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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Setor público da saúde encolheu por conta da pandemia e uma tabela defasada do SUS, revela pesquisa


 20/05/2022


A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI – acaba de concluir um amplo estudo setorial que chega em sua 5ª edição e foi apresentado em evento híbrido (online e presencial), em São Paulo, com debates sobre soluções para a saúde pública e privada. A pesquisa “O Ciclo de Fornecimento de Produtos para Saúde no Brasil” trouxe dados revelando que o SUS encolheu nos últimos dois anos, por conta de quedas sucessivas nos procedimentos eletivos e na aquisição de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs), além de uma tabela de preços de referência que inviabiliza a comercialização e as empresas de produtos para a saúde já têm deixado de fornecer ano após ano.

“Com a pandemia de Covid-19, os brasileiros tiveram a clara noção da importância de termos um sistema público de saúde que funcione, já que o SUS atende mais de 75% da população”, destacou o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha que completou: “mas, infelizmente, a nossa pesquisa constatou que o SUS saiu menor dessa pandemia do que antes dela”. O consumo de produtos para a saúde que, em 2019, estava em R$ 1,522 bilhão, caiu para R$ 1,333 bi, em 2020 e, no ano passado, recuou ainda mais para R$ 1,276 bi, ficando no menor patamar dos últimos 7 anos, enquanto o sistema privado já reagia em relação à crise sanitária“.

“A paralisação dos procedimentos eletivos poderiam justificar essa dupla queda, em 2020 e 2021, mas no segundo semestre, o setor privado retomou as cirurgias programadas e o SUS tem se mostrado muito mais moroso nessa volta do que imaginávamos. Fato que é extremamente preocupante, pelo gargalo que naturalmente já existe nos atendimentos públicos”, contextualizou Rocha. Os 10 principais gastos realizados pelo SUS, no ano passado, foram: stents farmacológicos (10,7%), stents para artéria coronária (7,7%), marca-passo (6,6%), cateter balão para angioplastia (3,8%), desfibrilador implantável (3,5%), conjunto para circulação extracorpórea (3,2%), desfibrilador com marca-passo (3,1%), grampeador cirúrgico (2,7%), prótese para implante coclear (2,4%) e dispositivo para fixação de haste (2,4%).

Embora o SUS movimente grandes volumes de recursos e materiais por atender mais de 210 milhões de brasileiros, sendo que mais de 75% dependem exclusivamente dele para qualquer assistência de saúde, o setor público vem perdendo espaço no faturamento dos associados ABRAIDI. A participação das fontes pagadoras privadas no faturamento dos associados da ABRAIDI tem crescido de maneira inversamente proporcional à queda de participação do setor público. De 2018 para o ano passado, o SUS representou, respectivamente, 27%, 22%, 19% e, por fim, apenas 17%do faturamento das empresas.

“Um dos principais motivos é a defasagem da tabela de valores de referência pagos pelo SUS, que permanece sem reajuste há cerca de 20 anos e que, recentemente, sofreu redução significativa nos valores de uma cesta de produtos da área cardiológica, agravando ainda mais a situação”, lembrou Sérgio Rocha. “Vale destacar que entre os 10 itens mais consumidos pelo SUS somente dois não estão relacionados com à cardiologia”, complementa. As doenças cardiovasculares representam as principais causas de morte no Brasil com cerca de 30% de todos os óbitos. “Deveria receber mais atenção e não o contrário”, completou.

Já em relação à distribuição do faturamento dos associados por tipos de clientes, a participação do SUS é ainda menor: 9% vêm de hospitais públicos, 25% de hospitais privados, 28% de operadoras ou planos de saúde não integrados a hospitais (não verticalizados) e 28% de operadoras ou planos de saúde integrados a hospitais (verticalizados).

“É inegável a importância do SUS no Brasil, com uma população carente tão grande, mas se ele é tão importante, precisa ser prioridade em todos os sentidos, principalmente na destinação de recursos e não o contingenciamento dos mesmos”, concluiu Sérgio Rocha.

