01/12/2021
“A pandemia é uma grande
oportunidade para repensar e reimaginar a medicina, e passar do tratamento de
doenças para garantir cuidados de saúde”, disse Daniel Kraft, cientista das
universidades de Stanford e Harvard e palestrante principal do evento Celebrate
Life: Science Changes Our Lives. O encontro reuniu os principais
especialistas em saúde da América Latina e do mundo para discutir sobre a
ciência e o que deve ser reformulado após uma pandemia que revolucionou a forma
de trabalhar com saúde.
Na cerimônia, que celebrou o aniversário de 125 anos da Roche,
Daniel Kraft falou sobre como a tecnologia determinará o futuro da saúde nos
próximos anos. Também estiveram presentes Rolf Hoenger, chefe da Roche Farma
para a América Latina, Marilú Acosta, mestre em saúde pública e promoção da
saúde pelo Instituto Henri Poincaré, na França, André Medici, economista de
saúde social e internacional em Washington DC, e Antonio Vergara, chefe da
Roche Diagnóstica para a América Latina.
“Queremos celebrar o quão longe chegamos como humanidade nos
últimos 125 anos graças à ciência. A ciência está constantemente mudando nossas
vidas. Isso se deve às mentes curiosas que buscam melhoria contínua em todos os
aspectos da vida”, afirmou Rolf Hoenger na abertura do evento.
Na conversa, os palestrantes concordaram que a tecnologia será
capaz de entregar muitas respostas para revalorizar o setor de saúde. Um
smartwatch, um oxímetro, um termômetro ou qualquer objeto para medir os
indicadores do nosso corpo parecem ser a chave para a saúde do futuro. Daniel
Kraft ressaltou que “o futuro de um hospital não é mais como o conhecemos, mas
mais como um hospital em casa”. Com isso, o cientista enfatizou que a
tecnologia, por meio de múltiplos dispositivos, permitirá que as pessoas
atendam à sua saúde remotamente, e será possível resolver problemas de acesso a
sistemas de saúde que, em muitos casos, não são distribuídos de forma
homogênea.
Isso abre uma janela cheia de oportunidades e possibilidades de
pensar sobre o setor de uma nova forma. Kraft nos convidou a refletir sobre
como a saúde pode ser melhorada antes mesmo que a doença apareça, através de
dispositivos capazes de detectar sinais em nosso corpo, que podemos visualizar
antes de realizar uma consulta médica, por exemplo.
Por outro lado, Marilú Acosta afirmou que a tecnologia
proporcionará mais empoderamento às pessoas para que tenham maior controle
sobre a própria saúde. “Se lembrarmos de como é importante manter as pessoas
saudáveis em cada uma de suas individualidades, teremos uma comunidade melhor
em todos os aspectos”, enfatizou durante o evento. Isso, segundo a palestrante,
permitirá que a saúde volte às mãos dos pacientes.
André Medici, por sua vez, ressaltou que os países devem
priorizar a saúde para direcionar o desenvolvimento de cada região. “A pandemia
colocou a saúde no centro da economia. Hoje, pelo menos, os governos estão
cientes disso, mas é preciso avançar um pouco mais, e mostrar como o valor pode
ser gerado na saúde”, disse o economista.
Além disso, o papel dos governos se tornará muito importante na
promoção dos objetivos de desenvolvimento sustentável, como a universalização
da cobertura em saúde. “Para atender a essas perspectivas, é necessário que os
países coloquem a saúde no centro de seus processos econômicos”, declarou
Medici.
Desafios e oportunidades
pós-pandemia
Enquanto isso, Antonio Vergara enfatizou que a pandemia trouxe
uma série de desafios de todos os tipos, como econômicos, sociais e sanitários.
Porém, “trouxe uma coisa boa: evidenciou e destacou o valor do diagnóstico como
tal”, acrescentou. Com isso, Vergara fez questão de ressaltar como a ciência e
a tecnologia devem redirecionar sua forma de agir, orientando-se para um
diagnóstico personalizado. “Isso terá a capacidade de apoiar a sustentabilidade
dos sistemas de saúde na América Latina, melhorando o custo de efetividade na
assistência à saúde e contribuindo para sociedades mais saudáveis e
produtivas”.
O desafio futuro, segundo Hoenger, será focado em como pensar
além do convencional, buscando novas formas de desenvolver a ciência. “A
inovação na ciência é a base para cuidar e melhorar algo que todos valorizamos
em nossas vidas – a saúde. Mas também acredito que a pandemia nos mostrou que
sem saúde não há crescimento econômico e sem uma economia forte não há um bom
desenvolvimento na saúde. Há uma forte relação entre saúde e economia”,
concluiu o diretor da Roche LATAM.
Celebre Life: Science Changes
Our Lives foi transmitido através das mídias sociais da Roche Latam,
bem como em seu site. Se você quiser ver como foi o evento, é só clicar aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário