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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Hospital Memorial São José realiza cirurgia urológica inédita no Norte-Nordeste

 

06/12/2021


O Hospital Memorial São José, da Rede D’Or, no Recife (PE), realizou um procedimento inédito no Norte-Nordeste. A cirurgia de Urolift, procedimento urológico minimamente invasivo para implantes de grampos intra-prostáticos e desobstrução do canal prostático, foi realizada em três pacientes para tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). Os procedimentos foram realizados pela equipe do cirurgião urológico Tibério Moreno Jr e contou com a assistência do especialista em cirurgia urológica André Berger, que atua no hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS) e na Universidade do Sul da Califórnia.

O Urolift é um avanço em relação às técnicas de tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna, pois é considerado o menos invasivo do mundo para tratamento da doença. A cirurgia é realizada com anestesia ambulatorial, com leve sedação, e o paciente recebe alta no mesmo dia. “O procedimento Urolift é um grande avanço, pois os pacientes apresentam dor mínima, recuperação rápida e não causa disfunção erétil e nem ejaculação retrógrada”, destaca o cirurgião urológico Tibério Moreno Jr. De acordo com o especialista, em dois dias os pacientes voltam às suas atividades normais.

A cirurgia é indicada para pacientes que apresentam sintomas urinários como dificuldade para urinar, que vão bastante ao banheiro e que possuem o jato urinário fraco. Também é indicado para pacientes que já tomam medicamentos para a próstata e que estão apresentando disfunção erétil e ejaculação retrógrada. Esses grupos são formados, normalmente, por homens a partir de 50 anos. O procedimento é realizado com aplicação endoscópica de grampos na uretra prostática, levando a uma abertura da próstata e, consequentemente, fazendo o paciente urinar melhor.

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) caracteriza-se por um aumento da próstata que surge naturalmente com a idade na maioria dos homens. Os primeiros sintomas são a vontade frequente de urinar, dificuldade para esvaziar completamente a bexiga ou presença de um jato de urina fraco, que surgem normalmente a partir dos 50 anos. A HPB acomete cerca de 70% dos homens acima de 60 anos e 80% acima de 70 anos. Por isso é de fundamental importância o acompanhamento rotineiro com um urologista para que o tratamento seja iniciado precocemente.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Em um ano, custo por paciente com Covid-19 em UTI aumenta 52% e se aproxima de R$ 100 mil

 

03/12/2021


Embora as internações por Covid-19 tenham despencado desde o início da campanha de vacinação, o custo por paciente com a doença em uma internação UTI está em patamares máximos na pandemia. É o que aponta estudo da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) a partir de dados coletados com seis operadoras associadas à entidade, que representam 25% do total de beneficiários da saúde suplementar.

Os custos por internação Covid-19 (UTI), em setembro/20, estavam em R$ 63.966 em média, por paciente. Após um ano, esse número saltou para R$ 97.328, valor 52,2% a mais. Em relação a agosto/21, os valores de setembro/21 se mostram estáveis, porém, a estabilidade se dá em níveis muito altos.

Fonte: FenaSaúde (projeção baseada nos dados de seis associadas, que representam 25% dos beneficiários de planos médico-hospitalares)

“É muito preocupante essa estabilidade dos custos em patamares tão expressivos, os maiores da série histórica e podem trazer consequências para a sustentabilidade do sistema. Além disso, infelizmente, os beneficiários sentirão os reflexos dos custos altos no reajuste do ano que vem”, ressalta a diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente.

A FenaSaúde entende que os dados são reflexo da variação cambial, aumento de custos logísticos e das incertezas na economia brasileira, que refletem na escalada de preços. Mas não é só isso. “Infelizmente, há uma característica comercial brasileira muito comum: depois que os preços aumentam por uma necessidade econômica do momento, passado isso, dificilmente eles voltam a cair”, explica Vera Valente.

No geral, as despesas das operadoras de saúde deram um salto: de R$ 77,580 bilhões, no 1º semestre de 2020, para R$ 96,901 bilhões, no mesmo período deste ano, um crescimento de 25%.