 

terça-feira, 24 de maio de 2022

Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada recebe certificado de Acreditação ONA 2

20/05/2022


O Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa), recebeu na manhã do dia 12 de maio o certificado de Acreditação Pleno Nível 2, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), após visita técnica de avaliação ocorrida no segundo semestre de 2021. O descerramento da placa, afixada na parede do auditório do hospital, contou com a presença do secretário de Saúde de Goiás (SES-GO), Sandro Rodrigues; do superintendente do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), Joel Sobral; dos diretores geral e técnico do Heapa, Flávio Albuquerque e Valdeir Teixeira, respectivamente; do gerente operacional, Agripino Neto; da gerente de Enfermagem, Vanessa Leão; da coordenadora do setor de Qualidade, Natália Rodovalho; e trabalhadores da unidade.

A visita para a avaliação da certificação aconteceu entre os dias 18 e 19 de novembro de 2021, feita pela instituição acreditadora Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes). Para receber a Acreditação Plena Nível 2, o Heapa precisou atender dois critérios: superar, em 80% ou mais, os padrões de qualidade e segurança; e, em 70% ou mais, os padrões ONA de gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e com plena comunicação entre as atividades. O certificado é válido por 2 anos e, neste período, serão realizadas visitas de manutenção.

O secretário Sandro expressou que hoje é um dia de comemoração. “Saúde pública é saúde de qualidade. Não é porque é público que tem que ser feito de qualquer jeito. Ser reconhecido direto como ONA 2 é algo grandioso e um grau maior de qualidade. Agora, o Heapa faz parte de um grupo de dez instituições de saúde da SES-GO acreditados, que prima pela qualidade assistencial e de processos. Parabéns pelo trabalho. Isso é o reconhecimento de que estamos fazendo bem feito. E se estamos fazendo bem feito é porque estamos impactando de forma positiva a vida de alguém”, disse. Para o diretor Flávio, “é uma felicidade enorme receber essa certificação. Vim com a missão de conquistar o ONA 1, mas, graças ao apoio e trabalho de cada um de vocês da equipe, conseguimos emplacar o nível 2, um reconhecimento que tem um pedacinho de todos os trabalhadores do Heapa”, pontuou.

Já para o diretor Valdeir, foram muitas padronizações nos mapeamentos de processos para o Heapa chegar onde chegou. “Mesmo com a pandemia e os desafios diários que temos, tivemos um apoio muito importante por parte da SES, um dos pontos essenciais desse tripé, para a obtenção deste título. A outra parte são vocês, colaboradores, que são as estrelas dessa conquista. O último, porém não menos importante, é o apoio recebido pelo IGH, que deu estrutura e oportunidade para o Heapa conquistar o que tem hoje”, frisou. O superintendente Joel deu o tom da gratidão em seu discurso. “Gostaria de agradecer e parabenizar o empenho da equipe do Heapa, que buscou e trabalhou muito por esse resultado. Além de vocês, tenho que valorizar a parceria entre o IGH e a SES, pois sem ela não teríamos esse reconhecimento como resultado maior de sucesso”, reconheceu.

 

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Centro HPB do Hospital Mãe de Deus convida para evento com experts em cirurgia do câncer de pâncreas

 

20/05/2022


Um momento para juntar os melhores experts em cirurgia de pâncreas do Brasil para discutir sobre o que de melhor pode ser oferecido ao paciente acometido pela doença no país. Este é o principal propósito do evento Estado da Arte em Cirurgia do Câncer de Pâncreas, uma realização do Centro HPB – Centro de Referência no Cuidado do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares do Hospital Mãe de Deus e marcado para os dias 20 e 21 de maio no Museu Fundação Iberê, em Porto Alegre (RS).

“O câncer de pâncreas é um dos tumores mais agressivos que conhecemos. Estar trabalhando com super especialistas impacta na chance do paciente ficar curado ou ter sua qualidade de vida aperfeiçoada. Frente a isso, o Centro HPB está convidando os maiores cirurgiões pancreáticos brasileiros para uma discussão ampla sobre melhores técnicas, materiais e maneiras de realizar a cirurgia desse tipo de tumor”, afirma o cirurgião oncológico Márcio Boff, coordenador do Centro e organizador do evento.

