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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

AS INCERTEZAS DA SAÚDE

Os planos de saúde vão sobreviver a 2015?
Antes da lei nº 9656, de 1998, que regulamentou o setor de saúde suplementar, havia mais de 5.000 mil operadoras de planos de saúde no Brasil.

Autor: Cadri Massuda

28/12/2014 - 10:00
Em um primeiro momento, a regulamentação beneficiou muito a população, pois impôs uma profissionalização no mercado. A redução foi imediata. Em 2000, a Agência Nacional de Saúde apontava a existência de 2.722 operadoras. Mas, mesmo em um mercado de operadoras regulamentadas, a diminuição continuou progressivamente. O último relatório da ANS (de julho de 2014) aponta que estavam em atividade com beneficiários 914 empresas. E em setembro do mesmo ano, a Agência informou que o número já havia caído para 886.

A pergunta é: o que está acontecendo com o setor? Está havendo um enxugamento? Ou o crescimento de grandes empresas em detrimentos das pequenas e médias operadoras – que em sua maioria atuam nas cidades menores. Sabe-se que, hoje, 38 empresas detém 51% do mercado de saúde suplementar. Um dos fatores para o fechamento é o baixo resultado financeiro para as empresas. Um levantamento feito pelo IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação demonstra que a lucratividade das empresas está diminuindo significativamente.

A própria ANS reconhece que as empresas têm trabalhado com uma margem de custos (assistenciais e operacionais) de 97% a 98%. O estudo do IBPT é ainda mais pessimista: o Instituto demonstrou que, nos últimos três anos, a lucratividade anual média do setor passou de 2,67% para 0,38%. A ANS tem uma parcela significativa de culpa neste cenário, pois está continuamente publicando uma série de normativas, que nem sempre têm como foco a qualidade do serviço ou o bem-estar do beneficiário.

Mas, que independentemente de sua função, exigem uma atenção e gastos das operadoras que poderiam ser investidos em outras áreas. Apenas as empresas que contam com um departamento dedicado a atender as exigências da Agência têm condições de acompanhar a contento todas estas normas e regras. Inclusive investindo tempo para adequar-se a regras de importância menor como, por exemplo, a maneira que as informações devem estar dispostas no boleto bancário.

Ao mesmo tempo, a alta carga tributária imposta às empresas do setor dificultam ainda mais a situação. Enquanto bancos têm uma taxa de 15,59% e o lazer, 18,21%; serviços essenciais como educação e saúde têm uma carga mais elevada, de 21,87% e 26,68% respectivamente. No caso da Medicina de Grupo, setor da saúde suplementar sem incentivos fiscais, essa taxa chegou a 30,71% em 2013. E são essas pressões que têm tirado do mercado as operadoras de pequeno e médio porte.

Empresas estas que estão pulverizadas pelo interior do Brasil e são fundamentais para a manutenção do sistema e assistência à saúde. É importante lembrar que a saúde suplementar tem uma movimentação financeira superior à do SUS, além de ter um índice de satisfação muito superior ao da saúde pública e de ser um dos desejos de consumo da classe média brasileira.

Por isso, neste final de ano, é fundamental repensar o setor, pois se este caminho continuar a ser trilhado, mais e mais empresas fecharão suas portas prejudicando a concorrência de mercado e sobrecarregando o sistema público em pequenos e médios municípios, nos quais as grandes operadoras não chegam.

*Cadri Massuda é presidente da Abramge PR/SC – Associação Brasileira de Medicina de Grupo Regional Paraná e Santa Catarina.


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

REAJUSTES PARA VALER !!!

