicina foi aprovada pelo Congresso em abril de 2020, e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, em caráter emergencial, para vigorar durante toda a crise sanitária de covid-19. Uma complementação aprovada em novembro do ano passado permitiu que, após a pandemia, a prática seja regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Buratto acredita que, mesmo ainda em caráter emergencial, o futuro da telemedicina será próspero. Ela se baseia nos resultados obtidos pelas startups do segmento, por exemplo. Só no último mês de julho, as healthtechs brasileiras captaram US$ 33,1 milhões em cinco aportes, o segundo melhor desempenho do setor de startups, atrás apenas das fintechs.




Além disso, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que representa operadoras com mais de 9 milhões de beneficiários, aponta a realização de 4,12 milhões de teleatendimentos desde abril de 2020 até o último mês de julho. 

“Acredito que alguns pilares devem sustentar o modelo nos próximos anos: investimentos realizados e ainda previstos no setor para implementar o sistema, a grande aceitação dos pacientes com o novo modelo e a própria comunidade médica que tem aprovado o sistema”, diz a empreendedora.

O investimento total para ter uma unidade do Buratto Tele é a partir de R$ 45 mil. O valor inclui a taxa de franquia e os equipamentos. O franqueado fará a gestão do ponto e deverá disponibilizar funcionários, que ficarão do lado de fora da cabine, para auxiliar os pacientes

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios – 31/08/2021

Por Paulo Gratão


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

CPI questiona nesta quarta diretor da Agência Nacional de Saúde sobre ações contra Prevent Senior

 

Senadores vão cobrar de Paulo Rebello Filho providências contra operadora acusada de ocultar mortes de pacientes por Covid e de pressionar médicos pela prescrição de remédios ineficazes.

Por g1 — Brasília

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve nesta quarta-feira (6) o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho.

A ANS, autarquia vinculada ao Ministério da Saúde, é responsável por fiscalizar a atuação de operadoras de plano de saúde e aplicar penalidades a essas empresas. Senadores querem que Paulo Roberto Rebello Filho preste esclarecimentos sobre as ações que a agência reguladora tomará diante das denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior.

A Prevent Senior é acusada de ocultar mortes de pacientes por Covid-19 e de pressionar médicos a prescreverem remédios ineficazes contra a doença. O plano de Saúde também é suspeito de participar de um "gabinete paralelo" do Palácio do Planalto, que, para a CPI, orientava o presidente Jair Bolsonaro sobre condutas durante a pandemia.


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A empresa nega as acusações e afirma que sempre atuou dentro de parâmetros éticos e legais. O plano de saúde diz ainda que sempre respeitou a autonomia dos médicos e nega fraude em estudo realizado para testar eficácia da hidroxicloroquina no combate à Covid-19.

No último dia 22, à CPI, o diretor-executivo da Prevent Senior negou que a operadora de saúde tenha omitido dados sobre mortes de pacientes infectados com a Covid durante a realização de um estudo no qual foram aplicados medicamentos ineficazes para a doença.

O requerimento de convocação de Paulo Rebello Filho é de autoria do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar destaca que compete à ANS o papel de polícia administrativa na fiscalização dos planos de saúde.

"Requer-se a convocação do atual diretor-presidente da ANS, para que preste esclarecimentos sobre as ações e medidas adotadas pela referida agência reguladora para coibir e responsabilizar irregularidades praticadas pela operadora de plano de saúde Prevent Senior ao longo da pandemia de Covid-19", afirma Randolfe.

Envolvimento com Ricardo Barros

Os senadores também pretendem questionar Paulo Roberto Rebello Filho sobre o seu relacionamento com um dos investigados pela comissão: o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados.

Paulo Rebello Filho foi chefe de gabinete do Ministério da Saúde, quando Ricardo Barros era ministro da Saúde do governo do ex-presidente Michel Temer. Ao longo da CPI, surgiram denúncias de ilegalidades que teriam sido cometidas na pasta durante a gestão de Barros.

Antes disso, o atual diretor-presidente da ANS teria ocupado outros cargos públicos no governo por indicação do PP.