A programação, que conta com mais de 20 cirurgiões da área e de todo o país, é voltada para profissionais, entidades, residentes e estudantes de graduações em Saúde. As inscrições para o evento, que tem vagas limitadas, podem ser feitas no site centrohpb.com.br/estado-da-arte.

sábado, 21 de maio de 2022

Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada recebe certificado de Acreditação ONA 2


 20/05/2022


O Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa), recebeu na manhã do dia 12 de maio o certificado de Acreditação Pleno Nível 2, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), após visita técnica de avaliação ocorrida no segundo semestre de 2021. O descerramento da placa, afixada na parede do auditório do hospital, contou com a presença do secretário de Saúde de Goiás (SES-GO), Sandro Rodrigues; do superintendente do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), Joel Sobral; dos diretores geral e técnico do Heapa, Flávio Albuquerque e Valdeir Teixeira, respectivamente; do gerente operacional, Agripino Neto; da gerente de Enfermagem, Vanessa Leão; da coordenadora do setor de Qualidade, Natália Rodovalho; e trabalhadores da unidade.

A visita para a avaliação da certificação aconteceu entre os dias 18 e 19 de novembro de 2021, feita pela instituição acreditadora Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes). Para receber a Acreditação Plena Nível 2, o Heapa precisou atender dois critérios: superar, em 80% ou mais, os padrões de qualidade e segurança; e, em 70% ou mais, os padrões ONA de gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e com plena comunicação entre as atividades. O certificado é válido por 2 anos e, neste período, serão realizadas visitas de manutenção.

O secretário Sandro expressou que hoje é um dia de comemoração. “Saúde pública é saúde de qualidade. Não é porque é público que tem que ser feito de qualquer jeito. Ser reconhecido direto como ONA 2 é algo grandioso e um grau maior de qualidade. Agora, o Heapa faz parte de um grupo de dez instituições de saúde da SES-GO acreditados, que prima pela qualidade assistencial e de processos. Parabéns pelo trabalho. Isso é o reconhecimento de que estamos fazendo bem feito. E se estamos fazendo bem feito é porque estamos impactando de forma positiva a vida de alguém”, disse. Para o diretor Flávio, “é uma felicidade enorme receber essa certificação. Vim com a missão de conquistar o ONA 1, mas, graças ao apoio e trabalho de cada um de vocês da equipe, conseguimos emplacar o nível 2, um reconhecimento que tem um pedacinho de todos os trabalhadores do Heapa”, pontuou.

Já para o diretor Valdeir, foram muitas padronizações nos mapeamentos de processos para o Heapa chegar onde chegou. “Mesmo com a pandemia e os desafios diários que temos, tivemos um apoio muito importante por parte da SES, um dos pontos essenciais desse tripé, para a obtenção deste título. A outra parte são vocês, colaboradores, que são as estrelas dessa conquista. O último, porém não menos importante, é o apoio recebido pelo IGH, que deu estrutura e oportunidade para o Heapa conquistar o que tem hoje”, frisou. O superintendente Joel deu o tom da gratidão em seu discurso. “Gostaria de agradecer e parabenizar o empenho da equipe do Heapa, que buscou e trabalhou muito por esse resultado. Além de vocês, tenho que valorizar a parceria entre o IGH e a SES, pois sem ela não teríamos esse reconhecimento como resultado maior de sucesso”, reconheceu.

terça-feira, 17 de maio de 2022

Artigo – 7 de maio: Dia do Oftalmologista

 

06/05/2022


É fácil reconhecer a importância da visão em nossas vidas. Setenta por cento das informações que recebemos do meio onde vivemos são percebidas por meio da visão. De toda a energia dispendida para o funcionamento do cérebro humano, 40% é destinada a processar informações relacionadas à visão. É fundamental enxergar bem para termos um desempenho adequado em nossas vidas.

Para entendermos o olho humano com mais facilidade, podemos compará-lo a uma máquina de fotografia na qual temos o filme para registrar as imagens. As lentes da máquina podem ser comparadas com a córnea humana e o cristalino. Essas duas lentes, juntas, fazem a focalização da imagem. Assim como podemos controlar a quantidade de luz para uma boa fotografia, os olhos humanos dispõem da íris – colorido do olho – e da pupila, buraco de entrada, para permitir a entrada da quantidade certa de luz. E, no fundo do olho, temos o nosso filme, representado pela retina. Posteriormente, este filme deve ser levado por ‘alguém’ até o laboratório, que vai revelar as imagens, é o nosso nervo óptico e o córtex visual no cérebro.