Planos de saúde aumentam preço em mais de 70% para quem faz 59 anos
Empresas têm antecipado reajuste para driblar a lei. Estatuto do Idoso proíbe aumentos por mudança de faixa etária a partir dos 60 anos.
Segurados de planos de saúde que completaram 59 anos de idade denunciam reajustes       altíssimas nas mensalidades, de mais de 70%.
O Estatuto do Idoso proíbe aumentos por mudança de faixa etária a partir dos 60 anos. E, por isso, muitos consumidores têm recorrido à Justiça alegando que as empresas têm antecipado os aumentos para driblar a lei.
É o resultado do envelhecimento da população. Uma pesquisa mostrou que as pessoas com 59 anos de idade ou mais são as que mais contratam planos de saúde. Quem pretende contratar o serviço precisa tomar cuidado. As irmãs Simone e Telma receberam a mesma notícia assim que completaram 59 anos.
“Imediatamente após, no mês seguinte, eles me aumentaram em 73%, logo após eu fazer 59 anos”, diz a aposentada Simone Ferreira.
Simone pretende recorrer à Justiça, assim como fez a irmã mais velha, Telma. A mensalidade do plano de saúde de Telma subiu 70% em janeiro de 2012. Ela pagou o valor com aumento até maio deste ano. Mas graças a uma decisão judicial, o reajuste foi reduzido, caiu para 30%.
Por causa do Estatuto do Idoso, as mensalidades das pessoas com 60 anos ou mais devem ter apenas os reajustes anuais. Mas quem se aproxima desta idade deve se preparar para o último e geralmente pesado reajuste por mudança de faixa etária. E o índice que será aplicado pelo plano de saúde deve estar indicado no contrato.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar definiu regras. Os planos contratados a partir de janeiro de 2004 têm 10 faixas etárias. A mensalidade fixada para a última não pode ser seis vezes maior do que o valor da primeira faixa, até os 18 anos de idade.

Para os planos contratados entre janeiro de 1999 e janeiro de 2004 as regras são semelhantes. E para os mais antigos, vale o que está no contrato.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

RANKING DAS OPERADORAS 2014

A RELAÇÃO DOS DESEMPENHOS DOS PLANOS

Veja nas tabelas a seguir como foram avaliadas as operadoras de saúde médico-hospitalares consideradas de grande porte pela ANS. Nenhuma delas ficou nas faixas consideradas ruim ou muito ruim.
Muito bom (1,00 a 0,80)
Reg. ANSNome da OperadoraIDSS
34388-9UNIMED BH0,89199
30639-8UNIMED - COOP. DE SERV. DE SAÚDE VALES DO TAQUARI E RIO PARDO LTDA.0,85626
31285-1UNIMED CAMPO GRANDE0,85059
30470-1UNIMED CURITIBA - SOCIEDADE COOPERATIVA DE MÉDICOS0,85009
37125-4UNIMED REGIONAL MARINGÁ COOP.DE TRABALHO MÉDICO0,83966
32557-1UNIMED NORDESTE RS SOCIEDADE COOPERATIVA DE SERVIÇOS MÉDICOS LTD0,8335
33510-0UNIMED SAO JOSÉ DO RIO PRETO0,82781
33456-1UNIMED DE BLUMENAU0,82665
31272-0UNIMED PARANÁ0,81249
30688-6UNIMED JUIZ DE FORA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO LTDA0,81201

