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terça-feira, 5 de março de 2024

Funfarme realiza o 6º ECIP - o maior evento de oncologia do Estado de São Paulo

 

05/03/2024

A 6ª edição do evento será realizada nos dias 7, 8 e 9 de março; as inscrições já estão abertas no site www.ecip.com.br


Considerado como principal evento de oncologia da região Noroeste do Estado de São Paulo, o ECIP (Encontro de Cancerologia no Interior Paulista) é um evento idealizado e organizado pelo HB Onco - Centro de Oncologia do Hospital de Base de São José do Rio Preto, integrado à Funfarme (Fundação Faculdade Regional de Medicina), o maior complexo hospitalar do Estado e um dos maiores do Brasil.

O encontro, que em 2024 chega a 6ª edição, já se tornou um marco no calendário da comunidade oncológica brasileira e conta com a participação de centenas de profissionais que atuam em todos os segmentos envolvidos para oferecer o melhor tratamento e acolhimento aos pacientes com câncer. O objetivo é discutir novas práticas, compartilhar experiências e melhorias no combate aos diversos tipos da doença. Por isso, o ECIP é referência para quem busca acesso a uma programação científica de qualidade, com palestras ministradas por consagrados especialistas nacionais e internacionais.

Com coordenação geral do oncologista Dr. Stephano Nunes Lucio, o 6º ECIP vai acontecer nos dias 7, 8 e 9 de março, no Centro de Convenções da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), em São José do Rio Preto. “O principal objetivo deste encontro é disseminar conhecimento e de estreitar os laços dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente com câncer”, destaca.

Ao longo dos últimos anos, o encontro reuniu mais de 3 mil inscritos e mais de 200 palestrantes – entre eles o renomado oncologista clínico Dr. Antonio Carlos Buzaid, que é diretor do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa de São Paulo, membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, da American Society of Clinical Oncology e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

Na última edição, em março do ano passado, o ECIP também contou com a presença da Dra. Maria Del Pilar, coordenadora da oncologia clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e Dr. Carlos Henrique dos Anjos, médico do centro de oncologia do Hospital Sírio Libanês.

Para 2024, a expectativa é reunir 600 pessoas, entre médicos, profissionais de enfermagem, de nutrição e de psicologia, entre outras especialidades. Por isso, o evento contará com mais de 10 módulos que abordarão as novidades na abordagem e tratamentos de todas as principais áreas da oncologia como mama, cabeça e pescoço, pulmão, aparelho digestório,  urooncologia, oncoginecologia além do já tradicional módulo multidisciplinar que para esse ano foi expandido com um maior número de palestras e debates.

A programação completa do evento e as inscrições estão disponíveis no site www.ecip.com.br. O valor da inscrição é de R$ 150 para todas as áreas de atuação: médicos, equipes multidisciplinares e acadêmicos, sendo isento a taxa de inscrição para profissionais que atuam no Hospital de Base / Funfarme e nas instituições parceiras do evento.


Sobre a Funfarme

Um dos maiores e mais importantes do Brasil, o complexo hospitalar da Funfarme é referência para o atendimento de mais de 1,7 milhão de habitantes dos 102 municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde de Rio Preto (DRS 15).

A Funfarme é uma fundação filantrópica ligada à Famerp e reúne o Hospital de Base (HB), o Hospital da Criança e Maternidade (HCM), o Ambulatório Geral de Especialidades, o Hemocentro de Rio Preto e a unidade do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro de Rio Preto. Também administra o Hospital Municipal Dr. Domingo Marcolino Braile, Rede Lucy Montoro de Fernandópolis, Ambulatório de Especialidades Médicas (Ame), de Fernandópolis, Hemonúcleo de Catanduva e Unidade de Teleatendimento de Santa Fé do Sul.

Isto faz com que a Funfarme apresente números impressionantes: são quase 800 mil atendimentos por ano feitos por 1.630 médicos e outros 1.700 profissionais da Saúde. No total, são mais de 8.000 colaboradores (população maior do que as de algumas cidades do Noroeste paulista) que garantem assistência à saúde 24 horas.


Sobre o HB Onco

O HB Onco – Centro de Oncologia é o serviço voltado ao diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer do Hospital de Base de Rio Preto. O serviço possui equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais, além de contar com medicamentos e equipamentos de última geração, dentre eles, o acelerador linear Trilogy STX, um dos mais modernos do mundo, utilizado no tratamento da maior parte dos tumores com indicação de radioterapia, inclusive empregando as modernas técnicas de radioterapia estereotáxica e braquiterapia.

O HB Onco está integrado a todas as áreas do Hospital de Base e do complexo da Funfarme, proporcionando aos pacientes (de convênio médico, particular ou SUS) uma estrutura e tecnologias completas para o diagnóstico e tratamento de todos os tipos de cânceres.


Sobre o 6º ECIP

6º Encontro de Cancerologia do Interior Paulista (ECIP)

Data: 7, 8 e 9 de março, das 8h às 18h

Local: Centro de Convenções da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp).

Valor: R$ 150,00 (isento para profissionais Funfarme/HB e de instituições apoiadoras)

Inscrições e mais informações: www.ecip.com.br


A Cura D'Alma




 

Preocupação com a saúde: qual a importância do check-up anual?

 

05/03/2024

Médico do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição incentiva consultas regulares para a prevenção de doenças


Como muitos dizem que o ano só começa depois do carnaval, chegou a hora de priorizar a saúde! Realizar check-up anual é um hábito que previne doenças silenciosas e contribui para a manutenção da saúde e bem-estar. Nem sempre temos tempo para comparecer às consultas regularmente, muitas vezes é preciso sentir algum sintoma repentino para estimular a ida ao hospital. Para falar sobre o tema, o clínico-geral do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, Dr. Antonino Neto, compartilha os benefícios da medicina preventiva.

Para o especialista, o check-up anual atua como um método preventivo para diagnóstico precoce de doenças e complicações ainda no início. “A frequências dos exames de rotinas podem variar de acordo com sexo, idade e histório familiar de cada paciente, porém acima dos 40 anos, o check-up médico torna-se imprescindível, pacientes com comorbidades como hipertensão e diabetes precisam realizar o acompanhamento anual de  exames conforme  a necessidade, muita vezes, a cada 6 meses”, avalia.  

É bom destacar que o check-up anual consiste em um panorama geral do paciente, incluindo exames clínicos, como sangue, urina, colesterol, eletrólitos, eletrocardiograma e ultrassonografia. No caso das mulheres, ainda há a mamografia e preventivo de câncer de colo uterino que deve ser feito anualmente. Já os homens devem realizar o exame de próstata todo ano. A partir do diagnóstico geral, poderemos evoluir para uma investigação mais aprofundada com exames específicos, além de incluir demais especialidades médicas, como cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, gastroenterologia e avaliação nutricional.

O médico alerta que o check-up anual auxilia na descoberta de doenças silenciosas como as cardiovasculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 350 mil mortes das mortes registradas no Brasil são causadas por infarto, derrame ou insuficiência cardíaca. Em seguida do câncer e diabetes que também são doenças silenciosas que há mais chances de controle, quando são descobertas precocemente.  

Para um 2024 com mais qualidade de vida, o clínico-geral destaca dicas valiosas para manter a saúde em dia. “A prática de exercícios físicos regulares é imprescindível, a musculação virou prioridade, principalmente para as pessoas acima dos 40 anos. Isso porque acima desta idade, o corpo começa a perder massa magra (músculos) e aumenta a massa gorda (gordura) contribuindo para o aparecimento de doenças. Além disso, é preciso tentar equilibrar uma dieta saudável para garantir a nutrição, melhora do sono, humor e prevenir diabetes”, aconselha o Drº Antonino.

A Cura D'Alma




segunda-feira, 4 de março de 2024

Obesidade pode trazer impactos para a saúde do coração

                                                     Dra. Mirna Fontoura
04/03/2024
 

No Dia Mundial da Obesidade, cardiologista do Hospital São José alerta para os riscos do distúrbio que se tornou uma epidemia mundial


Em todo o mundo, os números relativos à obesidade são preocupantes. Estatísticas recentes revelam um aumento constante na incidência da doença em todas as faixas etárias e grupos demográficos. De crianças a adultos, de áreas urbanas e rurais, nenhum segmento da população está imune a essa tendência preocupante. As causas por trás dessa elevação são diversas, indo desde mudanças nos padrões alimentares até estilos de vida sedentários, passando por questões psicossociais e influências ambientais.

 

No dia 4 de março, celebra-se o Dia Mundial da Obesidade, data que visa conscientizar a população sobre os perigos que o distúrbio pode trazer para a vida da pessoa. Pensando nisso, a cardiologista do Hospital São José, Dr.ª Mirna Fontoura, explicou como a doença pode ser prejudicial para a saúde do coração e trazer consequências graves para o corpo humano.

 

“A obesidade tem um elevado impacto na saúde do coração. Isso porque o paciente obeso tem mais propensão ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. É comprovado que o paciente obeso vive menos e com uma qualidade de vida inferior. Não podemos romantizar a obesidade! Estamos falando de uma doença reconhecida pela OMS, que leva a grandes danos à saúde. Esse ano, a campanha do dia mundial da obesidade tem uma mensagem simples: ´Todos precisam agir`. Há a necessidade de melhorar a compreensão, a prevenção e o tratamento da obesidade no mundo”, esclarece a especialista.

 

A ingestão aumentada de calorias provoca acúmulo de gordura nos tecidos adiposos, o que ela a um processo inflamatório crônico. Isto irá desencadear resistência insulínica, aumentos dos níveis pressóricos, aumento do mal colesterol e diminuição do bom colesterol no sangue. Além de futuramente levar o desenvolvimento inúmeras outras doenças cardiovasculares como infarto, acidente vascular encefálico; câncer, diabetes, entre outros.

A herança genética, além de fatores biológicos do indivíduo somados a má alimentação e sedentarismo pode desencadear inúmeros problemas de saúde. “A obesidade precisa ser entendida como doença e não como falta de força de vontade, por exemplo. O mais importante disso é que hoje existem inúmeros tratamentos para ajudar o paciente a conquistar sua saúde e melhor qualidade de vida.”, lembra Dr.ª Mirna.

 

Uma alimentação de qualidade torna o organismo mais saudável com menos risco de desenvolvimento de doença, mantém uma boa imunidade, menos ingestão de gorduras trans e alimentos ricos em sódio, aditivos químicos, pró inflamatórios e cancerígenos. Além disso, a prática de exercício físico tem enorme ganho para a saúde do coração. O exercício feito de maneira regular (mais que 3x na semana pelo menos) torna o coração mais bem condicionado.

 

A médica ressalta que todo paciente obeso precisa fazer uma investigação para rastreio de doença cardiovascular insidiosa, mesmo assintomático. Se o paciente já apresenta sintomas como cansaço, falta de ar, dor no peito entre outros, essa avaliação se torna de extrema necessidade pelo indício da doença vigente.

 

As estratégias para prevenção de doença cardíaca são aquelas que geram bons hábitos de vida: evitar sedentarismo, manter-se sempre bem hidratado, não fumar, evitar o abuso de bebida alcóolica, ter uma alimentação rica em carnes magras, frutas, verduras, evitar açúcar, frituras, manter-se ativo com prática de atividade física mais de três vezes na semana, cuidar da saúde mental e da qualidade do sono.

 

“O estresse, a ansiedade, a depressão, os transtornos alimentares compulsivos, entre outros, se não tratados de forma adequada, se tornam gatilhos para o desenvolvimento de um comportamento vulnerável e propiciam o desencadeamento da obesidade. A qualidade do sono também tem sua contribuição. Uma noite de sono de baixa qualidade libera hormônio do estresse que irá comprometer o seu dia e o metabolismo corporal”, finaliza a cardiologista.


A Cura D'Alma





 


Casa de Saúde São José inaugura Centro de Terapia Celular em parceria com a Oncoclínicas

04/03/2024
 


Unidade impulsiona a oferta de tratamentos inovadores e personalizados para pacientes onco-hematológicos


A Casa de Saúde São José (CSSJ), tradicional hospital carioca que faz parte da Rede Santa Catarina, inaugurou um Centro de Terapia Celular, com avanços significativos para a medicina na cidade. A unidade tem dez leitos, quatro deles dedicados a transplante de medula óssea de todos os tipos e seis para pacientes onco-hematológicos. Por ano, estima-se a realização de 50 procedimentos de terapia celular. A iniciativa faz parte das inovações recentes do hospital em Oncologia e Hematologia, por meio de parceria com a Oncoclínicas.

A unidade conta com equipe médica dedicada, além de equipamentos de última geração e técnicas que empregam o que há de mais avançado para o tratamento dos pacientes. “O diferencial do Centro de Terapia Celular é sua localização dentro da estrutura renomada da Casa de Saúde São José. Cada espaço foi cuidadosamente desenhado para atender às necessidades dos pacientes, proporcionando ambientes acolhedores e adaptados. Todos os leitos estão equipados, por exemplo, com filtros HEPA, garantindo qualidade do ar e proteção ambiental, especialmente para pacientes imunossuprimidos, prevenindo infecções. Além disso, ofereceremos o serviço de Day Clinic para pacientes pós-transplante, com áreas dedicadas para coleta e realização de exames, infusão de medicamentos, quimioterapia e transfusões."”, explica o médico hematologista da Oncoclínicas, responsável   pelo Serviço, Dr. Carlos Bernardo Lima.

Diretor executivo da Casa de Saúde São José, Renan Rezende explica que esta é mais uma ação para oferecer uma linha de cuidados integrados, individualizados e multidisciplinares ao paciente oncológico – do diagnóstico precoce até o final do tratamento –, que pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia celular e reabilitação oncológica. “Desde o início da parceria, em 2020, cuidamos de mais de 7 mil pacientes oncológicos com desfechos comparáveis aos melhores hospitais do mundo. Além disso, implantamos um importante Programa de Cirurgia Robótica, com a realização de 2.350 procedimentos minimamente invasivos, e a formação de mais de 30 cirurgiões”, destacou o executivo.

“O paciente é o centro de tudo”

Iniciada em 2020, a parceria entre as duas instituições de saúde tem o objetivo de formar uma estrutura completa de um centro que integra serviços de diagnóstico e tratamento do câncer. “É um imenso ganho para a cidade. O paciente fica ainda mais no centro de tudo. Por ele, buscamos agregar inovação e acolhimento, com tratamento de alto nível de qualidade e segurança”, destaca a oncologista da parceria Casa de Saúde São José e Oncoclínicas, Dra. Tatiane Montella.

Entre as ações adotadas em conjunto pelas instituições, estão: incorporação de tecnologias para diagnóstico com a aquisição de novos aparelhos; modernização do parque cirúrgico; treinamento de profissionais em cirurgia robótica e a consolidação da assistência multidisciplinar com subespecialidades de cardio-oncologia, clínica de dor e cuidados integrados.

 

Boiler das unidades   

Sobre a Casa de Saúde São José:

Além do conforto, segurança e modernidade das instalações, a Casa de Saúde São José representa um espaço de acolhimento e cuidado a pacientes e familiares, que é a essência da sua missão. A CSSJ faz parte da Rede Santa Catarina, uma instituição filantrópica que impacta na cadeia de valor produtivo do país com atuação social, em saúde e educação, por meio de 17 Casas e 11,5 mil colaboradores. O hospital faz do atendimento humanizado seu grande diferencial no mercado de Saúde do Rio de Janeiro.