O ser humano desenvolveu várias adaptações para poder enxergar bem. As pálpebras para manter a proteção e a lubrificação adequada, a posição dos dois olhos em relação à cabeça, que permitem uma visão binocular de profundidade, e uma qualidade óptica muito boa.

Nós, oftalmologistas, temos como profissão cuidar deste nobre sentido: a visão. Cuidamos desde as pálpebras em sua funcionalidade e aspectos estéticos, passando pela lubrificação ocular, córnea, cristalino, retina, visão binocular, até a percepção da imagem em nosso córtex visual. Após o curso de medicina, para cuidar de cada uma dessas estruturas, os oftalmologistas estudam, em média, 5 anos adicionais.

Prevenção

Apesar de todos reconhecerem que a prevenção das doenças é fundamental para cuidarmos de nossa saúde, poucos têm a consciência de realizar consultas preventivas. Na oftalmologia existem algumas fases da vida, quando as pessoas devem fazer uma consulta, mesmo sem queixas específicas.

Tudo se inicia no nascimento, com o teste do olhinho. Não exclusivamente realizado pelo oftalmo, é um exame importante para prevenir casos graves de redução da visão. Ainda antes da alfabetização, por volta dos 5 anos de idade, a criança precisa ser examinada para prevenir problemas no aprendizado. Crianças que enxergam mal podem ser rotuladas como hiperativas ou com dificuldades diversas de cognição, quando, na verdade, precisam de óculos.

Ao longo da adolescência, filhos de pessoas míopes, ou que possuam outras condições familiares, precisam ser examinados. Atenção especial deve ser dada aos adolescentes que estudam muito no cursinho. Casos de cefaleia ou dificuldade de concentração podem ser explicados pela presença de pequenos graus de astigmatismo, ou outro defeito qualquer, e que facilmente podem ser diagnosticados.

Já na idade adulta, com a vida moderna e o uso excessivo do computador, cada vez mais percebemos alterações significantes da lubrificação ocular, que podem levar a olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira e diminuição da capacidade laborativa.

Entre os 45/50 anos de idade, inicia-se a fase na qual a visão fica cansada, a chamada presbiopia. A pessoa relata dificuldades para ler ou fazer trabalhos manuais, bem como dificuldade para enxergar os detalhes de perto. Nesta fase, é fundamental um check up da visão, pois podem aparecer doenças como Glaucoma, ou mesmo a catarata. É uma fase difícil, pois o restante das atividades físicas está preservado, com o corpo e a mente funcionando como jovens, mas a visão pede óculos para ler ou os óculos multifocais. A partir daí, uma avaliação anual é preconizada.

Catarata e o glaucoma são preocupações que devem ser acompanhadas para o resto da vida, mas, já na senescência, problemas como a DMRI (degeneração macular relacionada à idade) são nossa preocupação mais frequente.

Tecnologia

A oftalmologia talvez seja a especialidade médica que mais depende dos avanços tecnológicos. Dispomos de equipamentos automatizados desde o momento que o paciente entra na clínica, medindo a pressão e o grau dos olhos, até equipamentos para verificar a saúde da córnea, diagnóstico da catarata, e avaliar a saúde da retina e nervo óptico.

Na oftalmologia, todas as cirurgias são realizadas com equipamentos sofisticados auxiliados pelo microscópio cirúrgico. Já dispomos de equipamentos de raios laser até para as cirurgias de catarata e retina, e a segurança das cirurgias tem aumentado a cada ano.

A oftalmologia é uma especialidade maravilhosa. Cuidar da visão das pessoas é a missão de todos nós oftalmologistas. Promover a qualidade de vida, restaurar e a visão é muito gratificante!

Amo minha profissão.

