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sábado, 2 de abril de 2022

Estudo aponta associação entre Covid-19 e casos de diabetes tipo 2


 01/04/2022


A doença causada pelo Coronavírus fez com que o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumentasse em 46% nas pessoas que contraíram a Covid-19 – mesmo em suas formas mais brandas. A conclusão é do artigo publicado pela revista britânica especializada em medicina The Lancet Diabetes & Endocrinology.

O estudo fez a avaliação dos registros de cerca de 181 mil pacientes do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, referentes ao período de 1º de março de 2020 a 30 de setembro do ano passado. O estudo, diz a publicação, não prova que haja relação de causa e efeito entre contrair a Covid-19 e desenvolver a DM2. Mas fica claro que há uma associação na ocorrência das duas condições.

O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Levimar Rocha Araújo, explica que “qualquer infecção viral aumenta a glicemia, a produção de glicose pelo nosso organismo. E a pessoa que já tinha dificuldade para fazer esse transporte de glicose para dentro da célula, pode se tornar diabética”. De acordo com ele, “é preciso que pessoas com pré-diabetes [que já têm taxa elevada de açúcar no sangue] estejam alertas a respeito dos possíveis riscos de uma infecção pelo Coronavírus”.

“Há evidências crescentes sugerindo que, além da fase aguda da infecção por SARS-CoV-2, pessoas com Covid-19 podem apresentar ampla gama de sequelas, incluindo diabetes. No entanto, os riscos e encargos de diabetes na fase pós-aguda da doença ainda não foram caracterizados de forma abrangente”, diz o artigo da Lancet. “Em conjunto, as evidências atuais sugerem que a diabete tipo 2 é uma das possíveis consequências da síndrome multifacetada da Covid, e que as estratégias de cuidados após a doença devem incluir a identificação e o gerenciamento do diabetes.”

O chefe de pesquisa e desenvolvimento do Departamento de Assuntos de Veteranos do Sistema de Saúde de St. Louis (EUA), Ziyad Al-Aly (que liderou a revisão dos registros), destacou que o trabalho analisou o maior período de tempo após a fase aguda de uma infecção – de 31 dias a quase um ano (em média) por paciente.

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