17/01/2022
Várias pesquisas têm comprovado os
efeitos negativos da poluição sonora para a saúde das pessoas em geral,
principalmente as que estão internadas nos hospitais. De acordo com
recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o ruído sonoro, (barulho),
em hospitais não deveria passar dos 30 a 40 decibéis e pela Norma Brasileira
10152 (NBR 10152), os parâmetros são de 35 a 45 dB na maioria dos
ambientes internos do hospital. Para alertar e conscientizar os colaboradores
para a redução de ruídos, o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT) do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir
do Nascimento (HMI), de Goiânia (GO), iniciou nesta semana, nos dias 13 e 14 de
janeiro, a Campanha do Silêncio.
O engenheiro de segurança do trabalho
– Marcus Vinícius Freitas e os técnicos de segurança – Maria de Lourdes Souza e
Roberto José de Azevedo Júnior, passaram nos setores do hospital, fazendo
medição de ruído e orientando as equipes a diminuir a intensidade de fala,
colocar celulares no modo vibratório, usar calçados com solados macios,
aumentar os cuidados na manipulação de equipamentos, fazer vigilância aos
alarmes dos monitores e bombas de infusão de medicamentos, entre outros. “Nosso
objetivo é estimular atitudes simples que contribuam para a diminuição do
barulho e melhoria da qualidade ambiental nas áreas interna e externa do
hospital”, afirmou Roberto.
Rodas de carrinhos estão sendo trocadas para diminuir barulho. Foto:
Marilane Correntino
O silêncio traz tranquilidade e
relaxamento e quando se trata de um ambiente hospitalar, ele se torna ainda
mais importante, pois contribui para a recuperação do paciente e para a
concentração dos profissionais da unidade. Por isso, a ação foi aprovada por
todos. “Gostei da iniciativa! O silêncio é um ato de respeito dentro do hospital”,
disse a técnica de enfermagem, Cleide Adriano. “Importantíssima essa campanha,
principalmente no ambiente neonatal. Temos que ter cuidado para fazer o mínimo
de barulho possível, já que o silêncio é um remédio para os pacientes”, afirmou
a pediatra Áurea Oliveira. “É uma campanha necessária, pois dependendo da
intensidade do ruído, pode prejudicar o desenvolvimento neurológico dos
recém-nascidos”, destacou a fonoaudióloga, Thaynara Borges.
Segundo o engenheiro do trabalho,
alguns locais da unidade como recepção, refeitório e corredores, em
alguns horários distintos, foram detectados picos altos de ruídos, acima do
recomendado, chegando a 60 dB. Por isso, além da conscientização, o Sesmt
iniciou a troca das rodas dos carrinhos que transportam produtos hospitalares
por rodas de silicone. “Vamos disseminar a cultura do silêncio em toda a
unidade, durante esses cinco meses. Até chegar em 7 de maio – data que se
comemora o Dia do Silêncio -, estaremos trabalhando uma programação especial
para combater o excesso de ruído, visando o bem-estar dos pacientes e dos
colaboradores”, destacou o engenheiro do trabalho, Marcus Vinícius.
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