Em Goiás, o dia 31 de março é
dedicado à Prevenção e Combate à Violência Obstétrica. No intuito de
conscientizar, alertar e divulgar informações sobre o assunto, a Secretaria de
Estado da Saúde (SES-GO) promoveu palestras sobre a violência obstétrica no
Hospital Estadual da Mulher (Hemu) e Hospital Estadual e Maternidade Nossa
Senhora de Lourdes (HEMSNL). A ação teve parceria da Mori Machado Advogados e
Associação das Doulas de Goiás.
No Hemu, o assistente administrativo Paulo Roberto Pantaleão,
fez a abertura do evento. “Somos a primeira unidade a receber palestras sobre
um assunto tão importante e atual; nossa missão é privilegiar vidas”, destacou
o colaborador. De acordo com a representante da SES-GO, Paula dos Santos, o
índice de violência obstétrica é muito alto no Brasil, por isso a importância
de falar e alertar sobre o tema, bem como os seus impactos, almejando sempre a
qualidade da assistência.
No HEMNSL, a diretora operacional, Ana Maria Caribé, abriu a
ação, agradecendo as representantes da SES pela oportunidade dada aos
profissionais da unidade. “É extremamente importante que toda equipe saiba
sobre o assunto. Nós seguimos orientações do Programa de Humanização no
Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde, que envolve o respeito à mulher
e ao filho”, destacou.
Maternidade
A advogada e especialista na área de saúde, diretora do Nascer
Direito, Valéria Mori Machado falou sobre a Violência Obstétrica – definida
como todo ato praticado ou omissão por membro da equipe de saúde, do hospital
ou por terceiros, em desacordo com as normas regulamentadoras ou que ofenda as
mulheres gestantes, parturientes ou puérperas.
Princípios bioéticos e direitos das mulheres; os tipos de
violência obstétrica e suas consequências como responsabilidade administrativa,
sanitária, civil e penal foram abordados. “A violência obstétrica pode se
apresentar sob a forma de violência física, verbal, emocional, práticas sem
consentimento, cerceamento à autodeterminação. É preciso respeitar a autonomia
da mulher. A única opção que pode violar o seu direito e vontade é o risco de
morte”, pontuou a advogada.
A palestra “Compliance como Ferramenta de Combate à Violência
Obstétrica”, foi ministrada pela especialista em violência obstétrica e direito
médico e da saúde, Mônica Machado. “O compliance é uma função que envolve a
conformidade de uma instituição às leis e normas de órgãos regulamentadores. O
objetivo é monitorar e assegurar que todos os envolvidos estejam de acordo com
as práticas de conduta”, resumiu ela.
Humanização
Os profissionais do Hemu e do HEMNSL gostaram da exposição.
“Tema pertinente e esclarecedor, principalmente para os residentes de
enfermagem obstétrica”, disse a tutora da residência do Hemu, Ana Cláudia
Pires. “De grande relevância. Vai de encontro com as medidas de prevenção da
segurança do paciente”, afirmou a enfermeira, Lilian Fernandes.
As duas unidades seguem protocolos e se empenham para garantir
um atendimento humanizado antes, durante e depois do parto. Nas duas instituições
de saúde, as capacitações permanentes são para que a gestante se sinta
confortável e confiante com os serviços prestados. A divulgação de conhecimento
e atividades de conscientização aplicadas aos nossos colaboradores, contribuem
para uma assistência mais humanizada”, destacou a diretora-geral das unidades,
Laryssa Barbosa.
Participaram da mesa
diretiva Paula dos Santos – representante da SES; Thayná Bueno – diretora-geral
da Associação das Doulas de Goiás; empresária Kamila Vieira – madrinha do projeto
das doulas; Valéria Mori Machado – advogada; Mônica Machado – advogada e
Laryssa Barbosa – diretora-geral do Hemu e HEMNSL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário