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segunda-feira, 25 de julho de 2022

Artigo – Saúde não tem preço. Mas tem custo


 22/07/2022


A água de boa qualidade é como a saúde. Só percebemos o valor dela quando acaba. Problemas com financiamentos, superlotação e déficit recorrente são fatores que colocam em risco a qualidade e a história do Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma ideia, enquanto 75% dos brasileiros são atendidos pelo sistema público, segundo a Agência Nacional de Saúde, 54% de tudo que é pago em medicamentos, atendimentos, exames e procedimentos saem dos bolsos de empresas ou famílias que mantêm os hospitais. Se a saúde lhe parece cara, não queira saber o preço da sua ausência. Para evitar isso, precisamos que público e privado trabalhem juntos.

Mas um barco não vai para frente se cada um remar à sua própria maneira. Mesmo que privado e público estejam interligados, falta o primeiro estar mais atento às reais necessidades do outro. Enquanto hospitais particulares estão mais focados no atendimento especializado a pacientes que estão internados para cirurgias eletivas e exames mais complexos, os hospitais públicos se destacam na atenção primária. E é nesse ponto que ambos podem unir forças: por meio do cuidado com as pessoas, em vez de apenas tratar doenças ou condições específicas.

O caminho para alcançar o equilíbrio não é fácil, mas ninguém abre cadeados sem chaves. Então, muito provavelmente, a resposta esteja na filantropia. Uma ferramenta eficaz e indispensável, que hoje representa 70% da assistência de alta complexidade pelo SUS e tem mais de 3 milhões de pessoas dependentes dela para ter acesso a atendimento, cirurgia e internação. Os dados da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) mostram que o desafio imposto às instituições é grande. Principalmente quando o assunto é a atuação dos hospitais na linha de frente da pandemia da Covid-19, período que impossibilitou a realização de algumas das principais ações beneficentes de rotina dos hospitais, e trouxe novos entraves para levantar recursos para a manutenção e para a melhoria dos serviços.

Mas, assim como o rio, precisamos aprender a contornar os obstáculos. Qualquer que seja a direção escolhida, a colaboração de todos os agentes de ambos os sistemas, desde os usuários, profissionais de saúde e laboratórios farmacêuticos, até os próprios gestores de hospitais, operadoras e membros dos serviços, é de extrema importância. Afinal, cuidar da vida é um objetivo comum, que demanda cooperação, interesse e envolvimento coletivo. O que poucos entendem é que não precisamos escolher qual dos dois (privado ou público) é melhor. Mas, sim, perceber que há pontos de intersecção e de aprendizado em cada um.

O primeiro passo para garantir atenção digna está na qualidade e segurança assistencial. Por isso, a acreditação hospitalar é tão necessária. Já, se a sustentabilidade financeira não for conquistada, será inviável manter o SUS nos próximos anos e, também, dar sequência ao atendimento por meio de planos de saúde. No meio disso tudo não podemos esquecer de olhar para a essência de cada paciente, seja qual for a condição financeira ou classe social.

O que aconteceu com os hospitais durante a pandemia de Covid-19, com falta de insumos, infraestrutura e até mesmo de profissionais capacitados, foi uma demonstração do perigo que é ter um sistema sobrecarregado. Isso traz aos gestores de hospitais a grande missão de tornar esse acesso à saúde perene e sustentável para que a população brasileira usufrua de forma plena o direito à saúde. Se evoluirmos para um modelo centrado no paciente, nas suas necessidades, valorizando os desfechos que realmente importam para ele, fica mais fácil conseguirmos alinhar as expectativas de todas as partes interessadas. Um trabalho árduo e que, se não for realizado, colocará em xeque os sistemas de saúde.

Precisamos aprender com os passos que foram dados para trás e usar isso como estímulo para pensar em quantos passos serão dados para frente. Se olharmos com atenção, veremos que podemos tirar proveito do melhor que os dois mundos oferecem. Creio que, com pequenas atitudes, podemos construir juntos um sistema de assistência à saúde melhor.

Além de aproximar os setores público e privado e suas estruturas, é preciso concentrar esforços para melhorar as atuais políticas públicas e prestar muita atenção às necessidades do paciente. Nessa relação, a lei do retorno é praticamente imediata. A forma como lidamos com o problema agora será o resultado que vamos colher no futuro. Portanto, precisamos de mudanças urgentes na forma como os setores público e privado se relacionam, na maneira de remuneração das instituições hospitalares e, também, na sensibilização de todos em relação à importância dos hospitais filantrópicos. Afinal de contas, saúde não tem preço. Mas tem custo.

Juliano Gasparetto é diretor-geral do Hospital Universitário Cajuru e Hospital Marcelino Champagnat

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Enfermagem do Einstein recebe designação internacional inédita em hospitais da América Latina


 21/07/2022


Nesta quinta-feira (21), o Einstein foi designado com o selo Magnet®, considerado o maior reconhecimento pela excelência de práticas e estratégias de enfermagem no mundo. A organização é a primeira da América Latina a conquistar o título de hospital Magnet®. Hoje, apenas 14 centros de saúde fora dos Estados Unidos têm essa designação.

O Programa de Reconhecimento Magnet®, coordenado pela American Nurses Credentialing Center (ANCC), é conduzido como uma jornada, com acompanhamento contínuo de melhorias com base em indicadores assistenciais e de gestão internacionais, validado a cada 3 anos. Dessa forma, a designação é estruturada a partir de um roteiro para assegurar qualidade e segurança na prática das atividades, e cada organização participante da jornada define os processos, de acordo com sua cultura organizacional, para atender aos padrões do manual, que contemplam cinco pilares.

Durante a jornada, o Einstein reportou exemplos em cada um desses pilares, como seu foco em aumentar e manter o percentual de enfermeiros com pós-graduação, com as ações de apoio financeiro, avaliações de desempenho e elegibilidade; ou mesmo a redução da taxa de mortalidade em pacientes onco-hematológicos com lesão renal aguda (LRA), conquistada por meio do desenvolvimento do protocolo de utilização de ultrassonografia pulmonar realizado por enfermeiras do Centro de Diálise entre o final de 2017 e início de 2018.

“O aprimoramento do atendimento passa por cada profissional, que representa parte do empenho em entregar segurança e excelência em toda a jornada do paciente. Este reconhecimento é mais um avanço na excelência do atendimento ao paciente pelas nossas equipes de saúde”, celebra Claudia Laselva, diretora da Unidade Hospitalar Morumbi do Einstein.

Jornada Magnet®

A jornada Magnet® prevê que o centro de saúde atue em cinco diferentes pilares, apresentando cases em cada um deles.

·         Liderança transformacional – Avalia a promoção de transformações com base em visão, influência, conhecimento clínico e uma forte expertise em relação à prática profissional de enfermagem;

·         Prática profissional exemplar – Analisa como os enfermeiros praticam, colaboram, se comunicam e se desenvolvem profissionalmente para fornecer cuidados de alta qualidade baseados em premissas como ética, trabalho em equipe, autonomia, apoio a especialistas, entre outros;

·         Estrutura de empoderamento – Observa pontos como governança da prática assistencial, engajamento e empoderamento de enfermeiros da beira do leito, decisão assistencial compartilhada em comitês/conselhos, melhor prática assistencial e excelência no desfecho clínico do paciente;

·         Novos conhecimentos, inovações e melhorias – Compreende a educação e conhecimento da enfermagem sobre a prática baseada em evidências e a pesquisa em processos clínicos e operacionais, permitindo exploração adequada das melhores e mais seguras práticas para atendimento aos pacientes, além do engajamento em inovação pela equipe de enfermagem;

·         Resultados empíricos – Mensura resultados de qualidade categorizados em termos de resultados clínicos sensíveis ao cuidado de enfermagem; resultados da força de trabalho; resultados do paciente e do consumidor; e resultados organizacionais.

A proposta do Programa de Reconhecimento Magnet® visa garantir um centro de saúde com melhores desfechos para os pacientes, além de um melhor ambiente de trabalho para o time de enfermagem – que, na Unidade Morumbi do Einstein, é composto por 3.070 profissionais.

 

quarta-feira, 20 de julho de 2022

3 motivos para o setor da saúde investir em experiência do paciente


 19/07/2022


Cada vez mais presente na área da saúde, a expressão “atendimento humanizado” se tornou uma premissa para o setor. Destaque na mídia digital e no ambiente de trabalho, a prática tem inspirado inúmeras iniciativas ao redor do mundo, principalmente diante da sua importância no tratamento e recuperação do paciente.

Ouvir, compreender, aconselhar e respeitar as opiniões, queixas e necessidades dos pacientes são algumas características do atendimento humanizado. “Quando chegamos em um hospital, nos encontramos muitas vezes em uma posição de insegurança e fragilidade que requer cuidados especiais, por isso oferecer um atendimento humanizado é tão essencial quanto investir em tecnologias e sistemas de gestão de atendimento. O atendimento humanizado proporciona uma melhor forma de cuidar e auxilia alcançar resultados mais eficientes nos tratamentos”, explica Tomás Duarte, cofundador e CEO da Track.co, empresa brasileira especializada em Customer Experience e líder no setor de saúde.

De acordo com Tomás, a premissa básica para o setor é que o paciente receba um atendimento capaz de proporcionar a experiência mais confortável possível. Esta humanização na medicina estabelece um elo de confiança entre o médico e o paciente, propriamente. “Além disso, esta conexão também pode ser a base para a fidelização dos pacientes. Com isso, apostar na tecnologia como reparadora de ruídos, investir nos ambientes de espera e implantar treinamentos para que os profissionais saibam como lidar com quem está sendo atendido, é essencial. Lembrando que tudo isso deve ser praticado simultaneamente”, complementa o executivo.

Outro ponto fundamental é que nem sempre a humanização no atendimento dentro de clínicas e hospitais depende apenas dos profissionais. Existem alguns detalhes como infraestrutura e ambiente que também podem impactar quando se fala em atendimento humanizado. Estes elementos prejudicam não só a experiência do paciente, mas também a dos próprios funcionários.

Pensando nisso, o executivo listou abaixo três motivos pelos quais as instituições devem investir no bem-estar do paciente.

Acolhimento em um momento frágil

O acolhimento é um dos principais compromissos do profissional durante o atendimento humanizado do paciente. Ele implica em escutá-lo sem julgamentos, sempre ouvindo e considerando suas queixas e anseios. Durante o acolhimento estabelece-se além de vínculo, uma relação de confiança e transparência para com o outro, que proporciona mais satisfação, saúde e bem-estar. Acolher o paciente é um dos pilares essenciais da humanização no atendimento.

Além disso, assentos desconfortáveis, salas de espera mal higienizadas e atendentes grosseiros, tendem a aumentar a sensação de desconforto do paciente durante um exame ou consulta. “Aproximar-se dos pacientes traz um conjunto de benefícios para a instituição, o profissional e, sobretudo, para o próprio paciente, capaz inclusive de contribuir no processo de cura e de recuperação do mesmo”, aponta Tomás.

Fidelização do paciente

O atendimento humanizado possui um importante papel na fidelização do cliente, ao passo que um paciente satisfeito com o local e confiante nos profissionais que ali trabalham, provavelmente retornará à unidade em necessidades futuras.

Duarte explica que atender bem é o grande passo para ganhar de vez a preferência das pessoas. O paciente precisa enxergar o quanto aquele atendimento personalizado e humanizado contribuiu para o seu bem-estar e, sobretudo, na eficácia do tratamento. “Lembre-se sempre: o paciente, quando é bem atendido, volta e recomenda o serviço para outras pessoas”, complementa.

Profissionais mais capacitados e felizes 

Os colaboradores são os principais responsáveis por oferecer os alicerces para um atendimento humanizado, por isso investir em capacitação é essencial para um atendimento mais rápido e de qualidade.

“Não podemos esquecer que as equipes de atendimento estão em contato direto e constante com o público, por isso entendem melhor que ninguém as limitações tanto dos pacientes como da infraestrutura do local. Dispor de canais de comunicação e envolver os funcionários em exercícios de capacitação auxilia na disseminação dos conceitos, diretrizes institucionais e ações de humanização”, conclui.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Maior problema dos hospitais é a falta e aumento de preço dos medicamentos


 15/07/2022


A nova pesquisa realizada pelo SindHosp – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, no período de 1 a 14 de julho, com 67 hospitais privados paulistas revelou que os maiores problemas enfrentados pelos hospitais nesse momento são a falta e aumento de preço dos medicamentos e dificuldades de importação. 51% dos hospitais entrevistados apontaram o aumento de preços (20%), dificuldades na importação (12%) e
falta de medicamentos (19%) como os maiores problemas enfrentados pelos hospitais nesse momento.

Urgência lotada

Quase a metade (42%) serviços de urgência dos hospitais privados paulistas registraram aumento de até 20% de atendimentos nos últimos 15 dias, sendo 35% dos casos relacionados a pacientes com suspeita de infecção por Covid-19.

O tempo de espera nas urgências é de 1 hora para 45% dos serviços e de 2 a 3 horas para 40% deles.

O levantamento nas urgências concluiu que a Covid-19 responde por 35% dos atendimentos, sendo que 37% dos pacientes apresentaram outras síndromes respiratórias (não Covid) e 2 % dos casos estão relacionados a complicações por doenças crônicas e degenerativas como câncer, diabetes e hipertensão.

Poucos que passam pela urgência são internados por Covid

Apesar do aumento dos atendimentos na urgência, houve um recuo das internações Covid: 77% dos hospitais informam que até 5% dos pacientes atendidos na urgência com Covid foram internados, indicando provavelmente que a doença apresenta menor gravidade.

Os 67 hospitais pesquisados somam 2.661 leitos de UTI e 6.602 leitos clínicos. 31% são da capital e 69% do interior.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a Covid-19 disputa espaço nos hospitais com outras síndromes respiratórias e não tem sido mais protagonista das internações hospitalares. “Mas é preciso cuidado. Continuar com as medidas sanitárias e importante que todos tomem o reforço da vacina antiCovid-19”, alerta.

Leitos com baixa ocupação Covid

A pesquisa mostrou também que 95% dos hospitais privados paulistas estão com até 20% de ocupação dos leitos clínicos e de UTI. Nas internações clínicas, 65% dos hospitais informam que são pacientes na faixa etária de 30 a 50 anos enquanto revelam que na
UTI os pacientes têm entre 51 e 59 anos. O tempo médio de internação em UTI para 49% dos hospitais é de 7 dias, sendo de 8 a 14 dias para 48% dos hospitais.

Aumento de atendimento de crianças

66% dos hospitais apontam aumento da ocupação de leitos de UTI por crianças, sendo 51% dos casos relacionados a síndromes respiratórias não Covid, 23,5% casos pós-operatórios e 20,4% casos de Covid-19.

Os medicamentos em falta

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) feito com 2.469 prefeituras mostra cenário do desabastecimento de medicamentos nas cidades. A pesquisa constatou que mais de 80% dos gestores relataram sofrer com a falta de remédios para atender a população. A pesquisa também levantou o número de Municípios que optaram pelo retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em razão do aumento de casos da Covid-19 e de outras Síndromes Respiratórias Agudas (SRAG).

A CNM sugeriu às prefeituras que alegaram problemas na insuficiência de medicamentos para elencar os tipos de remédios da lista básica de uma listagem pré-estabelecida na pesquisa. Nesse contexto, a falta de amoxicilina (antibiótico) foi apontada por 68% (1.350) dos Municípios que responderam a esse questionamento. A ausência de Dipirona na rede de atendimento municipal (anti-inflamatório, analgésico e antitérmico) foi apontada por em 65,6%, ou 1.302 cidades.

A Dipirona injetável esteve na resposta de 50,6% e a Prednisolona, utilizada no tratamento de alergias, distúrbios endócrinos e osteomusculares e doenças dermatológicas, reumatológicas, oftalmológicas e respiratórias, foi destaque por 45,3%. A maioria dos gestores (44,7%) informou que a falta dos medicamentos se estende entre 30 e 90 dias, enquanto 19,7% relataram o problema ser crônico pelo fato de o desabastecimento se estender por mais de 90 dias.

Insumos

Além da falta de medicamentos em serviços que cuidam das questões básicas ou menos complexas, a CNM quis saber se faltam insumos nos Municípios, ou seja, seringas, gazes, agulhas e ataduras. Esses materiais são de uso de descarte que se relacionam com o cuidado de baixa complexidade. Sobre esse ponto, 28,5% registraram a falta de pelo menos algum desses insumos.

Uso de máscaras

Em função do aumento de registros de novos casos de Covid-19 em todo o território nacional e de outros casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a CNM questionou os gestores sobre se houve decisão para retornar a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. Responderam positivamente 21,1%. Outros 75,5% disseram que não retomaram a exigência.

domingo, 17 de julho de 2022

Logística hospitalar eficiente pode agilizar processos e fidelizar pacientes


 15/07/2022


A logística hospitalar é um conceito que possibilita um gerenciamento mais eficiente do estoque de insumos em hospitais, além de gerar uma série de benefícios que podem facilitar a vida de gestores, médicos e pacientes.

Para Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, ter a organização de um ambiente hospitalar como premissa básica de gestão pode melhorar diretamente o atendimento aos pacientes. “Avaliar os passos e necessidades do paciente se torna o ponto principal para que o desfecho do seu caso seja positivo. Isso significa que um acompanhamento mais preciso irá transformar a experiência do usuário durante o atendimento hospitalar. Adotar medidas para monitorar e controlar as necessidades de exames e medicamentos para o paciente tornam os processos muito mais seguros para ele e rentável para a instituição, já que reduz custos evitáveis. Além de ser mais produtivo para os profissionais, que exercem seu papel com maior precisão”, ensina.

De acordo com o especialista, a integração de setores em uma clínica é parte crucial desse processo de otimização. “Uma clínica bem organizada e integrada garante a satisfação do cliente. Se o médico ou profissional está atrasado dentro da sala, por exemplo, a recepção precisa estar ciente de quanto tempo levará este atraso para encontrar a melhor solução e contornar a situação frente ao paciente. É necessário que todos os setores conversem de forma ampla entre si”, recomenda.

Além de garantir maior organização interna, satisfação da equipe, otimização de processos e melhorar a rentabilidade, um atendimento em que os processos acontecem de forma rápida e eficiente é a principal razão para que os pacientes escolham retornar para determinada clínica ou hospital. “Não só facilita o retorno dessas pessoas, como também faz com que eles indiquem aquela clínica para outros, aumentando o número de pacientes em potencial”, ressalta Feltrim.

O CEO da SIS Consultoria afirma que a gestão de estoque de qualidade é fundamental para alcançar uma logística hospitalar eficiente. “É importante que as clínicas realizem a gestão de mercadorias, insumos médicos e até mesmo itens de papelaria. Registrar o fluxo de entrada e saída de artigos não só melhora a eficiência dos procedimentos, como minimiza a necessidade de investimento desnecessário de capital. Um rigoroso controle desse processo é fundamental para potencializar a rentabilidade de uma organização e reforçar a sua estrutura de negócio”, declara.

Com uma gestão de estoque eficiente é possível:

·         Prever necessidades de compra e reposição;

·         Reduzir a incidência de perdas por roubo ou vencimento dos prazos de validade;

·         Otimizar o espaço físico de armazenamento;

·         Controlar o uso do investimento.

Além de todos os benefícios destacados, um bom sistema de logística hospitalar pode garantir um relacionamento mais estreito entre a clínica e seus fornecedores. “O planejamento logístico tem base em três objetivos, sendo eles redução de custos, investimentos assertivos e a melhoria do serviço. Os fornecedores atuam diretamente nesses 3 pontos, alinhando ainda mais os interesses de ambas as partes”, conceitua.

Para Feltrim, não existe uma fórmula mágica e cada clínica oferece seus próprios desafios para que uma logística eficiente seja implementada. “Não tem um passo a passo definido, já que cada hospital ou clínica é único e tem suas particularidades. Mas deve-se pensar no fluxo interno e externo do seu negócio. Interno trata-se dos processos que os pacientes não enxergam, como o controle de estoque, chegada de materiais, preparação dos leitos e padronização de procedimentos operacionais. Já o fluxo externo é o que o paciente vê, como atendimento, organização do ambiente e identidade visual. A logística hospitalar deve passar por todo este fluxo de forma coerente e harmoniosa”, finaliza.

sábado, 16 de julho de 2022

Notredame Intermédica projeta economia real de recursos ao investir em inovação aberta e IA


 

15/07/2022


A Notredame Intermédica reforça a inovação aberta da companhia com a divulgação dos resultados obtidos desde que investiu na participação minoritária na healthtech NeuralMed, em agosto de 2021. Por meio da inteligência artificial, a metodologia desenvolvida pela NeuralMed refina dados não estruturados dos pacientes e os transforma em informações de valor, permitindo identificar pacientes portadores de doenças crônicas e encaminhá-los a programas de medicina preventiva e gestão de crônicos, dos quais a operadora é uma das referências no País.

