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sexta-feira, 6 de maio de 2022

Hospital com 100% de atendimento SUS em Itabira tem alto índice de satisfação de pacientes em seis anos


 05/05/2022

Quem busca atendimento médico de qualidade pelo Sistema Único de Saúde, em Itabira, no leste de Minas Gerais, tem destino certo: o Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC). Recentemente, a unidade hospitalar completou seis anos sob a gestão da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), entidade beneficente de assistência social. Referência para mais de 225 mil habitantes, dos 12 municípios da microrregião de Itabira, pesquisa realizada pela FSFX apontou que 82,26% dos entrevistados estão satisfeitos com o atendimento recebido na unidade, alcançando números superiores a hospitais de grandes centros.

“Desde que assumimos a administração do Hospital Municipal Carlos Chagas, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX) vem promovendo um modelo de gestão marcado pelo atendimento humanizado e acolhedor. Além disso, estamos sempre atentos às inovações do mercado, com objetivo de trazer melhorias de processos e de assistência à saúde”, comenta Salvador Prado Júnior, presidente da Fundação São Francisco Xavier.

Com 100% do seu atendimento destinado a pacientes SUS, o HMCC é um hospital geral, com atendimento nas áreas de média complexidade, ambulatório, internação, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), centro cirúrgico, maternidade, tratamentos de hemodiálise de agudos e serviços de diagnóstico. A unidade hospitalar possui 98 leitos.

Entre as especialidades médicas oferecidas na unidade estão: clínica médica, cirurgia geral e pediátrica, anestesiologia, cardiologia, gastroenterologia, proctologia, angiologia, neurologia, ortopedia, reumatologia, hematologia, terapia intensiva, colonoscopia, radiologia, ecocardiografia e oftalmologia.

Reconhecimento

Com modelo de trabalho focado nas pessoas, equipe capacitada e investimentos em tecnologia de ponta, o Hospital Municipal Carlos Chagas é reconhecido por instituições ligadas à saúde. O HMCC se destacou mesmo em momentos mais desafiadores, a exemplo do plano de ação para a Covid-19. A instituição foi uma das três do Brasil a receber, em 2021, o reconhecimento do Programa “Além do Dever para Covid-19”, pela Federação Internacional de Hospitais, certificação concedida a hospitais a mais de 100 hospitais de 28 países.

“Esse reconhecimento é uma demonstração de que estamos no caminho certo. Nossos profissionais, mesmo em momentos tão difíceis como a pandemia, sempre estiveram ao lado dos pacientes. A relação médico paciente é primordial, e, por isso, o acolhimento é fundamental para o processo de recuperação das pessoas”, pontua a gerente executiva do HMCC, Andrea Maria de Assis Cabral.

Novidades

A população de Itabira contará com um posto de coleta de sangue do Hemominas no Hospital Municipal Carlos Chagas. A novidade foi anunciada em março deste ano, através de um Termo de Cooperação/Plano de Trabalho, assinado pela Prefeitura Municipal. A expectativa é aumentar o banco de sangue e outros componentes do sangue, trazer mais segurança e melhoria das condições para os doadores de Itabira e cidades vizinhas.

A meta é atender 2.400 candidatos à doação de sangue e coletar 1.920 bolsas por ano, com a cooperação da Fundação Hemominas, responsável pelas atividades administrativas e técnico-científicas para o funcionamento do banco de sangue no município.

Acolhimento

Moradora do bairro Gabiroba, em Itabira, a assistente de negócios, Dayanne Lopes Ferreira Madeira, 35 anos, é só elogios à nova gestão do Hospital Municipal Carlos Chagas. Há cinco anos, ela deu à luz ao seu filho, Theo, na maternidade do Hospital e lembra que ficou encantada com o atendimento. “Tudo foi perfeito, as consultas foram todas nos consultórios da maternidade do HMCC. Tive uma gestação muito tranquila e fui muito bem acompanhada. Com a nova administração, o hospital melhorou 100%. A gente tem muito a agradecer”.