Com uma trajetória centenária e sempre atenta às inovações tecnológicas e da Medicina, a Instituição é conhecida também pelo corpo clínico qualificado e por receber cirurgiões renomados no mercado. Conta ainda com enfermeiros e equipe multidisciplinar altamente capacitados também para emergências. Para dar suporte aos atendimentos de alta complexidade, tem em sua estrutura Unidades de Tratamento Intensivo especializadas, como a Unidade Coronariana e a Hemodinâmica - esta com duas salas, uma delas Híbrida.

Site: redesantacatarina.org.br/hospital/saojose-rio

 

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas&Co. - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 143 unidades em 38 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 615 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

Para mais informações, acesse grupooncoclinicas.com


A Cura D'Alma






sexta-feira, 1 de março de 2024

Obesidade: doença crônica atinge crianças e adultos e já é considerada uma epidemia global pela OMS

 

01/03/2024

No Dia Mundial da Obesidade, endocrinologista do Hospital Santa Teresa alerta para a importância de uma equipe multidisciplinar na mudança no estilo de vida do paciente


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),1.9 bilhões de pessoas em todo o mundo viverão com obesidade em 2035; a obesidade infantil deverá aumentar 100% entre 2020 e 2035 e espera-se que 1 em cada 4 de nós viva com obesidade até 2035. Essa doença crônica não é apenas uma questão estética, mas sim uma condição médica complexa que está intimamente ligada a uma série de complicações de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e até mesmo certos tipos de câncer.

Em 4 de março, celebra-se o Dia Mundial da Obesidade, a data visa conscientizar a população acerca do tema. Pensando nisso, a endocrinologista do Hospital Santa Teresa, Dr. Alice Kloh, falou sobre quando o excesso pode se tornar um problema para a vida do paciente.

A médica inicia explicando que o primeiro passo para o combate à obesidade é buscar ajuda de um profissional capacitado a orientar e encaminhar para a avaliação de uma equipe multidisciplinar, já que a mudança de estilo de vida é o pilar do tratamento.

“A equipe multidisciplinar é importante, pois o tratamento consiste na mudança de estilo de vida. Isso inclui a alimentação balanceada prescrita pelo nutricionista; o exercício físico acompanhado por um cardiologista, um ortopedista e um profissional de educação física; acompanhamento psicológico e do endocrinologista a fim de detecção e correção de distúrbios metabólicos; ainda devemos acrescentar os medicamentos e o envolvimento familiar como peças-chave nessa caminhada do paciente.”, esclarece a especialista.

Segundo a OMS, sobrepeso ou obesidade é definido como acúmulo excessivo ou anormal de gordura que apresenta risco à saúde. O índice de massa corpórea (IMC) define esses termos, no qual o indivíduo é classificado como sobrepeso, caso o IMC se apresente entre 25 e 29,9 Kg/m2; e obeso se o IMC for acima de 30 Kg/m2.

“Obesidade é uma doença crônica e sua prevalência vem aumentando não apenas em adultos, mas em jovens e crianças também. Atualmente, a doença é considerada uma epidemia global. No caso das crianças, o excesso de peso (que inclui casos de sobrepeso e de obesidade) afetou uma em cada 10 crianças brasileiras e um em cada três adolescentes (10 a 18 anos) no ano de 2022. Isto devido ao consumo elevado de alimentos com alto índice glicêmico, bebidas contendo açúcar, tamanho das porções de alimentos preparados e serviços de fast food; diminuição da presença familiar nas refeições; sedentarismo; e aumento do uso de "telas", principalmente eletrônicos. Todos esses são fatores de risco para obesidade”.

A obesidade representa um perigo significativo para a saúde, aumentando substancialmente o risco de uma série de condições adversas. Entre essas complicações, destacam-se o diabetes melitus tipo 2, uma condição crônica que afeta a regulação do açúcar no sangue e pode levar a complicações graves. Além disso, a obesidade está fortemente associada à dislipidemia, um desequilíbrio nos níveis de lipídios no sangue que pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A apneia do sono também é uma preocupação comum entre os obesos, aumentando o risco de problemas respiratórios durante o sono. Os problemas articulares são outra complicação frequente, devido ao excesso de peso que sobrecarrega as articulações, podendo resultar em dor crônica e limitações de mobilidade. A obesidade pode, ainda, afetar negativamente a saúde mental, aumentando a susceptibilidade à depressão e outros distúrbios psicológicos.