Número de beneficiários em alta

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou recentemente dados relativos aos números de beneficiários de planos de saúde. Em setembro, o setor se manteve em crescimento e totalizou 48.566.216 usuários em planos de assistência médica, número recorde desde abril de 2016. Em planos exclusivamente odontológicos são 28.764.725 beneficiários.

Em um ano, já são 1.548.701 novos beneficiários de planos médico-hospitalares, um crescimento de 3,3% em relação a setembro de 2020. No comparativo de setembro com agosto, o crescimento foi de 186.773 mil usuários. Já nos planos exclusivamente odontológicos, foi registrado aumento de 2.593.020 beneficiários em um ano – o que representa 9% de crescimento no período – e de 402.609 em um mês (comparativo com agosto).

O aumento no número de beneficiários de planos de assistência médica em relação a setembro de 2020 foi notado em 25 dos 26 estados brasileiros. Com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Paraná, que apresentaram, em números absolutos, o maior número de beneficiários. Entre os odontológicos, todas as unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual, sendo também São Paulo, Minas Gerais e Paraná os estados com maior crescimento em números absolutos.

Para a FenaSaúde, entidade que representa os 15 maiores planos do país, é fundamental incentivar esse crescimento, a fim de garantir que mais pessoas tenham acesso à saúde suplementar. E isso passa por mudanças profundas no Marco Legal da saúde suplementar que está em discussão no Congresso Nacional. Entre elas, maior segmentação, com mais modalidades de cobertura; novos modelos de franquias e coparticipação; e mais liberdade para a comercialização de planos individuais, com regras competitivas para preços e reajustes.

“Outro ponto importante é diversificar e ampliar os tipos de coberturas que podem ser oferecidos, a chamada modulação de produtos, pois hoje são apenas cinco opções, restringindo a criação de opções adequadas para o perfil de cada família ou empresa”, conclui a diretora executiva da FenaSaúde.

domingo, 5 de dezembro de 2021

BP amplia modelo de atendimento oncológico integrado com nova ala de consultórios


 03/12/2021

O Centro de Oncologia e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo está ampliando seu atendimento com a abertura de mais um ambulatório de oncologia, localizado no Hospital BP, referência no tratamento da doença na capital paulista. A inauguração reforça a excelência da instituição, ao ampliar um modelo de trabalho renomado e oferecer diagnóstico, tratamento integrado e reabilitação em um só local, colocando o paciente no centro do cuidado.

“A ampliação reforça o conceito de cancer center da BP, com um núcleo de excelência que visa integrar a multidisciplinaridade no mesmo local”, afirma Ricardo Hutter, diretor executivo do Hospital BP. O modelo de cancer center permite o rastreio, o tratamento e a reabilitação de casos oncológicos no mesmo lugar. Ele oferece cuidado integrado de saúde para pacientes com câncer e doenças onco-hematológicas, permeando todos os serviços oferecidos pela instituição, desde prevenção, diagnóstico e até tratamentos.

O novo espaço é um modelo multidisciplinar e eficiente, pois oferecerá oncologia clínica, cirúrgica e equipe multiprofissional em um só local. Todas as áreas da oncologia serão cobertas incluindo câncer de mama, pulmão, tumores gastrointestinais, genitourinários, ginecológicos, tumores cerebrais, melanoma e outros cânceres de pele e sarcomas.

Para o médico Antônio Buzaid, diretor médico geral do Centro de Oncologia e Hematologia da BP, a jornada do paciente ganhará mais eficiência com o novo espaço. “Os pacientes contarão com uma jornada otimizada, ainda mais ágil e efetiva, uma vez que as especialidades necessárias em seus tratamentos estarão integradas”, diz.

Com um grupo extenso e renomado focado no tratamento do câncer, o Centro de Oncologia e Hematologia da BP trabalha com o conceito do paciente no centro. “Antigamente, as pessoas se adequavam ao tratamento do câncer. Hoje, o tratamento deve se adequar às pessoas. Deixamos de lado a ideia de tratar todos do mesmo jeito para dar o melhor para cada um. É a personalização do tratamento, com a Medicina 4P – Prevenção, Predição, Participação e Personalização”, diz o Dr. Buzaid.

