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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Nutrição hospitalar: como é montado um cardápio saboroso para a necessidade clínica de cada paciente?

 

30/08/2023



Coordenadora de Nutrição e Dietética da Casa de Saúde São José explica as estratégias para tornar a alimentação igualmente nutritiva e gostosa


Há uma preconcepção de que as refeições nos hospitais são extremamente restritivas e que, por isso, pecam no sabor. No entanto, profissionais de Nutrição e Dietética estudam e executam, dia a dia, cardápios saudáveis para lá de criativos e com segredinhos naturais que garantem o valor nutricional, mas também agradam o paladar. Essa é uma atenção especial aos pacientes da Casa de Saúde São José, hospital da Rede Santa Catarina no Rio de Janeiro. 

Coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do hospital, Ana Paula Pereira lista alguns cuidados para deixar tudo mais saboroso. “Todas as preparações são feitas no mesmo dia, garantindo o frescor dos alimentos, e são empregados também temperos naturais e frescos como tomilho, aipo, alho-poró, alecrim, manjericão, salsa e cebolinha para ressaltar o sabor”, conta, destacando que todos os fornecedores e insumos são testados, aprovados e homologados e passam por rigorosos critérios de avaliação técnica.

Segundo ela, outra medida indispensável é degustar cada refeição com técnica e empatia. Mas o trabalho da nutricionista hospitalar está muito além do preparo do cardápio e das dietas. Os profissionais de Nutrição estão presentes em todas as etapas de controle, teste e qualidade. Além disso, é preciso dar atenção especial para cada caso e suas necessidades. Alguns pacientes podem precisar de uma dieta mais direcionada, outros podem ter restrições alimentares ou dificuldades na alimentação.

Considerando os pacientes veganos, vegetarianos e que têm alguma necessidade especial, a equipe de Nutrição hospitalar procura adaptar o cardápio de maneira criativa para que fiquem igualmente satisfeitos. “Já fizemos, por exemplo, almôndegas de soja e grão de bico, cachorro-quente com salsicha de soja, hambúrguer vegano, bolo de caneca diet com banana e cacau e sagu de uva. Tudo isso pode ser também muito nutritivo”, destaca Ana Paula.

A nutricionista conta que também é possível considerar alguns pedidos fora do cardápio, dependendo do caso de cada paciente, e em acordo com a equipe médica. “Para muitos pacientes, a refeição é um momento de alegria e de reconexão com a vida fora da doença. A comida é um carinho e, muitas vezes, um incentivo àqueles que têm um quadro mais agravado. Já recebemos pedidos como pizza, batata frita, massas, proteínas empanadas, bebidas gasosas e doces elaborados. Muitos são preparados de maneira especial ou atendidos integralmente, dentro do equilíbrio geral da dieta”, complementa a nutricionista.

Afinal, o que define uma alimentação equilibrada?

Uma alimentação equilibrada e nutritiva é um dos principais pilares de saúde e bem-estar. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em 2021, apenas cerca de 45% dos brasileiros se alimentam bem.

“A composição e as preparações são elaboradas com a premissa de atender as requisições mínimas do Ministério da Saúde para a refeição e para os macros e micronutrientes. Respeitamos as 4 leis da alimentação segundo Pedro Escudeiro: a Lei da Quantidade, da Qualidade, da Harmonia ou do Equilíbrio e a Lei da Adequação. São passos importantes para uma prática alimentar que garanta crescimento, desenvolvimento, manutenção e recuperação ideais para o organismo humano”, conclui Ana Paula. 


A Cura D'Alma











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