Recentemente, o filho de Dayanne precisou passar por uma cirurgia, também realizada no HMCC. “É um sentimento de gratidão. Toda a equipe foi muito atenciosa comigo e meu filho. A gente se sente acolhida. Me deixaram tranquila em todo o processo, desde as consultas, o pré-operatório e no dia da cirurgia. Os profissionais do hospital são maravilhosos”, conclui.

 

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Hospital Unimed Ribeirão Preto utiliza laser em cirurgia de tumor cerebral


 04/05/2022


A utilização de técnicas minimamente invasivas, como o laser, sinaliza avanços positivos nas neurocirurgias. Além do da redução do tempo cirúrgico e de internação, a técnica proporciona a extração de tumores com muito mais precisão e segurança. No Brasil, terapias com laser vêm sendo utilizadas há cerca de quatro anos. Em Ribeirão Preto (SP), no Hospital Unimed, no início do mês, uma cirurgia de alta complexidade de tumor cerebral usou a tecnologia no intraoperatório e foi considerada um sucesso. O procedimento foi realizado em uma mulher de 39 anos, que após quatro dias obteve alta médica e está em casa se recuperando sem nenhuma sequela.

A intervenção cirúrgica foi comandada pelo neurocirurgião Breno Nery e contou com a participação de uma equipe composta por mais um neurocirurgião, anestesistas e um neurofisiologista. Segundo o médico, trata-se de um caso complexo de tumor cerebral na base do crânio, conhecido como Meningioma do Forame Magno, localizado na transição entre a cabeça e a coluna cervical. É uma patologia rara, que representa um dos mais desafiantes tumores do sistema nervoso central em relação ao seu tratamento cirúrgico.

O médico Breno Nery explica que nesta região há estruturas importantes, desde vasos, como a artéria vertebral e cerebelar inferior posterior (da cabeça), até nervos cranianos baixos. “É uma região com muitos nervos. Se há uma lesão durante a cirurgia, o paciente pode ficar com sequelas grandes como rouquidão e dificuldades para engolir e respirar”, explica.

Para a remoção do tumor no pré-operatório, foi realizada uma embolização, ou seja, a retirada de toda a vascularização do tumor para que ele sangrasse menos. Dessa forma, a equipe médica conseguiu ter uma visão correta da anatomia da região para, então, utilizar o laser. “Com o laser foi possível destruir a célula tumoral de maneira extremamente precisa, sem atingir nenhum nervo da região”, destaca o neurocirurgião.

Normalmente, em uma operação desse porte uma equipe médica leva em torno de 8 a 10 horas para concluir a extração de um tumor. Neste procedimento, com uso do laser, o tempo da microcirurgia foi em torno de 1h20 e a cirurgia total levou 3 horas e meia. “É uma intervenção que se torna muito menos perigosa, mais precisa e que é possível destruir a célula com grande facilidade. Com o uso do laser, junto com o aspirador ultrassônico, é possível a remoção muito mais rápida e segura”, avalia o médico, destacando que, neste tipo de tumor, é muito difícil extrair sua base de implantação porque é necessário cortar regiões que não podem ser manipuladas. “O uso da tecnologia permitiu um menor tempo cirúrgico e minimizou as possíveis sequelas da paciente, que teve alta médica em cinco dias após a cirurgia”, completa Nery.

De acordo com o médico, em cirurgias de base de crânio o paciente geralmente fica internado durante duas semanas, por conta da necessidade do uso de sonda no período pós operatório. Em alguns casos, são necessários, também, alguns procedimentos como a traqueostomia.

O uso de laser

A tecnologia do raio laser – luz monocromática que concentra um feixe de luz de alta intensidade direcional e coerente – vem colaborando de forma bastante positiva no processo de retirada de tumores em áreas perigosas, pois possui propriedade especiais que o transformam em um poderoso instrumento de uso científico. Com a técnica, a temperatura da célula tumoral é elevada de uma forma tão intensa que ela desidrata e morre.