A inauguração também amplia em 80% o volume de consultórios na unidade, que passa de 10 para 18 salas, e deve incrementar em 27% o número de atendimento ambulatorial a pacientes oncológicos na instituição como um todo. O Centro de Oncologia da BP também iniciou um novo grupo cirúrgico, focado em cabeça e pescoço. Esse núcleo de excelência conta com uma equipe de renomados cirurgiões na área, ampliando as especialidades do Centro de Oncologia da instituição.

 

sábado, 4 de dezembro de 2021

Hospital Samaritano Higienópolis passa a realizar transplante de fígado em crianças


 03/12/2021


O Hospital Samaritano Higienópolis, da Rede Americas em São Paulo (SP), reconhecido e certificado internacionalmente pelo transplante de rim pediátrico, anuncia que a partir de agora está apto a realizar transplante hepático em crianças. O serviço está em vigor há pouco mais de um mês e já executou dois procedimentos.

O fígado é o segundo maior órgão do corpo e é considerado uma região de conexão entre o sistema digestório e o sangue. Ele trabalha como um purificador e regulador do sangue, que transforma substâncias toxicas em inofensivas, extraindo as células mortas e coagulando o sangue. Além disso, o órgão absorve e armazena os nutrientes derivados dos alimentos, transformando-os em substâncias usadas em outras localidades do organismo.

Segundo a presidente do Departamento Científico de Hepatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Dra Gilda Porta, as crianças podem apresentar doenças que comprometam o órgão, impedindo o bom funcionamento e tendo como alternativa para melhor qualidade de vida o transplante. As doenças mais comuns são doenças obstrutivas (atresia de vias biliares), colestases familiares e cirroses de varias etiologias. Atualmente, no Brasil, cerca de 400 crianças aguardam por um transplante de fígado.

“O transplante pode ocorrer de duas maneiras, com o doador falecido, quando o fígado é retirado de uma pessoa que está em morte cerebral ou inter vivos, que é retirado apenas uma parte do fígado do doador (familiar). Nestes casos, somente adultos podem ser considerados como potenciais doadores”, explica a especialista.

O Hospital Samaritano Higienópolis, conta uma equipe multidisciplinar especializada em transplantes, formada por pediatras, hepatologistas pediátricas, cirurgiões especializados em cirurgia de fígado e vias biliares e em transplante hepático, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, entre outros profissionais.

Referência Internacional em Transplante Pediátrico 

Em outubro de 2019, o Hospital Samaritano Higienópolis conquistou o primeiro e único certificado do mundo de distinção concedido pela Joint Commission International por Transplante de Rim Pediátrico. O projeto tem vocação para preparo, realização e seguimento de transplantes renais em crianças de baixo peso, sendo uma das maiores casuísticas do mundo nessa faixa etária.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

SindHosp orienta hospitais para criteriosa anamnese epidemiológica para identificar variante Ômicron

 

02/12/2021


Em coletiva de imprensa, o SindHosp – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo informou que está orientando os serviços de saúde – hospitais, clínicas e laboratórios – para que redobrem atenção na anamnese epidemiológica de pacientes suspeitos com Covid-19. Importante incluir no questionário perguntas para saber se o infectado esteve no exterior e em quais cidades circulou no país. Toda informação deve ser comunicada imediatamente às autoridades sanitárias para que possa auxiliar na estratégia de contenção da nova cepa do vírus.

Destacou o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, que os hospitais privados respondem por 60% do atendimento do SUS no estado e os planos de saúde – por meio dos hospitais – atendem 37% da população paulista. “Lembro que o primeiro vírus da Covid-19 foi detectado no Brasil pelo Hospital Albert Einstein, que atendeu o paciente vindo da Itália. E neste momento também foi no Einstein detectada a nova cepa em dois pacientes vindos da África do Sul”, alerta o médico.