A Cura D'Alma



 


 

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Casa dos Raros completa um ano mudando a realidade de pacientes com doenças raras

 

29/02/2024


Em menos de 60 dias, indivíduos que esperavam há mais de cinco anos vêm tendo a resposta tão esperada: qual é sua doença rara? Um diagnóstico fundamental para agilizar o tratamento e o manejo dessas enfermidades, que afetam até 12 milhões de brasileiros. Resultado do trabalho da Casa dos Raros, de Porto Alegre (RS), centro projetado para a assistência integral, educação e pesquisa sobre essas doenças, que completa seu primeiro ano com impacto direto na realidade de vários pacientes — e com um modelo inovador de atendimento que pode ser replicado em todo o país.

Inaugurada em 28 de fevereiro de 2023, Dia Mundial das Doenças Raras — este ano, comemorado em 29 de fevereiro —, a instituição atende dezenas de pacientes por mês, dos quais 80% são crianças e adolescentes. Os pacientes contam com uma equipe multiprofissional, composta por médico (inclusive geneticista), fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social, enfermeiro e outros especialistas, além de realizar exames laboratoriais especializados.

O primeiro a ser atendido pela Casa dos Raros, em 26 de junho de 2023, foi o menino Heitor, diagnosticado com encefalopatia epiléptica associada ao gene STXBP1. “Temos um agradecimento eterno a todos que participaram do processo. A Casa está sendo essencial para o tratamento dele e espero que consiga ajudar muito mais pessoas”, diz Jennifer Leote, madrasta do menino.

O atendimento é totalmente gratuito. Inicialmente, foi aberto um registro de interesse, no qual é possível se cadastrar para ter uma consulta. Mais de 2.000 pessoas já preencheram o formulário que, depois de ser avaliado pela equipe, continua com uma consulta remota para colher mais informações clínicas, laboratoriais e familiares. Após isso, outra consulta, presencial ou virtual, é marcada, com todos os especialistas necessários ao caso.

Depois da conclusão sobre o caso, é oferecida orientação sobre manejo e aconselhamento dos pacientes e familiares e, se necessário, podendo ser ministrado treinamento aos profissionais que seguirão com o atendimento no longo prazo. A Casa dos Raros fará ainda o acompanhamento periódico, de forma presencial ou remota.

Convênio leva atendimento a todo o estado

Em um novo passo do serviço, foi firmado, em outubro, um convênio entre a Casa dos Raros e o Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual da Saúde. Durante 42 meses, 1.050 crianças e adultos serão encaminhados pela atenção primária dos municípios para consultas com os profissionais da instituição. Durante a vigência do projeto, a expectativa é de um total de 31,5 mil atendimentos. O governo gaúcho repassará R$ 3,15 milhões no período.

Desde novembro, quando os atendimentos tiveram início, mais de 150 pacientes passaram pela Casa, como Miguel Martiny Ferreira, de Montenegro. Há cinco anos esperando por um exame genético, o menino foi encaminhado à instituição e, em algumas semanas, veio o diagnóstico: uma anomalia no cromossomo X que leva à deficiência intelectual e problemas comportamentais.

Um modelo inovador

A Casa dos Raros foi criada para propor um modelo diferenciado no atendimento de pessoas com doenças raras. Estima-se que 30% dos pacientes não chegarão aos cinco anos de idade, uma vez que várias dessas enfermidades são progressivas e incapacitantes. Por outro lado, a jornada até alcançar o diagnóstico e o efetivo tratamento pode levar até dez anos, passando por diferentes profissionais e, até mesmo, tendo que atravessar o país em busca de especialistas ou procedimentos que muitas vezes são caros e sofisticados.