 

terça-feira, 3 de maio de 2022

Artigo – 6 tendências da telemedicina no Brasil em 2022


 02/05/2022

Recentemente, completamos dois anos desde que a lei que autoriza a prática de telemedicina no Brasil foi aprovada pelo congresso. A legislação foi uma resposta à alta demanda por atendimentos à distância, a fim de cumprir as orientações de distanciamento social impostas pela pandemia do Covid-19. Mas, será que a telemedicina no Brasil continuará em alta mesmo após a pandemia?

Com a crescente adoção do modelo entre os pacientes, médicos e seguradoras de saúde, a demanda por serviços de telemedicina, que já apresentava expressivo crescimento, certamente, continuará aumentando em 2022 e nos anos seguintes. Segundo estudos recentes realizados pela Global Market Insights, a telemedicina deve movimentar US$ 131 bilhões até 2025. O dado reflete como este mercado segue em ascensão e se consolida como uma categoria fundamental para todo o ecossistema da saúde, fomentando, inclusive, outros setores que tenham relação direta com o uso de tecnologias neste segmento. Diante deste cenário, relacionamos as seis principais tendências para a telemedicina no Brasil, em 2022, a fim de salientar a importância dos investimentos em tecnologias disruptivas para o desenvolvimento da área da saúde.

1 – Aumento contínuo na demanda por cobertura de telemedicina

Diante destas transformações, muitas pessoas passaram a enxergar a telemedicina como uma primeira linha de cuidado, com boa relação de custo x benefício para doenças de menor risco, bem como para consultas de acompanhamento. Como resultado, em 2022, teremos empresas de planos de saúde colaborando com provedores para ampliar o acesso a este modelo de cuidado, aumentando, por exemplo, o investimento em tecnologias que sejam necessárias para oferecer o suporte adequado às consultas, como plataformas audiovisuais, sistemas para integração de prontuários, plataformas de receitas digitais e ferramentas de suporte à decisão clínica.

1.         Incentivo aos médicos e pacientes por meio do plano de saúde

As rápidas mudanças de hábito provocadas pela pandemia continuarão em ritmo de crescimento após a crise e ganharão a adoção predominante da sociedade. Neste sentido, à medida que os programas de reembolso se expandem, os médicos serão incentivados a explorar novas maneiras de utilizar a telemedicina para cuidar de quadros médicos mais complexos (como diabetes), idosos com mais de 65 anos e aqueles que, tradicionalmente, não têm fácil acesso a cuidados de saúde de qualidade.

Atualmente, os planos de saúde já oferecem aos usuários, médicos e provedores de serviços alternativas para consultas virtuais ou presenciais, a partir da rede assistencial, conforme aponta a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

1.         Crescimento das indústrias adjacentes da telemedicina

Conforme a demanda por telemedicina cresce, o mesmo acontece com os periféricos e dispositivos necessários para oferecer suporte a estes serviços. Plataformas de telemedicina e ferramentas que transmitem os dados do paciente ao médico (in-home monitoring), por exemplo, também se tornarão um grande negócio em um futuro próximo.

Além das consultas virtuais individuais, entre médicos e pacientes, a telemedicina expandiu-se para modelos diretos ao consumidor, como entrega em domicílio de prescrições e dispositivos médicos de uso doméstico. Desta forma, a demanda dos pacientes também está impulsionando o crescimento da telemedicina, uma vez que as instituições de saúde buscam ampliar ou aprimorar, cada vez mais, os serviços de telemedicina, com enfoque nas expectativas e na experiência do paciente.

