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sexta-feira, 19 de abril de 2024

IBGE: brasileiro reduz gasto com consultas e plano de saúde, mas despesa sobe em medicamentos

05/04/2024
 

O maior comprometimento da renda das famílias com saúde veio mesmo num contexto em que houve retração nos gastos com serviços privados

Os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira, 5.

O levantamento Conta-Satélite de Saúde mostra que a participação das despesas com saúde no consumo final das famílias subiu de 7,3% em 2010 para 9,2% em 2021, último ano considerado na pesquisa. Enquanto isso, as despesas do governo na área se mantiveram praticamente estáveis nos últimos anos; apesar de elas serem maiores em relação a de países vizinhos, o Brasil gasta com saúde em média 2,9 vezes menos do que as nações desenvolvidas.

Gastos com planos de saúde

O maior comprometimento da renda das famílias com saúde veio mesmo num contexto em que houve retração nos gastos com serviços privados. Segundo o IBGE, esses serviços representaram 63,7% do total dos gastos das famílias em saúde em 2021, valor inferior aos 64,9% comprometidos um ano antes.

Houve, porém, um aumento dos gastos com medicamentos. Em 2021, 33,7% das despesas familiares com saúde foram destinadas à compra de remédios; no ano anterior, esse índice atingiu 32,5%.Esta semana, uma resolução do governo federal autorizou as farmacêuticas a aumentarem em até 4,5% o preço dos medicamentos. O valor foi definido com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Uma análise feita por técnicos do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), porém, mostra que o reajuste para o consumidor pode ser bem maior.

Apesar da oferta de serviços públicos através do Sistema Único de Saúde (SUS) e de medicamentos nas farmácias populares, os brasileiros acabam gastando mais que o governo quando precisam tratar da saúde.

Maiores gastos em saúde

De acordo com o IBGE, as famílias brasileiras e instituições sem fins de lucro a serviço delas foram responsáveis pela maior parte dos gastos com saúde em 2020 e 2021. Considerando as famílias, as despesas totais na área representaram 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e 5,9% em 2020. Enquanto isso, as despesas de consumo do governo com saúde representaram 4% do PIB em 2021, e 4,2% no ano anterior.

Uma comparação feita pelo IBGE mostra que, em termos proporcionais, o Brasil tem um gasto em saúde semelhante ao dos países que integram a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), composta por 38 das nações mais desenvolvidas do mundo.

Mas o índice só é alcançado graças às despesas das próprias famílias. De acordo com o levantamento do IBGE, em 2021 o gasto por pessoa no País com bens e serviços de saúde chegou a R$ 2.387,50 (em valores da época), superior à despesa per capita destinada pelo governo, de R$ 1.703,60.

Naquele ano, as despesas dos governos de países da OCDE com saúde representaram, em média, 7,4% do PIB, ante os 4% do Brasil. Alemanha (11,1%), França (10,4%) e Reino Unido (10,3%) tiveram as maiores despesas públicas na área.

Quando a análise da despesa per capita considera a paridade de poder de compra entre os países, o Brasil fica à frente de Colômbia e México, mas teve despesas 2,9 vezes menores do que a média observada para os países da OCDE.


A Cura D'Alma








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