Durante os períodos de outono e inverno, as doenças respiratórias se tornam mais frequentes devido a mudança de temperatura e o aumento da poluição do ar. O clima mais frio pode ser agradável para muitas pessoas, mas para quem sofre de alergia a época traz uma preocupação adicional e desconforto.
Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, cerca de 30% dos brasileiros são afetados por alergias respiratórias. As mais frequentes são asma e rinite. Diante disso, o alergista do Hospital São José, Dr. Alexandre Monteiro, explicou que as alergias mais comuns no inverno são as respiratórias, nas quais sintomas de rinite e asma se tornam mais frequentes e intensos devido aos fatores climáticos. Contudo, este não é o único modo que a alergia pode se manifestar.
“Uma crise alérgica pode se manifestar de várias formas diferentes, dependendo do órgão ou órgãos do corpo acometidos. Na pele, apresenta coceira, inchaço, vermelhidão e, às vezes, feridas. Na conjuntivite alérgica os sintomas aparecem como a sensação de um corpo estranho na vista, coceira, vermelhidão, e, por vezes, lacrimejamento e até inchaço na conjuntiva e pálpebras com possível turvação ou prejuízo da visão do paciente. No aparelho respiratório, sintomas frequentes são: coceira nasal, espirros, entupimento nasal, coriza, tosse e até sensação de falta de ar e chiado no peito”, esclarece o especialista.
Sobre as conhecidas crises alérgicas, o médico ressalta que é sempre um desfecho de um processo e que devemos, em algum momento, procurar o médico imunologista e alergista para buscar as causas daquela alergia e tentar, desta forma, evitar os gatilhos das crises.
“Em casos leves, podem-se usar antialérgicos até que o médico seja consultado. No entanto, não havendo melhora do quadro clínico, o médico deverá ser consultado imediatamente! Em crises que envolvam sintomas respiratórios com tosse intensa e/ou falta de ar, é aconselhável que o paciente seja examinado com urgência”, explica.
Para reduzir as chances de crises alérgicas no inverno ou, pelo menos, torná-las menos intensas é importante se proteger da friagem, evitar choques térmicos, se hidratar adequadamente, manter- se fisicamente ativo e manter suas alergias bem tratadas.
Vale lembrar que nos tratamentos da alergia, devemos adotar medidas de controle dos ambientes de casa e até mesmo do trabalho. A fim de reduzir a presença dos principais inimigos do alérgico que são os alérgenos da poeira, como os ácaros e o mofo, deve-se realizar a manutenção e limpeza regular dos ambientes e equipamentos.
“Dentre os tratamentos das crises, os antialérgicos e os corticoides tópicos estão entre os medicamentos mais utilizados. Uma outra opção de grande ajuda para estabilizar o alérgico e modificar as suas reações são as vacinas, que induzem a resistência ao contato com os alérgenos e possibilitam uma melhora na qualidade de vida do paciente”, pontua o Dr. Alexandre.
Durante o outono e o inverno também é comum que uma dúvida surja: é alergia ou resfriado? Os sintomas podem ser bem parecidos, mas o alergista do Hospital São José ensina uma dica para diferenciar os dois.
“Alergia e resfriado nem sempre são fáceis de serem diferenciados. No entanto, uma boa dica para se pensar em crise alérgica é a presença de coceira, que é o sintoma mais frequente em crises alérgicas, sejam respiratórias ou mesmo de pele”, finaliza.
A Cura D'Alma
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