“Criamos a Casa dos Raros para se somar ao que já existe, diminuindo a jornada do início dos sintomas até o diagnóstico e tratamento. Nosso objetivo é contribuir para uma transformação da realidade dos raros no Brasil — um esforço que precisa da mobilização de todos os setores da sociedade, especialmente dos governos e de políticas públicas”, enfatiza o geneticista Roberto Giugliani, cofundador da instituição.

Presidente da Febrararas (Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras) e também cofundador da Casa dos Raros, Antoine Daher considera que este primeiro ano é a realização de um sonho, mas que ainda há muito a fazer. “Estamos comprovando que o Sistema Único de Saúde pode ser capaz de mudar a história de todos os brasileiros com doenças raras, gastando menos, atendendo mais e com qualidade”, destaca.

Criada pela Casa Hunter e pelo Instituto Genética para Todos (IGPT), a Casa dos Raros busca formar uma rede que chegue a todas as regiões do país. Em São Paulo, já foi obtida a concessão de um terreno para construir o Hospital dos Raros, que será o primeiro do mundo especializado nessas enfermidades. Além disso, a instituição está propondo parcerias com secretarias da saúde de outros estados para replicar o modelo do convênio com o Rio Grande do Sul. Igualmente, está se preparando para ser credenciada como Serviço de Referência em Doenças Raras.

Alta tecnologia

A Casa dos Raros conta com 42 colaboradores e alta tecnologia para agilizar o diagnóstico das doenças raras. A instituição possui um espectrômetro de massas em tandem, capaz de identificar moléculas que outros exames não captam e que permite diagnosticar cerca de 100 tipos de doenças raras.

Além disso, foi a primeira instituição do Rio Grande do Sul a realizar exames genéticos altamente especializados, como o exoma completo, capaz de varrer os mais de 20 mil genes humanos para identificar alterações no DNA. Até agora, foram 36 exomas realizados, sendo 12 via convênio com o Estado. A Casa dos Raros oferece muitos exames adicionais através da colaboração com a Dasa Genômica.

A instituição conta com uma ampla rede de parceiros, incluindo a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Moinhos de Vento, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas, a FundMed, o Instituto Jô Clemente e o Instituto Caldeira.

A instituição também está avançando em projetos de educação e pesquisa: no primeiro ano, foram realizados 13 eventos de capacitação em doenças raras, em formato presencial ou virtual. Além disso, a Casa está na etapa de submissão regulatória de projetos de pesquisa e, neste ano, iniciará os testes de novos medicamentos.

Como doar

A Casa dos Raros é mantida com o apoio de parceiros e, também, de doações individuais, que podem ser feitas pela plataforma da instituição. No site, é possível doar qualquer valor via cartão de crédito, boleto, Pix e outras formas de pagamento. A doação pode ser feita também de forma recorrente.

A Cura D'Alma




quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

InCor investe em impressão de modelos 3D do coração para diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas

 

28/02/2024


Que os avanços tecnológicos têm melhorado a qualidade de vida das pessoas, não há dúvidas. Agora, quando se trata de tecnologia aliada à medicina, os resultados são surpreendentes. No Brasil, o InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) de São Paulo, fundado há 47 anos, é referência no uso de tecnologias para auxiliar no diagnóstico e tratamentos de doenças cardíacas.

Atualmente, o InCor conta com a impressão de órgãos em 3D, uma tecnologia considerada pela medicina como uma evolução e complemento dos exames já existentes como tomografia, ecocardiograma, radiografia, ressonância magnética e outros. “Através da impressão em 3D é possível imprimir um coração e fazer uma reprodução fiel do órgão. Este tipo de tecnologia nos permite não só ter um diagnóstico preciso, mas como estudar e discutir, previamente entre os médicos, o tratamento mais adequado. Não tenho dúvidas de que esta tecnologia veio para ficar”, ressalta Marcelo Jatene, Diretor da Unidade Cirúrgica de Cardiologia Pediátrica do InCor.