1.         Maior integração de Inteligência Artificial

Outra ferramenta que tem se destacado e ganhado força nos mais diversos setores econômicos e sociais é a Inteligência Artificial (IA). No setor de saúde, podemos imaginar, no futuro, a IA sendo utilizada por médicos para elaborar planos de cuidado com base em vários data points e projeções. Afinal, a IA pode contribuir na redução do potencial de erro no atendimento ao paciente internado, agilizar a entrada de pacientes por meio de chatbots, questionários de triagem iniciais e outras ferramentas, reduzindo, assim, as filas de espera online e ajudando os médicos a realizar a triagem dos pacientes com mais eficiência e agilidade.

1.         Necessidade de maior diligência na segurança cibernética

No atual cenário tecnológico, qualquer estratégia de telemedicina deve considerar a segurança cibernética. O setor de saúde é um dos grandes alvos dos cibercriminosos, devido à grande quantidade de dados sensíveis de pacientes coletados e armazenados. Neste sentido, veremos, a partir de agora, um foco significativo em ações que tenham como objetivo garantir a segurança dessas informações.

Em vigor no Brasil desde setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exerce exatamente a função de proteger os dados pessoais e garantir que as empresas respeitem suas determinações. Neste contexto, será cobrada uma responsabilidade ainda maior das instituições de saúde com relação ao controle e a segurança dos dados dos pacientes – incluindo dados em trânsito.

1.         Tecnologia de suporte à decisão clínica otimiza as consultas via Telemedicina

A inovação e o aprendizado contínuo são mais do que mandatórios neste momento. A medicina baseada em evidência e o acesso a dados e informações confiáveis emergem como importantes agentes para os próximos anos e auxiliam na otimização das consultas via telemedicina.

Além disso, a uniformização de protocolos clínicos e a disseminação de conteúdos baseados em evidências entre todos os profissionais é sempre um grande facilitador. Nesse contexto, é importante oferecer nas consultas virtuais o suporte adequado para que o profissional de saúde possa acessar conteúdos de qualidade e atualizados sobre sua especialidade e outras informações que julgar necessárias, mas, sempre, considerando a decisão diagnóstica de acordo com a expertise profissional.

A aceitação e a utilização da telemedicina foram aceleradas por necessidade, nos últimos anos. Entretanto, a tendência é que a crescente busca por consultas médicas virtuais siga aquecida e se desenvolva de forma orgânica nos próximos anos. Para que isso seja possível, é fundamental que o investimento em tecnologias como as citadas anteriormente seja proporcional à demanda apresentada pelo modelo de teleconsultas, garantindo um crescimento equivalente e o desenvolvimento simultâneo destes dois segmentos.



Natália Cabrini é Diretora de Estratégia de Mercado e Vendas, da Wolters Kluwer, Health para América Latina

 

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Telemedicina e 5G devem se tornar grandes aliados no tratamento de doenças crônicas


 02/05/2022

Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde do Reino Unido mostrou que o telemonitoramento em doenças crônicas, principalmente de idosos, ajuda a reduzir em 20% o número de admissões hospitalares e, caso seja admitido, o tempo de internação diminui em 14% e a taxa de mortalidade, em 40%.

Segundo o chefe da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, Prof. Dr. Chao Lung Wen, as doenças crônicas precisam de tratamento e acompanhamento contínuos e de um estímulo à adesão do tratamento, e a telemedicina pode ser uma grande aliada para que o acompanhamento seja feito de forma mais próxima, além de oferecer a facilidade do atendimento remoto.

Uma área de atuação da Telemedicina é a prevenção de doenças. “Vale destacar também a importância das atividades físicas com o objetivo de evitar a perda da independência motora e cognitiva. E a supervisão continuada via telemedicina é bastante efetiva neste caso. Considerando o envelhecimento da população brasileira, a telemedicina deverá ser um dos recursos mais eficientes para promover saúde e cuidado contínuo em relação às doenças crônicas”, complementa o médico.