Hamilton Moreira é professor de Oftalmologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é ex-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Possui pós-graduação em Córnea e Catarata pela USC-Califórnia

 


segunda-feira, 16 de maio de 2022

Casa de Saúde São José promove 28ª Semana da Enfermagem


 06/05/2022


Duas datas do calendário da Saúde – o Dia da Enfermagem (12/05) e o Dia do Técnico de Enfermagem (20/05) – movimentam neste período a Casa de Saúde São José (RJ), hospital carioca da Rede Santa Catarina com forte tradição em acolhimento e tratamento humanizado. Mais uma vez, a Instituição abre suas portas para reunir profissionais da assistência, por meio de um simpósio técnico, nos dias 9 e 10 de maio. Desta vez, o tema será “Processo de Enfermagem: refletindo sobre o seu propósito”. A agenda reúne temáticas atuais da profissão e foca no desenvolvimento técnico e científico dos participantes.

“Estamos chegando a 28ª edição da Semana da Enfermagem, uma marca importante e que nos enche de orgulho. A Casa de Saúde São José é reconhecida pela qualidade técnica dos profissionais da assistência e por proporcionar um atendimento próximo e acolhedor aos pacientes. Nossa Enfermagem é referência em cuidado e, por isso, é importante que nessa semana possamos reconhecer nossos colaboradores e oferecer recursos para a troca de experiências e aprimoramento de capacidades”, comenta a gerente de Enfermagem, Ivonete Costa.

A programação se estenderá até o fim da semana, com atividades voltadas aos colaboradores da Enfermagem e público interno do hospital, com campanha complementar sobre higienização das mãos, atividades lúdicas, distribuição de brindes, lanches especiais e uma missa em homenagem à Nossa Senhora de Fátima e à Enfermagem, que será realizada na Igreja São José, no térreo do hospital, na sexta-feira

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Em processos de fusões e aquisições na saúde, pessoas são principal ativo


 06/05/2022


No terceiro dia da Medical Fair em São Paulo, o auditório FBAH recebeu especialistas de fundos de investimento e operadoras de saúde para discutirem fusões, aquisições e abertura de capital no setor da saúde. Entre os principais pontos discutidos, considerando a implantação de modelos individuais, coletivos, vendas de carteiras e outros, um ativo foi levantado pelos especialistas como fundamental para o sucesso de fusões, aquisições e abertura de capital: as pessoas.

De acordo com Cátia Horsts, CEO da Rhopen, consultoria de RH, esse processo começa pelos donos da operação, indo para as lideranças de área e, por fim, as equipes. “Durante processos de fusões, aquisições e abertura de capital, os acordos feitos viram contrato jurídico. Mas antes disso há vaidades, expectativas, sonhos, medos. Ou seja, você chega no momento de lidar com o principal ativo da sua operação: pessoas. São elas que irão definir o verdadeiro sucesso da sua nova empresa”, declara a executiva.

Cátia ressalta que, durante esses processos, mais do que considerar as pessoas chave da companhia que precisam permanecer, é entender com clareza as condições que a nova operação irá rodar, e como isso irá impactar as equipes novas e remanescentes. “Costumo dizer que, mais do que juridicamente bem amarrado, o contrato é bom quando ele não precisa ser tirado da gaveta. Ou seja: os termos e condições estão claros e bem aplicados à cultura corporativa”.

Predominância de culturas e pontos cegos na gestão de pessoas – ainda de acordo com a especialista, um aspecto fundamental que as empresas precisam considerar na fusão ou aquisição entre companhias de culturas distintas é como isso será adequado e refletido para todo o novo negócio. “Há um senso comum de que a empresa que entra com o maior montante de capital é aquela cuja cultura deve predominar, e essa é uma ideia bastante equivocada. Nem sempre a organização que tem a maior fatia financeira da operação apresenta a melhor cultura, e, portanto, a que deve ser imposta”, destaca. “Sendo as pessoas o principal ativo dessas operações, é fundamental que as companhias envolvidas trabalhem em sinergia e definam denominadores comuns que resultem em premissas que gerem um bom clima organizacional”, acrescenta Cátia.

“Outra frente muitas vezes negligenciada nesses processos é a gestão operacional de pessoas, aquela zona cinzenta entre a equipe de Departamento Pessoal e os sistemas. Os executivos que encabeçam esses processos ficam tão focados nos capitais investidos que deixam de passar o ‘pente fino’ nessa frente e, com isso, acabam perdendo quantias preciosas para a operação da nova companhia”, finaliza a especialista.