09/09/2022
Depressão, ansiedade,
transtorno bipolar, entre outros problemas, estão ganhando força na sociedade,
causando danos que por vezes, são irreparáveis. É por isso que o Setembro
Amarelo, mês de campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio é tão
importante, reforçando que população, órgãos e profissionais da saúde precisam
estar unidos para combaterem um grave cenário, ajudando a preservar as vidas ao
redor.
Segundo análise do Covitel – Inquérito Telefônico de Fatores de
Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia, realizado
pela Vital Strategies, organização global de saúde, e pela Universidade Federal
de Pelotas, os diagnósticos de depressão na população adulta brasileira
cresceram 41% nos dois primeiros anos de pandemia de Coronavírus. Foram
analisados dados de antes da Covid-19 e do primeiro trimestre deste ano. Além disso,
de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, o total
de mortes no país por lesões autoprovocadas foi de cerca de 7 mil para 14 mil
nos últimos 20 anos, sem considerar a subnotificação. O último número equivale
a mais de um óbito por hora.
Diante destes números, é possível afirmar que os profissionais
da saúde possuem um importante papel no combate ao suicídio, não somente
alertando e instruindo a população, e realizando e apoiando campanhas, mas
atuando no dia a dia de forma humanizada, colocando os pacientes em primeiro
lugar. Independentemente da especialidade, estes podem fazer toda a diferença
ao atenderem as pessoas de forma amigável, levando em consideração que alguns
problemas de saúde podem causar por exemplo, a depressão, resultando em
suicídio, e que obstáculos que envolvem o lado psicológico, também podem gerar
grandes desafios físicos.
A forma de ouvir, conversar e direcionar as pessoas impacta
diretamente na maneira como estas se sentem acolhidas, e é importante ressaltar
que é mais fácil que um paciente ouça um profissional da saúde, se este passar
confiança e se mostrar como um parceiro. Além disso, especialistas precisam
sempre ter em mente que todos possuem sentimentos e que cada um reage diferente
em relação a uma determinada situação. Assim, é preciso conhecer cada paciente
e fazer um atendimento personalizado e sem julgamentos.
A melhor forma de profissionais seguirem este caminho é mantendo
o olhar humano, além de estudarem e trocarem ideias com outros atuantes do
segmento, a fim de conhecerem novos casos e aprimorarem a forma como atendem. O
tema é atual e deve continuar ganhando força, e por isso, especialistas
precisam mergulhar de cabeça no assunto para que possam ajudar aqueles que
estão passando por problemas difíceis e que podem tomar decisões drásticas.
Assim, posso concluir que mais do que nunca, os diversos especialistas precisam estar unidos, sejam estes psiquiatras, enfermeiros, neurologistas, entre outros. Se todos apoiarem o Setembro Amarelo e ações de valorização à vida durante todo o ano, e mais do que isso, fizerem a diferença por meio dos atos do dia a dia, mais fácil será a transformação do cenário. Parceria e confiança são as palavras-chave para atendimentos mais humanizados.
André
Brandão é Fundador e CEO da Medictalks, plataforma digital de
acesso gratuito com conteúdos feitos por médicos, para médicos, onde
profissionais de todo o país compartilham experiências reais de vida e
conhecimento científico relevante e atualizado. Por meio de videoaulas, cursos,
artigos, webinars e podcasts, a healthtech cumpre a missão de democratizar o acesso
ao conhecimento médico-científico confiável, atualizado e independente,
contribuindo com melhores desfechos clínicos para pacientes em todo o Brasil
A Cura D'Alma
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