A impressão em 3D no laboratório de Bioengenharia do InCor

Além da impressão do modelo em 3D para auxiliar no planejamento de tratamentos e cirurgias cardíacas, o InCor tem explorado mais o uso da tecnologia também para o treinamento de futuros cirurgiões. “O laboratório do InCor é um dos primeiros no Brasil que está desenvolvendo, especificamente, essa tecnologia na área médica e cardiovascular. Com a impressão em 3D, o profissional tem a oportunidade de compreender, de forma precisa, as cavidades e as peculiaridades do coração. Um recurso único, que nem a ressonância e nem tomografia entrega esse tipo de informação. Desde que o InCor foi fundado, existe uma vocação para o desenvolvimento de novas tecnologias. Os idealizadores do InCor entenderam que o suporte de uma tecnologia é muito importante para o sucesso do atendimento médico”, complementa o médico e coordenador do projeto de impressão em 3D do InCor, Ismar Cestari.

Case de sucesso

Um jovem de 15 anos – que nasceu com “metade do coração” – se tornou a primeira pessoa na América Latina com essa malformação cardíaca a receber um ventrículo artificial. De acordo com o cirurgião cardiovascular pediátrico do InCor, Luiz Fernando Caneo, médico que liderou a equipe durante o procedimento, o menino nasceu com apenas um dos dois ventrículos do coração e já havia passado por três cirurgias. O caso era grave pois ele estava evoluindo com insuficiência cardíaca – quando o coração não consegue bombear a quantidade de sangue de que o corpo precisa – e com oxigenação sanguínea muito baixa (hipoxemia). “O próximo passo seria um transplante de coração, mas ele não resistiria. Então, optamos pelo implante de um ventrículo artificial e a cirurgia foi um sucesso”, ressalta Caneo.

Luiz Fernando conta que os estudos para o procedimento inédito na América Latina, realizado no garoto, começaram com a impressão de seu coração em 3D, uma tecnologia capaz de reproduzir um órgão e partes humanas em sua anatomia real, e simular tecido, músculos, ossos, artérias e radiopacidade. Na oportunidade, o coração impresso em 3D foi apresentado durante um congresso nos Estados Unidos, para que outros médicos especialistas na área pudessem avaliar e opinar sobre o caso. “O InCor tem um grande legado, é praticamente um dos pioneiros na cirurgia cardíaca no Brasil, uma escola brasileira de cirurgiões, um grande centro de transplante cardíaco, e que quando comparado a outros centros, está entre os dez maiores do mundo”.

Outro caso bem emblemático na Instituição foi de duas crianças gêmeas xifópagas, coladas pelo tórax e pelo abdômen. Depois de alguns meses de preparação, a equipe de diagnósticos forneceu imagens precisas e tridimensionais, que foram computadorizadas em realidade virtual, para auxiliar a equipe na compreensão da anatomia das bebês e analisar a possibilidade de separação. Uma semana antes da cirurgia, foi realizada uma simulação in loco com todos os profissionais envolvidos para avaliarem e treinarem cada passo do procedimento. “A impressão foi essencial para o planejamento cirúrgico, e o mais importante, nos deu condições para tomar uma decisão mais assertiva”, destaca Marcelo Jatene.

A impressora 3D utilizada no projeto foi a J750W Polyjet, da Stratasys, uma marca americana, que tem representação no Brasil através da LWT Sistemas. De acordo com Marcos Dadário, gerente Técnico da empresa, sistema Digital Anatomy Printe (DAP) possibilita trabalhar até sete materiais simultâneos, simulando tecidos e músculos, ossos e radiopacidades. “Os materiais DAP nos trouxeram um alto realismo para simulação de suturas, perfurações para pinos e fixação de placas, além de contar com uma grande ferramenta para treinamentos e, principalmente, para planejamentos cirúrgicos”, explica.

Para o diretor da LWT, Vitor Hugo Jacob, “ver os resultados da impressão em 3D fazendo a diferença na vida das pessoas, é gratificante e consolida essa inovação”, conclui

A Cura D'Alma