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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Osteoporose: Doença silenciosa atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil

 


Osteoporose: Doença silenciosa atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil

No Dia do Ortopedista, especialista do Hospital das Clínicas Nossa Senhora da Conceição fala sobre tratamentos e prevenções da doença

O Dia do ortopedista, celebrado em 19 de setembro, visa mostrar a importância deste profissional capaz de diagnosticar e tratar doenças que afetem a locomoção, músculos, tendões, ossos e articulações do corpo humano. Sendo assim, o coordenador de ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas Nossa Senhora da Conceição (HCNSC), Alex Sandro Martins, explicou como evitar a osteoporose e falou sobre seus principais tratamentos.

A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. Esta não possui cura, mas deve ser tratada a fim de evitar fraturas, dores crônicas, depressão e até perda da independência por parte do afetado.

̈¨A osteoporose é uma doença silenciosa, isto é, raramente apresenta sintomas antes que aconteça sua consequência mais grave, ou seja, uma fratura óssea. O ideal é que sejam feitos exames preventivos, para que ela seja diagnosticada a tempo de se evitar as fraturas. Os locais mais comuns atingidos pela osteoporose são a coluna (vértebras), a bacia (fêmur), o punho (rádio) e braço (úmero). Destas, a fratura mais perigosa é a do colo do fêmur¨, explicou o ortopedista.

O médico explica que a prevenção da osteoporose deve ser iniciada ainda na infância através de uma alimentação saudável, rica em cálcio. Além disso, a prática constante de exercícios físicos e estar com as taxas de vitamina D em dia, também são fundamentais para evitar a doença.

¨ A Vitamina D é fundamental para nossa saúde, em especial para o fortalecimento ósseo. Como ela não está presente na maioria dos alimentos, temos que obtê-la através da exposição ao sol. Quando isto não for possível, é necessário fazer reposição através de suplementos vitamínicos¨, pontuou o especialista.

Segundo estudos, as mulheres possuem maior risco de desenvolver a enfermidade. Além disso, indivíduos de raça branca, pessoas miúdas, que tiveram menopausa precoce e não fizeram reposição hormonal, os fumantes, pessoas com histórico de fraturas na família, que possuem doenças graves ou que utilizam corticóides por longo tempo também são mais suscetíveis à doença.

¨Os nossos ossos recebem forte influência do estrogênio, um hormônio feminino, mas que também está presente nos homens, só que em menor quantidade. Este hormônio ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.  Por este motivo, as mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrogênio caem bruscamente. Com a queda, os ossos passam a se descalcificar e se tornam mais frágeis. De acordo com estatísticas, a osteoporose afeta um homem para cada quatro mulheres¨, disse Alex Sandro.                            

O ortopedista do HCNSC também ressalta que a absorção de cálcio diminui com a idade e lembra que o diagnóstico precoce pode ser feito pela medida da densidade óssea, através do exame de densitometria óssea.

¨Do ponto de vista farmacológico, temos duas classes de medicamentos para osteoporose. Os anti reabsortivos (anti-catabólicos), e os estimuladores da formação óssea (anabólicos)¨, completou.


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