12/11/2021
A telemedicina ou saúde
digital foi um importante legado da pandemia. Com o excessivo aumento da
demanda por atendimento e a necessidade do distanciamento social, os serviços
de saúde adotaram esse formato de atendimento.
Pesquisa do SindHosp – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e
Laboratórios do Estado de São Paulo, que ouviu 139 hospitais privados no estado
de São Paulo (20% na capital e 80% no interior), teve como objetivo principal
compreender como foi a experiência com a telemedicina durante a realidade de
distanciamento social. E como objetivo secundário, o levantamento pretendeu descobrir
se ainda há espaço para a telemedicina em um momento pós-pandemia e se as
instituições de saúde pretendem manter o serviço.
Para o médico Francisco Balestrin, a telemedicina veio para
ficar agilizando o diagnóstico, permitindo acesso facilitado para regiões
remotas e melhorando a adesão de pacientes para terapias que exigem uma
frequência semanal.
Resultados
A pesquisa detectou que 22% dos hospitais pesquisados iniciaram
o serviço de telemedicina a partir da pandemia de Covid-19 principalmente nos prontos
socorros, 78% aprimoraram o serviço de telemedicina em especial nos
ambulatórios.
Mesmo após a pandemia, 76% querem aumentar os atendimentos por
teleconsultas, 85% querem ampliar o uso da telemedicina e 88% querem ampliar
para o telemonitoramento de pacientes crônicos.
No entanto, ainda a adesão à telemedicina é baixa no interior:
apenas 18% dos hospitais atendem por telemedicina. Na capital, 46% dos
hospitais entrevistados adotaram a telemedicina.
Diminuição de faltas
Para 90% dos respondentes, a utilização da teleconsulta não
alterou o intervalo entre as consultas, que é de 5 minutos. Mas para 85% a
duração da teleconsulta aumentou: leva em média de 21 a 30 minutos, o que
corresponde a um aumento no tempo de consulta de
1 a 9 minutos. Provavelmente, esse aumento de tempo de consulta deve-se ao
processo de adaptação de médicos e pacientes à nova tecnologia.
Ao mesmo tempo, 70% dos serviços informam que a falta dos pacientes
às consultas diminuiu com a teleconsulta embora a frequência de remarcação de
consultas também tenha aumentado para 70% dos entrevistados.
Pagamento
8,5 entre 10 hospitais informaram que os planos de saúde estão
pagando as teleconsultas nos mesmos moldes da consulta tradicional. Nas
consultas particulares, o ticket médio cobrado por uma teleconsulta é de R$
400,00.
Atendimento multidisciplinar
Além dos médicos, 75% dos serviços de saúde informam que a
teleconsulta está sendo realizada por outros profissionais de saúde
(enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos).
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