HOSPITAIS CANCELAM EXAMES E TRATAMENTOS DE CÂNCER POR FALTA DE RADIOFÁRMACOS DO IPEN


 

Liberação de verba do governo federal ainda não regularizou a produção; A.C.Camargo Cancer Center e Hospital de Amor estão entre os que já suspenderam parte dos atendimentos


Hospitais brasileiros vão cancelar ou adiar procedimentos por causa do desfalque na produção de radiofármacos gerado por um corte de verba federal no Ipen (Instituto de pesquisas Energéticas e Nucleares). A maior parte dos afetados são pacientes que fazem tratamento contra câncer.

No estado de São Paulo, segundo a Folha apurou, há pelo menos dois centros de referência nos cuidados com a doença que tiveram de mudar suas agendas, o A.C.Camargo Cancer Center, na capital paulista, e o Hospital de Amor, em Barretos (SP).

A crise orçamentária que atinge o instituto, órgão vinculado ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e à CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), estava prevista desde a terça-feira da semana passada, dia 14. Na data, foi enviado um ofício informando que haveria a paralisação da produção dos medicamentos a partir do dia 20.

Diante do cenário, o governo Jair Bolsonaro (sem partido), por meio do Ministério da Economia, liberou na quarta-feira (22) aproximadamente R$ 19 milhões para suprir a demanda de hospitais e clínicas. Mesmo com essa medida, porém, as instituições já passam por problemas para conciliar tratamentos e diagnósticos nas próximas semanas.

Eduardo Lima, médico especialista em medicina nuclear do A.C.Camargo Cancer Center, afirma que a instituição já planeja suspender ou reduzir tratamentos e diagnósticos que utilizam radiofármacos. “O fato [de o Ipen] retomar as produções não é uma questão imediata e não vai resolver o problema agora.”

No caso de tratamentos que usam esses tipos de medicamentos, como o iodo radioativo, aplicado contra o câncer de tireoide, o médico diz que a previsão é transcorrer as próximas duas semanas com os procedimentos completamente suspensos —até que as entregas do Ipen se normalizem por meio da verba emergencial anunciada.

Já em relação a diagnósticos, estão prejudicados exames como as cintilografias, que são feitas com um material radioativo chamado tecnécio. No A.C.Camargo, elas serão reduzidas na próxima semana. A volta ao padrão normal só deve ocorrer a partir de 4 de outubro.

“Nós estamos priorizando os pacientes que precisam de diagnósticos necessários para cirurgias de mama e do melanoma, porque elas precisam de procedimentos da medicina nuclear antes de serem executadas”, afirma Lima.

Outra instituição que passa por dificuldades pela falta dos produtos do Ipen é o Hospital de Amor, no interior paulista. Por semana, o local atende em média 300 pacientes fixos que precisam fazer diagnósticos com radiofármacos. Além desses, existem enfermos de outros centros que são encaminhados para esse tipo atendimento na instituição.

Segundo Marcelo José Santos, vice-coordenador do departamento de medicina nuclear do hospital, até agora a distribuição foi suficiente para atender toda a demanda da instituição, mas, a partir da próxima semana, é estimado que já não contará com nenhum material radioativo para diagnóstico ou tratamento dos pacientes.

No caso das pessoas com câncer de tireoide, o médico afirma que “o paciente, para fazer esse tratamento, precisa de um preparo de um mês”. “Os pacientes que receberiam esse medicamento na semana que vem já estão há um mês em preparação, mas não poderão receber”, lamenta.

Em relação à compra de radiofármacos pela iniciativa privada, Santos afirma que não é uma saída viável, principalmente por causa do preço, que é basicamente o dobro do valor praticado pelo Ipen, mas também porque poucas empresas atendem esse mercado no Brasil. Elas não conseguem suprir toda a demanda do país, ele diz.

Lima também indica que a importação não é uma possibilidade quando se leva em consideração a urgência da falta de medicamentos, uma vez que, para fazer a transação, é necessário se cadastrar em uma lista de espera junto aos produtores internacionais para adquirir os materiais.



Folha teve acesso a dois ofícios do Ipen enviados a algumas instituições de saúde. Nos documentos, o órgão afirma que a produção de iodo-131 e lutécio-177, ambos para tratamento de doenças, será feita em 11 de outubro. Enquanto isso, os geradores de tecnécio serão fornecidos a partir do dia 4 do próximo mês.