Bom (0,79 a 0,60)
Reg. ANSNome da OperadoraIDSS
41642-8SUL AMÉRICA SERVIÇOS DE SAÚDE S.A.0,73785 1
34326-9UNIMED DE LONDRINA0,79409
33995-4HOSPITAL MÁRCIO CUNHA0,79325
00571-1BRADESCO SAUDE S/A0,78816
33368-9MEDISERVICE0,78587
00058-2PORTO SEGURO SAÚDE0,78573
36687-1PETROBRAS0,78547
33569-0UNIMED CAMPINAS0,77847
35509-7SANTA HELENA SAÚDE0,76923
31912-1UNIMED DIVINOPOLIS0,76865
30209-1SAO FRANCISCO SAUDE0,76854
35250-1UNIMED PORTO ALEGRE0,7661
34569-5VALE0,76501
33967-9CENTRAL NACIONAL UNIMED0,75986
34665-9CASSI0,7594
35739-1UNIMED VITORIA0,75838
32104-4UNIMED JOAO PESSOA0,75831
34880-5PROMED0,75336
35569-1UNIMED DO ESTADO DE SANTA CATARINA0,75314
36825-3HAPVIDA0,75271
32650-0SOBAM CENTRO MEDICO HOSPITALAR LTDA0,75182
35966-1OMINT0,74944
35120-2UNIMED DE RIBEIRAO PRETO0,7449
38457-7UNIMED UBERLÂNDIA0,744
00698-0NOTRE DAME0,74355
38254-0APPAI0,73948
34373-1UNIMED LESTE FLUMINENSE0,73057
31292-4CAIXA0,72926
41723-8BRF - BRASIL FOODS S/A0,72912
00070-1SEGUROS UNIMED0,72468
39332-1UNIMED RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO DO RJ LTDA0,72196
31572-9UNIMED DE PIRACICABA0,71913
33559-2UNIMED NATAL SOCIEDADE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO0,71858
41807-2CAIXA SEGUROS SAÚDE0,71058
38287-6UNIMED GOIANIA0,70773
32630-5AMIL0,69815
35901-7INTERMÉDICA SAÚDE0,69686
33924-5SANTAMALIA SAÚDE S/A0,69545
31212-6FUNDAÇÃO SAÚDE ITAÚ0,66909
00047-7MARÍTIMA SAÚDE0,66119
00624-6SUL AMERICA COMPANHIA DE SEGURO SAÚDE0,66025
35572-1UNIMED DE SANTOS COOP DE TRAB MEDICO0,65995
33836-2SEISA SERVIÇOS INTEGRADOS DE SAUDE LTDA.0,65855
34208-4UNIMED CUIABÁ0,65273
30922-2ASSIM SAÚDE0,65172
31999-6FEDERAÇÃO DAS UNIMEDS DO ESTADO DE SÃO PAULO0,63837
41303-8VITALLIS0,63364
33187-2UNIMED SJC0,63285
36044-9UNIMED GRANDE FLORIANÓPOLIS0,62837
31421-8ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA E FILANTROPIA SÃO CRISTOVÃO0,62799
30214-7PREVENT SENIOR0,62658
41353-4CASSEMS0,62547
31714-4UNIMED DE FORTALEZA0,62175
39280-4CENTRO CLÍNICO GAÚCHO0,6116
00051-5ALLIANZ SAÚDE S/A0,61153
32447-7CAPESESP0,60758
40391-1GOLDEN CROSS0,60642
Regular (0,59 a 0,40)
Reg. ANSNome da OperadoraIDSS
34203-3SAMP0,59419
34488-5UNIMED RECIFE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO0,5931
34078-2CLINIPAM CLINICA PARANAENSE DE ASSISTENCIA MÉDICA LTDA.0,59242
30662-2DIX SAUDE0,59227
32768-9UNIMED MACEIÓ COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO0,53504
32421-3UNIMED NORTE/NORDESTE0,51563
34527-0UNIMED DO ABC - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO0,51468
32308-0GEAP0,51394
Raio X do setor
Além do IDSS, foram divulgados pela primeira vez os Dados Integrados da Qualidade Setorial, um raio X do setor, segundo a ANS. Os dados têm o objetivo de fornecer subsídios aos consumidores para que eles façam uma escolha mais consciente sobre os planos de saúde. 
O novo conteúdo é divulgado no formato de um painel que reúne informações sobre a qualidade das empresas e dos serviços que elas prestam, como o percentual de beneficiários que têm ao seu dispor hospitais com o certificado de Acreditação; índice de operadoras em dia com o ressarcimento ao SUS; e quantidade de planos individuais e coletivos em comercialização. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

HOSPITAL MORIAH - IGREJA UNIVERSAL

Inovar a medicina no contexto hospitalar promovendo a pesquisa científica, disseminado conhecimento, investindo em jovens talentos e tecnologia para proporcionar saúde com qualidade exemplar.

VISÃO
Ser um agente da medicina movido pela coragem de transformá-la em ações cada vez mais positivas para saúde e o bem estar das pessoas.


VALOR FUNDAMENTAL
Amor ao próximo – valor fundamental e universal que serve de base para a formação e consolidação de todas as qualidades e virtudes.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

HOSPITAL DA UNIMED PAULISTANA EM SANTO AMARO

Mercado Aberto: Leito Recuperado
Fonte: Folha de S.Paulo
Notícia publicada em: 22/10/2014
Autor: Maria Cristina Farias
Dois anos após ter comprado o hospital São Leopoldo, na zona sul de São Paulo, a Unimed Paulistana vai reformar a unidade. O investimento será de aproximadamente R$ 30 milhões.

O imóvel pertencia à operadora de planos de saúde Samcil e foi arrematado pela cooperativa médica em um leilão, em 2012. Desde então, permanece fechado.

"Nesse período, foi preciso atualizar toda a papelada, fazer a regularização da planta", afirma o presidente da Unimed Paulistana, Paulo José Leme de Barros.

O prédio, de oito andares e 6.000 metros quadrados, terá 120 leitos, incluindo 20 para maternidade e 18 para UTI. A obra deverá ser concluída em julho de 2015.

"Fechamos um cronograma e vamos tentar cumpri-lo com recursos do nosso próprio fluxo de caixa", diz.

Com a unidade, a cooperativa, que atua em 30 municípios da Grande São Paulo, terá capacidade para atender 60% das internações em leitos próprios.

A instituição administra outo hospital na capital, o Santa Helena, na Liberdade, que possui 249 quartos.