A implantação e a expansão da tecnologia 5G no Brasil contribuirão para aprimorar a conectividade e os serviços médicos referentes à telemedicina. Uma das empresas que já vem trabalhando de forma efetiva para a implementação do 5G nos serviços oferecidos é a Doctoralia, que está investindo em novos programas e protocolos digitais levando em conta os benefícios dessa tecnologia. “O avanço do 5G ajudará a ampliar o acesso à saúde já que regiões remotas, onde há falta de médicos, poderão contar com teleatendimento para as populações locais. Além de teleconsultas, estamos desenvolvendo novos serviços digitais para garantir o acompanhamento a distância dos pacientes, de forma personalizada, para aumentar o cuidado e a qualidade de vida”, comenta Cadu Lopes, CEO da Doctoralia.

“A telemedicina não obrigatoriamente precisa estar dentro da casa das pessoas, em diversas situações, nós podemos ter de utilizar estações padronizadas de telemulti cuidados para realizar avaliações mais específicas. Elas podem estar em diversos locais, como UBS, fábricas, nos condomínios residenciais, nas escolas e nos prédios comerciais”, acrescenta Prof. Dr. Chao.

Essas tendências vêm ao encontro dos dois anos de aprovação do uso da telemedicina no Brasil, implementada em caráter provisório em razão do avanço da pandemia de Covid-19 e para atender os pacientes a distância sem que eles precisassem se locomover até hospitais e correr o risco de serem contaminados pelo vírus. A medida deve ser regulamentada de forma definitiva em breve pelo governo federal.

Na pandemia, o uso da tecnologia para cuidados em saúde ganhou mais protagonismo. Prova disso é que, somente na plataforma Doctoralia, foram realizadas mais de dois milhões de teleconsultas e cerca de 20 mil profissionais de saúde utilizaram essa modalidade de atendimento nos últimos dois anos.

“O cenário pandêmico acabou acelerando um processo que, de certa forma, já vinha ganhando espaço há alguns anos. Essa possibilidade de prestação de serviços de saúde de forma virtual nos ajuda a levar o atendimento para áreas mais remotas do nosso país, democratizando o acesso à saúde e impactando positivamente mais pessoas”, finaliza Cadu.

Para ter acesso aos números completos e depoimentos sobre a adesão à telemedicina no Brasil, clique aqui.

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Hospital São Vicente tem menor índice de reinternação dos últimos cinco anos


 29/04/2022

O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), De Jundiaí (SP), reduziu o seu índice de reinternação de pacientes a 10%. Índice abaixo da média nacional aceitável, que é de 20% definida pelo Ministério da Saúde, o que – mais uma vez – eleva o patamar da assistência ofertada pelo hospital a níveis compatíveis com as melhores instituições de saúde do Brasil. É o menor índice de reinternação dos últimos cinco anos do HSV. A instituição é referenciada para oncologia, cardiologia, neurocirurgia, traumato-ortopedia e urgência e emergência.

A taxa de reinternação é definida como aquela em que o paciente volta ao hospital em até 30 dias após sua primeira internação. O superintendente do HSV, Matheus Gomes, explica que este índice é um importante indicador de qualidade. “Reflete diretamente os cuidados com o paciente antes, durante e depois de sua alta. Isso também envolve o empenho da assistência à saúde em geral, ofertado no município, por isso é um trabalho em conjunto”, enfatiza. “A efetividade também depende da disponibilidade de medicamentos, do acesso à informação, da estrutura familiar e da adesão às orientações médicas”.

Para viabilizar este cenário, o HSV tem investido em uma série de ações. “Dentre outros fatores, implementamos ferramentas de gestão como o Huddle, que consiste em três reuniões diárias, rápidas, com equipes multidisciplinares que tomam as decisões mais assertivas para o quadro de cada paciente; implementamos o monitoramento dos pacientes em casos de reinternação; criamos o programa Alta Responsável que visa o encaminhamento dos pacientes pós alta para acompanhamento em unidades referenciadas de saúde, a fim de garantir a efetividade do tratamento recebido durante a internação; o suporte dado pela equipe de Internação Domiciliar, em casos que possibilitam a conclusão do tratamento no próprio lar; temos investido no conhecimento do perfil da população atendida pelo hospital, por meio de pesquisas de satisfação e estatísticas, tendo impacto direto na assertividade da assistência”, elenca Matheus.

