21/01/2022
A Fundação São Francisco
Xavier, entidade beneficente de assistência social e o Ministério da saúde,
firmaram importantes convênios para a melhoria do atendimento aos serviços
prestados ao SUS na região do Vale do Aço mineiro. O acordo garantirá uma verba
de mais de R$ 6 milhões para a entidade que será destinada a serviços inéditos
no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga (MG), e no Hospital e Maternidade Vital
Brazil, em Timóteo (MG).
Os recursos serão para a compra de um aparelho oncológico, o
PET-CT para a Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha e para a realização
de uma triagem neonatal auditiva do HMVB. O Diretor-Presidente da
Fundação São Francisco Xavier Salvador Prado Júnior, comenta que a parceria só
foi possível graças ao apoio de políticos engajados na causa da entidade.
“Tivemos a ajuda dos Senadores Rodrigo Pacheco e Alexandre Silveira. Com essa
parceria poderemos proporcionar aos pacientes SUS um acesso inédito a uma
tecnologia de ponta”. Depois da fase de cotação e licitação, a expectativa é de
que os novos serviços estejam à disposição da população no segundo semestre
deste ano.
“É com grande alegria que recebemos a notícia dessa parceria da
FSFX com o Ministério da Saúde para a aquisição de um aparelho de PET-CT. É uma
tecnologia muito avançada, hoje presente apenas nas capitais e poucos centros
oncológicos e raramente disponíveis em centros que atendam a um grande volume
do SUS”, comemora Luciano de Souza Viana, médico oncologista da Fundação São
Francisco Xavier.
O médico acrescenta. “É um mérito da Fundação e uma conquista de
toda região porque coloca à disposição dos pacientes do SUS de nossa
responsabilidade a mais moderna ferramenta de diagnóstico que permite avaliar a
extensão da doença e a maneira como devemos tratar cada um desses pacientes”.
Inovação
O PET- CT é um dos mais modernos equipamentos utilizados em
imagens médicas de última geração, responsável por diagnósticos e segmentos de
alta precisão, realizados pela medicina nuclear. Na Unidade de Oncologia do
Hospital Márcio Cunha ele vai possibilitar que pacientes façam um exame mais
ágil e eficiente para o diagnóstico precoce do câncer, verificar o
desenvolvimento do tumor ou mesmo se há metástase.
O aparelho, também conhecido como PET Scan, faz um scanner do
corpo através de uma tomografia por emissão de pósitrons e é capaz de
identificar de forma precoce e com muita precisão lesões malignas que não são
detectadas pelos exames convencionais.
“Quando aplicamos o PET-CT temos uma extensão da doença presente
naquele organismo e para se ter uma ideia do impacto do aparelho nos
tratamentos com a utilização dele conseguimos modificar 1/3 dos planejamentos
de tratamentos de câncer”, explica o oncologista.
O PET-CT é capaz de ajudar no tratamento do câncer de forma
assertiva. “Com ele conseguimos oferecer a melhor oportunidade de tratamento
para cada paciente. Isso porque conseguimos analisar a extensão da doença de
uma forma muito mais precisa porque permite detectar aquelas lesões que estavam
escondidas e que os exames convencionais não evidenciam”.
“É uma grande ferramenta que será incorporada a todo o parque
tecnológico da Fundação São Francisco Xavier, do Hospital Márcio Cunha e que
representa um grande avanço, ou seja, nós saímos de um patamar que já é muito
bom no HMC para a condição de melhores centros de oncologia do país”, ressalta
Viana.
Triagem auditiva neonatal
O convênio com o Ministério da Saúde também irá beneficiar a
população da cidade de Timóteo e região, no Hospital e Maternidade Vital
Brazil. O HMVB passará a contar com um novo serviço de triagem auditiva
neonatal: o teste da orelhinha. O teste consiste no registro das
Emissões Otoacústicas Evocadas Auditivas Transientes (EOATs).
“É um método objetivo, relativamente simples, rápido, não
invasivo e indolor que é realizado por um fonoaudiólogo. Esse é um exame
imprescindível de ser realizado em todas as crianças logo ao nascer,
principalmente naquelas que nascem com algum tipo de problema auditivo. Estudos
indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até
os seis meses de idade pode desenvolver uma linguagem muito próxima a de uma
criança ouvinte. O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda
auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos,
quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de
linguagem da criança está seriamente comprometido”, explica a fonoaudióloga do
HMVB, Gilmara Teixeira Panta Duarte.
Segundo a fonoaudióloga, o exame é fundamental para os
recém-nascidos da região. “O nosso propósito é detectar o mais precocemente
possível as alterações auditivas desde o nascimento em todos os neonatos
nascidos no hospital submetidos ao exame, possibilitando assim um diagnóstico
efetivo, uma intervenção auditiva assertiva e segura e um tratamento precoce,
diminuindo assim um impacto negativo no desenvolvimento da fala e da linguagem
do indivíduo”, conclui.
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