O imóvel, no entanto, pertence à Fundação Antonio e Helena Zerrenner, entidade que era a antiga controladora da cervejaria Antarctica e hoje é acionista da Ambev.

750 mil
é o total de clientes próprios da cooperativa médica

2.300
são os médicos do quadro de cooperados da instituição

3.000
é o número aproximado de funcionários

5,3 milhões
foi o total de consultas realizadas no ano passado

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

UM HOSPITAL DE BRINCADEIRA

Consertador de brinquedos transforma sua oficina em hospital, com emergência e berçário

Crianças ligam para saber dos ‘pacientes’ e têm direito a horário de visita
POR CAROLINA CALLEGARI
10/11/2014 9:00 / ATUALIZADO 10/11/2014 16:51

Rio— Há 25 anos, Luiz Carlos Alves Espinoza se deparava com seu primeiro caso de emergência: um carrinho de controle remoto que não conseguia andar. O atendimento foi feito às pressas, na sala sem preparo onde Espinoza trabalhava como chaveiro após ver sua profissão de mecanógrafo chegar ao fim, com a substituição da máquina de escrever pelo computador. Por sorte, os primeiros socorros foram aprendidos na infância, quando o futuro médico de brinquedos consertava os poucos que tinha e construía novos com madeira e lata.
— Consertei o brinquedo do filho de uma cliente e ela ficou tão maravilhada que começou a falar para todo mundo o que eu tinha feito. A partir daí, toda semana, apareciam brinquedos para eu consertar — conta o doutor Luiz, que atende bonecas, robôs, carros, trens, jogos e pacientes de muitos outros tipos.

Durante 17 anos, os tratamentos eram feitos em uma sala comum. Com a crescente demanda, Luiz inaugurou o Hospital de Brinquedos, na Taquara, há oito anos. E o lugar faz juz ao nome: a unidade conta com sala de raio x, onde são tiradas fotos para registrar o estado do paciente ao dar entrada; emergência; centro cirúrgico; ortopedia, local dos atendimentos; e berçário para internação. Casos mais graves ainda contam com uma UTI Móvel, como é chamado o carro que o profissional usa para pegar em casa seus pacientes. Luiz ressalta que, afinal, “consertar brinquedo não é brincadeira”:
— As crianças trazem o brinquedo enrolado numa manta, ficam o tempo todo do meu lado e ligam para perguntar sobre o estado de saúde dele. Sábado é dia de visita. Os brinquedos são passados de pais para filho e fazem parte da formação do indivíduo.
A chegada de eletrônicos da China fez com que o atendimento caísse em torno de 40%. A dificuldade de achar peças e o baixo custo dos novos brinquedos fazem com que o tratamento nem sempre valha a pena, no entender dos donos. Apesar da queda, Luiz quer inaugurar “UPAs” em Caxias e Campo Grande:
— O sorriso da criança quando pega o brinquedo de volta não tem preço. Elas acreditam neste ambiente. Eu queria começar a restaurar o sonho das crianças e estou conseguindo.
A profissão foi passada para os filhos Erick e Lais Espinoza - Bia Guedes / Agência O Globo
Os filhos estão seguindo os passos do pai. Erick Alves Espinoza é o “médico” especializado em mecânica e eletrônica, atendendo principalmente robôs e motos. Já Lais Nogueira Espinoza está encarregada da área dermatológica: cuida da limpeza e higienização. E Julio César Alves Espinoza auxilia em épocas de maior movimentação; daí ser chamado de “residente” do hospital. A ex-mulher de Luiz, Solange Alves, é encarregado do raio x. E, no berçário, a responsável é a sorridente enfermeira Ana Paula, uma boneca.
— Hoje, os brinquedos são eletrônicos, como videogames; as crianças querem tablets e smartphones. Mas algumas pessoas ainda guardam os tradicionais com todo o cuidado para passar aos filhos — diz o Erick.

Na ala de internação, são encontrados até pacientes nascidos na década de 70. Carros de controle remoto dos modelos Pegasus e Maximus, geralmente, precisam de reparos na parte elétrica. O clássico jogo Genius ainda desafia a memória e agilidade das gerações mais novas e dos saudosistas. Até mesmo estrelas da Disney, como o caubói Woody, de Toy Story, baixam por lá.
— No orçamento, tentamos não ultrapassar 20% do valor do brinquedo novo, justamente para estimular o conserto — conta Luiz.
O Hospital de Brinquedos fica na Avenida Nelson Cardoso 275, Taquara. Tels.: 2456-1868 e 2456-1950.