Todos estes esforços beneficiam não somente o paciente que se recupera, mas a comunidade de forma geral. “A gestão eficiente dos leitos possibilita a realização de mais cirurgias, de um maior giro de leitos, média de permanência adequada a cada diagnóstico, taxas de ocupação dentro das metas do hospital e otimização dos recursos, tudo isso sem comprometer a segurança, a qualidade da assistência e a humanização”, completa.

A supervisora do departamento de Psicologia do HSV, Caroline Alves, explica que, do ponto de vista emocional a internação é um fator de desconforto para o paciente. “Por melhor que sejam as instalações – como nos casos dos quartos revitalizados no hospital; pela melhora do quadro clínico devido à eficiência assistencial; pelos cuidados com nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia e outras especialidades, estar no hospital não é algo desejado e causa estresse”, explica. “Por isso, há todo um esforço contínuo não só no sentido de curar ou propiciar uma melhor qualidade de vida – dependendo do diagnóstico que trouxe o paciente até aqui, mas também no sentido de evitar sequelas que exijam uma nova passagem”.

Além do conhecimento prático, o argumento de Caroline tem respaldo em um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP), que constatou que 40% das readmissões são geradas por motivo diferente da primeira. Porém, possuem relação com o período passado em um hospital. Dentre as razões, estão: perda de peso, porque os pacientes deixam de se alimentar como e quando querem; perda muscular rápida, por conta da limitação de movimentos; dificuldade do sono devido às interrupções constantes de luzes e sons desconfortáveis.

É com esse olhar individualizado, baseado na dignidade e respeito que as instituições de saúde, assim como o HSV, se preparam para cuidar da saúde, tendo a ciência e a medicina como base de um trabalho que precisa ser também estratégico, eficiente e com novos desafios.

 


quinta-feira, 28 de abril de 2022

Hospital Ortopédico da AACD destaca-se no cuidado com o meio ambiente


 27/04/2022


Nos leitos do Hospital Ortopédico da AACD é comum os pacientes, após a alta médica, deixarem garrafas de água sem consumir. Como esse conteúdo fica impróprio para consumo, de acordo com as regras sanitárias, o hospital encontrou uma forma de evitar o desperdício. Com o apoio da equipe de limpeza, as garrafas passaram a ser levadas para os depósitos de materiais de limpeza e seus conteúdos descartados em bombonas e reutilizados em diversas atividades, como na lavagem das calçadas, refeitório e outros ambientes. Cerca de 1.200 litros de água por ano seriam descartados, caso não fossem reaproveitados.

O álcool gel também está no radar do hospital por causa do significativo aumento do consumo por conta da pandemia de Covid-19. Para reduzir o impacto nos aterros e cumprir com o propósito da logística reversa, que visa a compensação ambiental pelas empresas que produzem o material, as bags de álcool gel utilizadas passaram a ser retiradas por uma cooperativa duas vezes por mês e seu material, quase 100% reutilizável, utilizado como matéria-prima para novos produtos, inclusive para os sacos que são usados na instituição. Em 2021, cerca de 5 mil embalagens (frascos e bags) foram recicladas.

O Hospital da AACD também instalou bituqueiras de cigarro no entorno da instituição. Além de contribuir para a limpeza urbana, evitando o entupimento de bueiros, o material é descontaminado e transformado em papel por uma empresa especializada. Somente em 2021 foram coletadas 40 mil bitucas, aproximadamente, de visitantes do hospital e moradores da região.

Outra ação importante está relacionada à reciclagem e ao tratamento da película de raios X físico, que contém substância tóxica ao meio ambiente. Mais de 14 toneladas por ano são descontaminadas e transformadas em diversos materiais reutilizáveis. O hospital tem, inclusive, pontos de coleta para as pessoas que não têm onde descartar suas películas e desejam fazer o descarte de forma consciente.