Aumento de testes

O SindHosp levantou também uma importante questão para o mapeamento da nova cepa. Para Balestrin, aumentar a testagem aumenta a chance de se identificar eventuais mudanças genéticas e a identificação da nova variante.

Hospitais estão preparados para uma nova onda?

O aparato dos hospitais para o atendimento de pacientes com Covid-19 foi desmobilizado em decorrência da queda de internações e a desocupação dos leitos clínicos e de UTI no estado de São Paulo. Na última pesquisa SindHosp realizada em novembro 2021 (de número 20), apenas 14,71% dos leitos clínicos encontravam-se ocupados enquanto a ocupação da UTI para o paciente Covid-19 estava em 20,5%.

“No entanto, os mais de 18 meses da Covid-19 permitiram acumular um aprendizado da pandemia com o treinamento de profissionais e a aquisição de equipamentos o que nos deixa mais ágeis e preparados para enfrentar uma nova situação”, destaca Balestrin.

“A UTI Covid-19 necessita de equipamentos especiais e uma equipe altamente especializada. Caso haja uma nova onda, teremos que ter um prazo para mobilizar novamente toda a estrutura. Por este motivo, ainda acreditamos ser muito importante a manutenção de medidas sanitárias como o uso de máscaras em ambientes fechados, a lavagem de mãos e se evitar aglomerações, sendo imprescindível a vacinação em massa. Soma-se ainda a necessidade da implantação de barreiras sanitárias nos portos e aeroportos, com critérios específicos, para se evitar o alastramento da nova cepa”, destaca.

A trajetória das 20 pesquisas SindHosp aponta desafios

A experiência do SindHosp com as 20 pesquisas Covid-19 levantou os problemas enfrentados no combate à pandemia, apontou tendências e orientou gestores públicos e privados e a população sobre os movimentos da pandemia. “E esta experiência nos prepara e nos avaliza para novos enfrentamentos”, enfatiza o presidente do SindHosp.

Entre os principais problemas apontados pelos hospitais no combate à pandemia destacam nas pesquisas a falta de médicos (78% dos hospitais apontam falta de médicos nas pesquisas de março e abril de 2021); 61% apontam aumentos abusivos de preços de EPIs (fevereiro 2021); 58% apontaram a dificuldade de reposição de estoques de materiais e medicamentos; 81% dos hospitais apontam a falta de profissionais de saúde como problema em praticamente todas as pesquisas.

“Não há sistema de saúde que suporte uma demanda exagerada de pacientes Covid-19 de uma só vez. Para se evitar o colapso da rede de saúde, o poder público precisa criar uma ampla estratégia, com integração da atenção primária dos setores público e privado para o enfrentamento ao vírus, usando preferencialmente, estratégias de prevenção”, frisa o médico.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Menor marca-passo do mundo chega ao Brasil

 

01/12/2021


Segundo dados do Censo Mundial de Marca-passos e Desfibriladores, cerca de 300 mil brasileiros utilizam marca-passos no país e aproximadamente 49 mil realizam o implante desse tipo de dispositivo por ano. Estigmatizado como um dispositivo que pode sinalizar possíveis limitações de saúde, os relatos de os pacientes que os utilizam apontam um outro conceito – a oportunidade de viver e exercer atividades que exigem esforços físicos, antes limitadas por um problema elétrico do coração.

Especialista no desenvolvimento de marca-passo, a Medtronic lança o primeiro dispositivo sem os cabos-eletrodos, ou seja, sem os condutores que levam o impulso elétrico. O tamanho do dispositivo impressiona. São apenas 20mm de comprimento, similar a uma cápsula de vitamina, e é o menor do mundo, pesando menos de 2g. O design minúsculo permite que o implante seja minimamente invasivo. Os marca-passos tradicionais deixam uma elevação visível na pele na região acima do coração. No caso do Micra, a discrição é preservada, dando liberdade aos pacientes que não ficam com traumas estéticos e possam praticar exercícios físicos.