Além disso, a Folha apurou que o instituto terá condições de produzir novos radiofármacos somente até meados da segunda quinzena de outubro com o aporte emergencial de R$ 19 milhões. Caso um novo orçamento não seja liberado, a produção poderá parar outra vez, trazendo novos problemas para centros de saúde do país.

Contatado para comentar essas novas informações, o Ipen não respondeu até a conclusão desta reportagem. Na última terça-feira (21), o órgão já havia indicado à Folha que seria necessário entrar em contato com o MCTI para obter posicionamentos.

O ministério, no entanto, também não respondeu aos questionamentos sobre a retomada na produção.

Na quarta-feira (22), a pasta divulgou uma nota afirmando que a verba de R$ 19 milhões tem caráter extraordinário. Segundo escrevem, é necessária a aprovação do projeto de lei n° 16/2021 para liberar outro orçamento, no valor de R$ 34 milhões, para manter a produção dos radiofármacos.

O ministério ainda afirma nesta mesma nota que será necessária a aprovação de outro projeto de lei com liberação de R$ 55 milhões para que o Ipen tenha sua produção funcionando de forma plena até o final do ano.

Para Santos, a única solução viável seria o instituto voltar a ter a verba integral para custear toda a produção sem interrupções. Caso contrário, o Hospital de Amor, assim como outros pelo Brasil, precisará encerrar procedimentos envolvendo radiofármacos.

“Não dar para ficar nesse ‘pingue-pongue’, que uma hora recebe [verba], produz [o material] e depois para [as atividades]”, conclui.

Fonte: Folha de S. Paulo – 25/09/2021

Por Samuel Fernandes

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Schulz lança primeiro compressor de pistão isento de óleo com inversor de frequência do Brasil

 


Schulz, maior fabricante de compressores de ar da América Latina, lança a linha de Compressores de Ar Isentos de Óleo Flex equipado com inversor de frequência, uma novidade no mercado brasileiro. A tecnologia permite controlar a vazão de ar de acordo com o uso, mantendo a pressão estável durante o processo e garantido vazão extra em momentos de alta demanda.

O uso do inversor gera maior economia de energia, aumentando a produtividade e a eficiência dos processos. Isso se explica pela capacidade de controle da velocidade do motor do compressor, o que torna o consumo de energia adequado à demanda e evita picos de corrente elétrica. Além disso, o inversor tem a função adicional de proteger o compressor contra a falta de fase e sobrecorrentes e de suavizar a partida do motor, características que aumentam a vida útil dos principais componentes mecânicos.

Outra vantagem do equipamento é a interface digital que permite monitorar os parâmetros técnicos e horas trabalhadas, o que possibilita visualizar e programar as manutenções do equipamento. O compressor conta ainda com reservatório de ar e válvulas de segurança em conformidade com a ASME (Sociedade Norte-americana de Engenheiros Mecânicos) e Inmetro (Portaria nº 120 de 12/03/2021), e pintura interna do reservatório com aditivo antibacteriano, itens que garantem a segurança e saúde dos usuários.

Os Compressores de Ar Isentos de Óleo Flex da Schulz são ideais para ambientes clínicos e laboratoriais, como hospitais e consultórios médicos e odontológicos, além de atividades industriais com processos críticos, tais como indústria química, de alimentos e cosméticos. O fato de ser isento de óleo, agrega ao lançamento o diferencial de operar com eficiência em condições de baixa velocidade por não necessitar de lubrificação dos componentes.

O gerente de produtos, Evandro Santos, lembra que quando a tecnologia de inversores de frequência chegou ao mercado representava um custo elevado para os produtos. “Agora a nossa equipe técnica conseguiu aperfeiçoar o uso dessa tecnologia e desenvolveu produtos que possibilitam investimentos com uma relação custo-benefício bem equilibrada”, comenta.

O retorno do investimento é calculado em até dois anos, se considerado o uso do compressor por 13h/dia, nos sete dias da semana.

Tecnologia

A Schulz, maior fabricante de compressores de ar da América Latina, lança a linha de Compressores de Ar Isentos de Óleo Flex equipado com inversor de frequência, uma novidade no mercado brasileiro. A tecnologia permite controlar a vazão de ar de acordo com o uso, mantendo a pressão estável durante o processo e garantido vazão extra em momentos de alta demanda.