Outros materiais que também são reciclados são lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias. “São diversas as ações que adotamos com o intuito de preservar o meio-ambiente e economizar os nossos recursos. Dessa maneira conseguimos investir em mais recursos humanos e tecnologias que trazem benefícios e uma melhor experiência aos nossos pacientes”, afirma Emanuel Toscano, superintendente de operações da AACD.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Hospital Santa Catarina registra aumento de 61% nos atendimentos pediátricos com síndrome respiratória


 26/04/2022


A chegada do outono exige cuidados adicionais dos pais com as crianças menores de 2 anos e, em especial, bebês prematuros, devido ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), doença sazonal responsável pela bronquiolite. Segundo dado do Hospital Santa Catarina – Paulista, em março comparado a fevereiro, houve aumento de 61% nos atendimentos pediátricos com síndrome respiratória.

A principal forma de contaminação da bronquiolite acontece por meio de secreções respiratórias e por contato, ou seja, crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas, como creches e escolas, estão mais propensas à infecção. “Por ser uma doença que está comumente associada à maior frequência de internações por síndromes respiratórias, sempre destacamos a importância em se atentar aos cuidados e aos primeiros sintomas, no intuito de iniciar o tratamento precocemente”, explica Dr. Werther Brunow de Carvalho, pediatra do Hospital Santa Catarina – Paulista.

Os sintomas iniciais são parecidos com os do resfriado comum, como tosse, obstrução nasal, coriza e às vezes chiado no peito, durando, em média, entre 3 e 15 dias. Porém, um indicativo de gravidade é a dificuldade para respirar e a falta de ar. “Como os primeiros sinais são bastante corriqueiros, é essencial que um médico avalie a criança para o diagnóstico correto, no intuito de evitar o agravamento do quadro e o desenvolvimento de outras doenças respiratórias mais graves, como pneumonia e asma, a última podendo até mesmo ser levada para a vida adulta”, destaca Dr. Werther.

De acordo com o pediatra, quando o vírus age de forma mais agressiva contra as defesas da criança, o pulmão pode perder um pouco de sua capacidade, levando a repercussões mais sérias que, em alguns casos, demandam até mesmo internação na UTI. Por essa razão, anualmente, o Hospital Santa Catarina aumenta o número de leitos pediátricos na época do ano em que há um aumento dos casos de bronquiolite e outras doenças respiratórias em bebês e crianças.

E para auxiliar com dúvidas, atendimentos de última hora ou até mesmo a triagem inicial, a Qsaúde disponibiliza o botão Qcuidado, com telemedicina disponível 24 horas por dia, que facilita no direcionamento ao cuidado adequado e na avaliação do risco em questão. “Muitas vezes, diagnosticamos os casos ainda na teleconsulta e, assim, já indicamos o tratamento correto. Essa primeira avaliação e conduta já são importantes para analisar a gravidade, fazer o direcionamento adequado do paciente em nosso ecossistema e propor o tratamento inicial. A abordagem diminui a chance de transmissão do vírus para os demais pacientes pediátricos, uma vez que é altamente contagioso”, afirma Ricardo Casalino, diretor médico da Qsaúde.

Casalino acrescenta ainda que, mesmo após a infecção, não se adquire imunidade. Dessa forma, a criança que pegou o vírus uma vez pode estar exposta a reinfecção. Por esse motivo, o ideal é sempre prevenir.

De olho na prevenção

Uma vez que ainda não há uma vacina contra a bronquiolite, os cuidados para preveni-la são os mesmos para todos os quadros de causa viral, inclusive a Covid-19, ou seja: é essencial evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados, higienizar as mãos frequentemente e fazer o uso correto da máscara, além de não expor a criança ao cigarro, já que a inalação de fumaça é um agravante.