A inexistência de eletrodos reduz o risco de infeção grave causada pelo contato dos cabos com a corrente sanguínea e elimina as infecções da pele do tórax no local do implante. Não é incomum alguns pacientes precisarem fazer a extração dos cabos-eletrodos por conta do grau de infecção, microfraturas ou tromboses causadas pelos extensos eletrodos. Entretanto, o maior benefício do Micra está na performance do equipamento, e de como ele preserva o sistema venoso, área responsável por transportar o sangue desoxigenado para o coração.

Isso quer dizer que, além de eliminar o risco de infecção, a área venosa fica conservada para a necessidade de tratamentos futuros, como hemodiálise ou quimioterapia. Outro destaque é a durabilidade da bateria, de até 12 anos. A maioria dos dispositivos convencionais têm durabilidade de 6 a 8 anos em média.

Para Carlos Eduardo Duarte, cardiologista especializado em estimulação cardíaca da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, o dispositivo é uma grande revolução e aguardado há muitos anos pelos especialistas.

Segundo o Dr. Duarte, o marca-passo é indicado para reverter qualquer diminuição da pulsação cardíaca que põe a vida em risco. “O ser humano nasce com o ritmo normal de 150 batimentos por minuto. Com o passar dos anos, essa frequência costuma cair. Se chegar a menos de 50 batidas por minuto, pode ser indício de bradicardia e merece atenção. No entanto, nem toda braquicardia necessitará de reversão. É preciso considerar a rotina do paciente, se ele é um atleta ou uma pessoa sedentária, para diagnosticar a necessidade de intervenção”, explica.

A necessidade de implantação de marca-passos tem aumentado com o envelhecimento da população. No Brasil ainda impera um falso conceito de uso de marca-passo somente como última opção terapêutica. Se comparado aos países vizinhos, Argentina e Uruguai, o número de implantes do país é significamente menor, o que reflete diretamente no aumento de doenças cardíacas e óbitos.

“É importante ressaltar três pontos para conscientizar a população. Primeiro, a maioria das mortes causadas por diminuição da frequência cardíaca poderiam ser evitadas. Segundo, houve uma evolução no processo de implantação de marca-passos, hoje em dia, já não precisa abrir a caixa torácica e agora dispensará os cabos-eletrodos. Terceiro, o marca-passo não é um vilão, muito pelo contrário, depois de implantado há uma melhora significativa na disposição e qualidade de vida, além de prevenir fatalidades”, conclui o médico da BP, hub de saúde reconhecido como um dos melhores do mundo em cardiologia e um dos pioneiros no implante do Micra no Brasil.

O procedimento com o Micra foi realizado em outros países e tem se mostrado muito seguro e com baixas taxas de complicações durante o procedimento. O dispositivo é o mais revolucionário do mercado e, no Brasil, há poucos especialistas aptos a implantar esse equipamento, que será introduzido pelo acesso femoral. A inovação não está incorporada no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e nem no SUS (Sistema Único de Saúde).

Alerta

O cardiologista alerta para os sintomas de tontura, cansaço, perda de desempenho físico, convulsões, desmaios ou até perdas da consciência. São sinais que podem indicar braquicardia, com necessidade de implante de marcapasso. Casos esses sinais sejam identificados, é preciso procurar imediatamente um cardiologista especialista em arritmias cardíacas.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Hospitais não serão mais como conhecemos”: Especialistas abordam como será a medicina após pandemia

 

01/12/2021


“A pandemia é uma grande oportunidade para repensar e reimaginar a medicina, e passar do tratamento de doenças para garantir cuidados de saúde”, disse Daniel Kraft, cientista das universidades de Stanford e Harvard e palestrante principal do evento Celebrate Life: Science Changes Our Lives. O encontro reuniu os principais especialistas em saúde da América Latina e do mundo para discutir sobre a ciência e o que deve ser reformulado após uma pandemia que revolucionou a forma de trabalhar com saúde.

