12/01/2022
A importância da testagem de
toda a população para controle epidemiológico e manejo de pacientes em uma
pandemia é reconhecida por todos os profissionais de saúde e até mesmo por
pacientes. Todavia a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) alerta
que, assim como em outras partes do mundo, a alta demanda de exames
laboratoriais para o diagnóstico da Covid-19 trouxe ao setor de medicina
diagnóstica brasileiro a preocupação com a falta de insumos necessários para a
realização desses exames.
A alta transmissibilidade da nova variante Ômicron causou
aumento exponencial de casos, o que vem demandando significativo aumento
da capacidade produtiva global de testes, tanto de PCR como de antígeno,
e se os estoques não forem recompostos rapidamente poderá ocorrer a falta de
oferta de exames.
“Quando avaliamos as notícias que vêm de outros países, de que
eles já estão sem insumos, é certo que o problema chegará ao Brasil”, explica o
presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik. “Não é
possível mensurar nesse momento até quando poderemos atender, pois os estoques
são variados dependendo do laboratório e da região, mas há um risco real de
desabastecimento”, alerta o executivo.
A entidade preparou uma nota técnica para seus associados (abramed.org.br/3006/nota-tecnica-sobre-desabastecimento-de-insumos-para-testes-de-covid-19)
recomendando a priorização de pacientes para efetuarem os testes, segundo uma
escala de gravidade: “O ideal seria seguirmos testando todo mundo que se expôs
de alguma forma, porém, com o cenário que vislumbramos a curto prazo,
recomendamos fortemente que sejam submetidos a testes apenas os pacientes que
tenham maior gravidade de sintomas, pacientes hospitalizados e cirúrgicos,
pessoas no grupo de risco, gestantes, trabalhadores assistenciais da área
da saúde, e colaboradores de serviços essenciais, cessando a testagem de
contactantes, assintomáticos e pessoas com sintomas leves, que devem permanecer
em isolamento até que o cenário seja normalizado, deixando a possibilidade de
teste para os pacientes mais críticos”, reitera Shcolnik.
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