31/03/2022
Desde que o termo ESG – Environmental,
Social and Governance – invadiu a rotina das pessoas,
consumidores e empresas tentam se conectar mais com os 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável. Mas se o termo se popularizou por questões ligadas
ao meio ambiente, os objetivos no geral vão muito mais além. Um deles – o ODS
número 3 – é claro: tem como objetivo assegurar uma vida saudável e promover o
bem-estar para todos, em todas as idades. E é aí que entram dois mercados em
ascensão no Brasil: o das healthtechs e
o da logística. De acordo com o IBGE, o Brasil é formado por 5.570 municípios,
10.631 distritos e 683 subdistritos. É o quinto maior país do mundo em extensão
territorial, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Canadá e Rússia. Assim,
fica inviável desconectar os dois segmentos.
A startup Suprevida atua em ambos. A redução da desigualdade
geográfica se dá pela conexão entre fornecedores de serviços e pacientes
através da internet suportada por algoritmos de geolocalização e gestão de
entregas que permite que os mais variados produtos para saúde não disponíveis
em drogarias cheguem à casa de quem precisa, onde quer que a pessoa esteja. “A
ideia de criar a empresa veio de uma necessidade pessoal. Meu pai tinha acabado
de retirar um câncer de intestino e não encontrávamos os materiais
pós-cirúrgicos que ele precisava para se cuidar em casa”, revela Rodrigo
Correia da Silva, fundador da marca, que conta que proporcionar acesso e saúde
fora das instituições hospitalares se tornou seu maior propósito. Afinal,
devido à extensão e características do Brasil, sair do hospital e continuar o
tratamento em casa é um grande desafio, especialmente se o paciente residir
longe dos grandes centros.
Hoje, a empresa trabalha com ações sociais, como o programa de
créditos destinado a pessoas de baixa renda e conversão de cashback para
organizações que precisam de ajuda, mas Rodrigo destaca que é no dia a dia
mesmo que a Suprevida colabora com os ODS 3 e 10. “Ao possibilitar que as
pessoas tenham acesso a informação de qualidade e itens que precisam para se
cuidar em casa, ajudamos a melhorar o bem-estar de pacientes com necessidades
especiais, evitando a deterioração de sua saúde e desafogando o sistema, o que
permite um melhor atendimento a quem está internado, assim como o melhor uso de
recursos para a estabilização da saúde, que é a maior meta de todos”, diz Rodrigo.
O aumento da expectativa e da qualidade de vida tem feito com
que os gastos com saúde no Brasil subam a cada ano. De acordo com estudo
realizado em parceria pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
Fiocruz e Ministério da Saúde, divulgado este ano, o valor do gasto público com
saúde aumentou de R$ 231,5 bilhões para R$ 290,4 bilhões, entre 2015 e 2019, um
crescimento de 25,5%, o que corresponde a 3,9% do PIB (Produto Interno Bruto)
brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços do país.
Já o ODS 10 trata de igualdade. A Suprevida impacta os dois
objetivos ao ofertar informação, produtos e serviços para saúde pela internet
em todo o Brasil, nivelando o acesso para empoderar as pessoas no autocuidado
da sua saúde nos momentos que são desafiadores, mas não tão agudos a ponto de
ser imprescindível uma visita a instituições físicas. O foco é estabilizar os
avanços obtidos com os tratamentos e dar qualidade de vida para as pessoas em
casa.
Além do portfólio com mais de 4.800 mil produtos na plataforma,
a healthtech Suprevida
oferece mais de 2,3 mil conteúdos sobre saúde, gratuitos, voltados a educar e
tirar dúvidas de pacientes e seus cuidadores. Também disponibiliza atendimento
telefônico gratuitamente com uma equipe de técnicos em enfermagem para o
público tirar eventuais dúvidas relacionadas ao uso dos itens comercializados
no site. “Perceber as necessidades das pessoas e agir para ajudar é uma decisão
individual que, em alguns casos, pode se tornar uma iniciativa coletiva
lucrativa. Se conseguirmos cada vez mais criar negócios cujo objeto social gere
impacto positivo na sociedade, conseguiremos ter agentes de mudança
sustentáveis e que atraiam investimentos acelerando o processo de construção de
um futuro melhor. Não podemos depender apenas das instituições públicas ou de
iniciativas filantrópicas para atingir resultados exponenciais em curto prazo”,
finaliza o executivo.
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