Na cerimônia, que celebrou o aniversário de 125 anos da Roche, Daniel Kraft falou sobre como a tecnologia determinará o futuro da saúde nos próximos anos. Também estiveram presentes Rolf Hoenger, chefe da Roche Farma para a América Latina, Marilú Acosta, mestre em saúde pública e promoção da saúde pelo Instituto Henri Poincaré, na França, André Medici, economista de saúde social e internacional em Washington DC, e Antonio Vergara, chefe da Roche Diagnóstica para a América Latina.

“Queremos celebrar o quão longe chegamos como humanidade nos últimos 125 anos graças à ciência. A ciência está constantemente mudando nossas vidas. Isso se deve às mentes curiosas que buscam melhoria contínua em todos os aspectos da vida”, afirmou Rolf Hoenger na abertura do evento.

Na conversa, os palestrantes concordaram que a tecnologia será capaz de entregar muitas respostas para revalorizar o setor de saúde. Um smartwatch, um oxímetro, um termômetro ou qualquer objeto para medir os indicadores do nosso corpo parecem ser a chave para a saúde do futuro. Daniel Kraft ressaltou que “o futuro de um hospital não é mais como o conhecemos, mas mais como um hospital em casa”. Com isso, o cientista enfatizou que a tecnologia, por meio de múltiplos dispositivos, permitirá que as pessoas atendam à sua saúde remotamente, e será possível resolver problemas de acesso a sistemas de saúde que, em muitos casos, não são distribuídos de forma homogênea.

Isso abre uma janela cheia de oportunidades e possibilidades de pensar sobre o setor de uma nova forma. Kraft nos convidou a refletir sobre como a saúde pode ser melhorada antes mesmo que a doença apareça, através de dispositivos capazes de detectar sinais em nosso corpo, que podemos visualizar antes de realizar uma consulta médica, por exemplo.

Por outro lado, Marilú Acosta afirmou que a tecnologia proporcionará mais empoderamento às pessoas para que tenham maior controle sobre a própria saúde. “Se lembrarmos de como é importante manter as pessoas saudáveis em cada uma de suas individualidades, teremos uma comunidade melhor em todos os aspectos”, enfatizou durante o evento. Isso, segundo a palestrante, permitirá que a saúde volte às mãos dos pacientes.

André Medici, por sua vez, ressaltou que os países devem priorizar a saúde para direcionar o desenvolvimento de cada região. “A pandemia colocou a saúde no centro da economia. Hoje, pelo menos, os governos estão cientes disso, mas é preciso avançar um pouco mais, e mostrar como o valor pode ser gerado na saúde”, disse o economista.

Além disso, o papel dos governos se tornará muito importante na promoção dos objetivos de desenvolvimento sustentável, como a universalização da cobertura em saúde. “Para atender a essas perspectivas, é necessário que os países coloquem a saúde no centro de seus processos econômicos”, declarou Medici.

Desafios e oportunidades pós-pandemia

Enquanto isso, Antonio Vergara enfatizou que a pandemia trouxe uma série de desafios de todos os tipos, como econômicos, sociais e sanitários. Porém, “trouxe uma coisa boa: evidenciou e destacou o valor do diagnóstico como tal”, acrescentou. Com isso, Vergara fez questão de ressaltar como a ciência e a tecnologia devem redirecionar sua forma de agir, orientando-se para um diagnóstico personalizado. “Isso terá a capacidade de apoiar a sustentabilidade dos sistemas de saúde na América Latina, melhorando o custo de efetividade na assistência à saúde e contribuindo para sociedades mais saudáveis e produtivas”.

O desafio futuro, segundo Hoenger, será focado em como pensar além do convencional, buscando novas formas de desenvolver a ciência. “A inovação na ciência é a base para cuidar e melhorar algo que todos valorizamos em nossas vidas – a saúde. Mas também acredito que a pandemia nos mostrou que sem saúde não há crescimento econômico e sem uma economia forte não há um bom desenvolvimento na saúde. Há uma forte relação entre saúde e economia”, concluiu o diretor da Roche LATAM.

Celebre Life: Science Changes Our Lives foi transmitido através das mídias sociais da Roche Latam, bem como em seu site. Se você quiser ver como foi o evento, é só clicar aqui.