O uso do inversor gera maior economia de energia, aumentando a produtividade e a eficiência dos processos. Isso se explica pela capacidade de controle da velocidade do motor do compressor, o que torna o consumo de energia adequado à demanda e evita picos de corrente elétrica. Além disso, o inversor tem a função adicional de proteger o compressor contra a falta de fase e sobrecorrentes e de suavizar a partida do motor, características que aumentam a vida útil dos principais componentes mecânicos.

Outra vantagem do equipamento é a interface digital que permite monitorar os parâmetros técnicos e horas trabalhadas, o que possibilita visualizar e programar as manutenções do equipamento. O compressor conta ainda com reservatório de ar e válvulas de segurança em conformidade com a ASME (Sociedade Norte-americana de Engenheiros Mecânicos) e Inmetro (Portaria nº 120 de 12/03/2021), e pintura interna do reservatório com aditivo antibacteriano, itens que garantem a segurança e saúde dos usuários.

Os Compressores de Ar Isentos de Óleo Flex da Schulz são ideais para ambientes clínicos e laboratoriais, como hospitais e consultórios médicos e odontológicos, além de atividades industriais com processos críticos, tais como indústria química, de alimentos e cosméticos. O fato de ser isento de óleo, agrega ao lançamento o diferencial de operar com eficiência em condições de baixa velocidade por não necessitar de lubrificação dos componentes.

O gerente de produtos, Evandro Santos, lembra que quando a tecnologia de inversores de frequência chegou ao mercado representava um custo elevado para os produtos. “Agora a nossa equipe técnica conseguiu aperfeiçoar o uso dessa tecnologia e desenvolveu produtos que possibilitam investimentos com uma relação custo-benefício bem equilibrada”, comenta.

O retorno do investimento é calculado em até dois anos, se considerado o uso do compressor por 13h/dia, nos sete dias da semana.

Tecnologia

 O inversor de frequência é um dispositivo elétrico/eletrônico que tem como principal função atuar no controle automático de velocidade do motor de uma máquina/equipamento, como é o caso do motor do compressor de ar.

O controle via inversor gera um sistema de velocidade variável que fornece apenas a quantidade de ar comprimido necessária na aplicação. Dessa forma, se a demanda de ar comprimido flutuar, o inversor faz com que a vazão se ajuste automaticamente, evitando desperdícios e gerando uma grande economia de energia elétrica.

Schulz Compressores

A Schulz Compressores é a maior fabricante de compressores de ar da América Latina. É uma empresa genuinamente brasileira e catarinense, com matriz em Joinville (SC), e reconhecida como uma das mais completas fábricas de compressores de ar do mundo. A empresa oferece ao mercado residencial, profissional e industrial uma linha completa na geração, tratamento e armazenamento de ar comprimido. Além de compressores alternativos de pistão, diafragma e parafuso de 5 a 250 hp, dispõe de secadores de ar por refrigeração e adsorção, filtros de linha e coalescentes, separadores de condensado, ferramentas pneumáticas e acessórios para aplicações residenciais, profissionais e industriais.

 

O inversor de frequência é um dispositivo elétrico/eletrônico que tem como principal função atuar no controle automático de velocidade do motor de uma máquina/equipamento, como é o caso do motor do compressor de ar.

O controle via inversor gera um sistema de velocidade variável que fornece apenas a quantidade de ar comprimido necessária na aplicação. Dessa forma, se a demanda de ar comprimido flutuar, o inversor faz com que a vazão se ajuste automaticamente, evitando desperdícios e gerando uma grande economia de energia elétrica.

Schulz Compressores

Schulz Compressores é a maior fabricante de compressores de ar da América Latina. É uma empresa genuinamente brasileira e catarinense, com matriz em Joinville (SC), e reconhecida como uma das mais completas fábricas de compressores de ar do mundo. A empresa oferece ao mercado residencial, profissional e industrial uma linha completa na geração, tratamento e armazenamento de ar comprimido. Além de compressores alternativos de pistão, diafragma e parafuso de 5 a 250 hp, dispõe de secadores de ar por refrigeração e adsorção, filtros de linha e coalescentes, separadores de condensado, ferramentas pneumáticas e acessórios para aplicações residenciais, profissionais e industriais.