O primeiro projeto foi implantado em Jundiaí, cidade próxima à capital de São Paulo, e se fixou na identificação de pacientes diabéticos em uma base de 150 mil beneficiários. Como resultado, foram identificados mais de 3,8 mil pacientes portadores da doença. Até a primeira quinzena de maio, 800 pacientes foram encaminhados para programas específicos de Medicina Preventiva.

“Considerando que um paciente diabético que não participa do acompanhamento feito pela coordenação de cuidado da nossa célula de Medicina Preventiva e Gestão de Crônicos custa cerca de R$ 12 mil ao ano a mais que um paciente que está captado em programa, projetamos uma economia real de aproximadamente R$ 10 milhões nos próximos 12 meses apenas para este grupo de pacientes captados até então”, diz Pedro Campos, Head de Corporate Venture Capital e Diretor de Novos Negócios da Notredame Intermédica.

A empresa se prepara agora para rodar a metodologia em outras doenças crônicas – começando por obesos e hipertensos – e ampliar para as demais regionais onde opera em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Sul do país. “A projeção de economia tende a crescer conforme evoluímos no trabalho de captação e a NeuralMed no roadmap de novas patologias a serem analisadas”, avalia Campos.

“Pense na NeuralMed como uma refinaria de dados: analisamos todas as informações inseridas no prontuário do paciente, mesmo as que estão em texto livre, e transformamos isso em valor real para o paciente e para a companhia”, diz Anthony Eigier, CEO da NeuralMed.

Para Eigier, a parceria com a Notredame Intermédica traz para perto uma empresa com os mesmos valores da startup fundada em 2018. “O interessante desse projeto foi encontrar um parceiro como a Notredame Intermédica que, assim como nós, acredita que existe um jeito de economizar na saúde, proporcionando mais acesso no lugar de restringi-lo”, completa.

Navegando por uma base que possuía dados “invisíveis a olho nu”, os parâmetros dos indicadores que já existiam na NotreDame Intermédica permitiram que a inteligência artificial da NeuralMed identificasse pacientes diabéticos a partir de anotações nos prontuários eletrônicos, prescrição de medicamentos, resultados de exames e contas médicas, sempre seguindo os mais rigorosos critérios de LGPD e segurança da informação, que indicavam a probabilidade de o paciente ser portador da doença. A partir da sua identificação, o paciente passou a ser, então, contatado pela equipe de coordenação de cuidado da unidade e Medicina Preventiva e Gestão de Crônicos da NotreDame Intermédica, sendo apresentada a ele uma jornada de tratamento coordenado, específica para a sua patologia.

“A atenção específica que os pacientes recebem ao participarem de um Programa de Medicina Preventiva garante melhor qualidade assistencial e, consequentemente, melhor qualidade de vida. Para a operadora, é a certeza de oferecer o melhor tratamento ao beneficiário, aliado a um controle de custos expressivo, que auxilia na missão da Notredame Intermédica de ofertar saúde de qualidade com preços acessíveis para gerações de brasileiros”, explica Campos.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Centro Obstétrico da Santa Casa de Porto Alegre inova ambiência das salas de nascimento


 15/07/2022


O cuidado com a saúde das mulheres durante o trabalho de parto ganhou um novo aliado na maternidade Mário Totta, da Santa Casa de Porto Alegre (RS). Desde o início do mês, projeções nas salas de nascimento tem mudado o acolhimento no ambiente das salas, proporcionando maior tranquilidade para as pacientes.

A cromoterapia é uma prática complementar no tratamento da saúde, reconhecida por trazer importantes resultados biológicos, mentais e emocionais. Nela, as cores são utilizadas conforme as necessidades de cada paciente e, no trabalho de parto, podem contribuir tanto para acalmar e tranquilizar as parturientes no trabalho de parto ativo, como, intensificar na fase latente.

“Esse é um momento que a mulher experimenta as mais diferentes emoções, incluindo expectativa, curiosidade, incerteza, ansiedade, e um movimento tão simples, como a projeção, se mostrou um importante aliado para melhorar a experiência da gestante”, destaca o enfermeiro obstetra Fabrício Moraes, supervisor do Centro Obstétrico da Santa Casa.

A Maternidade Mário Totta conta com equipe multiprofissional composta por médicos obstetras, neonatologistas, anestesistas e enfermagem que atuam em conjunto para proporcionar a melhor experiência para a parturiente e sua família.